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Pecuária brasileira avança na modernização do sistema de identificação de bovinos

Mapa transfere em definitivo a gestão operacional do SISBOV à CNA antes da transição para um protocolo de rastreabilidade privado de adesão voluntária

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É um novo momento para a pecuária brasileira e a comercialização de carne bovina de qualidade e com denominação de origem nas fazendas do país. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) assumiu neste início de 2021 a gestão completa do Sistema Brasileiro de Identificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) e vai atuar com o apoio da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade (ABCAR) e seus associados. O SISBOV é o instrumento oficial de identificação individual de bovinos e búfalos e foi criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como ferramenta de controle sanitário e fiscalização das propriedades rurais que desejam cumprir protocolos internacionais e exportar aos mercados mais exigentes, que remuneram melhor, como a União Europeia. Atualmente, a Certificação SISBOV permite que o pecuarista receba até R$ 4,00 a mais por arroba comercializada, valorizando os negócios em toda a cadeia produtiva e ganhando mais confiança dos consumidores nacionais e do exterior.

“Foram vários estágios no processo de transição da gerência do MAPA para a CNA, que já vinha atuando desde 2009 na gestão de protocolos de Certificação no Brasil. É um sinal de evolução e inovação no segmento. A cadeia da carne vive um bom momento e podemos ampliar a certificação, investir ainda mais na segurança do alimento, ajudar para que os frigoríficos paguem efetivamente a carne de melhor qualidade recebida, beneficiando os produtores afiliados”, analisa Luís Henrique Witzler, presidente da ABCAR.

As recentes instruções foram publicadas no último dia 7 de março pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA. E dão sequência ao trabalho que o ministério vem fazendo há mais de dez anos para que o protocolo de rastreabilidade de carne bovina brasileira seja uma responsabilidade integral dos agentes que integram a cadeia produtiva e exportadora da proteína vermelha. O documento informou que ratifica os protocolos determinados em 2016 e 2018, que determinaram a forma de acesso à Base Nacional de Dados (BND) pela CNA até a definitiva transição para um protocolo de rastreabilidade privado de adesão voluntária.

O novo fluxo de ações foi dirigido aos responsáveis administrativos das entidades certificadoras credenciadas junto ao SISBOV, ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (com vistas às IF’s e aos estabelecimentos de abate registrados), aos responsáveis técnicos e legais das entidades certificadoras credenciadas junto ao SISBOV, aos responsáveis pelo SISBOV nas Superintendências Federais de Agricultura e à CNA.

As empresas certificadoras atuam com clientes habilitados para exportação de carne para a União Europeia, o continente mais exigente na importação de carne bovina com rastreabilidade e considerado o comprador de maior valor agregado ao produto. Em 2020, o pais bateu novo recorde de vendas internacionais, isso em plena pandemia, com mais de dois milhões de toneladas. Mas os destinos mais valorizados compraram pouco por causa das dificuldades impostas pela Covid-19. Porém, a certificação é um procedimento importante para acessar qualquer mercado, não só o europeu. “Realizamos um procedimento sem igual no mundo. Não é amostragem, todos os animais são identificados e rastreados. E ainda possibilita aos produtores ganhos na gestão da propriedade, comercialização e seleção dos animais e nos custos gerais. A ABCAR estará trabalhando ao lado da CNA e do pecuarista para uma parceria mais estruturada. Conversamos bastante, costurando uma parceria positiva para todos os elos da cadeia produtiva”, acrescenta Aécio Flores, Vice-Presidente da ABCAR.

O novo gerenciamento da prestação de serviços de apoio e operacional da Base Nacional de Dados do SISBOV exigirá uma remuneração para o custeio das atividades, que será repassado à CNA, a partir de abril deste ano. O custo pelo serviço prestado, estabelecido pela CNA, será de R$ 0,30 por número solicitado/liberado na BND/SISBOV. A ABCAR, visando uma maior transparência e diminuição do impacto financeiro, firmou acordo com as industrias de identificação. Metade dos R$ 0,30 ficará a cargo das certificadoras e os outros 50% a cargo das industrias de brincos. Os valores serão repassados à CNA. “O atual estágio do sistema precisa beneficiar os envolvidos. É uma ação essencialmente privada. Que gera valor, lucro. Que era regulado pelo Governo Federal por uma questão de acordos internacionais. A partir de agora, as autoridades dão apenas a garantia sanitária exigida pelas nações. É um serviço que atende os produtores que exportam e trabalham com um produto de melhor qualidade. É um novo momento, um avanço para o setor, que já vinha como legislação desde 2009. É o setor assumindo os reais benefícios e custos da operação. Com informação, transparência,e o segmento unido”, reforça Paulo Costa, Diretor de Protocolo de Rastreabilidade da CNA.

Fonte: Assessoria

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Plantio da soja desacelera e safra 2025/26 acende alerta

Irregularidade das chuvas mantém o ritmo abaixo do ano passado e aumenta as incertezas sobre o potencial produtivo, com apenas 78% da área semeada até 22 de novembro.

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Foto: Paulo Pires/Divulgação

O ritmo de semeadura da soja da safra 2025/26 segue abaixo do registrado na temporada passada. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é reflexo da distribuição irregular das chuvas em grande parte do território nacional nos últimos três meses.

No Sul do País, o excesso de umidade ainda tem limitado o acesso às lavouras. Já no Centro-Oeste e no Matopiba, a distribuição desigual das precipitações resultou em umidade abaixo do necessário para avançar nos trabalhos de campo.

Apesar do aumento recente dos acumulados pluviométricos no Centro-Oeste e no Matopiba e da redução dos volumes de chuvas no Sul especialmente no Paraná, colaboradores do Cepea relatam que o cenário é de incertezas quanto ao potencial produtivo da safra 2025/26.

