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Paraná avança na transição energética com planos de hidrogênio renovável e biogás
Em um ano de atuação, a Superintendência-Geral de Gestão Energética consolida políticas para diversificar a matriz energética, reduzir emissões e fortalecer o uso de fontes renováveis no Estado.

O Paraná passou a contar a partir deste ano com ferramentas fundamentais para a estratégia do Governo para conduzir o Estado à transição energética e ao desenvolvimento de energias renováveis. Entre os principais avanços estão a elaboração e a entrega do Plano do Hidrogênio Renovável e do Plano do Biogás e Biometano, ambos a cargo Superintendência-Geral de Gestão Energética (Supen), vinculada à Secretaria do Planejamento (SEPL), que nesta terça-feira (11), completa um ano de existência.
Em 12 meses, a Supen avançou em articulação estratégica como, por exemplo, referente ao projeto de biometano no setor de aterros sanitários e ao primeiro posto de combustível biometano no Paraná, além de ações para o programa Ilumina Paraná, que visa alcançar 100% dos municípios paranaenses com iluminação de LED.

Foto: Lucas Scherer
Para o secretário do Planejamento, Ulisses Maia, os avanços promovidos nesta área, em um ano, marcam a materialização do olhar do Governo do Estado voltado ao tema energético de forma moderna e certeira. “Por meio da Supen, a secretaria faz essa articulação e pensa o presente e o futuro da energia. Isso tudo com o objetivo de transformar a vida dos paranaenses”, afirma o secretário.
Criada em 11 de novembro de 2024, a Supen tem como objetivo concentrar e coordenar as ações estratégicas do Estado no setor energético, com foco no planejamento de longo prazo, eficiência, inovação e a implementação eficaz de políticas públicas direcionadas a projetos prioritários, especialmente aqueles relacionados à transição energética e ao desenvolvimento de energias renováveis.
Hidrogênio
O Plano do Hidrogênio Renovável, apresentado em janeiro ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, mapeia as potencialidades e demandas necessárias para o desenvolvimento dessa nova matriz energética no Estado. O hidrogênio renovável tem recebido atenção especial no Paraná com foco principal no uso do biogás derivado da biomassa que resta das produções agropecuárias.
O projeto contou com a colaboração de 22 autoridades da área energética, entre doutores, professores, especialistas da iniciativa privada e da área pública tratando sobre energia renovável, em especial o hidrogênio.
O Plano do Hidrogênio Renovável no Paraná está materializado em um livro composto de três capítulos: mercado, potencial e rumos para a descarbonização. O livro apresenta um mapeamento energético do Estado e de suas vocações, assim como uma análise produtiva do Paraná e das qualidades para compor essa potencial oferta de energia com a demanda que é necessária. Os benefícios dessa produção terão nova energia limpa, com redução na emissão de gases poluentes, dinamismo na estocagem e transporte e ampliação da disponibilidade energética.
Biogás e biometano
O Plano de Biogás e Biotemano foi entregue em agosto. Alinhado ao desenvolvimento sustentável, traz propostas de ações para diversificar a matriz energética, integrar recursos renováveis e otimizar a gestão de resíduos. O objetivo é reduzir emissões, promover geração descentralizada de energia e fortalecer o posicionamento estratégico do Estado.

Foto: Divulgação/IDR-Paraná
A iniciativa contribui diretamente para a promoção da economia circular ao transformar resíduos orgânicos em energia e subprodutos de valor agregado. Entre os principais benefícios, destacam-se a redução das emissões de gases de efeito estufa, a valorização de resíduos e o fortalecimento da economia local.
Sua estrutura contempla um conjunto integrado de análises, diretrizes estratégicas e propostas de ação, organizadas para subsidiar a formulação de políticas públicas, atrair investimentos e impulsionar a competitividade do setor.
“Estamos focados na articulação estratégica entre os setores da economia paranaense e o Governo, de forma a garantir, não somente um futuro energético sustentável, mas também a disponibilidade, segurança e resiliência energética em nosso Estado, com um olhar atencioso à descarbonização da economia, através de insumos estratégicos provenientes da biomassa”, explica o superintendente-geral de Gestão Energética, Sandro Vieira.
A Supen também participou, com capacitação técnica de equipamentos, do Programa Ilumina Paraná. Operacionalizado pela Secretaria das Cidades (Secid), ele visa alcançar 100% dos municípios paranaenses com iluminação de LED. O investimento previsto é de R$ 300 milhões.
O programa tem como objetivo acelerar a troca dos equipamentos, alcançando 100% das cidades até 2026, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Cerca de 105 cidades serão beneficiadas pela iniciativa, que não interfere nas localidades que possuem Parcerias Público-Privadas (PPPs) na iluminação pública, uma vez que é obrigação das empresas substituírem as luminárias.
Coordenações
Para cumprir esse objetivo, a Supen é dividida em três coordenações: de Energia Elétrica; de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio; e de Inovação, Infraestrutura, Mobilidade Elétrica, Baterias e Data Center.
A Coordenação de Energia Elétrica trata de ações que envolvem as matrizes de geração elétrica nas fontes tradicionalmente conhecidas, tais como hidrelétrica, termoelétrica, solar e eólica, transmissão e geração propriamente ditas, seja por meio de hélices, hidrelétricas ou placas solares. Os temas abordados são próximos aos da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
A vertical de atuação da Supen que trata de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio realiza articulações técnicas que reúnem os setored público e privado para criar e aplicar políticas públicas que utilizem essas matérias-primas e atraiam investimentos para o Paraná.
A Coordenação de Inovação, Infraestrutura, Mobilidade Elétrica, Baterias e Data Center é responsável por ajudar o Governo do Paraná a se desenvolver nos segmentos que nomeiam a coordenação. Assim como a Coordenação de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio, este segmento também faz articulações técnicas entre os setores público e privado.
Buscando soluções inovadoras e sustentáveis, essa divisão trabalha para identificar modelos de referência no setor energético, tanto do Brasil quanto de outros países, a fim de serem aplicados à realidade do Paraná.
A Superintendência-Geral, além do trabalho nas coordenações, possui outras atividades, como a representação do Paraná no Fórum Nacional de Secretários de Minas e Energia e na presidência do Comitê de Governança do Biogás e Hidrogênio Renovável. Também atua no Plano Estadual de Segurança Energética e Plano de Descarbonização da Economia Paranaense, realiza o estudo de viabilidade para construção de redes de gás para municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e atua no Projeto GD para prédios públicos do Governo do Estado.
Composição
Atualmente, a Supen é composta pelo superintendente-geral Sandro Vieira; o coordenador de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio, Thiago Olinda; o coordenador de Inovação e Infraestrutura, Zeno Nadal; e o assessor, Herval Filho. Anteriormente, Cássio Santana ocupou a posição de superintendente-geral.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



