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Notícias Sabores do Brasil no mundo

Pavilhão brasileiro é inaugurado no SIAL Paris 2024

Ao longo dos cinco dias do evento, mais de oito mil compradores internacionais devem passar pelos pavilhões onde o Brasil apresenta seus produtos distribuídos estrategicamente.

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Fotos: Daniela Luquini/ApexBrasil

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, inaugurou oficialmente no domingo (20), o Pavilhão Brasil no Salão Internacional da Alimentação (SIAL), em Paris, que acontece até quarta-feira (23), no Parc des Expositions de Villepinte. A cerimônia, com a presença de autoridades, diplomatas, presidentes de entidades setoriais, CEOs de empresas e empreendedores, marcou também o lançamento do Buy Brazil, nova plataforma digital da ApexBrasil focada nos compradores internacionais em busca de importar produtos brasileiros. A iniciativa materializa o papel da Agência de impulsionar empreendedores brasileiros globalmente.

Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana: “Não queremos só vender os produtos, a gente quer que as pessoas sintam o sabor do Brasil”

No domingo, Viana visitou os seis espaços brasileiros na feira, conversou com participantes, experimentou quitutes das chefs nacionais convidadas, conversou com mulheres empreendedoras, líderes em seus negócios, e visitou os estandes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), parceiras da Agência.

Nesta edição, que celebra os 60 anos da feira, a ApexBrasil, que participa pela décima vez consecutiva representando o país, levou o número de recorde de 192 empresas brasileiras para expor. Ao longo dos cinco dias do evento, mais de oito mil compradores internacionais devem passar pelos pavilhões onde o Brasil apresenta seus produtos distribuídos estrategicamente. “Estamos fortes em uma das mais importantes feiras de alimentos do mundo, e o Brasil voltou e voltou com recorde de empresas e expectativa de vendas e com gastronomia. Assim como apoiamos tantos setores, temos que trabalhar a gastronomia nacional e o sabor do Brasil no mundo, outra tradução do jeito brasileiro de ser. Temos que vender o Brasil das diversas formas e uma feira de alimentos desse porte tem que ter a gastronomia brasileira”, ressaltou Viana, enfatizando: “Não queremos só vender os produtos, a gente quer que as pessoas sintam o sabor do Brasil”.

Segundo ele, foram investidos quase R$ 30 milhões para a participação brasileira na SIAL e a expectativa de negócios é de mais de US$ 2,5 bilhões (R$ 14,2 bilhões).

Promovendo o agro brasileiro no mundo

“A gente vai continuar esse trabalho virtuoso, em parceria com a Apex, de abertura de novos mercados e ampliação de trabalhos relevantes. A gente trabalha para abrir mercados para o exterior, com atributos que carregam nossos produtos, como sustentabilidade, saudabilidade e competitividade, criando um ciclo virtuoso”, disse Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“Estamos todos muito orgulhosos. Esse é um trabalho que incrementa o número de empresas que vem para o mercado europeu, aumentando o volume de vendas”, reforçou seu antecessor, Roberto Perosa.

Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, disse que nada seria igual sem o apoio da ApexBrasil. “O diferencial tem sido dado pelo trabalho da Apex. Só temos a agradecer essa parceria vitalícia, que tem dado resultado e trazido todo mundo pra dentro do projeto”, reforçou.

A Abiec representa empresas responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais.

Esse ano, até setembro, o setor bovino exportou US$ 9 bilhões, cresceu 26% em volume e 20% em receita. Bovinos, suínos e aves trouxeram para o Brasil, nos últimos 20 anos, uma soma equivalente a R$ 1,5 trilhão, segundo Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Nossas proteínas são as mais procuradas aqui, são ponto de referência mundial, e a Apex sempre foi parceira desde a primeira hora, mostrando nossa qualidade e sustentabilidade”, frisou Santin.

Das 192 empresas brasileiras no SIAL Paris 2014, 46 foram apoiadas pelos projetos setoriais realizados em parceria da ApexBrasil com a ABPA e Abiec.

