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Para semear soja mais cedo

Trigo para abrir a semeadura e com período vegetativo mais longo ajuda a compor o escalonamento de semeadura. Vitrine tecnológica do trigo aconteceu em Arapongas/PR

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Em Arapongas, no norte do Paraná, multiplicadores de sementes de trigo, triticultores, recomendantes, profissionais da indústria moageira de diversas regiões do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Paraguai, aproveitaram a última quinta-feira (9) para conferir o que está dando certo nas lavouras através dos avanços em genética de trigo. No campo experimental da Biotrigo, instalado na Fazenda Escalada, eles participaram do dia de campo que apresentou duas novas gerações de trigos: médio/tardios e branqueadores. Entre os destaques, uma estação tecnológica com demonstração de qualidade de semeadura trouxe novidades para as operações no campo e outra mostrou a evolução nos últimos 20 anos dos trigos do portfólio TBIO.

A atividade acontece anualmente na região e já faz parte da tradição do calendário de eventos agrícolas do Paraná. O frio, a chuva e a neblina, não impediram que os presentes pudessem conferir as novidades, afinal o posicionamento de cada cultivar e o nível de investimento com a cultura do trigo é fundamental na tomada de decisão quanto ao destino das lavouras. Distribuídas em seis estações tecnológicas, as cultivares foram semeadas demonstrando a resposta de cada genótipo ao ambiente, os níveis tecnológicos aplicados e, ainda, o manejo de Oídio, doença prevalente na atual safra.
Fernando Michel Wagner, gerente Regional Norte (PR, SP, Cerrado, Paraguai e Bolívia) da Biotrigo Genética, apresentou um dos lançamentos, de ciclo médio/tardio. Segundo ele, a cultivar TBIO Ponteiro é uma grande aposta para abrir a semeadura. “Sabemos que uma das principais demandas do agricultor é o melhor aproveitamento de sua área durante o ano inteiro e por isso o nosso programa de melhoramento genético busca encontrar soluções eficazes para que o trigo possa estar integrado ao sistema de produção. Essa cultivar, por exemplo, se caracteriza pelo período vegetativo mais longo, fazendo com que o trigo espigue mais tarde, tendo a fase reprodutiva curta, colhendo em fase adequada ao encaixe da semeadura da soja e com seu ciclo e trazendo maior estabilidade produtiva. Por ter excelente nível de resistência à Brusone, permite a antecipação nas regiões de transição e mais quentes, além de oportunizar às regiões mais frias o aumento das chances de escape de eventos como a geada em semeaduras antecipadas”, explica. A cultivar, que será multiplicada em 2019 e comercializada em 2020, tem ainda como diferenciais o excelente vigor de seu sistema radicular, o que dá indicativos de um melhor enfrentamento em anos de estiagem prolongada, segundo os dados apontam. Por possuir bom comportamento, mesmo em anos mais secos, será um trunfo para os agricultores. Ponteiro possui um pai que teve boa área na Argentina e entrega ótimos resultados para a indústria de pães, além de ter excelente reação ao Oídio e demais doenças da cultura. “Com certeza, será importante ferramenta para combinar com trigos mais precoces”, finaliza Wagner.

Uma nova geração de trigos branqueadores

Para outro nicho de mercado que busca uma farinha mais clara e com um bom desempenho na panificação, foi desenvolvida a cultivar TBIO Duque. Conforme o diretor e melhorista da Biotrigo, André Cunha Rosa, a cultivar é o primeiro filho do TBIO Toruk neste segmento. “Além da qualidade industrial para panificação, a cultivar se diferencia entre outros trigos branqueadores pela excelente sanidade, inédita entre os branqueadores, o que facilitará na condução da lavoura. Outra vantagem é a ampla área de adaptação, incluindo diversas zonas tritícolas de climas de frio e quente”, explica o pesquisador. “Duque traz o DNA vencedor de seu pai, TBIO Toruk – trigo mais semeado no Brasil – agregando a todo o potencial agronômico a característica tão desejada pelos moinhos, ser branqueador. Possui um pacote fitossanitário completo, incluindo excelente nível de resistência à Brusone, Giberela, doenças foliares, bacteriose e a germinação na espiga – característica nova entre os branqueadores”, finaliza André. TBIO Duque, entra em multiplicação já na próxima safra e para comercialização em 2020.

 
Aliados na produtividade

Além do uso de cultivares adequadas, práticas de manejo podem viabilizar o incremento no potencial produtivo do trigo. Na estação de qualidade de semeadura, o engenheiro agrônomo e gerente comercial da Biotrigo Genética, Lorenzo Mattioni Viecili, demonstrou o quanto os parâmetros velocidade e profundidade são imprescindíveis para a formação de um bom estande de plantas. “A regulagem na semeadora é determinante para controlar a população de plantas. Dependendo da velocidade e ainda da qualidade fisiológica da semente, em termos de germinação e vigor, se a profundidade superior a 3 cm, poderá haver uma redução do potencial da lavoura por meio da redução do número do estande de plantas de trigo”, explicou. Para exemplificar, a Montagner Indústria de Máquinas mostrou o seu lançamento, SPM 3100, semeadora de precisão que permite uma germinação homogênea. “Essa tecnologia se diferencia pela escala de regulagem de profundidade e angularidade entre os discos, auxiliando na uniforme distribuição das sementes no solo, aumentando o contato do solo com a semente e melhorando significativamente a germinação homogênea”, finalizou.

 
Estação Portfólio Biotrigo

Na vitrine de tecnologias também foram apresentadas algumas linhagens inéditas de diversos ciclos e segmentos, além da exposição do manejo do portfólio TBIO, incluindo as cultivares que chegam ao mercado em 2018, TBIO Sonic (superprecoce) e TBIO Audaz (precoce). O dia de campo também apresentou os trigos focados em alimentação animal, destacando a produção de silagem e pré-secado, com TBIO Energia I e II e para pastejo, com a cultivar Lenox.
 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Discussões sanitárias

American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina

A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

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Arquivo OP Rural

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.

O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.

Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.

A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.

Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.

Fonte: Daiane Carvalho - Dra. Médica Veterinária - Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil Indústria e Comércio Ltda
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Empresas

Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura

Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

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Fotos: Alisson Siqueira

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.

Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.

A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.

“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.

“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.

Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.

Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.

Fonte: Assessoria MCassab Nutrição e Saúde Animal
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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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