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Notícias Safra de inverno

Paraná espera leve aumento no plantio de trigo em 2020

Área plantada deverá ter “leve aumento”, mantendo-se próxima de 1,1 milhão de hectares

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Cleverson Beje

O Paraná, tradicionalmente o maior produtor de trigo do Brasil, deverá elevar ligeiramente o plantio do cereal neste ano, com um dólar em máximas históricas ajudando a sustentar os preços do produto que é muito importado por moinhos brasileiros.

A área plantada deverá ter “leve aumento”, mantendo-se próxima de 1,1 milhão de hectares, ante 1,03 milhão de hectares na temporada anterior, segundo avaliação preliminar do coordenador de Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral), Carlos Hugo Godinho.

“Nos patamares atuais, os preços de trigo estão gerando uma rentabilidade maior que a verificada no ano anterior. Os custos tiveram uma estabilidade com o recuo dos preços do petróleo, e só não se retraíram em função da ampla depreciação do real. Esta depreciação, por sua vez, colaborou com a alta do preço do trigo”, disse ele, em primeiro prognóstico para a safra 2020.

O Brasil costuma importar pouco mais de metade de seu consumo de trigo, e a safra do Paraná, juntamente com a do Rio Grande do Sul, é um importante balizador do tamanho da importação anual.

Ele acrescentou que até o dia 26 deste mês o Deral divulgará sua primeira estimativa contendo informações regionais do Estado, cujo plantio está próximo de começar. “Apesar do cenário mais favorável ao plantio neste ano, o cenário econômico para o milho está ainda mais favorável, o que só não deve se traduzir em uma substituição ainda maior de trigo pelo milho por questões técnicas, já que a colheita da soja atrasou e inviabilizou o plantio de milho em muitas áreas”, acrescentou.

O plantio da segunda safra de milho está já se desenvolvendo no Estado, tendo atingido 72% da área projetada. O coordenador do Deral lembrou que a relação de preços trigo-milho está atualmente em 1,3 contra 1,6 em fevereiro de 2019, e que, em geral, a relação só fica favorável ao plantio de trigo acima de 1,9. “Ou seja, neste ano, apenas quando o período de plantio for muito desfavorável a produtividade do milho o produtor optará por trigo”, concluiu.

Os preços do produto, entretanto, iniciaram 2020 em alta: em fevereiro o valor médio da saca de 60 kg foi de 50,64 reais. “Apenas em uma das semanas setembro de 2013 os valores nominais da pesquisa haviam superado o patamar dos 50 Reais. Este preço mostra uma rentabilidade de 11% em relação aos custos variáveis… sendo que este mesmo comparativo em fevereiro de 2019 apontava uma rentabilidade de 8%.”

Dessa forma, o aumento do plantio ocorreria apesar o produtor de trigo do Paraná ter enfrentado em 2019 a terceira safra consecutiva de quebras. Em 2019 o Paraná produziu 2,1 milhões de toneladas de trigo, pior resultado desde 2013 (quando colheu 1,8 milhão de toneladas).

Fonte: Reuters

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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