De acordo com a Conab, 78% da área nacional havia sido semeada até 22 de novembro, abaixo dos 83,3% registrados no mesmo período do ano passado.

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Chuvas irregulares marcam novembro e desafiam início da safra

Semeadura avançou mesmo com precipitações mal distribuídas, enquanto regiões como Matopiba e Centro-Oeste tiveram recuperação gradual da umidade do solo.

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Foto: Sistema Faep

No período de 01 a 21 de novembro deste ano, as chuvas registradas em importantes áreas agrícolas foram irregulares e mal distribuídas. Essa condição trouxe impactos na semeadura e no início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra em algumas regiões produtoras do país. Ainda assim, de maneira geral, a umidade no solo e as temperaturas máximas não tão elevadas favoreceram o avanço da semeadura e o desenvolvimento das lavouras, inclusive em parte do Matopiba, com a intensificação das precipitações no final do período. A análise está no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o documento, no Centro-Oeste, principal região produtora de grãos do país, o período chuvoso foi instável, com chuvas irregulares e mal distribuídas em partes da região. A média diária do armazenamento hídrico no solo no período analisado ainda indicava áreas com baixa umidade no sudoeste de Mato Grosso, no Pantanal e no leste de Mato Grosso do Sul, bem como no sul e no norte de Goiás. No entanto, houve uma recuperação do armazenamento hídrico ao longo do mês, favorecendo a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, principalmente nas áreas com maior capacidade de retenção hídrica.

Foto: José Fernando Ogura

As precipitações também foram irregulares na região produtora que abrange áreas do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste da Bahia e Tocantins (Matopiba). Nessa área, as chuvas se intensificaram apenas na terceira semana do mês. Mesmo assim, houve uma recuperação do armazenamento hídrico no solo em toda a região, favorecendo o início da semeadura e o desenvolvimento das lavouras em áreas onde o plantio encontrava-se atrasado. Já em parte da Bahia, contemplando áreas até o sudeste do Piauí, os altos índices de precipitação registrados no final do período analisado não foram suficientes para elevar o armazenamento hídrico no solo a ponto de favorecer a semeadura dos cultivos de primeira safra.

Nas regiões produtoras de Rondônia, Pará e Tocantins, as chuvas não foram regulares, o que manteve a umidade no solo baixa em algumas áreas. Mas, com as chuvas registradas, é possível observar uma elevação do armazenamento hídrico no solo ao longo do período nesses três estados. Em contrapartida, no Amazonas, as chuvas foram frequentes e abundantes, contribuindo para a manutenção do nível dos rios.

No Sudeste, as chuvas foram melhor distribuídas, com maiores acumulados em São Paulo e no centro-sul de Minas Gerais. Entretanto, ainda se notam áreas com baixa umidade no solo em partes do Triângulo, Noroeste e Norte de Minas. Por outro lado, as temperaturas mais baixas diminuíram a perda de umidade no solo e mantiveram as condições favoráveis para o manejo e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra na maioria das áreas.

Já na região Sul, o início do mês foi marcado por altos índices de precipitação, principalmente no oeste do Paraná. Essas chuvas vieram acompanhadas de rajadas de vento, formação de tornados e granizo, causando danos significativos a algumas lavouras. Nas demais áreas da região Sul, os acumulados de chuva, no período de 01 a 21 de novembro, foram menores e mantiveram o armazenamento hídrico no solo em níveis suficientes para o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra em praticamente todas as áreas. Considerando os cultivos de inverno, mesmo diante dos eventos de excesso de chuvas, o clima, no geral, foi favorável para o andamento e a conclusão da colheita.

O boletim completo, com informações sobre o clima e seus impactos na safra, está disponível no Portal da Conab.

Fonte: Assessoria Conab
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Novos destinos impulsionam exportações do agro brasileiro

Filipinas, Guatemala e Nicarágua abriram mercado para gordura bovina, arroz beneficiado e sementes, reforçando a diversificação e o avanço do comércio exterior do setor.

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Foto: Claudio Neves

O governo brasileiro concluiu negociações sanitárias e fitossanitárias com os governos das Filipinas, da Guatemala e da Nicarágua, que permitirão ao Brasil exportar diversos produtos agropecuários para esses países.

Nas Filipinas, as autoridades sanitárias aprovaram a exportação de gordura bovina do Brasil. Trata-se de insumo utilizado na indústria de alimentos e na produção de biocombustíveis, contribuindo neste último caso para a geração de energia de baixo carbono, em particular o diesel verde e o “Sustainable Aviation Fuel”. Com cerca de 115 milhões de habitantes, as Filipinas são um dos maiores mercados consumidores do Sudeste Asiático. Entre janeiro e outubro de 2025, o país importou quase US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários do Brasil.

Na Guatemala, o Brasil obteve autorização fitossanitária para exportar arroz beneficiado (sem casca). Com uma população de cerca de 18 milhões de habitantes, a Guatemala importou mais de USD 192 milhões em produtos agropecuários brasileiros entre janeiro e outubro de 2025. Os cereais foram o principal produto exportado pelo Brasil neste ano.

Na Nicarágua, as autoridades fitossanitárias autorizaram o Brasil a exportar sementes de milheto, crotalária e nabo, insumos estratégicos para a agricultura tropical, que contribuem para o aumento da produtividade e a redução da dependência de fertilizantes minerais. Entre janeiro e outubro de 2025, a Nicarágua importou cerca de USD 55 milhões em produtos agropecuários do Brasil.

Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 496 aberturas de mercado desde o início de 2023.

Os resultados reforçam a estratégia de diversificação de destinos e de produtos, incluindo itens de maior valor agregado, e são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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