Avicultura
Paraná intensifica fiscalização e reforça biosseguridade em granjas avícolas do Sudoeste
Ação da Adapar vistoria estruturas, rotinas e protocolos sanitários para prevenir doenças de alto impacto e manter a credibilidade da cadeia produtiva de aves no Estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por meio da Divisão de Sanidade Avícola (Disav) e do Escritório Regional de Dois Vizinhos, na região Sudoeste, promoveu entre os dias 24 e 28 de novembro, uma força-tarefa de fiscalização da biosseguridade em granjas avícolas da região. A iniciativa reforça o compromisso do Estado com a proteção sanitária do plantel paranaense e com a manutenção dos padrões da cadeia produtiva de aves, reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e segurança.

Fotos: Adapar
O objetivo a ação é a verificação rigorosa de práticas essenciais para a prevenção de enfermidades de grande impacto sanitário e econômico, como a Influenza Aviária e a Doença de Newcastle. Durante as fiscalizações, equipes técnicas da Adapar aplicam um checklist estruturado de biosseguridade, avaliando aspectos como o controle de acesso às propriedades, limpeza e desinfecção das instalações, manejo sanitário, uso adequado de equipamentos, barreiras de contenção e monitoramento dos plantéis.
Participam diretamente da operação 10 servidores. A atividade abrange estabelecimentos avícolas comerciais registrados na Adapar e localizados na área de atuação do Escritório Regional de Dois Vizinhos. O trabalho é conduzido de forma coordenada, padronizada, preza pela eficiência e pelo detalhamento no levantamento das condições estruturais, operacionais e sanitárias das granjas vistoriadas.
Parceria
A força-tarefa foi organizada com o setor produtivo. Em reuniões prévias com empresas integradoras e representantes da cadeia avícola regional, a Adapar apresentou os objetivos da ação e alinhou procedimentos para facilitar o processo de fiscalização.
Como resultado, os produtores puderam revisar previamente suas estruturas e rotinas, garantindo que as equipes fossem recebidas em melhores condições de avaliação. Esse diálogo facilita o cumprimento das exigências legais e reforça a cooperação entre a iniciativa privada e o serviço oficial de defesa agropecuária.
Histórico
As forças-tarefas promovidas pela Disav integram o conjunto de atividades permanentes da Adapar no âmbito da defesa sanitária animal. No Paraná, todas as granjas registradas devem cumprir os requisitos de biosseguridade previstos na Portaria Adapar nº 242/2022 e na Instrução Normativa MAPA nº 56/2007, normas que estabelecem padrões técnicos indispensáveis para garantir a sanidade dos plantéis, prevenir a entrada de agentes patogênicos e assegurar a conformidade dos estabelecimentos junto ao serviço oficial.
Desde o alerta nacional para a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em 2023, o Estado intensificou as ações de vigilância ativa e ampliou a periodicidade das fiscalizações, com foco na prevenção de riscos que possam comprometer a produção avícola. Esse trabalho contínuo contribui diretamente para a manutenção da saúde animal, a proteção econômica do setor e a credibilidade do Paraná como um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do país.

Avicultura
CO₂, espuma ou nitrogênio na depopulação: rapidez e técnica contra a Influenza aviária
Cada método de depopulação exige planejamento, treinamento e execução precisa para conter rapidamente a IAAP e proteger plantéis, mercados e a saúde animal.

Quando um vírus de alto impacto ameaça a produção avícola, como é o caso da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), cada minuto conta. Nessas situações, a rapidez da resposta sanitária é determinante para conter a disseminação e proteger não apenas os plantéis, mas toda a cadeia produtiva e os mercados internacionais que dependem da avicultura brasileira. Entre as medidas previstas pelo Plano de Contingência, a depopulação surge como ferramenta central, exigindo preparo técnico, protocolos bem definidos e aplicação imediata no campo.
