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Paraná apresenta projeto de modernização da pecuária de corte

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Dirigentes das principais instituições financeiras que operam no Paraná foram receptivos na avaliação da abertura de linhas de crédito para alavancar um programa de fortalecimento da pecuária de corte no Estado. A proposta foi apresentada nesta terça-feira (30) pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e prevê a modernização da cadeia, com a melhora de índices zootécnicos de produção, atração e instalação de boas indústrias e boa produção final para que o consumidor tenha segurança alimentar. 
Segundo Ortigara, esse é o momento ideal para colocar em prática um estudo já feito na secretaria e entidades parceiras, como Instituto Emater e Federação da Agricultura do Estado do Paraná, para iniciar um processo de organização de uma das cadeias mais frágeis existentes no Estado, que é a pecuária de corte. 
“Diante da possibilidade de abertura dos Estados Unidos e outros países importantes comprarem carne in natura do Brasil, devendo gerar novos investimentos no País, este é o momento oportuno para o Paraná organizar essa cadeia, que acredito que é uma das poucas que não passou por um processo de modernização no Estado”, afirmou Ortigara. 
Participaram do encontro dirigentes do Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Departamento de Economia Rural, Emater, da Caixa Econômica Federal, Fomento Paraná e Federação da Agricultura do Estado do Paraná. 
As instituições vão avaliar o projeto apresentado e enviar contribuições. O Banco do Brasil acenou com a possibilidade de vincular a linha de crédito em apoio à pecuária de corte ao programa ABC, de retenção de carbono, que alia as práticas de lavouras e pecuária, e incluir a proposta já para o segundo semestre de 2015. 
A proposta apresentada foi a abertura de uma linha de crédito para retenção e aquisição de matrizes, com período de carência e de financiamento compatível com a atividade. Segundo o zootecnista da Emater, Luiz Fernando Brondani, o produtor precisa pagar o financiamento com as crias dessas matrizes e isso não se faz em menos de três ou quatro anos. Também defendeu a necessidade de financiamento da compra de bezerros para recria e terminação no Estado, que hoje tem uma carência de 500 mil a 600 mil animais. 
Hoje no Paraná, são cerca de 2,3 milhões de cabeças de matrizes de gado de corte e mais um milhão de cabeças de matrizes em gado misto (carne e leite). A meta é elevar em pelo menos 10% esse número e reduzir a idade de abate de 37 meses para 30 meses no período de dez anos, disse Brondani. Outra meta nesse período é elevar a taxa de ocupação de 1,4 unidades de animal por hectare/ano para mais de duas unidades por hectare/ano. 
“Mas esses índices só podem melhorar se tiver disponibilidade de alimentação para os animais, setor que também precisa de apoio técnico efetivo junto ao produtor”, pontuou. Hoje há casos comprovados de ocupação de cinco e até seis unidades de animais por hectare/ano se houver alimentação suficiente. 
Com a abertura das instituições financeiras ao projeto, a Faep se dispôs a dar a estrutura necessária à formação de um grupo gestor para apoiar o desenvolvimento de projetos de pecuária de corte no Paraná, trabalhando com uma visão de dez anos para frente, declarou Ronei Volpi, representante da Faep. “Queremos profissionalizar o setor de bovino de corte”, afirmou ele. 
Segundo Volpi, todos os projetos serão executados em parceria com o Governo do Estado e com as universidades federais e estaduais, que darão a base científica para o avanço e organização da cadeia produtiva. A exploração dos subprodutos do boi, como couro, graxa, vísceras é outra fonte de recursos que podem engrossar a renda dos produtores e criar empregos em agroindústrias locais e regionais, sugeriu Brondani. 
O técnico lembrou que há bons exemplos no Paraná a serem seguidos. Enquanto a ocupação média da pecuária de corte do Estado está em 137 quilos de carcaça por hectare/ano, há nichos de produção que atingiram a produção de até 650 quilos de carcaça por hectare ano. 
A estratégia utilizada para difusão de tecnologia junto ao produtor será a instalação de 250 unidades de referência que vão repassar os conceitos de produção e de gestão aos produtores. A capacitação será feita mediante visitas técnicas e realização de dias de campo. 

Fonte: AEN-PR

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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