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Notícias Projeto alia aquicultura e cultivo de ho

Parceria entre Instituto de Pesca e Instituto de Zootecnia busca produção de iscas vivas em sistema de aquaponia

Vantajoso dos pontos de vista ambiental e econômico, sistema pode trazer mais renda e alimento para pequenos produtores, aliando aquicultura e cultivo de hortaliças. 

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Fernando André Salles

Pesquisa científica realizada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de parceria entre os Institutos de Pesca (IP) e de Zootecnia (IZ), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), visa promover a criação de espécies utilizadas como isca viva em conjunto com a produção de hortaliças. O sistema, conhecido como aquaponia, otimiza o uso de recursos naturais e de espaço, e pode significar mais ganhos para o produtor.

“O sistema de aquaponia é uma combinação entre dois sistemas: a aquicultura (cultivo de organismos aquáticos) e a hidroponia (cultivo de vegetais sem uso de solo, a partir de solução nutritiva)”, conta o pesquisador do IP Marcello Boock. Conforme explica, nesse sistema, peixes ou camarões de água doce são mantidos em reservatórios de pequeno porte (até mesmo caixas d’água), onde recebem a ração. Em decorrência das excretas produzidas (fezes e amônia) e das sobras de alimento presentes, a água passa a ter altas concentrações de nutrientes — esses servirão de adubo para as plantas. “Essa água carregada de nutrientes é constantemente bombeada para o outro componente do sistema, que seria a parte correspondente à hidroponia, onde as mudas, posicionadas em ‘prateleiras’, são plantadas em substrato próprio”, elucida Boock. “Depois de absorvida parte dos nutrientes pelas plantas, essa água retorna, por gravidade, para o tanque de cultivo dos camarões ou peixes. Isso ocorre continuamente, é um Sistema de Recirculação de Água”, complementa.

De acordo com o pesquisador do IP, o sistema configura um ciclo fechado, onde o uso dos recursos é otimizado. De um lado, a água carregada de nutrientes, que seria tóxica para os peixes, serve de solução nutritiva para o desenvolvimento das plantas; por outro, ao passar pelas raízes e pelo substrato de cultivo, a água retorna purificada, sem que seja necessário trocá-la. “A água retornando continuamente para os peixes faz com que quase não haja gasto de água. Utiliza-se quase a mesma água durante todo o cultivo, só sendo necessária a reposição do que é perdido por evaporação e evapotranspiração das plantas”, comenta o especialista. Segundo ele, isso difere dos sistemas comuns de aquicultura e também da hidroponia convencional, onde há troca constante de água e necessidade de tratamento do que é descartado.

Dessa forma, Boock conta que a principal vantagem do sistema é o uso consciente dos recursos naturais, principalmente a água. “Nesse sistema, devido à recirculação, gasta-se até 90% menos água do que em um sistema de produção agrícola convencional, que utiliza irrigação”, garante o pesquisador do IP. O impacto ambiental do método, menciona, se resume aos gastos de energia elétrica para operação das bombas. “Esse consumo é pequeno, dado que são bombas de baixa capacidade, uma vez que o sistema é, atualmente, mais adaptado a pequenos produtores e piscicultores familiares”, pontua o especialista. Como lembra, já se planeja inclusive o uso de energia fotovoltaica acoplada ao sistema, reduzindo ainda mais o impacto de seu funcionamento.

Parceiro de Boock no projeto, que está sendo desenvolvido na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Pirassununga do Instituto de Pesca, o pesquisador do IZ Fernando André Salles elenca outras vantagens do método. “Por sua natureza essencialmente recicladora, a aquaponia permite uma economia no uso de fertilizantes sintéticos na produção de vegetais, além de evitar a descarga de nutrientes potencialmente poluidores provenientes da piscicultura”, ressalta Salles. “Outro aspecto interessante da aquaponia é o fato dela poder ser utilizada em escala doméstica, aumentando desse modo a segurança alimentar das famílias, com o consumo de pescados e principalmente de vegetais frescos produzidos diariamente”, agrega.

O especialista acredita que o modelo é aplicável a diferentes regiões de SP e também em outros Estados, podendo contribuir muito com o desenvolvimento de regiões semiáridas, como boa parte do Nordeste brasileiro. “A aquaponia pode, ainda, ser conduzida em ambientes urbanos e periurbanos, em proximidade ao mercado consumidor, diminuindo desse modo o transporte de mercadorias e, por conseguinte, a emissão de carbono proveniente da queima de combustíveis”, enfatiza Salles.

Projeto com iscas vivas

A atividade de pesca esportiva encontra bastante espaço nos rios e represas do Estado de São Paulo e, com ela, se mantém a comercialização de espécies de pequeno porte utilizadas como iscas vivas, normalmente peixes ou camarões.