Acordo Mercosul – União Europeia

“Estamos recuperando um terreno perdido. O Brasil está muito forte de volta. Já foram 12 encontros empresariais no governo Lula, que tem andado o mundo e trouxe de volta a diplomacia presidencial”, apontou Viana, lembrando seus grandes parceiros: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Mapa, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério de Relações Exteriores (MRE).  Sobre o aguardado acordo Mercosul-União Europeia, disse que faltam poucos detalhes e contou que ouviu do presidente Lula, em recente viagem ao México, que ele está determinado que esse acordo aconteça ainda esse ano. “Estou pessoalmente envolvido nisso. Faltam poucos pontos para entregarmos nossa proposta aos europeus, onde temos uma maioria de apoio. As coisas podem andar e criaremos o maior bloco econômico do mundo, com 700 milhões de pessoas. Isso muda tudo”, completou.

Presente na cerimônia de abertura do Pavilhão do Brasil, o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva, disse que estava orgulhoso dos espaços organizados pela ApexBrasil no evento. “Eles reforçam a imagem do país como fornecedor de produtos alimentícios de diversas qualidades para todo o mundo”, afirmou, lembrando os 200 anos de relações com a França e que 1/3 do comércio francês realizado com a América Latina concentra-se no Brasil.

Viana adiantou que, com o comércio exterior batendo recordes, a ApexBrasil quer ampliar a presença no exterior. E lembrou que “o país está perto de um fluxo de US$ 800 bilhões de dólares no comércio exterior, incluindo bens e serviços, caminhando para alcançar US$ 1 trilhão nos próximos dois anos”.

Forte presença de empresas lideradas por mulheres

Também presente na abertura do evento, o gerente do Agronegócio da ApexBrasil, Laudemir André Müller, lembrou que das 192 empresas apoiadas pela ApexBrasil 55 são lideradas por mulheres. É o caso de Daniela Ferreira, diretora de Vendas e Marketing da Up4Market, uma das expositoras do BTL (Brasil Trade Lounge (BTL), que ajuda pequenas empresas a internacionalizar seus produtos para o mercado internacional. “Jamais nossas empresas conseguiriam alcançar o mercado sem a Apex. A gente sempre pode ser mais, o pequeno pode ficar grande com a ajuda do governo”, disse Daniela.

Lançamento da plataforma Buy Brazil

A nova plataforma digital Buy Brazil, idealizada e desenvolvida pela ApexBrasil, foi oficialmente lançada no SIAL Paris. A plataforma visa conectar exportadores brasileiros a compradores internacionais. A ferramenta, que já conta com mais de 100 empresas brasileiras, incluindo as participantes do SIAL Paris, oferece um diretório online de exportadores, facilitando o acesso de compradores internacionais a produtos de empresas brasileiros de acordo com as especificidades do mercado externo.

A Buy Brazil surgiu para atender uma necessidade identificada pela ApexBrasil, em parceria com seus escritórios no exterior, a partir de demandas de importadores internacionais. O objetivo é aumentar a visibilidade global dos produtos brasileiros e fortalecer a presença do Brasil no exterior. “Estamos entusiasmados em lançar a Buy Brazil. Essa plataforma é uma ferramenta poderosa para conectar compradores internacionais com os melhores exportadores brasileiros, ajudando a construir parcerias de sucesso no comércio global”, disse Viana.

Para saber mais, acesse a plataforma: https://www.buybrazil.com.

Fonte: Assessoria ApexBrasil

Colunistas Opinião

Microbioma do solo, sanidade e produtividade das culturas

Estudos recentes mostraram que o microbioma da rizosfera é significativamente influenciado pelo metabolismo das raízes das plantas.

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Por Décio Luiz Gazzoni, engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja, membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica

Chamamos de rizosfera aquela porção do solo mais próxima das raízes das plantas. Alguns solos têm maior capacidade de apoiar a supressão de agentes causadores de doenças de plantas do que outros, ajudando a prevenir o estabelecimento de patógenos na rizosfera das plantas. No entanto, as características que definem estes solos são, em grande parte, desconhecidas.

O ambiente da rizosfera é complexo, composto principalmente por carbono, e também contendo diversos nutrientes, que são fundamentais para abrigar uma comunidade microbiana diversificada, responsáveis pela promoção do crescimento e da saúde das plantas. O microbioma da rizosfera serve como primeira linha de defesa contra patógenos de plantas, um fator de sustentabilidade para os sistemas de produção agrícolas.

