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Paraná deve colher 36 milhões de toneladas de grãos

Redução é de 13% em relação à safra 2016/2017, e o clima é o principal fator de influência sobre essa estatística

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Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento mostra que o Paraná deverá colher 36,2 milhões de toneladas de grãos em 2018. A redução é de 13% em relação à safra 2016/2017, e o clima é o principal fator de influência sobre essa estatística. A falta de chuva entre os meses de abril e maio foi o que prejudicou o desenvolvimento desses grãos. Entre os principais grãos produzidos no Estado, as reduções mais significativas foram registradas na produção de milho e feijão.

“Nesta safra, tanto as culturas de primavera/verão – o feijão, o milho e a soja, quanto para a 2ª safra de feijão e milho sofreram com as variações climáticas. Isso caracterizou-se principalmente na 2ª safra de milho, com o clima mais seco e falta de chuva. Essa foi a principal causa da redução de cerca de 7 milhões de toneladas em relação à produção de 2016/2017”, diz o secretário estadual da Agricultura, George Hiraiwa. “Por outro lado, se o produtor obteve produtividade menor nessas culturas, está tendo a oportunidade de comercializá-las a preços superiores. Isso deve compensar parte das perdas”, acrescenta.

Soja 

Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a produção de soja no Paraná se confirmou acima das 19 milhões de toneladas neste ciclo. “Mesmo com atraso no plantio e com excesso de dias nublados no período de desenvolvimento, que causou alongamento do ciclo da cultura e reflexos nas produtividades, a produção foi a segunda maior da história”, diz. Os preços atuais, cerca de R$ 72 a saca de 60kg, são em média 23% superiores aos praticados em junho de 2017. Até o momento cerca de 68% da safra já foi comercializada.

Milho 

A colheita da segunda safra começa com expectativa de produção frustrada, com 3,5 milhões de toneladas a menos, na comparação com a safra anterior. “A previsão de produção é de 9,4 milhões de toneladas, uma redução de 29%”, afirma o responsável técnico do Deral Edmar Gervásio. Em relação à expectativa inicial de produção para esta safra, a perda é superior a 2,7 milhões de toneladas. A área de milho plantada na segunda safra foi de 2,1 milhões de hectares, uma redução de 12%. Essa expectativa de produção menor repercute nos preços, que continuam superiores a R$ 30 a saca de 60 kg no Paraná, diz Gervásio.

Feijão 

Para a 2ª safra do feijão, a estimativa de produção é de 275 mil toneladas, uma redução de 21% em relação ao ciclo passado, quando foi de 346,6 mil toneladas. Em comparação com a estimativa inicial, a redução é de 107 mil toneladas, ou 28%. A estimativa inicial era de uma produção de 382 mil toneladas. Assim como no caso do milho, a redução é um reflexo da longa estiagem pela qual a Paraná passou no período, segundo o engenheiro agrônomo do Deral responsável pela cultura do feijão, Carlos Alberto Salvador. Em relação aos preços, em junho a saca de feijão cores foi comercializada em média por R$ 88. No mês anterior a saca foi negociada por R$ 103,55, uma redução de 15%. A saca de 60 kg feijão-preto vem sendo comercializada por R$ 116, em média.

Trigo 

A expectativa de produção para o trigo nesta safra é de 3,4 milhões de toneladas. Isto se deve a um aumento de área de 9% em relação à safra passada. O acréscimo ocorreu em função dos preços, que atualmente estão em R$ 50, cerca de 59% a mais do que no mesmo período do ano passado. Cerca de 93% do trigo já está plantado, mas a seca atrapalhou o desenvolvimento da lavoura.

No norte do Estado, região com menos chuva, foram registrados alguns problemas de desuniformidade dos grãos, o que gerou dificuldade no manejo. As demais regiões tiveram problemas pontuais, e o plantio evoluiu com a chegada da chuva. “O Paraná estava com plantio atrasado no início da safra, mas agora está com um dos plantios mais evoluídos para esse momento. Estamos com praticamente toda a área plantada, acabando com o atraso registrado anteriormente”, diz o agrônomo responsável técnico pela cultura de trigo, Carlos Hugo Godinho. “Com isso, as condições das lavouras também estão boas e o Estado deve ter uma safra satisfatória, se tudo continuar correndo dentro da normalidade”, acrescenta.

Fonte: AEN/Pr

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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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A construção do planejamento para uma administração tributária eficaz e a sua relação com o êxito para uma produção pecuária de futuro e sustentável

A complexidade do sistema tributário e a alta carga tributária geram desafios significativos para os pecuaristas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A produção pecuária nacional ao longo das últimas décadas consolidou-se como um segmento crucial para o país, não apenas pela geração de renda e empregos, mas também pela sua importância na manutenção da segurança alimentar global.