Conforme conta Boock, para se evitar a coleta dessas espécies no ambiente e os impactos decorrentes, a criação para venda tem sido uma tendência. “Normalmente existem aquicultores que produzem iscas (sobretudo lambaris) em grandes quantidades, em viveiros de engorda, e que vendem para pequenos atravessadores, geralmente pescadores artesanais”, detalha o especialista. Estes, conta, adquirem e mantêm os organismos de uma forma precária, revendendo de acordo com a procura.

O pesquisador do IP relata que, em momentos de mau tempo ou baixa temporada de pesca, as iscas-vivas podem ter de ficar mais tempo armazenadas nos reservatórios, o que pode causar uma deterioração da qualidade de água, com consequente aumento da mortalidade e perda financeira. “Com esse sistema que estamos propondo, o pequeno distribuidor poderia manter as iscas por períodos mais longos, de uma maneira mais controlada, e vender um produto de melhor qualidade”, assegura Boock.

Além disso, pontua, produziria hortaliças e temperos (alface, manjericão, rúcula etc) que podem ser consumidos por ele e a família, contribuindo com a Segurança Alimentar, ou mesmo comercializados para se ter uma nova fonte de renda. “Esse é o enfoque: tentar resolver o problema das pessoas que comercializam as iscas, os pequenos distribuidores, ao mesmo tempo em que se incentiva o grande produtor a aumentar o volume de negócios, pois os compradores vão conseguir armazenar mais peixes por mais tempo na propriedade, e isso acaba fortalecendo vários elos dessa cadeia da pesca esportiva”, finaliza Boock.

Fonte: Assessoria Instituto da Pesca

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Governador recebe embaixador do Azerbaijão e destaca potenciais produtivos do Paraná

É a primeira visita do diplomata ao Paraná, que pretende estreitar relações com o Estado, ampliando o comércio exterior e o intercâmbio cultural e educacional.

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu na terça-feira (23), no Palácio Iguaçu, o embaixador da República do Azerbaijão no Brasil, Rashad Novruz. É a primeira visita do diplomata ao Paraná, que pretende estreitar relações com o Estado, ampliando o comércio exterior e o intercâmbio cultural e educacional.

Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

Localizado na região do Cáucaso, entre a Europa e a Ásia, o Azerbaijão é um dos mais de 200 destinos ao redor do mundo que adquirem produtos paranaenses. Em 2023, as exportações do Paraná ao país somaram US$ 1,3 milhão, principalmente de carnes suína e de peru congeladas. Apesar de ter parcerias comerciais com o Brasil, principalmente para a exportação de fertilizantes, o país não consolidou vendas para o Estado no ano passado. “Temos uma boa oportunidade para estreitar as relações comerciais e culturais com o Azerbaijão. Nosso Porto de Paranaguá, por exemplo, tem uma grande expertise no recebimento de fertilizantes, e pode ser a porta de entrada, no Brasil, das cargas que vêm do país”, afirmou Ratinho Junior. “Além disso, o Paraná é um dos maiores produtores de alimentos do Brasil, e pode ter no Azerbaijão um bom parceiro comercial nesse sentido”.

Ratinho Junior apresentou os potenciais do Paraná na produção de alimentos, sendo o segundo o maior produtor de grãos e o principal produtor de proteína animal do Brasil. O Estado, destacou o governador, tem também uma economia diversificada e é um importante polo automobilístico no País, além de contar com centros de tecnologia e inovação e, também, sete universidades estaduais espalhados em todas as regiões.

O embaixador ressaltou que, além dos acordos bilaterais entre os governos brasileiro e azerbaijano, pretende fortalecer as relações comerciais, culturais e diplomáticas com os estados individualmente, e destacou o potencial do Paraná para futuras parcerias. Além disso, o país vai sediar a próxima Conferência da ONU sobre Mudanças do Clima (COP29), que acontece em novembro na capital Baku. “Queremos que o povo do Paraná conheça o Azerbaijão e a população do nosso país também conheça um pouco do Estado. Um intercâmbio cultural e de estudantes poderia abrir a possibilidade de aproximar nossas regiões”, disse o embaixador. “Estamos identificando, no Brasil, locais para investir em projetos estratégicos. O Paraná tem uma economia diversificada, então também há possibilidade de fortalecer o comércio bilateral”, completou.

