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Paraná quer estender eficiência da bacia leiteira dos Campos Gerais a outras regiões
Embora as regiões Oeste e Sudoeste se destaquem pelos volumes expressivos, é no Centro-Sul que se encontra a excelência na qualidade e competitividade, graças ao trabalho articulado de cooperativas e produtores locais.
Em 2023, o Paraná produziu aproximadamente 4,4 bilhões de litros de leite, consolidando-se como o segundo maior produtor do Brasil, ficando atrás apenas de Minas Gerais, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná. Nos últimos 10 anos, a atividade cresceu 18,9%, mas a produção leiteira do Estado destaca-se não apenas pelo volume, mas também pela qualidade e eficiência, especialmente na região dos Campos Gerais. Embora as regiões Oeste e Sudoeste se destaquem pelos volumes expressivos, é no Centro-Sul que se encontra a excelência na qualidade e competitividade, graças ao trabalho articulado de cooperativas e produtores locais. Hernani Alves da Silva, engenheiro agrônomo e gerente de Projetos e Cadeias Produtivas do Emater/PR, oferece em entrevista exclusiva ao jornal O Presente Rural uma visão aprofundada deste cenário dinâmico e, em sua visão, promissor.
O Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Leite no Paraná, realizado em 2023 pelo IDR-Paraná, revela um panorama diversificado e em constante evolução. “A produção de leite no Paraná, em termos de volume, qualidade e competitividade, está bem resolvida em algumas regiões, particularmente na região Centro-Sul do Estado, onde estão presentes as cooperativas Capal, Castrolanda, Frísia e Witmarsum, que formam o Pool Leite”, explica Hernani.
Ele destaca que estas cooperativas têm demonstrado uma capacidade exemplar de organização e eficiência, atuando de forma conjunta em toda a cadeia produtiva. “Nesta região observamos alta escala de produção/propriedade, excelente qualidade do produto e competitividade no mercado, através da organização e estruturação destas cooperativas e operação conjunta na produção (fornecimento de insumos e assistência técnica), na logística (operam em conjunto o recolhimento da produção e industrialização) e no mercado (operam em conjunto), atendendo as expectativas do mercado. Nesta região a ‘crise do leite’ é menos impactante. Existe maior segurança dos produtores para aumento sustentável da produção, produtividade, melhoria da qualidade e acesso ao mercado, com produtos diferenciados”, elenca.
O profissional explica que as regiões Oeste e Sudoeste também têm mostrado avanços significativos, com alta densidade econômica na cadeia produtiva e melhorias contínuas na qualidade do leite, impulsionadas pela assistência técnica das cooperativas e do IDR-Paraná. No entanto, ele cita que “existem oportunidades para a produção de leite, como condições edafoclimáticas, culturais e sociais, mas as crises relacionadas ao mercado e a preços de leite geram insegurança e travam o crescimento”.
Por outro lado, nas demais regiões do Estado, como Noroeste e Norte, “o diagnóstico nos mostra grandes desafios, como baixa escala de produção, baixa oferta de assistência técnica e extensão rural, A ATER oficial e as cooperativas não têm conseguido atender esta demanda. Idade média elevada dos produtores, com dificuldades na sucessão familiar, falta de infraestrutura, como estradas, energia trifásica, comunicação e internet”, são outros pontos citados pelo gerente do Emater.
Tecnologia e inovação
A adoção de tecnologias de ponta tem sido um diferencial para os produtores de leite no Paraná. Hernani destaca que “o diagnóstico nos mostra que temos avançado na produção de leite no Paraná, com melhoria na escala de produção, uso de raças especializadas (melhoramento genético) – 76,4% dos produtores estão utilizando raças especializadas – Jersey, holandesa ou cruzamento destas raças. Além disso, a utilização de sistemas automatizados de ordenha e manejo do rebanho, assim como ferramentas de gestão zootécnica e econômica, tem transformado a produção leiteira no Estado. Também avançamos, principalmente nas propriedades médias e grandes, no uso de tecnologia da informação, com o uso de sistemas automatizados de ordenha e manejo do rebanho e no uso de ferramentas de gestão zootécnica, qualidade do leite e gestão econômica através da Associação de Produtores (APCBRH)”.
Isso ajudou o Estado a ter uma produção ao longo de todo o ano e se posicionar estrategicamente entre os produtores de lácteos do país. “A produção e produtividade do leite já não apresenta sazonalidade no Estado, oportunizando melhor acesso ao mercado em relação a outros Estados na oferta da produção”, observa Hernani. “De maneira geral ocorreram incrementos importantes na produção de alimentos volumosos, através do uso de tecnologias disponíveis, materiais genéticos, manejo e fertilidade do solo e no próprio manejo da produção de forragens, com melhoria na produtividade e qualidade dos alimentos”.
Desafios atuais
Apesar dos avanços, os produtores enfrentam desafios técnicos e de mercado que precisam ser superados para garantir a sustentabilidade do setor. Hernani identifica vários obstáculos: “O Diagnóstico da produção de leite no Estado nos mostrou alguns desafios: alto custo de produção, baixa lucratividade, falta de valorização da atividade leiteira, elevada carga de trabalho diária (penosidade), sucessão familiar nas unidades produtivas, pressão da sociedade por baixos preços e falta de assistência técnica”, enumera.
Sustentabilidade
A sustentabilidade ambiental e econômica é uma prioridade para os produtores de leite no Paraná. Hernani explica que “de uma maneira geral os sistemas de produção de leite são sustentáveis no Paraná, do ponto de vista ambiental. A maioria da produção é oriunda de sistemas com base na pastagem e/ou suplemento no cocho com forragem (silagem de milho e silagem de gramíneas). Nestes sistemas é comum o uso de sistema integrado de produção, com o sistema silvipastoril, que consiste na combinação de árvores, pastagem e gado numa mesma área e ao mesmo tempo, oferecendo boas condições de ambiente para produção de leite”.
