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Panorama do biogás no Brasil mostra crescimento de 82% na produção de biometano em 2022

Estudo foi lançado na segunda-feira (04) pelo CIBiogás e reúne informações atualizadas sobre o crescimento do setor de biogás e biometano no Brasil e traz novas  perspectivas para 2024.

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Foto: Geraldo Bubniak

Em 2022, o Brasil demonstrou um crescimento na geração de biogás e biometano. Com a alta dos investimentos e procura sobre as fontes alternativas de energia e biocombustíveis, o Panorama do Biogás no Brasil em 2022, foi lançado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) na segunda-feira (04) em uma live no YouTube do CIBiogás. O documento apresenta mais números sobre o desenvolvimento do setor de biogás e biometano no Brasil.

Confirmando a importância da fonte para o desenvolvimento da bioeconomia, o estudo revela que, em 2022, 114 novas plantas de biogás começaram a operar, o que representou um crescimento de 15%, em relação a 2021. Hoje o Brasil possui 936 plantas instaladas, sendo que 885 unidades estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões Nm³/ano de biogás com aproveitamento energético.

Entre as aplicações energéticas do biogás o biometano se destacou com um crescimento de 82% no número de plantas no país, registrando um total de 20 plantas em operação em 2022. Estas plantas convertem 22% do biogás produzido no Brasil em cerca de 359,8 Nm³/ano de biometano, o equivalente a rodar 3.598 milhões km/ano com veículos leves e 900 milhões km/ ano com veículos pesados.

A geração de energia elétrica apresentou aproximadamente 86% das plantas em operação no Brasil, o que representa a geração de  2,08 bilhões de Nm³/ano, ou seja, 72% do volume de produção de biogás em 2022.

Diretor-presidente do CIBiogás, Rafael González: ” grande trunfo do biogás está relacionado à diversificação de fontes, aplicações e distribuição geográfica no território e estamos vendo isso acontecer no Brasil” – Foto: Divulgação/CIBiogás

O diretor-presidente do CIBiogás, Rafael González, relata que o crescimento reflete o comportamento dos agentes do setor, que vem investindo em alternativas renováveis que fazem evoluir o cenário da matriz energética brasileira.  “O biogás e o  biometano estão se destacando dentre outras energias. Na agropecuária, vimos que o crescimento foi significativo, sendo responsável por 63% do total das plantas que entraram em operação em 2022. Isso é muito importante, pois traduz como as fontes renováveis são essenciais para todo o tipo de setor e como podem impactar positivamente várias cadeias produtivas” afirma o diretor.

 O impacto do saneamento

 Apesar do destaque do crescimento do número de plantas de biogás a partir de resíduos da agropecuária, o maior volume de biogás produzido em plantas que entraram em operação no ano de 2022 foi protagonizado pelo setor de saneamento, que aproveitou energeticamente cerca de 2,1 bilhões de Nm³/ano de biogás, o equivalente a 74% do biogás produzido no país.

O diretor de Desenvolvimento Tecnológico do CIBiogás, Felipe Marques, destaca que o volume expressivo reflete importantes projetos implementados em aterros sanitários no país e sinaliza boas expectativas para o aproveitamento energético em 2023, pois a cada dia ficam mais evidentes as oportunidades associadas ao saneamento ambiental com biogás. “No Brasil todo o biogás vem ganhando espaço. O grande trunfo do biogás está relacionado à diversificação de fontes, aplicações e distribuição geográfica no território e estamos vendo isso acontecer no Brasil. Os impactos à matriz energética são diversos e de toda ordem.” ressalta Marques.

O diretor complementa enfatizando a importância desses dados na democratização das alternativas renováveis com apoio dos setores políticos. “A intenção do CIBiogás com o Panorama do Biogás 2022 é trazer clareza sobre como o mercado de biogás no Brasil vem se desenvolvendo, permitindo que oportunidades de mercado e necessidades de avanços em políticas públicas sejam percebidas. A publicação é multipropósito e pode atender a diversos públicos. O Biogás é um energético estratégico para a economia de baixo carbono e a transição energética. O Brasil tem grande potencial e devemos aproveitar os dados compartilhados pelo Panorama para voltar olhares esperançosos para este setor que só tem a crescer cada ano mais em todos os estados brasileiros” complementa o diretor.

Biogás em todo o Brasil

O Panorama do Biogás no Brasil 2022 ressalta mais uma vez a permanência de Minas Gerais como o estado com mais plantas em operação, totalizando 274, tendo em segundo lugar, o Paraná, com 198 plantas.