A IAAP mudou de perfil no Brasil e exige uma nova postura do setor produtivo e das autoridades sanitárias. A avaliação é do médico-veterinário e especialista em Defesa Agropecuária Animal, Bruno Pessamilio, que chama atenção para a necessidade de adotar o que ele define como uma nova cultura da emergência. Segundo ele, por muito tempo o modelo brasileiro de defesa se concentrou quase exclusivamente na biosseguridade preventiva. “Isso continua sendo essencial, mas já não é suficiente. Hoje precisamos ter a mesma ênfase na capacidade de resposta rápida, porque é ela que vai determinar se conseguimos estancar um foco e evitar prejuízos em larga escala”, alertou durante sua participação no Avicultor Mais 2025 – Frangos, Ovos & Peixes, promovido pela Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), realizado em meados de junho, no Expominas, em Belo Horizonte (MG).
Pessamilio ressalta que o vírus da IAAP já está estabelecido em território nacional, o que altera completamente a percepção de risco. “O perfil mudou. Não é mais apenas um problema das aves migratórias. Hoje o vírus circula na fauna residente, nas nossas aves brasileiras. Isso significa que o risco é permanente”, frisou.
Esse novo cenário se reflete em um aumento expressivo das notificações de suspeitas registradas diariamente, reforçando o trabalho constante do Serviço Veterinário Oficial. “O vírus circulando na fauna residente amplia a ameaça para a avicultura de subsistência, de pequena escala e para as unidades de produção comercial. Além do impacto sanitário direto, ocorre também as restrições comerciais para o país, de forma imediata, com efeitos econômicos graves”, acrescentou.
Para o ingresso do vírus nas granjas, explica o médico-veterinário, o fator mais recorrente está ligado às falhas de biosseguridade, em grande parte associadas ao erro humano. “A porta de entrada quase sempre é uma falha operacional. Por isso, é fundamental que todos na granja – funcionários, gestores e prestadores de serviço – cumpram os protocolos de forma rigorosa. Não basta o Plano de Contingência estar escrito, ele precisa ser executado com disciplina”, reforçou.
Pilares do Plano de Contingência

Médico-veterinário e especialista em Defesa Agropecuária Animal, Bruno Pessamilio: “A decisão sobre o método de depopulação a ser utilizado depende de múltiplos fatores. É preciso considerar o número de aves envolvidas, a estrutura do aviário, os equipamentos disponíveis, os custos e os recursos humanos” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural
No contexto da IAAP, o Brasil adota um Plano de Contingência que tem como base quatro objetivos principais. O primeiro é conter a disseminação do vírus, o que envolve interditar o trânsito de aves, produtos e veículos, evitando que a doença ultrapasse o foco inicial.
O segundo é erradicar o agente, estratégia que difere de situações em que o controle permite a convivência com o vírus, como no caso da vacinação. “No caso da Influenza aviária não existe meio-termo, o vírus precisa ser eliminado, e isso significa depopulação, que é o sacrifício dos animais infectados e expostos”, explicou.
O terceiro ponto é minimizar os impactos econômicos. “A velocidade e a eficácia da resposta determinam se as empresas poderão continuar operando, ainda que parcialmente, e em que medida os prejuízos poderão ser reduzidos”, aponta.
O quarto pilar é restabelecer a normalidade, retomando a produção, as exportações e o acesso aos mercados internacionais o mais rápido possível. “A recuperação da confiança externa depende da nossa capacidade de mostrar que temos um sistema ágil e eficiente. Cada dia perdido significa barreiras maiores e prejuízos adicionais”, ressaltou o médico-veterinário.
Preparação como fator decisivo
Para Pessamilio, a diferença entre o êxito e o fracasso em uma emergência está na preparação. “Não se trata apenas de ter equipamentos ou insumos. É preciso ter gente treinada, simulações realizadas, fornecedores mapeados e logística definida. Quando o foco aparece, não há tempo para improvisar”, frisou, lembrando do primeiro registro de IAAP em produção comercial e no foco da Doença de Newcastle, ambos no Rio Grande do Sul, em que a resposta dos órgãos de defesa agropecuária foi ágil, contendo os casos nas áreas de produção infectadas e evitando a disseminação.
