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Paraná quer modernização na infraestrutura

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Governo do Estado e entidades do Paraná ligadas ao agronegócio encaminharam ontem
(26) ao secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, um conjunto de propostas como
contribuições para a formatação das regras do Plano Safra 2013/14 que o governo
federal deve divulgar em julho, antes do plantio da principal safra de grãos no
Brasil. As propostas do Paraná dão prioridade à modernização da infraestrutura
para atender o desafio de escoar a produção agrícola, que está aumentando em
todas as regiões produtoras do país. A produção agrícola brasileira cresceu e
os produtores estão sentindo no bolso a falta de rede de armazéns, de estradas
e de portos para guardar, escoar e embarcar a safra.

Elaboradas
em conjunto pela Secretaria estadual da Agricultura, Federação da Agricultura
do Estado do Paraná, Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), e
Associação Paranaense das Empresas de Planejamento Agropecuário (Apepa), as
propostas incluem a concessão de recursos em torno de R$ 175 bilhões para o
custeio, comercialização e investimentos no meio rural, sendo R$ 150 bilhões
para a agricultura empresarial e R$ 25 bilhões para a agricultura familiar. O
setor pede a redução de juros de 5,5% para 4% ao ano.

Recursos

Os
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
destinados ao financiamento de infraestrutura, devem ser ampliados de R$ 6
bilhões para R$ 10 bilhões, com prioridade na construção de armazéns e câmaras
frigoríficas. Os produtores rurais pedem ainda o financiamento de caminhões
para pessoa física.

Outra
proposta refere-se à ampliação de benefícios para o enquadramento dos
produtores no plano ABC, de redução de carbono, responsável por financiar entre
outros empreendimentos a técnica de integração Lavoura, Pecuária e Floresta. O
Paraná pede a redução de juros de 5% para 3,5% ao ano e ampliação dos recursos
para R$ 5 bilhões.

No
programa de Seguro Rural, a reivindicação é mais ousada em relação ao aumento
de recursos, que devem ser elevados de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões
anuais, com aumento desse valor de forma gradativa nas demais safras.

Cooperativas

Nas
operações específicas das cooperativas, como Prodecoop e Procap-Agro foi
reivindicado aumento do limite de financiamentos, do percentual de capital de
giro associado a projetos de investimento, a inclusão de máquinas e
equipamentos importados sem similar nacional. Houve solicitação da ampliação do
prazo dos financiamentos de investimentos, bem como a respectiva redução das
taxas juros de 9% para 4%, além da criação de uma linha de financiamento de
crédito rotativo para atender despesas de recebimento da produção agropecuária,
classificação, pré-limpeza, secagem entre outras despesas consideradas de
custeio.

Ainda
foram encaminhadas propostas em apoio à olericultura, cafeicultura,
suinocultura, bovinocultura de corte e leite, à pesquisa cientifica, à
subvenção de contratos de opção, à renegociação de dívidas, Programa e Garantia
de Atividade Agropecuária (Proagro), ampliação da renda bruta dos produtores
enquadrados no Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), bem como do
montante de recursos destinados ao programa para R$ 20 bilhões, entre outras
medidas de direcionadas à alavancagem das operações de custeio, investimento,
comercialização e infraestrutura.

Planos
Safras

O
secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lembrou que o
Paraná tem tradição em contribuir com o governo federal na elaboração dos
planos safras nacionais e, neste ano, o Estado está ressaltando a importância
de atender as reivindicações do setor produtivo no que se refere à logística e
infraestrutura. “O produtor paranaense está aplicando mais tecnologia, está
aumentando a produção agrícola mas infelizmente ainda tem muita ineficiência da
porteira para fora”, disse Ortigara. Segundo ele, atualmente o produtor de soja
está deixando de ganhar cerca de R$ 10 a mais por saca de soja para colocar a
carga no navio por causa da precariedade de infraestrutura. Ele defendeu
maiores investimentos em armazenagem e no seguro rural para dar mais suporte de
investimentos ao produtor rural.

Armazenamento

O
presidente da Faep, Ágide Meneguette, destacou a necessidade de ampliar a rede
de armazéns, inclusive com a concessão de financiamentos para construção de
armazéns nas propriedades rurais. “Não é possível mais armazenar a safra em
carroceria de caminhão ou nos porões do navio”, afirmou. “Isso precisa melhorar
no Brasil”, acrescentou. Meneguette disse que o produtor rural está avançando
na aplicação de tecnologia no campo, inclusive recorrendo à agricultura de
precisão para aumentar a produtividade. Essa tendência de avançar na tecnologia
de produção deve ser acompanhada de investimentos em infraestrutura, insistiu.

O
presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, defendeu a redução de juros,
ampliação do seguro rural e de uma política de garantia de renda aos
produtores. Segundo Koslovski, o seguro rural não é o ideal, mas tem evitado o
agravamento do endividamento agrícola por parte do produtor quando é atingido
por um risco. “Precisamos de uma política de garantia de renda para o produtor
trabalhar com segurança e tranquilidade”, disse.

O
presidente da Apepa, Daniel Galafassi, defendeu a presença de um profissional
técnico junto ao produtor para reduzir prejuízos com a falta de orientação no
encaminhamento de projetos técnicos e de documentação.

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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