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Paraná investe em programas para tornar o setor agropecuário cada vez mais sustentável

Produção orgânica, proteção de microbacias, geração de energia renovável e ações para a conservação do solo são apenas algumas das boas práticas incentivadas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

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Fotos: Geraldo Bubniak/AEN/Divulgação

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26), que acontecerá de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, tem tudo a ver com a agropecuária de ontem, de hoje e, sobretudo, do amanhã. No Brasil, ela foi precedida por metas estabelecidas no Programa ABC para o decênio 2010/2020, complementado agora, na proposta do ABC+, com novas estratégias para reduzir emissões de carbono até 2030. O setor agropecuário paranaense tem contribuído de forma positiva nesse esforço com ações e programas voltados à geração de emprego e renda com foco na sustentabilidade.

“O Paraná tem um importante histórico de desenvolvimento da agropecuária com sustentabilidade, que iniciou com os primeiros imigrantes europeus, reforçou a partir da introdução do plantio direto e se fortifica agora com novas tecnologias que buscam preservar recursos finitos, otimizar o uso dos renováveis e dar destino mais nobre a dejetos vegetais e animais transformando-os, por exemplo, em energia”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

O primeiro programa brasileiro previa recuperação de áreas degradadas; plantio direto; integração lavoura e pecuária, posteriormente acrescido de florestas; tratamento de dejetos (suínos) e florestas plantadas. No Programa ABC+ foram acrescentados a produção de bioenergia a partir de resíduos da produção animal, a terminação intensiva na pecuária de corte e os sistemas de produção irrigada.

O manejo integrado de solos e água é prática amplamente difundida no Paraná como política pública iniciada em meados da década de 80. Atualmente há 208 microbacias espalhadas pelo Estado, com 947.489 hectares sendo trabalhados e R$ 45.525.758,10 aplicados. Com a missão de estabelecer as diretrizes, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) coordenou o nascimento do Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo), que reúne os setores público e privado em torno de projetos integrados sustentáveis para redução de perdas.

Nesse contexto, o sistema de plantio direto, que começou na região dos Campos Gerais no início da década de 70, consolidou-se como uma das boas práticas a possibilitar que os agricultores obtivessem melhor produtividade sem degradar a qualidade do solo. Ainda hoje é técnica adotada em pelo menos 90 municípios. Mas é preciso mais que manter a umidade no solo. É necessário proteger nascentes. E isso é feito. Atualmente, há 3.700 nascentes protegidas em 237 municípios, com benefícios diretos a 4.800 famílias.

O solo bem cuidado resulta em produção adequada e isso é impulsionado com o incentivo ao alimento agroecológico. Em parceria com o setor privado, o Estado desenvolve o programa Produção Orgânica Paraná e mantém a liderança entre aqueles com mais produtores orgânicos. São 3.737 com o selo de certificação.

Também há esforços de orientação sobre as tecnologias, além de exigir cuidados redobrados, para reduzir a deriva em aplicação de produtos químicos com o intuito de preservação animal, particularmente a abelha, e de produtos sensíveis, como a sericicultura, viticultura e produção orgânica e agroecológica. Como auxílio no combate à deriva foi realizado o georreferenciamento de aproximadamente 24 mil unidades produtivas. A capacitação em tecnologia de aplicação de agrotóxicos já chegou a 81 municípios e pelo menos 500 equipamentos foram inspecionados.

Paralelo a isso, o Sistema de Agricultura do Estado incentiva e promove dezenas de eventos, em parceria com instituições da iniciativa privada, para treinar o correto manejo de pragas e doenças, tendo como local 260 Unidades de Referência, que são acompanhadas por 117 técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). As técnicas são monitoradas diretamente em 2.500 hectares de 112 municípios, envolvendo 207 produtores, mas a abrangência indireta alcança 30 mil hectares e 2.400 agricultores.