Presenças

Acompanharam a reunião o vice-governador Darci Piana; a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; e a chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná, embaixadora Lígia Maria Scherer.Governador recebe embaixador do Azerbaijão e destaca potenciais produtivos do Paraná

Fonte: AEN-PR
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Rede de Agropesquisa do Paraná inicia treinamento de combate à cigarrinha-do-milho

Treinamento ministrado em Londrina abordou desde a instalação e coleta das armadilhas adesivas até a taxonomia e identificação da Dalbulus maidis, além de atualizações sobre a bioecologia do inseto. Participaram 12 extensionistas do IDR-Paraná, representando seis mesorregiões produtoras de milho segunda safra.

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Representantes de entidades que se dedicam à pesquisa agropecuária se reuniram no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), em Londrina (PR), para um treinamento e início do projeto de monitoramento da flutuação populacional da cigarrinha-do-milho na atual safra. O trabalho é feito pela Rede de Agropesquisa Complexo de Enfezamento do Milho no Paraná, da qual o IDR-Paraná faz parte.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Criada em 2023 para atender as demandas crescentes do setor agrícola estadual, a rede tem se destacado no enfrentamento dos prejuízos causados pelos enfezamentos e viroses transmitidos pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Com na complexidade desse desafio, ela foi estruturada em três eixos prioritários: monitoramento, reação de cultivares e controle químico e biológico.

O treinamento ministrado na semana passada pela equipe de pesquisadores da Área de Proteção de Plantas abordou desde a instalação e coleta das armadilhas adesivas até a taxonomia e identificação da Dalbulus maidis, além de atualizações sobre a bioecologia do inseto. Participaram 12 extensionistas do IDR-Paraná, representando seis mesorregiões produtoras de milho segunda safra.

O protocolo técnico resultante desse encontro, que servirá de base para o monitoramento nas unidades de referência, também será estudado em novos treinamentos abrangendo outras regiões produtoras. “O IDR-Paraná se destaca ao gerar essa rede de informações graças à capilaridade dos técnicos nos municípios, e com os dados sobre a biologia do inseto podemos ajustar as estratégias de manejo”, salientou Ivan Bordin, pesquisador da área de Fitotecnia. A equipe contou ainda com os pesquisadores Rodolfo Bianco, Humberto Godoy Androcioli, Adriano Thibes Hoshino e Michele Regina Lopes da Silva.

Além do monitoramento, a equipe técnica ressaltou a importância de estratégias como seleção de cultivares tolerantes geneticamente, tratamento de sementes, pulverizações regulares, controle de plantas daninhas, planejamento do plantio e controle ambiental para mitigar os impactos das pragas. A iniciativa visa gerar mapas de distribuição populacional da cigarrinha-do-milho e emitir alertas nos períodos críticos da cultura. As informações são fundamentais para orientar técnicos e produtores na adoção de melhores práticas agrícolas. “Esses alertas possibilitam ao produtor saber como estão as populações de cigarrinha na sua região e também a efetividade delas com os patógenos. Para que possa decidir se deve ou não intensificar as ações de manejo contra as doenças do complexo de enfezamento do milho”, afirmou Michele.

Doença

A doença envolve o inseto Dalbulus maidis, que transmite o vírus da risca e as bactérias fitoplasma e espiroplasma, também conhecidas como molicutes. Por isso, os técnicos a denominam “complexo” do enfezamento.

A cigarrinha se contamina ao sugar a seiva de plantas infectadas e transmite os patógenos quando se alimenta novamente em lavouras sadias. Ela pode voar em um raio de 30 quilômetros, mas transportada por correntes de ar alcançam distâncias maiores.

A infecção das plantas ocorre no período que vai da emergência até cerca de 35 dias, embora os sintomas — manchas vermelhas ou amarelas nas bordas das folhas ou em formato de riscas e pouco desenvolvimento das plantas — se manifestem com a lavoura já em fase de pendoamento e formação de grãos.

O complexo do enfezamento foi primeiramente detectado no Oeste do Paraná há cerca de 20 anos, em ocorrências esporádicas e localizadas. A partir de 2017 aumentaram os relatos de sua presença nas lavouras.

As principais recomendações para lidar com a doença são o uso de cultivares tolerantes e vistorias constantes no período que vai da emergência das plantas até o estágio de oito folhas, com o objetivo de avaliar a presença da cigarrinha e a necessidade de seu controle com inseticidas químicos ou biológicos.

Também se recomenda o uso de sementes tratadas e a semeadura simultânea em uma mesma região para evitar a chamada “ponte verde”, que é a existência de lavouras em diferentes etapas de desenvolvimento.

A eliminação de tigueras, ou plantas guaxas, do terreno é importante para interromper o ciclo da cigarrinha e dos patógenos.