O especialista destacou também experiências internacionais, ressaltando a importância da rapidez na resposta a surtos sanitários. Nos Estados Unidos, por exemplo, o vírus já atingiu mais de 50 estados e levou ao sacrifício de mais de 176 milhões de aves desde 2022. A contenção inicial não foi eficaz, o que gerou impactos profundos em toda a cadeia produtiva e mantém focos ativos até hoje. “Precisamos aprender com essa experiência e garantir que, no Brasil, a reação seja sempre imediata, como ocorreu no registro do primeiro e único foco identificado até agora, quando a pronta resposta evitou a disseminação para outras unidades de produção comercial”, frisou.
Métodos de depopulação
No enfrentamento da Influenza aviária, a etapa mais crítica do Plano de Contingência é a depopulação, ou seja, a eutanásia em massa das aves doentes e expostas. A decisão sobre o método a ser utilizado, como explicou Pessamilio, depende de múltiplos fatores. “É preciso considerar o número de aves envolvidas, a estrutura do aviário, os equipamentos disponíveis, os custos e os recursos humanos. Não existe um método único aplicável a todas as situações, e a escolha precisa sempre da aprovação do Ministério da Agricultura”, pontuou.
Os métodos de depopulação podem ser classificados em individuais, indicados para pequenos plantéis ou para finalizar processos, e coletivos, voltados para grandes populações, quando é necessário agir com rapidez e reduzir o contato humano com os animais.
Métodos individuais

Foto: Marcos Bedin/MB Comunicação
Entre as opções de aplicação individual estão os procedimentos mecânicos e elétricos. No primeiro grupo, inclui deslocamento cervical, que pode ser manual ou realizado com auxílio de guilhotina, e a pistola de concussão penetrante, um disparo na cabeça da ave. “Esse último recurso é eficaz, mas requer manuseio muito cuidadoso, porque o risco de acidente é alto se não houver treinamento e disciplina”, observou Pessamilio.
No caso dos métodos elétricos, a eutanásia pode ser feita por imersão em cuba eletrificada ou pelo uso de eletrodos, desde que sejam observados parâmetros técnicos de corrente, frequência e amperagem. Além disso, é obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos operadores.
Segundo o médico-veterinário, essas alternativas apresentam limitações. “Os métodos individuais exigem maior contato com as aves, são mais demorados e dependem de operadores bem treinados. Eles têm utilidade em situações pontuais, mas não são viáveis em larga escala”, ponderou.
Métodos coletivos
A depopulação coletiva é aplicada quando há milhares ou até milhões de aves expostas ao risco da doença. Nesse cenário, os recursos mais utilizados são os gasosos e a espuma, ambos com o objetivo de induzir a falta de oxigênio que leva à morte rápida.
No caso dos gases, o CO₂ (dióxido de carbono) é o mais comum, mas também é possível utilizar nitrogênio ou argônio. “O CO₂ provoca hipóxia química, enquanto nitrogênio e argônio ocupam espaço e expulsam o oxigênio do ambiente, causando asfixia. Todos são eficientes, mas exigem cálculos precisos para atingir a concentração letal”, detalhou Pessamilio.
O especialista em Defesa Agropecuária Animal, explicou que a aplicação pode ocorrer em diferentes formatos: vedando todo o aviário, utilizando contêineres, tendas ou mesmo sacos plásticos apropriados. Mas, no Brasil, a realidade traz obstáculos. “A vedação completa de um aviário é um desafio enorme. Aqui, nossas estruturas não foram desenhadas para isso. Se houver qualquer falha de vedação, o gás escapa e a operação perde a eficácia”, frisou.
