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Panorama da Influenza aviária e seus impactos nos Estados Unidos

Desde o início do atual surto, em fevereiro de 2021, até o início de julho, a doença causou a morte de 58,8 milhões de aves em mais de 300 granjas comerciais em 47 estados, representando o pior desastre de saúde animal já registrado no país norte-americano.

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Maior produtor mundial de frango de corte e de perus, os Estados Unidos vivem atualmente uma emergência sanitária no setor avícola. O atual surto de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1) assola o país e já provocou consequências devastadoras para a cadeia produtiva, que já estima prejuízos superiores a US$ 1 bilhão.

Presidente da United Egg Producers, Chad Gregory – Foto: Divulgação/United Egg Producers

Desde o início do atual surto, em fevereiro de 2021, até o início de julho, a gripe aviária já havia causado a morte de 58,8 milhões de aves em mais de 300 granjas comerciais em 47 estados, representando o pior desastre de saúde animal já registrado no país norte-americano, cenário esse que impactou na alta dos preços de ovos, frangos e perus. “Essa situação coloca uma pressão adicional sobre os produtores, que já estão lidando com as perdas econômicas e os desafios impostos pelo vírus”, frisou Chad Gregory, presidente da United Egg Producers, uma cooperativa agrícola que atua de forma colaborativa para lidar com questões legislativas, regulatórias e de defesa que impactam a produção de ovos norte-americana, durante sua participação online na 4ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos (Conbrasul Ovos), realizada entre os dias 18 e 20 de junho, em Gramado, na serra gaúcha.

Apenas Havaí, Louisiana e Virgínia Ocidental ainda não haviam relatado focos de gripe aviária. Iowa, o maior produtor americano de ovos, lidera o surto no país com cerca de 16 milhões de aves abatidas.

Para mitigar os efeitos e lidar com essa crise, o governo estadunidense já destinou US$ 793 milhões em resposta ao surto, incluindo a eliminação de aves mortas, implementação de quarentenas, implementação de estratégias de prevenção, controle e vigilância a fim de evitar uma propagação ainda maior do vírus e para minimizar danos futuros. Em junho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou mais US$ 502 milhões para garantir uma resposta rápida a possíveis futuros casos de gripe aviária, mesmo que o pior surto da história do país esteja se estabilizando. “Esses recursos são cruciais para financiar medidas de controle, pesquisa, diagnóstico e possíveis indenizações aos produtores”, destacou Gregory, acrescentando: “É necessário investir cada vez mais em medidas de biossegurança nas granjas avícolas e fortalecer a capacidade de resposta das autoridades sanitárias”.

De acordo com Gregory, ao contrário dos anos anteriores, o vírus H5N1 encontrou uma maneira de sobreviver ao calor do verão, provocando um aumento nos casos relatados durante o outono norte-americano. “Em comparação com o surto de 2014/2015, quando o primeiro caso positivo foi registrado em 02 de abril, a disseminação atual da IAAP é mais ampla. Há oito anos, o surto afetou mais de 36 milhões de poedeiras e seis milhões de frangos nos estados do Centro-Oeste, sendo controlado no final de junho daquele ano. Enquanto que no surto atual a disseminação está muito mais ampla, agravando a situação e os desafios enfrentados pelos produtores avícolas”, analisou, ampliando: “A capacidade do vírus de resistir ao calor do verão e continuar se espalhando durante o outono indica uma maior adaptabilidade e persistência em comparação com os surtos anteriores”.

Segundo o USDA, desde 19 de abril não houve novos registros da doença em lotes de aves comerciais, nem em lotes de criação doméstica desde 18 de maio.

Preços

No início deste ano, os preços dos ovos chegaram a atingir US$ 4,82 por dúzia, em comparação com US$ 1,93 no ano anterior. Nos meses seguintes apresentou queda, passando a US$ 4,20 no começo de julho, redução de US$ 0,62 por dúzia.

Enquanto que o preço de meio quilo de peito de frango em janeiro era comercializado a US$ 4,32; e o peru aumentou de US$ 1,29 por libra para US$ 1,72 por libra. “Esses números refletem um aumento considerável nos custos para os consumidores, impactando seus orçamentos e opções alimentares. A variação nos preços dos ovos, peito de frango e peru reflete a complexa interação entre fatores como a demanda, a oferta e as condições de mercado”, pontua Gregory.

Mitigações dos impactos econômicos

Com base nas informações fornecidas pelo USDA, a experiência adquirida desde o surto ocorrido há oito anos destacou a importância de fortalecer a biossegurança, intensificar a vigilância e melhorar os testes e a presença in loco de profissionais do Serviço de Inspeção Sanitária Animal para uma resposta ágil aos casos, controle e prevenção da disseminação da doença. Com isso, durante o atual surto, o USDA conseguiu obter uma economia significativa de custos, com uma redução estimativa em quase 50% em comparação ao surto anterior. “Ao mesmo tempo, o USDA trabalhou para garantir acordos de regionalização e manter os mercados abertos com os principais parceiros comerciais. Essas medidas foram fundamentais para mitigar os impactos econômicos e proteger a indústria avícola durante a crise”, expôs Gregory.

