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Paraná atua para ampliar espaço no mercado mundial de carnes

A Adapar, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e as entidades que representam os produtores de proteína animal, têm trabalhado em conjunto na busca por melhor remuneração para os produtores.

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Arquivo/OP RURAL

A parceria entre os setores público e privado e o aprimoramento do serviço de defesa agropecuária estão ajudando o Paraná a acessar novos mercados de carnes. O reconhecimento nacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, conquistado neste ano, e o excelente status sanitário dos rebanhos paranaenses, são indicativos do potencial de crescimento da economia do Estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e as entidades que representam os produtores de proteína animal, têm trabalhado em conjunto ao longo dos últimos anos pela elevação desse status, na busca por melhor remuneração para os produtores.

Agora, a expectativa é que, em maio deste ano, o Estado obtenha reconhecimento internacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Isso tornará a produção de carne do Paraná ainda mais competitiva, principalmente nos mercados internacionais mais exigentes, segundo o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

“A erradicação da doença e o fim da vacinação são indicadores da qualidade do serviço veterinário oficial. Eles sinalizam ao mercado internacional que o rebanho paranaense é saudável”, completa Martins.

Em 2019, a produção de proteínas animais foi protagonista do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná. O faturamento da pecuária registrou seu maior valor real e maior participação percentual na composição do VBP: R$ 48,5 bilhões e 49,6% de participação.

No primeiro semestre de 2020, o volume de abate de suínos foi 8% superior ao mesmo período de 2019, de acordo com o Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que já indica um bom desempenho do setor.

ESTRUTURA – Em 2018, o Ministério da Agricultura fez auditorias que comprovaram a capacidade do sistema de sanidade do Paraná, e solicitou algumas mudanças para potencializar o serviço. Para atender as exigências, o Governo do Estado desenvolveu ações como um simulado de atendimento de foco de febre aftosa, aprimoramento de sistemas de fiscalização do trânsito agropecuário

Outras ações foram o fortalecimento dos conselhos municipais de sanidade, promoção de fóruns em todo o Estado para debater o tema com a comunidade e lideranças do setor, e a publicação do edital de concurso público com 80 vagas para veterinários e técnicos agrícolas.

Além disso, o Paraná dispõe do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec), com aproximadamente R$ 79 milhões para eventuais emergências sanitárias. Em fevereiro deste ano, também foi inaugurado um novo posto de fiscalização, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

Os investimentos financeiros, o aprimoramento das atividades técnicas e a parceria com entidades permitem avanços na estrutura e na qualidade do serviço veterinário no Estado. A Adapar dispõe de estrutura adequada, equipe técnica e administrativa compatível com os sistemas produtivos, e promove constante aprimoramento das atividades de vigilância e inspeção e registros de propriedades.

ATUALIZAÇÃO – Desde outubro de 2019 estão proibidos o uso e a comercialização da vacina contra febre aftosa no Paraná. A campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos.

Neste ano, a campanha começou em 1º de maio e, por conta da pandemia, se estendeu até 30 de novembro, atingindo o índice de 80%. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade do rebanho.

COMERCIALIZAÇÃO – Apesar de a espécie vacinada contra a febre aftosa ser a bovina, os impactos positivos de comercialização com o fim da vacinação devem se refletir em todas as cadeias de proteína animal, principalmente na avicultura e na suinocultura.

O Paraná é o segundo maior produtor nacional de carne suína, concentrando cerca de 20% dos abates, e o terceiro maior exportador de produtos de origem suína, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O status sanitário internacional permitirá ao Estado praticamente dobrar as exportações de carne suína. Em 2019, o Paraná exportou um volume de 118 mil toneladas. Isso pode acontecer em caso de o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária.

Para o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, o novo cenário traz amplos benefícios para todo o setor agropecuário. “A suinocultura já tem um peso significativo na socioeconomia do Paraná, mas o novo status sanitário permitirá que, ao serem acessados mercados que são mais exigentes, mas pagam mais, serão gerados valores mais expressivos pela atividade, ajudando a alavancar o setor também no mercado interno”, analisa.

O rebanho paranaense de suínos é de 6,8 milhões de cabeças ou 17% do total nacional, segundo dados de 2019 do IBGE organizados pelo Departamento de Economia Rural (Deral). A maior concentração da atividade está nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro.

BIOSSEGURIDADE – A suinocultura do Paraná tem fortalecido as medidas de biosseguridade nas granjas, o que garante a produção de carne suína de qualidade. Nesse processo, é fundamental a sintonia entre a Adapar e os setores que compõem a iniciativa privada, como a Associação Paranaense de Suinocultores (APS), a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), do Sistema Faep/Senar e o Sindicato da Indústria de Carnes do Paraná (Sindicarnes/PR).

O serviço veterinário oficial do Paraná também interage com a cadeia de produção de suínos no Estado a partir do Comitê Estadual de Sanidade Suína (Coesui-PR).

Nos municípios, a parceria com os produtores acontece principalmente por meio dos 112 Comitês Municipais de Sanidade Agropecuária (CSAs). “Nos comitês, debatemos com os produtores rurais sobre o fomento da atividade, a sanidade dos rebanhos, bem-estar animal e meio ambiente”, explica o diretor-presidente da Adapar.

SERVIÇO – As ações de defesa sanitária animal executadas pela Adapar têm sido decisivas para garantir o excelente status sanitário dos rebanhos paranaenses no que diz respeito ao controle e erradicação de várias doenças que afetam os rebanhos. Isso inclui a execução dos programas nacionais de saúde animal compartilhada entre o serviço veterinário oficial e o setor privado.

O destaque é o Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS). Com ele, todas as informações epidemiológicas e de saúde animal de diferentes fontes no território paranaense são coletadas pelas chamadas Unidades Veterinárias Locais (UVLs). Posteriormente, os dados são consolidados, analisados e encaminhados para instâncias regionais, para a unidade central da Adapar e para o Ministério da Agricultura.

CONTROLE DA PESTE SUÍNA – Em dezembro de 2019, uma instrução normativa do Ministério da Agricu1tura reforça o reconhecimento do Paraná como área livre de Peste Suína Clássica, separando o Estado de um grupo que era formado por 14 unidades federativas. Assim o Paraná não fica vulnerável em casos de doenças nas áreas não-livres.

A doença está erradicada no território paraense desde a década de 1990, quando foram adotadas importantes estratégias como o zoneamento e o fortalecimento e manutenção do serviço veterinário oficial.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento PR

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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