Em média, nas últimas oito safras, o manejo integrado de pragas promoveu redução em 50% nas aplicações de inseticidas. O manejo integrado de doenças resultou em diminuição de 36% em fungicidas. Também como fruto das boas práticas, houve incremento de 7,5% na produtividade.

“Se a tecnologia fosse adotada em grande escala no Estado poderia representar ganho de cerca de R$ 7 bilhões aos produtores”, acentuou Ortigara. “Estamos fazendo todos os esforços para conseguirmos ampliar a conscientização sobre os bons manejos.”

Pecuária

Dobrar a lotação de animais por área, reduzir o tempo de abate, gerar renda extra com venda da produção de madeira e, de quebra, diminuir a emissão de gás metano. Esses benefícios são observados, sobretudo, no Noroeste do Estado, com o consórcio de eucaliptos e pecuária de corte, que faz parte do Projeto Carne e Madeira de Qualidade.

A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é técnica que ganha cada vez mais força no Paraná. Em consórcio, sucessão ou rotação, o sistema otimiza o uso da terra, resultando em patamares mais elevados de produtividade, uso mais racional de insumos, diversificação de produção, mais renda e mais empregos. Ambientalmente correta, a técnica reduz em muito a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Investimentos em melhorias da infraestrutura de transporte também fazem parte da estratégia de garantir maior sustentabilidade ao processo agropecuário e melhores condições de vida no setor rural. Foram realizados projetos de adequação em 690 quilômetros de estradas que se estendem por 179 municípios de forma individual e outros 70 atendidos por 14 consórcios intermunicipais, o que beneficiou, no mínimo, 21.700 famílias rurais. Para outras 49.750 de 250 municípios o trabalho de pavimentação de 950 quilômetros de estradas rurais também melhorou a qualidade de vida.

Melhores estradas facilitam na chegada de insumos e fertilizantes às propriedades e proporcionam mais rapidez no escoamento de produtos. Além disso, a população rural ganha com mais comodidade para o transporte de estudantes e enfermos, entre outros. De outra parte, as vias são readequadas ou pavimentadas respeitando-se as melhores práticas de conservação de solos, o que ajuda na boa irrigação e no controle de erosão.

Inovação

O futuro já se faz presente em programas oferecidos pelo Sistema de Agricultura do Estado. O RenovaPR abre possibilidade de os agricultores investirem em alternativas para energia renovável, com aproveitamento solar e de biomassa. Os investimentos podem ter as taxas de juros assumidas totalmente pelo Estado por meio do programa Banco do Agricultor Paranaense. Até agora foram cadastrados 1.202 projetos de energia solar e nove de biogás, com investimento de R$ 205.041.803,95 e R$ 41 milhões aplicados pelo Estado na subvenção das taxas de juros.

Também com os olhos no futuro e na preservação ambiental, os órgãos de pesquisa públicos e privados do Paraná vêm dando atenção especial para o bioinsumo, inclusive quando se trata de estabelecer parcerias. Aliás, parceria é uma das estratégias mais buscadas para se conseguir avanços tecnológicos e de sustentabilidade.

Com esse espírito, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em parceria com a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), constituiu a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada. Reunindo instituições públicas, órgãos representativos dos produtores e universidades estaduais e federal, a Rede desenvolve 35 projetos em sete mesorregiões do Paraná com o objetivo de gerar tecnologia aplicada em conservação do solo. Dessa forma, o Estado pretende ampliar a agricultura 4.0, levando ao campo ferramentas de precisão que garantam informações mais consistentes para ajudar na fertilidade do solo, sobretudo em pequenas propriedades.

A agricultura paranaense sempre foi parceira do governo federal e mais uma vez está unida para impedir a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de carbono equivalente até 2030, de acordo com a meta estabelecida”, reforçou o secretário Ortigara. “Já avançamos bastante, mas continuaremos desenvolvendo nossas atividades com base em critérios de sustentabilidade social, ambiental e econômica, garantindo que a família rural se mantenha como protagonista das ações”.

Fonte: AEN/Paraná

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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