Outro ponto essencial é o monitoramento constante dos níveis de gás, tanto para garantir a eficiência da eutanásia quanto para proteger os trabalhadores envolvidos. “Estamos lidando com substâncias que podem colocar em risco a saúde do operador. Então não é apenas colocar o gás e esperar. Existe técnica, monitoramento e cálculo. A operação precisa ser científica”, reforçou.
Já a espuma atua de forma diferente: ela provoca hipóxia mecânica, bloqueando as vias respiratórias das aves. O processo depende da mistura de um líquido específico com água e ar, produzindo uma manta que cobre todo o espaço. “A qualidade da bolha é determinante para o sucesso. Se a espuma não tiver consistência adequada, a operação pode falhar”, alertou Pessamilio.
Há ainda a possibilidade de adicionar nitrogênio à espuma, recurso mais eficaz em situações em que as aves estão em alturas elevadas. A tecnologia, no entanto, exige equipamento específico, cálculos de volume e operadores treinados. “Não é apenas ligar a máquina. É preciso entender quanto de solução será usado, qual a taxa de expansão da espuma e como distribuir corretamente no ambiente. Sem esse cuidado, o resultado não será confiável”, advertiu o especialista.
Descarte de carcaças
Concluída a fase de depopulação, a atenção se volta ao destino das carcaças, uma das etapas mais críticas do ponto de vista sanitário e ambiental. Pessamilio reforça que a escolha do método de descarte deve sempre considerar o impacto ambiental e a segurança sanitária, além da viabilidade prática.
Entre as alternativas disponíveis, a compostagem aparece como a mais indicada. Reconhecida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como a opção mais sustentável, elimina o vírus em até 28 dias, não inviabiliza o terreno, evita a contaminação de lençóis freáticos e permite o reaproveitamento do material como adubo. “É a solução mais segura e que traz benefícios adicionais para o sistema produtivo, mas exige controle rigoroso de temperatura, umidade e aeração”, enfatizou o médico-veterinário.
O enterrio raso, feito a 60 centímetros de profundidade, é a segunda alternativa mais viável, ainda que torne o solo inutilizável por aproximadamente um ano. Já o enterrio profundo é considerado o mais perigoso do ponto de vista ambiental, pois pode levar à mumificação das aves por mais de uma década, inviabilizar áreas inteiras de produção e contaminar aquíferos.
Outros métodos, como a incineração ou cremação, reduzem o risco de disseminação viral, mas apresentam forte impacto na qualidade do ar e não permitem o aproveitamento do material. Já as alternativas tecnológicas, como compostagem acelerada, rota-aceleradores e desidratadores, começam a ganhar espaço, mas ainda enfrentam limitações de custo e escala.
A escolha do método, explicou Pessamilio, é sempre feita em conjunto pelo produtor, Ministério da Agricultura e órgãos ambientais, levando em conta as características do terreno, a quantidade de aves e a disponibilidade de recursos. Ele chamou atenção para a necessidade de planejamento prévio. “Novos projetos de granja já deveriam incluir áreas específicas para descarte, porque a emergência pode acontecer a qualquer momento”, salientou.
Fator determinante
Seja no momento da depopulação ou no descarte, o fator determinante é a preparação. Cada granja, destacou o especialista, deve contar com um Plano de Contingência próprio, detalhando métodos, custos, prazos, fornecedores e equipamentos necessários. A execução, porém, não depende apenas das autoridades sanitárias. “É ilusório pensar que o Serviço Veterinário Oficial vai resolver tudo. A responsabilidade é compartilhada, mas prioritariamente das empresas. A granja precisa ter uma equipe treinada, capacitada e pronta para agir”, afirmou.
A parceria entre produtores, Ministério da Agricultura e órgãos estaduais de defesa agropecuária é essencial, assim como a integração com órgãos ambientais. “Mas, sem preparo individual, o sistema como um todo se fragiliza”, evidencia.
A versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.
Avicultura
Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração
Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).
O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.
A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.
A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.
No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).
Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.
No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.
Avicultura
Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços
Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.
O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.
Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.
Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.
De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.