Quando analisamos os estados que registraram um crescimento expressivo em relação ao ano anterior, São Paulo é protagonista, com aumento  de 21% de plantas e de 27% na produção de biogás.

Tamar Roitman, gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), comenta que para 2024 as expectativas são muito positivas para o setor, principalmente para o biometano e energia elétrica. Com o aumento da cadeia de fornecimento, houve um aumento do número de plantas, que poderia ser muito maior, mas que depende do amparo de políticas públicas direcionadas, além de linhas de financiamento aplicáveis para diversas formas de produzir o biogás em diversas escalas.

“Estamos vendo a demanda por biometano crescendo de forma bastante importante e os projetos se direcionando em um bom sentido, porém ainda faltam incentivos que ajudam a orientar os investimentos, aumentando a viabilidade e tornando os projetos em biometano mais atrativos para efetivamente termos um aumento da produção” ressalta Roitman.

Fonte: Assessoria CIBiogás

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Mudanças climáticas: Paraná participa de debate sobre emissão de carbono no agro

A 2ª Reunião Nacional do Plano ABC+, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), teve como objetivo promover o alinhamento dos métodos, resultados e indicadores de monitoramento, além do nivelamento científico do Plano com os Grupos Gestores Estaduais (GGEs) das 27 Unidades Federativas.

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O Paraná participou entre quarta (15) e quinta-feira (16) da 2ª Reunião Nacional do Plano ABC+, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília. Coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, o evento teve como objetivo promover o alinhamento dos métodos, resultados e indicadores de monitoramento, além do nivelamento científico do Plano com os Grupos Gestores Estaduais (GGEs) das 27 Unidades Federativas.

Fotos: Divulgação/Mapa

O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+) é uma iniciativa do governo federal que visa promover práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e fortalecendo a resiliência do setor agropecuário. Ele se estende até 2030, com metas de descarbonização das cadeias produtivas e adoção de tecnologias inovadoras, entre elas a redução da emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor.

“É um encontro estratégico, com representantes de todos os grupos gestores estaduais, com vistas a debater o que está sendo feito em cada unidade e conhecermos as plataformas de monitoramento e de codificação”, destacou Breno Menezes de Campos, chefe do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. Ele representou o Estado e o Grupo Gestor paranaense no evento.

“Saímos otimistas da reunião, pois o Plano ABC+ ganha mais força na forma de monitoramento e de planejamento, possibilitando que na COP-30, no Pará, possamos apresentar um ABC mais nacional, com contribuição de todos os Estados e com boa quantificação das metas assumidas pelo País na COP-15”, completou. A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30) será em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro de 2025.

Paraná

No Paraná, o Plano ABC+ foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas. Os desafios propostos até 2030 levam em conta o histórico da produção agrícola e silvícola do Estado e a situação atual de cada atividade, além do potencial de contribuição em relação à mitigação de gases de efeito estufa.

O Estado está se propondo a recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em 4 mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares.

Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil hectares, enquanto as florestas plantadas deverão ocupar mais 220 mil hectares. O plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil hectares.

O Estado assume ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva e aproveitar 78,9 milhões de metros cúbicos de dejetos animais para a produção de biogás/biometano.

O documento também orienta o fortalecimento de programas estaduais que já estão em andamento, como o RenovaPR (transformação energética no campo), Paraná Mais Verde (plantio de novas mudas), Prosolo Paraná (mitigação dos processos erosivos do solo e da degradação dos cursos d’água) e a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, que tem como meta a expansão da pesquisa e a integração da academia aos novos processos produtivos sustentáveis.

Encontro

No evento em Brasília foi apresentado o Sistema de Informações do Plano ABC (SINABC), com foco especial nos dados sobre pastagens recuperadas e terminação intensiva. O encontro reforçou o compromisso firmado pelo país, há mais de 14 anos, em desenvolver o primeiro plano de agricultura de baixa emissão de carbono do mundo, que desde a sua concepção traz soluções baseadas em ciência e tecnologia aos produtores rurais.

“Precisamos acelerar a transição tecnológica no agro, tornar a agricultura cada vez mais resiliente, produtiva, eficiente e competitiva. Se não fizermos isso, ficaremos cada vez mais vulneráveis a fenômenos climáticos, como infelizmente acontece neste momento no Rio Grande do Sul, e que serve de alerta para nós que estamos ligados a um setor tão forte da economia como a agricultura”, disse a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura e Pecuária, Renata Miranda.

Fonte: AEN-PR
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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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