Por causa disso, avançar em nossa compreensão sobre como as variações na composição dos microbiomas da rizosfera influenciam as doenças das plantas é de suma importância, para fundamentar estratégias inovadoras que melhorem a sanidade e a produtividade das plantas. Uma técnica agronômica clássica é a rotação de culturas, que propicia a mitigação dos impactos negativos dos agentes patogênicos na produção agrícola, quebrando a ligação entre a planta hospedeira e os patógenos.

Mas existem novidades, como comunidades microbianas sintéticas, chamadas de SynComs, além de metabólitos produzidos pelas raízes. São estratégias promissoras para combater patógenos presentes no solo, responsáveis por causar doenças de plantas. Os SynComs estão sendo desenvolvidos como bioprodutos para controlar doenças ocasionadas por patógenos presentes no solo. No entanto, ainda há um longo percurso para compreender os impactos dos SynComs na rizosfera das culturas e sua efetividade para a sanidade vegetal.

Estudos recentes mostraram que o microbioma da rizosfera é significativamente influenciado pelo metabolismo das raízes das plantas. Como resultado, a melhoria do estado da sanidade de um vegetal depende de quais populações microbianas são capazes de aproveitar os metabólitos produzidos pelas raízes.

Estudos conduzidos pela equipe do Dr. Yanyan Zhou, em laboratório e, posteriormente, em estufas e a campo, investigaram o efeito do manejo – comparando monocultura e rotação – sobre a capacidade dos microbiomas da rizosfera em suprimir a podridão da raiz do amendoim. Em comparação com as rotações de culturas, a monocultura resultou em conjuntos microbianos que foram menos eficazes na supressão de doenças de podridão radicular.

Além disso, o esgotamento dos principais organismos da rizosfera na monocultura, reduziu a capacidade de proteger as plantas contra os agentes patogênicos. Para contornar o problema, os pesquisadores promoveram a suplementação de cepas esgotadas, o que restaurou a resistência da rizosfera ao patógeno.

O mérito das pesquisas do Dr. Zhou não está na sua originalidade, mas na consolidação do conhecimento do papel dos micróbios nativos do solo no combate às doenças e no apoio à saúde das plantas, e indicam a importância da rotação de culturas, e o potencial da utilização de inóculos microbianos, para regenerar a capacidade natural do solo para combater as doenças das plantas.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural com Décio Luiz Gazzoni
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Chamada para Submissão de Trabalhos Científicos para o Congresso de Ovos APA 2025

Submissões já estão abertas no site oficial do evento.

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As submissões de trabalhos científicos para o 22º Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos 2025, que acontecerá de 24 a 27 de março de 2025 no Multiplan Hall, anexo ao Ribeirão Shopping (Ribeirão Preto/SP), promovido pela Associação Paulista de Avicultura (APA) e apoio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP), já estão abertas. Os trabalhos submetidos passarão por uma rigorosa avaliação feita por uma comissão especializada, composta por no mínimo oito profissionais experientes nas áreas de manejo, nutrição, sanidade, entre outros temas relevantes para a avicultura.

Segundo a coordenadora do processo de avaliação, Profa. Dra. Sarah Sgavioli, professora titular de Avicultura da Universidade Brasil, a comissão é responsável por analisar não apenas a importância científica dos trabalhos, mas também a sua adequação às normas estabelecidas pelo congresso. “A avaliação é feita com base em critérios técnicos e científicos. Os trabalhos são verificados quanto à relevância para a área, além da qualidade de conteúdo apresentado, que inclui título, introdução, objetivo, materiais e métodos, resultados, discussão e conclusões,” explicou a professora.

Professora Sarah Sgavioli: “É fundamental, que os participantes estejam atentos às diretrizes e normas do evento, para garantir a aceitação dos trabalhos” – Foto: Divulgação/Giracom

A comissão avaliadora também verifica se os trabalhos seguem rigorosamente as normas de submissão, que podem ser consultadas no site oficial do congresso. “É fundamental, que os participantes estejam atentos às diretrizes e normas do evento, para garantir a aceitação dos trabalhos,” complementou a professora Sarah Sgavioli.

Os pesquisadores e profissionais interessados em submeter seus trabalhos podem acessar todas as informações no site do evento, onde estão detalhadas as orientações sobre formatação, prazos e critérios de avaliação.

O 22º Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos 2025 é uma excelente oportunidade para a divulgação de pesquisas recentes e inovadoras no setor de avicultura de postura, contribuindo para o desenvolvimento técnico e científico da área.

