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Paraná lidera produção nacional de frangos em 2022; indústria de suínos também cresceu

Dados do IBGE apontam um crescimento de 41,42 milhões de cabeças de frango em 2022 em relação ao ano anterior. Outro importante segmento que registrou evolução no Paraná foi o de carne suína, com 735,94 mil abates a mais em 2022, totalizando 11,5 milhões no ano.

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Foto: Divulgação/AEN

Dados da Estatística da Produção Agropecuária divulgados na quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a tendência de crescimento do setor no Paraná. No último ano, o Estado registrou aumento expressivo no abate de frangos, segmento em que é líder disparado entre os estados, além de ocupar a vice-liderança na produção de carne suína, leite e ovos e de ter ampliado a produção de couro.

Foto: Jonathan Campos/AEN

Com 2,04 bilhões de cabeças de frango abatidas em 2022, o Paraná responde por 33,5% de participação na produção nacional do segmento, bem acima do Rio Grande do Sul (13,4%) e Santa Catarina (13,1%), que ocupam a segunda e terceira posição na produção do país. Os dados do IBGE apontam um crescimento de 41,42 milhões de cabeças de frango em 2022 em relação ao ano anterior.

Outro importante segmento que registrou evolução no Paraná foi o de carne suína, com 735,94 mil abates a mais em 2022, totalizando 11,5 milhões no ano. Com isso, o Estado ocupa a vice-liderança nacional, com 20,4% da produção brasileira, atrás apenas de Santa Catarina (28%).

Carne suína – Foto: José Fernando Ogura/AEN

O desempenho paranaense ajudou o Brasil a registrar no último ano o melhor resultado para o 4º trimestre desde o início da série histórica, cuja análise começou a ser feita em 1997.

Na produção de carne bovina, os produtores paranaenses registraram um crescimento anual de produção de 86,5 mil cabeças de boi, chegando a quase 1,3 bilhão de animais abatidos em 2022. O resultado mais significativo do ano foi registrado no 4º trimestre, com 335 mil abates, o melhor resultado dos últimos oito trimestres e o terceiro trimestre seguido de alta.

Outro produto de origem bovina que contribuiu com o balanço positivo da produção do Paraná foi o couro, com um aumento 22,19 mil peças em 2022 na indústria dos cortumes paranaenses. No ano, foram produzidas 2,7 milhões de peças. O melhor resultado aconteceu no 4º trimestre, com 732,7 mil peças.

Além ambiente de evolução interno, com novos investimentos, o Governo do Estado também busca reforçar a presença no mercado internacional a partir da abertura de novos mercados à produção paranaense de carne suína e bovina. Nas últimas duas semanas, a comitiva estadual liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior participou de diversas reuniões no Japão e Coreia do Sul para tentar acelerar o processo de abertura dos mercados asiáticos à proteína de boi e de porco produzida no Paraná.

Entre outras agendas, o governador se reuniu com representantes da Sumitomo, Mitsui e Marubeni, grandes empresas japonesas que importam alimentos de todas as regiões do mundo para abastecimento do mercado nacional. Ratinho Junior também visitou a agência sanitária nacional da Coreia do Sul, onde defendeu as chancelas internacionais de qualidade que o Paraná possui para tentar agilizar a liberação das exportações de carne suína ao país.

“Temos as maiores plantas da América Latina para o abate de porcos e a chancela internacional de qualidade, por isso essa viagem é tão importante para ampliarmos o mercado consumidor, gerando mais empregos e renda à população paranaense”, afirmou o governador após os encontros mais recentes na Coreia do Sul.

Ovos e leite

O aumento de 11,74 milhões de dúzias de ovos de galinha produzidos em 2022 garantiu que o Paraná mantivesse a segunda posição no segmento, com 9,4% da produção do Brasil, cujo ranking é liderado por São Paulo (27%). Ao todo, os produtores paranaenses foram responsáveis pelo fornecimento de 381,6 milhões de dúzias do produto no último ano.

Foto: Divulgação/Asgav

Na produção de leite, o Paraná registrou uma queda de 84,98 milhões de litros, que acompanhou a tendência nacional em 2022 com números negativos em 19 estados, totalizando uma retração de 1,27 bilhão de litros em relação a 2021. Apesar disso, o Estado manteve a vice-liderança no segmento, com uma produção leiteira total de 3,4 bilhões de litros no último ano, o equivalente a 14,3% de todo o País, atrás apenas de Minas Gerais, que tem 24,5% de participação nacional.

Na visão do diretor de Pesquisas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki, os números mais recentes divulgados para o setor agropecuário demonstram que o Estado continua a ser um protagonista do setor e tem potencial de avançar ainda mais.

“Os dados divulgados pelo IBGE confirmam mais uma vez a excelência do Paraná na produção de proteína animal, contribuindo de forma importante tanto para o atendimento do consumo doméstico quanto para o atendimento da demanda internacional com a viabilização de voluptuosas exportações nos últimos anos”, afirmou Suzuki.

Pesquisa

O estudo do IBGE fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos, suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que para cada trimestre do ano civil os dados são discriminados mês a mês. Os dados completos podem ser consultados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra).

Fonte: AEN

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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