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VOZ DO COOP

Notícias Estratégias para reduzir custos

Para conter a crise, suinocultores do Paraná promovem ajustes no rebanho

Produtores estão descartando matrizes com base em indicadores de produtividade e investindo na redução do peso dos animais para abate.

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Fotos: Divulgação

Com os custos de produção em alta, estagnação dos preços recebidos pelos produtores e oferta excessiva, a suinocultura paranaense tem apostado em ajustes no rebanho como forma de passar pelo momento de crise. Entre as práticas adotadas nas granjas estão o descarte de matrizes com base em indicadores de produtividade e na redução do peso dos animais encaminhados para abate. Desta forma, além de reduzir a oferta de carne disponível no mercado, produtores e indústrias conseguem diminuir os gastos com alguns custos, principalmente alimentação. Esse cenário foi abordado em reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura da FAEP, realizada nesta quinta-feira (17), por videoconferência.

O contexto de crise da suinocultura passa por um cenário em que os principais insumos da alimentação dos animais, a saca de milho e a tonelada do farelo de soja, vem sendo negociados, em média, a R$ 100 e R$ 3 mil, respectivamente. Além disso, há perspectivas de que a China reduza suas importações, em razão da recomposição de seu rebanho doméstico. No mercado interno, a expectativa é de que a demanda continue estável. Ou seja, a tendência é de que o país tenha um excesso de oferta. Tudo isso explica a estratégia do setor de ajustar o rebanho.

“Temos que procurar uma solução conjunta agora. Se esperarmos o Plano Safra ninguém mais vai ter crédito para tocar a produção adiante. Temos que buscar soluções imediatas”, ressaltou a presidente da CT de Suinocultura da FAEP, Debora Geus.

Redução de peso

Um dos convidados da reunião, o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek, disse que a empresa já reduziu o peso médio dos suínos abatidos. Em dezembro do ano passado, por exemplo, os animais iam para o abate com 131 quilos. Em janeiro, o peso médio caiu para 123 quilos. Com esses ajustes, a projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que, ao longo de 2022, ocorra a redução de 300 mil toneladas colocadas no mercado nacional.

“A redução de peso de abate ‘retira’ volume de carne do mercado. Mas é claro que há um limite. Se baixar de 120 quilos, começamos a ter problemas de padrão de cortes e aumentamos o custo fixo da produção”, apontou Zydek. “Esse é um remédio amargo, mas nesse primeiro momento tem mais vantagens do que desvantagens. Teremos um efeito positivo na pressão da oferta”, acrescentou.

Descarte de fêmeas

Segundo Júlio Alberto Campos, gerente administrativo financeiro do Grupo Leh´s, a empresa tem adotado uma série de estratégias, com base na análise continuada de dados zootécnicos do rebanho. Além da redução do preço médio do suíno encaminhado para abate, ele mencionou o descarte de fêmeas que não são consideradas tão produtivas. Com isso, o suinocultor tem obtido a melhora da performance das granjas.

Produção própria de ração

Outro ponto é que o suinocultor tem apostado na produção da própria ração, maximizando a conversão alimentar dos animais e reduzindo custos. Ainda assim, Campos dá como certo que o ano será de prejuízo para os produtores independentes. Sem fazer ajustes produtivos da porteira para dentro, no entanto, o risco é ainda maior.

“Quando se olham os dados zootécnicos, se percebem as oportunidades, pensando em manejo produtivo mais eficiente. A gente tem melhorado o peso para desmame, focando na qualidade do leitão desmamado. Isso se reflete em conversão e melhora a margem. O segredo é o produtor achar um ponto de equilíbrio entre o que precisa investir e onde é preciso tirar o pé”, disse Campos. “Mas a suinocultura é uma atividade de ciclo longo. Se o produtor reduzir o plantel, pode perder a oportunidade de participar de um bom momento do setor lá na frente”, ponderou.

Dificuldades de alojamento

Outros produtores que participaram da reunião da CT da FAEP também relataram estratégias semelhantes. De acordo com suinocultor Eduardo Dystra, de Carambeí, nos Campos Gerais, muitos suinocultores independentes da região já têm reduzido o peso dos animais terminados. Uma das integradoras da região também cogita fazer esse ajuste.  “Está havendo dificuldade da integradora de alojar carnes processadas. A oferta está além”, disse.

Prejuízos

O produtor José Carlos Colombari, de São Miguel do Iguaçu, Oeste do Paraná, também reforça o discurso de ajustes de plantel. Ele, por exemplo, trabalhava com a meta de entregar os suínos ao abate com 135 quilos. Agora, os animais estão sendo enviados com 120 quilos. “Estou há 23 anos na atividade, passei por várias crises, mas nunca vi nada como esta, em que os produtores têm um prejuízo de R$ 250 por animal”, lamentou.

Comércio varejista

Outro ponto mencionado na reunião é que, apesar da crise para os produtores e para as agroindústrias, o comércio varejista tem mantido margens largas de lucro. Suinocultores e industriais defenderam a deflagração de uma campanha publicitária focada em dois pontos: no estímulo ao consumo de carne suína; e na elucidação da composição do preço dos produtos pagos pelo consumidor, explicitando quanto fica com os mercados.

Fonte: Faep

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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