Durante uma mesa redonda que reuniu líderes da indústria avícola e representantes de vários estados para discutir a estratégia atual e futura de combate à gripe aviária, a subsecretária de Agricultura para Programas Regulatórios e de Marketing do USDA, Jenny Moffitt, enfatizou as lições aprendidas que influenciaram a estratégia atual de eliminação e erradicação dos focos da doença. “No surto de gripe aviária ocorrido em 2015, cerca de 70% dos casos foram atribuídos à disseminação lateral, propagação essa que foi reduzida para 15% no atual surto. Mas precisamos permanecer vigilantes, especialmente porque as aves selvagens continuam a representar riscos de doenças. Todos nós devemos reconhecer o importante papel desempenhado pela biossegurança como limitadora do impacto ocasionado por aves selvagens em granjas e suas instalações”, salientou.

Produção de ovos

A produção de ovos norte-americana está concentrada em apenas seis estados, representando 47% do total produzido. Essa concentração geográfica destaca a importância dessas regiões na oferta nacional de ovos. Com o surto de IAAP houve uma perda significativa no plantel de poedeiras, com 43,3 milhões de poedeiras abatidas, com 30,7 milhões entre fevereiro e junho e 12,6 milhões ainda entre setembro e dezembro de 2022.

Essa perda de plantel impactou a disponibilidade de ovos no mercado, com o setor registrando picos de preço durante os períodos festivos, devido à alta demanda combinada com baixos estoques, que registraram uma queda de 29% em dezembro. Os preços dos ovos orgânicos e livres de gaiolas atingiram o valor de US$ 11,49 nesse período. “As mudanças no consumo também impactaram a indústria de ovos norte-americana e muitos restaurantes tiveram que alterar seus cardápios, buscando opções mais diversificadas, situação essa que tem influenciado a demanda de consumidores e as estratégias de produção atual”, comentou a médica-veterinária e gerente de Inteligência de Mercado da DSM-firmenich, Stephanie Hajaj, que participou do Painel Novos Mercados e Novos Horizontes na 4ª Conbrasul Ovos.

Exportações

Médica-veterinária e gerente de Inteligência de Mercado da dsm-firmenich, Stephanie Hajaj – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A exportação de carne de frango dos Estados Unidos se manteve estável nos 12 meses encerrados em abril de 2023, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo USDA. Neste período, 3,327 milhões de toneladas de carne de frango foram exportadas, apenas três mil toneladas a menos em comparação entre maio de 2021 e abril de 2022, representando uma queda de 0,01%. Também houve um resultado negativo em relação ao total acumulado nos 12 meses encerrados em abril de 2021.

Em abril passado, o volume de exportação foi de aproximadamente 275 mil toneladas, o que representa um aumento de quase 2% em relação ao ano anterior. No acumulado do quadrimestre, o total exportado foi um pouco acima de 1,123 milhão de toneladas, um aumento de 2,34% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Essas exportações representaram cerca de dois terços do total exportado pelo Brasil no mesmo período, que foi um pouco mais de 1,710 milhão de toneladas. No entanto, o USDA não inclui as exportações de pés/patas de frango em seus levantamentos, produtos esses que vêm sendo vendidos em volumes bastante significativos.

No que diz respeito às exportações de ovos, algumas nações importantes reduziram suas compras dos Estados Unidos. A Coréia do Sul interrompeu os embarques em janeiro, seguida pelos Emirados Árabes em abril e pela Malásia posteriormente. Além disso, as exportações para o Canadá diminuíram em 83%, para o México em 29% e para Hong Kong em 98%. Esses três países representavam 80% das exportações totais.

Com isso, os embarques de ovos totais tiveram uma queda significativa de 47%, passando de três bilhões de unidades em 2021 para 1,6 bilhão em 2022. Além disso, as exportações de produtos derivados de ovos diminuíram em 33% em comparação com o ano anterior. “Essas tendências e mudanças na indústria de ovos têm impactado produtores, consumidores e o mercado internacional, que buscam estratégicas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades futuras”, mencionou Stephanie.

Biossegurança

As medidas de biossegurança implementadas pela indústria comercial tiveram um impacto significativo na redução do número de focos no setor. Um exemplo disso é o registro de apenas sete casos em aves comerciais no terceiro mês deste ano frente aos 51 focos encontrados em março de 2022, representando uma queda de 85% em comparação ao ano anterior. “O Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal do USDA continua a colaborar com parceiros estaduais e da indústria para realizar uma vigilância ativa para erradicação rápida de lotes positivos. Esses esforços são particularmente intensificados durante os meses mais quentes, quando os casos tendem a aumentar. O objetivo é identificar prontamente os focos de infecção e tomar as medidas necessárias para controlar e erradicar o vírus”, evidencia Gregory.