Um case que se destacou e evoluiu devido às peculiaridades inerentes à classe, dada sua constante busca por informações técnicas e aplicação dos conhecimentos adquiridos, o que, associado com o uso de uma série de ferramentas tecnológicas no campo, se traduziu naquilo que conhecemos hoje, um player no fornecimento de carne, leite e derivados para milhares mesas aqui e em diferentes partes do mundo.

Contudo, o setor enfrenta uma série de desafios. Neste mercado globalizado e altamente competitivo, onde os padrões de qualidade e segurança alimentar se tornam cada vez mais rigorosos, somados à pressão comercial, a construção de um planejamento estratégico para proteger as operações das fazendas torna-se vital para superar este cenário econômico complexo e desafiador. Por essas razões, o planejamento e a administração tributária são ferramentas essenciais para o sucesso e a sustentabilidade do setor a longo prazo.

No Brasil, a complexidade do sistema tributário e a alta carga tributária geram desafios significativos para os pecuaristas. Nesse sentido, a Reforma Tributária tem como objetivo reduzir a burocracia e aumentar a transparência do sistema. Portanto, diante desse novo contexto, é crucial que o pecuarista aproveite essa oportunidade para estruturar um planejamento tributário eficiente, alinhado aos objetivos estratégicos para suas operações futuras.

Pontos chave para um planejamento estratégico e eficiente:

  • Diagnóstico preciso: O primeiro passo para construir um planejamento eficaz é realizar um diagnóstico criterioso da situação atual. Ao fazer esse mapeamento, será possível identificar gargalos e oportunidades dentro da fazenda;
  • Análise de investimentos, infraestrutura e eventuais deduções: A definição de um plano de investimentos em infraestrutura dentro das propriedades pode gerar: benefícios fiscais, melhores condições de criação animal, otimização das operações diárias e do manejo, e a possibilidade de redução da carga tributária ao longo do tempo;
  • Verificação sobre regimes especiais de tributação: Atualmente, existem diversos regimes tributários que beneficiam o agronegócio e na Reforma Tributária já estão previstas algumas vantagens para a produção de alimentos;
  • Utilização de créditos de tributos: Registros precisos de todas as despesas relacionadas à atividade pecuária podem influenciar na elegibilidade para créditos tributários;
  • Implementação de tecnologias e ferramentas: Sistemas integrados de gestão fiscal, o uso de Inteligência Artificial e análise de dados podem aumentar significativamente a eficiência operacional, além de ampliar a capacidade de identificar oportunidades dentro do setor pecuário;
  • Monitoramento e avaliação constantes: Um planejamento tributário eficaz demanda um sistema contínuo de monitoramento e avaliação de resultados, incluindo acompanhamento das novas legislações e oportunidades que possam surgir.

Nesse contexto de mudanças legislativas constantes e competitividade no mercado global, um planejamento eficaz para a administração tributária é crucial para garantir o sucesso e a sustentabilidade da pecuária brasileira a longo prazo.

Ao compreender e aproveitar essas oportunidades tributárias, os pecuaristas podem antecipar e otimizar os eventos tributáveis, como vendas de gado, compra de insumos e investimentos em melhorias na propriedade, de modo a minimizar os tributos pagos e maximizar os benefícios fiscais disponíveis. Isso não apenas ajuda a reduzir custos, mas também fortalece a posição competitiva no mercado.

Fonte: Por Mariane Reis, advogada-sócia na Sartório, Reis Advogados, especialista em Direito Tributário e Aduaneiro.
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ABRASS repudia ocupação ilegal de propriedades rurais e apoia medidas de punição a invasores

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários

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Foto O Presente Rural e texto: Assessoria

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) repudia as invasões de propriedades privadas realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e expressa sua solidarização aos produtores rurais das 28 áreas, em 16 estados e no Distrito Federal, que tiveram suas propriedades ilegalmente ocupadas durante o mês de abril.

Reafirmamos o entendimento que se trata de um ato criminoso, um desacato ao Estado Democrático de Direito e ao Direito de Propriedade. A entidade manifesta apoio às autoridades constituídas a combatê-los em todo país e a punição dos responsáveis.

Neste cenário, a associação reforça concordância com a aprovação da Câmara dos Deputados na terça-feira (16), quanto ao requerimento de urgência para apreciação do Projeto de Lei 895/2023, que dispõe sobre sanções administrativas e restrições aplicadas aos ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas em todo o território nacional. De autoria do deputado federal Zucco (PL-RS), a proposta faz parte do pacote anti-invasão apresentado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários. Cremos que a justiça social só é cumprida dentro da democracia de forma legal e com diálogo.

 

 

Fonte: ABRASS
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