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Pecuária brasileira pode ampliar sua produtividade de forma sustentável

Variabilidade da produtividade da pecuária nacional é demostrada pelas propriedades rurais que podem contar com uma até três cabeças de gado por hectare, o que significa que existe a possibilidade de melhorar a produtividade das fazendas.

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Fotos: Divulgação

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne em nível global. A variabilidade da produtividade da pecuária nacional é demostrada pelas propriedades rurais que podem contar com uma até três cabeças de gado por hectare, o que significa que existe a possibilidade de melhorar a produtividade das fazendas.

Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho

Para Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), outro ponto fundamental é que o país tem ainda o potencial de recuperar as pastagens degradadas. “Atualmente, cerca de um terço da área da pecuária tem essa oportunidade, o que resultará em uma atividade ainda mais sustentável”, disse o engenheiro agrônomo, durante o webinar Desafios da cadeia produtiva do gado de corte no Brasil e um olhar da Alemanha, promovido ontem (25) pelo Diálogo Agropolítico (APD) entre a Alemanha e o Brasil.

Em sua participação, Carvalho comentou sobre os esforços de frigoríficos brasileiros para a certificação de produtos livres do desmatamento ilegal, os 10 anos do Código Florestal e a fragilização da Organização Mundial do Comércio (OMC). “A organização sempre foi um porto seguro para países emergentes e desenvolvidos debaterem temas importantes e fundamentais. E isso me preocupa, pois estamos vivendo o auge da bioeconomia e da descarbonização das economias globais, que são dois processos que se somam. E essa fragilidade acontece em um momento em que vemos a volta dos subsídios, e das leis protecionistas ou precaucionistas, o que prejudica a economia de baixo carbono e, somado à insegurança alimentar e energética, torna o cenário ainda mais volátil e inseguro”, explicou.

Ele afirmou que as técnicas de ILP (Integração Lavoura e Pecuária) e ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), que são ferramentas para integração e uso intensivo de solo, trouxeram resultados positivos para a agropecuária brasileira, como o crescimento da produtividade e a maior qualidade do solo tropical.

Sobre o a intensificação, Carvalho avaliou que o Brasil conta com um solo muito diferente dos países em região temperada. “Nossos solos são muito pobres em termos de matéria orgânica, desse modo, a Ciência, principalmente sob a liderança da Embrapa, mostrou que no mundo tropical, se os solos não forem trabalhados constantemente, perdem qualidade, se degradando e empobrecendo”. Ele acrescentou ainda que a alternância de produtos agrícolas gera microrganismos e melhora a qualidade do solo tropical e que não há a necessidade de aumentar o uso de insumos por conta dessa intensificação. Nesse sentido, ressaltou também a aplicação acelerada do uso de biológicos, que contribui para a liberação de nutrientes no solo.

Ainda sobre esse aspecto, Lisandro Inakake, coordenador de Projetos do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA), destacou que a intensificação está ligada à adoção de tecnologias, com o propósito de buscar a eficiência do sistema produtivo, e à profissionalização da gestão da produção. “Do ponto de vista ambiental, quanto mais produtiva for a propriedade, respeitando a capacidade local de produção, é possível diminuir a pressão nos ambientes naturais”.

Para tratar sobre a Alemanha, a pesquisadora Katharina Rihn, da Universidade de Hamburgo, contextualizou o atual cenário daquele país, onde a sociedade quer saber a origem dos produtos consumidos e, parte dela, está engajada a diminuir ou retirar o consumo de carne. Ela pontuou que é uma atitude política e uma maneira de contribuir ativamente para a proteção do meio ambiente. Desse modo, ela elencou três fatores para a continuidade da exportação para a Alemanha: uma cadeia de valor transparente, a adoção de melhores práticas socioambientais, e a maior regulamentação e as certificações voluntárias com auditores independentes para geração de confiança.

Sobres esses pontos, o presidente da ABAG concordou com a engenheira agrônoma alemã e complementou que a luta pela certificação é constante e segue se aprimorando, e que é preciso respeitar as leis e regulamentações, mas sempre buscando apoiar àqueles que necessitam de assistência técnica para estar em conformidade com a legislação.

O Webinar foi mediado por Ingo Melchers, diretor da APD, e contou com a participação de Luiza Bruscato, do gerente executiva do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), e Henrik Wiedenroth, Policy Advisor da Associação Alemã dos Agricultores (DBV).

Fonte: Assessoria

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Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Rio Grande do Sul

Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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