Notícias Estimativa
Paraná deve produzir 23,4 milhões de toneladas de grãos
Soja se destaca no relatório deste mês com área recorde de 5,5 milhões de hectares, que pode permitir ao Paraná uma produção próxima de 20 milhões de toneladas

A safra paranaense de grãos de verão 2019/2020 pode chegar a 23,4 milhões de toneladas, valor 19% superior ao da safra anterior, quando foram produzidas 19,7 milhões de toneladas. Os dados são do relatório divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Neste período do ano, os produtores estão quase finalizando a colheita da primeira safra de feijão, e iniciando a colheita da soja e do milho da primeira safra. “As colheitas já realizadas confirmam a tendência de um bom desempenho da safra paranaense, com estimativa de produção de 19,7 milhões de toneladas de soja, e que, pelas boas condições das lavouras, pode surpreender”, diz o chefe do Deral, Salatiel Turra. Além disso, a perspectiva de produção para o milho é de 3,2 milhões de toneladas, o que reafirma uma safra acima de 23,4 milhões de toneladas de grãos.
“Se somarmos isso à primeira avaliação da segunda safra de feijão e à segunda safra de milho, chegamos a um patamar acima do que se colheu no ano passado. Assim, a primeira avaliação de semeadura de inverno pode elevar a estimativa da safra 2019/2020 para mais de 38 milhões de toneladas, uma boa recuperação com relação ao ano passado”, diz o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento Norberto Ortigara.
A soja se destaca no relatório deste mês com área recorde de 5,5 milhões de hectares, que pode permitir ao Paraná uma produção próxima de 20 milhões de toneladas. Para Ortigara, tanto a safra quanto os preços são satisfatórios, em que pese o cenário mundial.
Soja
Embora a colheita da soja esteja atrasada em relação a 2019, mantém-se dentro do esperado, considerando a média dos últimos anos, que é de 2% para o período.
De acordo com o economista do Deral, Marcelo Garrido, o atraso de 20% na comparação com 2019 se deve ao adiantamento do plantio no ano passado, favorecido pelo clima. Estima-se a produção de 19,7 milhões de toneladas, 22% a mais do que a safra 2018/2019, apesar da produção abaixo do esperado nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, neste início de colheita. Se a expectativa se confirmar, o Estado terá uma de suas maiores safras. “Em fevereiro, se o clima colaborar, teremos uma aceleração dos trabalhos no campo”, explica Garrido.
Hoje, o preço pago aos produtores pela saca de 60 kg de soja é R$ 78,00, valor 15% superior ao do ano passado, e 27% da safra está comercializada. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 23%. A alta do dólar tem beneficiado a exportação.
Milho primeira safra
A colheita da primeira safra de milho será mais intensa a partir de fevereiro. Estima-se uma produção de 3,2 milhões de toneladas – 3% maior do que na safra 18/19, numa área de 348,8 mil hectares.
Milho segunda safra
A colheita tardia da soja impactou o plantio da segunda safra de milho, que começou com atraso no mês de janeiro. “Isso compromete principalmente as regiões de Cascavel e Toledo, que deveriam ter mais de 400 mil hectares plantados e, por enquanto, não atingiram 100 mil”, diz o técnico do Deral Edmar Gervásio.
Segundo ele, esse cenário pode acarretar em desistência ou atraso no plantio, aumentando assim o risco diante de fatores climáticos. Espera-se a produção de aproximadamente 12 milhões de toneladas, uma redução de 7% na comparação com a safra 18/19. A área prevista é de 2,2 milhões de hectares.
Quanto aos preços, registra-se um aumento de 33% comparativamente ao ano passado. Agora, a saca de 60 kg é comercializada por R$ 40,00, enquanto que em janeiro de 2019 o valor ficou próximo de R$ 30,00. De acordo com Gervásio, o preço atual remunera bem os produtores que investiram no milho, principalmente na primeira safra, e provavelmente beneficia também os contratos futuros da segunda safra, que será plantada nos próximos dias. “Os preços devem manter-se num patamar mais elevado justamente porque estima-se redução na produção da safra 19/20, no Paraná e no Brasil”, explica.
A produção brasileira deve ficar próxima a 95 milhões de toneladas e, apesar de ser menor do que no ano passado, atende ao mercado doméstico e às exportações.
Trigo
Com o encerramento da colheita em novembro, os números definitivos mostram perdas de aproximadamente 30% comparativamente à estimativa de produção inicial, que era de 3 milhões de toneladas. A safra é de 2,1 milhões de toneladas, 24% a menos do que na safra passada.
A comercialização, em ritmo mais acelerado que nos anos anteriores, está em 90%, o que explica-se pelos bons preços praticados e pelo baixo estoque das safras anteriores. O valor de R$ 50,00 pela saca de 60 kg remunera o produtor, mas representa uma valorização típica do período de entressafra, e não necessariamente deve se manter nos próximos meses, explica o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Winckler Godinho. “Com esse preço, ainda é mais convidativo para o produtor plantar milho. Porém, nos próximos meses, com a entrada das safras de milho, podemos ter alguma oscilação favorável ao trigo. Até lá, não há previsão de incremento de área relevante no Paraná”, diz.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



