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Paraná conquista sete medalhas no Salão Mundial do Queijo

Evento contabilizou 1.960 queijos inscritos de 26 países, sendo 300 do Brasil. Os sete produtos premiados já haviam participado e, alguns foram medalhistas, na segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná.

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Fotos: Sistema Faep

Os queijos do Paraná seguem colecionando prêmios mundo afora. No domingo (14), sete produtos lácteos paranaenses conquistaram medalhas no Salão Mundial do Queijo e dos Laticínios, realizado na cidade de Tours, na região Central de França. O evento contabilizou 1.960 queijos inscritos de 26 países, sendo 300 do Brasil. Os sete queijos já haviam participado e, alguns foram medalhistas, na segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, promovido pelo Sistema Faep em maio deste ano.

Entre os queijos premiados do Paraná foram duas medalhas de ouro: Abaporu e Passionata, do Biopark; três pratas: Petite Brie triplo creme e Saint Marcelin, também da empresa da região Oeste do Estado, e Morbier, da queijaria Vila Velha; e dois bronzes: Maná Paraná, do Sítio Aliança, e Bel Paese, da Granja Santo Expedito. Ao longo da avaliação do Mundial do Queijo, os produtos recebem pontuação, sendo os que obtiveram mais de 90 pontos foram agraciados com medalha de ouro.

Quem fez entre 85 e 90 pontos, recebeu a medalha de prata. O bronze ficou para os que atingiram pontuação superior a 80 pontos. “Essa premiação reforça a riqueza e a qualidade dos nossos produtores. Mais uma prova de que os nossos queijos são reverenciados internacionalmente, estando entre os melhores do mundo”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “Fico ainda mais feliz em saber que o Prêmio Queijos do Paraná serviu de vitrine para os queijos paranaenses e trampolim para os nossos produtores alçarem voos ainda mais promissores”, complementa.

Os premiados

O projeto Queijos Finos, desenvolvido pelo Biopark, de Toledo, teve quatro queijos premiados. Para o mestre queijeiro da empresa, Kennidy Bortoli, esse prêmio é reflexo do trabalho e dedicação investidos na produção de queijos de alta qualidade dentro do Biopark. “É o reconhecimento da dedicação com a qualidade. Como a Europa é referência, essa premiação se faz ainda mais relevante. Isso diz muito sobre o bom trabalho que o Biopark está fazendo, demonstra que estamos no caminho certo”, ressalta Bortoli.

Uma das pratas na França foi para o queijo Morbier, da queijaria Vila Velha, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Atualmente, a empresa possui 40 animais em lactação, que fornecem a matéria-prima para a produção de queijos, que gira em torno 200 quilos por mês.

De olho na expansão da atividade, a empresária construiu um free stall para confinamento dos animais e está em busca do Selo Arte, certificação que permite comercializar a produção em todo país. “O nosso queijo premiado é uma receita francesa. Receber uma medalha na França, o berço do queijo, é um honra. A dedicação, carinho e cuidado foram reconhecidos por paladares que estudaram muito para isso”, define Liliane Zaziski Aardoon, da queijaria Vila Velha.

Para o produtor Alcélio Bombacini, da Granja Santo Expedito, a medalha conquistada na França é ainda mais especial em função de a empresa ser recente. Localizada em Palotina, no Oeste do Paraná, a queijaria está em operação há apenas um ano e oito meses. “Considerando que produzimos queijos há pouco tempo, estamos muito felizes, pois é o nosso trabalho sendo reconhecido. Mostra que o nosso queijo tem aceitação por todos os paladares. Já são 25 premiações em âmbitos estadual, nacional e internacional”, comemora Bombacin.

A matéria-prima da Granja Santo Expedito provém de 30 vacas Jersey, criadas na propriedade da família. Atualmente, o portfólio da queijaria conta com 15 produtos – 13 deles desenvolvidos por Bombacini e pela mulher. O objetivo é que até o final do ano a queijaria produza 20 tipos diferentes.

O queijo Maná Paraná, da Queijaria Sítio Aliança, do município de Santana do Itararé, é uma criação inédita do produtor Leomar Martins. O produto é maturado por mais de sete meses e elaborado com leite de alta qualidade proveniente da própria queijaria. “Esse queijo é preparado e elaborado por meses. Essa é a terceira premiação no período de meses, reforçando que temos potencial”, destaca Martins.

A Queijaria Sítio Aliança já havia se destacado nas duas edições do Prêmio Queijos do Paraná, promovido pelo Sistema Faep, ao conquistar, em 2023, medalhas de prata, ouro e super ouro com cinco queijos diferentes, além de uma medalha de bronze em 2025. Além disso, o Maná Paraná conquistou o primeiro lugar na categoria “Tradicional” do Prêmio Brasil Artesanal de Queijos 2025, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em julho.

Fonte: Assessoria Sistema Faep

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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