Rede

Além do IDR-Paraná, estão envolvidas na Rede de Agropesquisa Complexo de Enfezamento do Milho a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a UniCesumar, a Embrapa Milho e Sorgo, a Embrapa Cerrados, além das cooperativas Coamo, Cocamar, Copacol e Integrada.

O investimento previsto na rede é de R$ 3,8 milhões, recurso proveniente da Fundação Araucária, entidade de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR). A duração dos projetos é de três anos.

“O trabalho que temos feito desde o ano passado tem se mostrado acertado. Com o engajamento dos parceiros e financiadores da rede, conseguimos estabelecer estratégias de integração e vamos, cada vez mais, divulgar os resultados das pesquisas para a comunidade acadêmica e aos produtores, a fim de vencermos os desafios dessa doença”, afirmou a diretora de pesquisa e inovação do IDR-Paraná, Vânia Moda Cirino.

Fonte: AEN-PR
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Movimentação de grãos pelo modal hidroviário tem salto superior a 780% em 13 anos

Deslocamento fluvial possui um custo mais barato ao possibilitar o transporte de grande volume de grãos em uma única viagem, o que reduz a quantidade de caminhões a serem contratados pelo produtor.

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Fotos: Claudio Neves

O volume de soja e milho transportado pelo modal hidroviário no país saltou de 3,4 milhões de toneladas em 2010 para 30 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento de 782,35%. Em termos percentuais, este modal, que representava 8% em 2010, chegou a 23% em 2022 e 19% em 2023. Os dados estão no Anuário Agrologístico 2024, publicação inédita lançada na terça-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O documento ainda mostra que este crescimento verificado acompanha a maior participação dos portos do Arco Norte como canal de escoamento dos grãos no país.

“Os embarques de milho e soja pelos portos da região Norte já representam cerca de um terço do volume exportado pelo país. Esse resultado é obtido a partir do desenvolvimento do setor, impulsionado pela Lei dos Portos de 2013”, avalia o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “Vale destacar que os investimentos em infraestrutura não aparecem de imediato, levando tempo para serem percebidos”.

De acordo com a empresa pública federal Infra S.A., os pedidos para autorização de instalações portuárias privadas após a promulgação da Lei dos Portos saltou de 3 em 2013 para 75 em 2014. Já a partir de 2015 essas solicitações por ano aumentaram em cerca de 4 vezes se comparadas com o período anterior da nova legislação. Atualmente, o país conta com 253 Terminais de Uso Privado (TUPs) e 247 Terminais Públicos.

O modal hidroviário possui um custo mais barato ao possibilitar o transporte de grande volume de grãos em uma única viagem, o que reduz a quantidade de caminhões a serem contratados pelo produtor. “Nós temos um crescimento de logística nos Rios da Amazônia que faz uma redução de custo, uma melhoria de receita ao produto e, sobretudo, não podemos esquecer que reduz o tempo de caminhão na estrada, com isso menos produção de produtos [gases] que possam afetar o meio ambiente”, ressaltou o diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura e Pecuária, Silvio Farnese, durante a divulgação do 7º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 realizado pela Companhia.

Desafios

Diante do crescimento da safra brasileira, a maior integração entre os modais tende a tornar os grãos produzidos pelos agricultores brasileiros mais competitivos no mercado internacional. “Quando olhamos o modal hidroviário, apesar do aumento na participação no transporte de grãos, ainda é preciso superar desafios”, pondera Guth. Segundo o superintendente, é preciso gerar investimentos que visam a melhoria do desempenho das vias economicamente navegáveis, bem como na construção de terminais de transbordo, de forma a impulsionar a intermodalidade no país.

Também é preciso estimular a aplicação de recursos a fim de ampliar a utilização das ferrovias no país. De acordo com a avaliação de Guth, além das construções das linhas férreas, é fundamental ter pontos em que seja possível fazer a baldeação do produto entre um modal e outro. “A ferrovia Norte-Sul, por exemplo, amplia as escolhas do produtor ao abrir um novo corredor logístico e traz competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país”.

No entanto, o superintendente da Conab reforça que ampliar o uso de novos modais não significa extinguir o uso de caminhões. “A integração traz uma nova abordagem para o uso das rodovias. Ao invés de um caminhoneiro fazer uma viagem de 3 mil quilômetros ou mais, ele tende a fazer vários trajetos curtos. Essa nova abordagem traz não só mais economia e facilidade para se manter a qualidade das vias rodoviárias, como também desgasta menos o caminhão e oferece melhor qualidade de vida aos trabalhadores”, completa.

Outras informações sobre a logística, principalmente, de exportação de soja, milho e farelo de soja, bem como a importação de fertilizantes estão no Anuário Logístico 2024, disponível no site da Conab.

Fonte: Assessoria Conab
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