Nos sistemas mais intensificados, como confinados e semiconfinados, a sustentabilidade ambiental é mantida com tratamentos adequados dos dejetos e boas práticas de bem-estar animal. “Nestes sistemas mais intensivos também apresentam boas condições de bem-estar animal, oferecendo conforto térmico para produção e reprodução e conforto físico (alojamento animal), preservando a saúde dos animais”, aponta o profissional.
Crescimento sustentável
As perspectivas para o setor de laticínios no Paraná são otimistas, aponta Hernani. Ele prevê um aumento na produção por propriedade e uma redução no número total de propriedades, sem comprometer a produção total. “O diagnóstico da atividade leiteira nos mostra a tendência de aumento na produção/propriedade, e redução no número de propriedades, sem redução da produção total. Permanecerão na atividade as propriedades com sistema de produção mais ajustado, com eficiência na gestão técnica e econômica da propriedade”, cita.
Um diagnóstico do estudo de 2023 revela que 54,71% dos produtores planejam aumentar a produção diária, enquanto 43,77% pretendem melhorar geneticamente o rebanho. Apenas 1,78% consideram vender a propriedade, indicando uma confiança geral no futuro do setor (veja gráfico 1 com mais intenções dos produtores de leite do Paraná).
Políticas públicas
O governo estadual desempenha um papel importante no apoio ao desenvolvimento do setor de laticínios. Hernani destaca políticas públicas importantes como o PRONAF e o Banco do Agricultor Paranaense, que oferecem crédito e apoio financeiro aos produtores. “Algumas políticas públicas disponibilizadas aos produtores de leite, principalmente na oferta de crédito para custeio e investimento e sustentabilidade econômica dos sistemas de produção. Na disponibilidade de crédito se destacam o PRONAF – Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que disponibiliza crédito àquelas famílias que se enquadram como agricultores familiares, destinando apoio financeiro às atividades agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor e sua família, com juros subsidiados e prazos adequados”.
Outra política importante é o Banco do Agricultor Paranaense, que “possibilita ao Governo do Estado conceder subvenção econômica a produtores rurais, cooperativas e associações
de produção, comercialização e a agroindústria familiar, além de projetos que utilizem fontes renováveis de energia e programas destinados à irrigação”. Hernani também destaca a importância do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (IDR-Paraná), que “atualmente consegue atender 22% dos produtores de leite do Estado, e os resultados obtidos são animadores, do ponto de vista econômico, social e ambiental, mostrando a importância desta política pública para a cadeia produtiva do leite no Paraná, que é essencialmente formada por agricultores familiares”.
Mercados
A diversificação da produção de laticínios, incluindo queijos especiais e iogurtes, é uma área com grande potencial de crescimento. Hernani sugere que “melhorar a qualidade e o rendimento industrial do leite, com aumento do percentual de gordura e proteína na composição e pagamento por sólidos totais”, é crucial para a diversificação bem-sucedida.
O setor de laticínios do Paraná tem demonstrado resiliência frente às crises, apostando na fidelização e formalização das relações entre produtores e indústrias. Hernani menciona a necessidade de “fidelizar e formalizar o relacionamento técnico e comercial entre produtores de leite e indústrias de laticínios por meio de parcerias duradouras, como no exemplo do Pool Leite”.
Melhorar a eficiência e o desempenho dos sistemas de produção, adequando-os aos princípios da sustentabilidade e bem-estar animal, é fundamental para acessar novos mercados. Hernani enfatiza a importância de “produzir leite com alta qualidade, a custo baixo e com organização logística eficiente para ser competitivo no mercado global como os principais exportadores mundiais, melhorar a eficiência e o desempenho agronômico e zootécnico dos diversos sistemas de produção de leite no Paraná, adequando a produção aos princípios da sustentabilidade, governança socioambiental (ESG) e bem-estar animal”.
Hernani também destaca a necessidade de “melhorar a logística e a infraestrutura nas regiões produtoras de leite com investimentos em estradas, energia trifásica e internet, além de conquistar e manter a excelência sanitária e biossegurança dos rebanhos com serviço de defesa agropecuária e sanidade robusta”.
Alianças estratégicas
As parcerias entre produtores, indústrias, instituições de pesquisa e o governo são fundamentais para o desenvolvimento do setor. Hernani ressalta a necessidade de melhorar a organização e governança da cadeia produtiva do leite com estratégias setoriais pré-competitivas, eliminação de assimetrias tributárias, intercooperação visando eficiência na logística e investimentos em marketing geral para aumento do consumo de lácteos.
Ele também destaca a importância de proporcionar ao produtor rural e ao empresário industrial, qualificação em gestão empresarial, fomentando o empreendedorismo e a expansão sustentável do seu negócio, desenvolvimento de modelos de fidelização e contratualização da relação entre produtores de leite e indústrias, bem como modelos de pagamento do leite por qualidade e por sólidos. “Estímulo à inovação e investimentos por parte do IDR-Paraná, APCBRH e parcerias no desenvolvimento de equipamentos” também são apontados como cruciais por Hernani para garantir a competitividade do setor.
Com um olhar no futuro e uma base sólida de inovação e sustentabilidade, o Paraná está bem posicionado para continuar entre os líderes da produção de leite no Brasil. A combinação de excelência técnica, apoio institucional e resiliência dos produtores garante que o setor de laticínios do Estado continue a crescer e prosperar.
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran