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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes No Oeste do Paraná

Parceria da Copagril com Copacol estimula crescimento da produção de tilápias

Há dois anos, a cooperativa rondonense replanejou a atividade, contratando um técnico para atender aos associados e promover o crescimento da piscicultura.

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Vista do tanque da propriedade de Silvio Vorpagel, onde são cultivadas 41 mil tilápias a cada 11 meses

Tilápia é a principal espécie de peixe criada em cativeiro na região, mas instabilidade do mercado particular traz dificuldades aos produtores. Parceria entre as cooperativas proporciona facilidades aos produtores associados, por meio do sistema de integração

Uma das áreas que vem crescendo significativamente junto aos associados da Copagril, de Marechal Cândido Rondon (PR), é da produção de peixes em tanques de água doce. Há dois anos, a cooperativa rondonense replanejou a atividade, contratando um técnico para atender aos associados e promover o crescimento da piscicultura. “Nestes dois anos vimos que praticamente quadruplicou o volume de peixes produzidos pelos associados da Copagril. Podemos dizer que estamos passando por um momento de estabilidade e qualidade na parceria com a Copacol, que industrializa os nossos pescados”, afirma o supervisor de fomento da área de peixes da Copagril, Thales Serrano Silva.

Com a estabilidade no processo de produção, os associados da Copagril chegam a fornecer hoje aproximadamente seis milhões de peixes por ano para a Copacol. “São 36 associados que estão devidamente preparados e participando da produção. Todas propriedades estão bem organizadas e passaram por remodelações para ficar em conformidade com a legislação e a logística necessária. As propriedades estão bem equipadas e os produtores devidamente orientados, para que não haja perdas e mortalidade significativas. Isto é fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, com muita orientação e apresentação para que os produtores trabalhem dentro das normas e técnicas recomendadas”, menciona Thales.

Somente tilápias são destinadas para o abate, na produção que segue um ciclo de nove meses. “O tempo de cultivo é de 250 dias, quando os peixes devem chegar no peso médio ideal, de 800 gramas, ainda que fatores climáticos possam interferir no tamanho dos mesmos”, expõe o técnico, complementando: “Os 36 associados da Copagril que participam do programa possuem, juntos, cerca de 82 hectares de lâmina de água”.

Com relação à possibilidade de expansão do setor, Thales diz que no momento está preenchido o possível ciclo de produtores. “Para a segurança do programa, é preciso ter limites. Os associados integrados não vivem a especulação que o mercado normalmente propõe, mas vivem da segurança que a integração proporciona. Para que tudo aconteça nos conformes, os alevinos são fornecidos no limite da cooperativa parceira, a Copacol”, comenta.

De acordo com o técnico, o mercado está em expansão. “Temos informações de que está faltando peixe no mercado. Isso dá uma projeção de que o produtor vai ganhar mais na próxima safra”, prevê.

Supervisor de fomento da área de peixes da Copagril, Thales Serrano Silva, com o associado Silvio Vorpagel – Fotos: Divulgação/OP Especiais

Sistema de integração

Associado da Copagril, o agricultor Silvio Vorpagel possui em sua propriedade, na Linha Heidrich, interior de Marechal Rondon, um tanque com 6,4 mil metros cúbicos de lâmina d’água, onde mantém em torno de 41 mil peixes por lote.

Segundo ele, participar do programa da Copacol via Copagril é a segurança que precisava para permanecer na atividade. “Produzir peixes de forma particular é muito instável. Na produção particular você precisa de praticamente um ano para sustentar os peixes para depois tentar ganhar algo. No sistema de integração a gente recebe os alevinos, vem a ração, visitas dos técnicos e temos a garantia de pagamento. Eu recebo por conversão alimentar a cada lote entregue”, destaca o associado da Copagril.

Ração própria

Dentro do planejamento de atuação no setor de peixes, a Copagril está começando a produzir ração própria para o setor. “Tanto os produtores associados quanto os não associados poderão adquirir a partir deste mês de janeiro a ração de peixes produzida pela indústria da Copagril”, informa o supervisor comercial da Copagril, Riscala Mocelin.

De acordo com Mocelin, a Copagril vai trabalhar rações de peixes em escala comercial para os segmentos juvenis, engorda e acabamento, seguindo os melhores parâmetros nutricionais recomendados, atendendo a demanda da região. “Conforme estudos preliminares, alcançamos o nível das melhores rações disponibilizadas na região, que proporcionará ganho de conversão alimentar e melhores resultados para os produtores”, sintetiza.

A fábrica de rações da Copagril destinará espaço para a produção de aproximadamente três mil toneladas por mês. A Copagril fornecerá as quantidades de rações via sacas ou a granel, conforme a demanda do produtor. “Ainda que na fase inicial a produção seja menor, com o tempo podemos chegar à produção total projetada”, projeta.

Fonte: O Presente Especiais

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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