Essas medidas de biossegurança incluem práticas como a implementação de barreiras físicas (cercas e telas, para impedir o acesso de animais selvagens e vetores ao local); controle rigoroso do tráfego de pessoas e veículos; protocolos estritos de higiene pessoal e desinfecção de equipamentos; monitoramento regular de aves para detecção precoce de qualquer sinal de doença; e restrição do contato entre aves comerciais e aves migratórias. “Por meio dessas ações, a indústria comercial está trabalhando para garantir a saúde e o bem-estar das aves, proteger a segurança alimentar e reduzir o risco de propagação de doenças. A colaboração contínua entre o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal, parceiros estaduais e da indústria é essencial para manter a eficácia dessas medidas e garantir a segurança do setor avícola”, reforça o presidente da United Egg Producers.

Desenvolvimento de vacinas

O Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal é o órgão regulador responsável pela avaliação e aprovação de produtos biológicos veterinários, incluindo vacinas para animais. A agência realiza uma análise cuidadosa das vacinas candidatas para garantir sua segurança, potência, pureza, eficácia e compatibilidade com a genética da cepa atual do vírus.

Em abril, o Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA iniciou os testes de vacinação contra a gripe aviária. Os pesquisadores estão atualmente conduzindo estudos com várias candidatas a vacinas, com previsão de divulgação dos resultados dos testes vacinais com duas doses ainda este ano.

Caso os testes sejam bem-sucedidos e o USDA decida dar continuidade ao desenvolvimento, o próximo passo será identificar fabricantes interessados na produção das vacinas. Após a identificação de um ou mais fabricantes, serão necessárias 20 etapas distintas antes da entrega da vacina. Essas etapas incluem avaliação de viabilidade do fabricante e finalizam com o envio e revisão do rótulo do produto. Em geral, o processo leva entre dois anos e meio a três anos. No entanto, em situações de emergência, os fabricantes podem acelerar o desenvolvimento, resultando em prazos menores para o licenciamento.
Desde o desenvolvimento da vacina até a produção em larga escala e distribuição para os lotes, há diversos fatores que tornam a implementação de uma estratégia de vacinação um desafio e requer tempo para fornecer uma vacina eficaz. O USDA estima que, na melhor das hipóteses, levará de 18 a 24 meses para ter uma vacina disponível em quantidades comerciais, que corresponda à cepa viral atualmente circulante e possa ser facilmente administrada na avicultura comercial.

Estratégias de vacinação

De acordo com os dados mais recentes do USDA, os Estados Unidos estão considerando a possibilidade de implementar uma estratégia de vacinação contra a gripe aviária, concentrando-se especificamente em perus e nos estados com maior concentração de granjas com esses animais.

No entanto, segundo a vice administradora do programa de Serviços Veterinários do USDA, Rosemary Sifford, essa abordagem busca equilibrar os custos e benefícios envolvidos. “Ainda não temos uma decisão final em relação à vacinação, mas defendemos que qualquer estratégia de vacinação precisa estar muito focada. Estamos olhando para um alvo muito específico, potencialmente geográfico e orientado para as espécies, que talvez se concentre em certos perus de uma determinada área. Esses são os cenários sobre os quais estamos conversando”, frisou.

A regionalização e compartimentação por granjas ou espécies são permitidas pelas regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o que geralmente resulta na redução do risco de enfrentar barreiras comerciais em todo o país.

Estimativas do USDA apontam que a carne de peru represente cerca de 10% da produção total de aves nos Estados Unidos em 2023, enquanto as exportações desse tipo de carne devem corresponder em torno de 7% da produção total de peru. Em contraste, as exportações de carne de frango são estimadas em aproximadamente 16%.

O atual surto de gripe aviária tem levado alguns governos a reconsiderar a estratégia de vacinação para frangos de corte. No entanto, outros países, como os Estados Unidos, ainda apresentam relutância devido às possíveis restrições comerciais que essa medida acarretaria. “Essas preocupações comerciais são um fator importante a ser considerado na tomada de decisões, juntamente com outros aspectos relacionados à eficácia e aos impactos econômicos da vacinação”, informou Rosemary.

Aprendizados

Vice administradora do programa de Serviços Veterinários do USDA, Rosemary Sifford – Foto: Divulgação/USDA

Dentre os inúmeros aprendizados que a IAAP proporcionou ao setor avícola, Stephanie cita que a colaboração entre o governo e a indústria se fortaleceram, gerando uma melhora significativa na comunicação e na coordenação de esforços para mitigar os efeitos causados pelo surto. “A agilidade nas ações e processos de tomada de decisão foi aprimorada, permitindo uma resposta mais rápida diante de surtos da doença. Além disso, as medidas de biossegurança foram aperfeiçoadas, visando prevenir a disseminação de doenças avícolas”, frisou.

Esses avanços na gestão da gripe aviária resultaram em uma redução nos desembolsos necessários para lidar com surtos futuros, além de fortalecer a segurança e a saúde das aves de criação.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte e Postura. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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