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Paraná mira tríplice fronteira para ampliar comércio e reduzir impacto do tarifaço dos EUA

Na Expo Paraguai Brasil, Ratinho Junior destacou a integração com Paraguai e Argentina como estratégia para fortalecer exportações, atrair investimentos e impulsionar o agro paranaense.

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Fotos: Claudio Neves

O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu a ampliação da relação comercial e logística entre os estados que compõem a tríplice fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina. Ele se reuniu nesta segunda-feira (08), na Cidade do Leste, com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, durante a Expo Paraguai Brasil.

Dois dos principais destinos das exportações paranaenses, Paraguai e Argentina também são estratégicos para diminuir os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, com a possibilidade de ampliar o comércio exterior com os dois países.

Foto: Jonathan Campos/AEN

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Argentina foi o segundo maior parceiro econômico do Estado no primeiro semestre deste ano, movimentando US$ 881,8 milhões. Já o Paraguai foi o sexto maior comprador dos produtos paranaenses, com US$ 293 milhões movimentados no período.

No ano passado, também de acordo com o MDIC, as exportações paranaenses para o Paraguai somaram US$ 632,2 milhões, e a expectativa é ampliar o comércio exterior neste ano. “A relação comercial do Paraná com o Paraguai vem aumentando muito nos últimos cinco anos. Se continuarmos nesse ritmo, vamos fechar 2025 com quase US$ 700 milhões exportados ao Paraguai, desde adubo a máquinas agrícolas e carros, o que fortalece nossa economia”, disse. “Em especial, o setor do agro tem crescido muito nessa relação entre o Paraná e o Paraguai. Nossas cooperativas estão muito presentes aqui no país, estão produzindo muito”, ressaltou. “E boa parte dos grãos utilizados nos frigoríficos paranaenses, são colhidos aqui no Paraguai. Para nós essa relação é muito importante e estratégica”.

O Paraná conta com um stand na exposição, e mais de 190 empresários paranaenses, das cidades de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhas, Maringá e Cascavel, participam do evento. “Estamos ajudando a organizar a cadeia produtiva para os empresários paranaenses que querem investir aqui, e também atrair empresas paraguaias ao Paraná”, afirmou o governador.

Após o evento, Ratinho Junior e o presidente Santiago Peña farão uma visita à Ponte de Integração Brasil-Paraguai, que liga as cidades de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, à paraguaia Presidente Franco. Peña também virá ao Paraná e, na terça-feira (9), participa de um encontro com empresários paranaenses.

Painel

Ratinho Junior participou, na Expo Paraguai Brasil, de um painel com os governadores da província de Misiones (Argentina), Hugo Passalacqua, e de Alto Paraná (Paraguai), Cesar Torres.

O objetivo é identificar projetos concretos de integração econômica e social trinacional, impulsionar a cooperação em áreas como infraestrutura, comércio, inovação, energia e sustentabilidade e apresentar a região como um destino estratégico para investimentos e projetos de desenvolvimento.

O governador destacou, ainda, que a região trinacional é um polo estratégico na América do Sul, com oportunidades de cooperação em áreas como infraestrutura, investimento produtivo, comércio, turismo sustentável e energia. Um exemplo é a construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e a cidade paraguaia de Presidente Franco, a Usina de Itaipu e o Centre Pompidou Paraná, que deve fortalecer o intercâmbio artístico e cultural na região da tríplice fronteira.

Expo Paraguai Brasil

A Expo Paraguai Brasil é uma feira multisetorial que promove oportunidades de conexões entre empresários da região para a realização de negócios entre os países e para oferecer acesso a informações sobre tendências do mercado regional.

A expectativa é reunir, em três dias de evento, mais de 5 mil participantes entre empresários, executivos e investidores do Brasil, Paraguai e de outros países. Serão mais de 140 estandes, além de painéis, conferências e espaços setoriais, criando um ambiente único para networking e fechamento de parcerias em poucos dias.

A Expo Paraguai Brasil é um espaço estratégico para a realização de novos negócios. Na última edição, em 2024, movimentou mais de US$ 203 milhões e se firmou como uma plataforma de prospecção e networking. A programação conta com rodada de negócios, conferências, exposições, palestras e mais.

PRESENÇAS – Também acompanharam a visita o vice-governador Darci Piana; os secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; da Agricultura e do Planejamento, Marcio Nunes; e do Planejamento, Ulisses Maia; e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin.

Fonte: AEN-PR

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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro

Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

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Foto: Shutterstock

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.

No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.

Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.

A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil

Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.

Planilha de Custos

Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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