Fonte: Assessoria APA
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BRDE do Paraná recebe certificação por práticas voltadas à biodiversidade

Foi conquistada em função de suas ações e parcerias voltadas à biodiversidade, à criação do Fundo Verde e mitigações que reduzem os impactos ambientais, além de ter se tornado a primeira instituição financeira de fomento a se tornar um Banco Verde.

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Foto: Divulgação/BRDE

A partir da metodologia da LIFE, que oferece métricas de desempenho em biodiversidade, e por meio do software LIFE Key, foi possível à agência do BRDE no Paraná avaliar a pressão de suas atividades sobre a biodiversidade, assim como as ações positivas realizadas para a conservação, dando a ela o status Nature Positive, que refere-se a um conjunto de ações consideradas assertivas.

“Ações institucionais, como a aplicação do Fundo Verde em projetos com a Fundação Araucária, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Fundação Boticário, assim como participação em ações e grupos de trabalho com parceiros estratégicos voltados à preservação da biodiversidade, credenciaram o Banco a obter essa importante certificação”, detalhou o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Renê Garcia Júnior.

No Brasil, o Tecpar Certificação foi a primeira organização credenciada para oferecer a Certificação LIFE, reconhecimento desenvolvido pelo Instituto LIFE a empresas comprometidas com a biodiversidade. Fabio Corrales, gerente do Tecpar Certificação, explica que a Certificação Life se baseia em uma metodologia com requisitos técnicos que abrangem tanto a gestão ambiental corporativa como as ações efetivas de conservação da biodiversidade.

“A gestão ambiental e os impactos da organização à biodiversidade são avaliados por meio de um sistema de pontuação. O objetivo é propor um mínimo em ações de conservação que deverão ser realizadas pela instituição para obter a certificação”, explica Corrales.

Todas as ações adotadas pela empresa para redução de impactos ambientais são registradas em um sistema informatizado. Para o cálculo de impacto, são levados em conta aspectos como geração de resíduos, emissão de gases do efeito estufa, consumo de água, utilização de energia e ocupação da área. A Certificação LIFE tem como hierarquia de gestão de impacto os seguintes passos: evitar, reduzir, mitigar, recuperar e compensar.

Após a implantação de todas as diretrizes estabelecidas para a obtenção da certificação, a equipe técnica do Tecpar Certificação vai à empresa solicitante para a auditoria. Se todos os critérios foram atendidos, a certificação é concedida.

Modelo de negócios – Ao se tornar o primeiro banco membro da Coalizão Life de Negócios e Biodiversidade – iniciativa formada por empresas protagonistas da transformação dos modelos de negócio que reconhecem a biodiversidade como parte fundamental da agenda ESG global (Governança ambiental, social e corporativa) –, a do Banco trouxe acesso a soluções práticas e métricas desenvolvidas para desempenho em biodiversidade.

De acordo com o diretor administrativo Heraldo Neves, essa prática permitiu ao BRDE incorporar aos seus modelos de negócios a tomada de decisão em investimentos que efetivamente contribuam para a conservação da biodiversidade.

“Assim, o BRDE busca se tornar agente transformador em modelos de negócios sustentáveis e permite que o Banco também estimule seus clientes a adotar novas práticas e ter um atendimento customizado, com precificação diferenciada. O objetivo do BRDE é desempenhar um papel de protagonista para transformar a sociedade, através de uma nova postura mais prática e ser referência nacional e internacional na aplicação de indicadores de sustentabilidade”, completou.

As agências do BRDE de Santa Catarina e Rio Grande do Sul também vão iniciar seus respectivos processos de certificação e, assim, após a implementação, a ferramenta LIFE será norteadora das ações do Banco voltadas à conservação da biodiversidade, de forma integrada.

Banco verde – O BRDE se tornou o primeiro Banco Verde do Brasil, ou seja, a ter 80% de suas operações aderentes a algum dos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e a tornar os negócios com parceiros efetivamente atualizados com o compromisso global de descarbonização, investimentos verdes, mudanças climáticas, equidade e inclusão econômica e cidadã.

Já o Fundo Verde é uma das práticas do Banco Verde, com objetivo de apoiar o desenvolvimento de projetos científicos, tecnológicos e de inovação que visem à promoção de impacto socioambiental e climático positivo na Região Sul, em parceria com a Fundação Araucária e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Fonte: Assessoria BRDE
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