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Palestras técnicas do Inovameat orientam cadeia produtiva de proteína animal sobre biosseguridade, genética e efeito estufa

Painéis simultâneos trataram de temas relacionados à avicultura, suinocultura, bovinocultura e piscicultura.

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Foto: Fabio Ulsenheimer

Palestras técnicas sobre diversos temas relacionados à avicultura, suinocultura, bovinocultura e piscicultura marcaram o segundo dia do Inovameat Toledo, maior evento de proteína animal do Paraná, encerrado na quarta-feira (03), no Centro de Convenções e Eventos Ismael Vicente Sperafico, em Toledo, no Oeste do Estado.

Marcio Eidi, fiscal de defesa agropecuária da Adapar falou sobre biosseguridade na avicultura. É um assunto que está muito em alta, principalmente em decorrência dos casos de influenza aviária que têm afetado as aves silvestres – e não tem atingido as granjas comerciais. Essa é a grande preocupação do setor produtivo, pois uma vez que um aviário é atingido existe toda a questão do bloqueio de exportações.

“A biosseguridade são as medidas que o avicultor deve tomar para evitar o contato e prevenir a entrada de patógenos. E isso consiste no isolamento (cerca, processo de desinfecção, restrição de acesso de pessoas) e todo um conjunto de medidas que reduz o risco de entrada dessa doença. É preciso reforçar as medidas de biossegurança nos estabelecimentos avícolas e principalmente a importância da rápida notificação de qualquer animal suspeito junto à Adapar. Essa rápida ação reduz a possibilidade da doença se espalhar”, disse Marcio Eidi.

Vacas leiteiras

Altair Antônio Valloto, superintendente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), abordou o tema “Ferramentas genéticas para seleção de vacas leiteiras de alta produção, saúde e vida produtiva”. Ele levou para o Inovameat o que tem de novidade e inovação na seleção das bezerras mais produtivas.

“Hoje tem uma ferramenta de Inteligência Artificial, que faz a prova da bezerrinha. Tendo os dados do pai, da mãe e da bisavó, a Inteligência Artificial determina quais são as bezerras e os animais superiores para, por exemplo, produzir mais leite, mais gordura ou que tenha mais vida produtiva e seja mais saudável”, explicou.

Efeito estufa

“As emissões de carbono e os gases de efeito estufa na produção de suínos e aves” foi o tema da palestra de Paulo Armando de Oliveira, pesquisador Embrapa Suínos e Aves. Atualmente um dos maiores desafios para os produtores de suínos e aves é a determinação dos fatores de emissão dos GEE (Gases de Efeito Estufa – CO2, CH4, N2O) e Amônia (NH3), gerados nas edificações de produção. Essas informações são importantes para a construção do inventário Nacional da emissão Global de Carbono.

Ele explicou que as emissões de GEE e de NH3, na produção de suínos e aves, são influenciadas por vários fatores, como a ambiência e o modelo das edificações, os animais, o tipo de alimentação e os sistemas de gestão e manejo dos dejetos, no interior das edificações. “Um dos fatores mais importantes que influenciam as emissões é o tipo de ventilação, natural ou mecânica, usado nas granjas de suínos e aves, cujo fluxo de ar é comumente controlado pela temperatura e umidade relativa do ar”, disse.

O objetivo da apresentação no Inovameat foi mostrar os trabalhos que foram desenvolvidos pela Embrapa, na determinação dessas emissões de gases em diversos sistemas produtivos.

Piscicultura

Outro assunto abordado no segundo dia do evento foi “Edição genômica aplicada à piscicultura”, pela pesquisadora Fernanda O’Sullivan, da Embrapa Pesca e Aquicultura.

O desenvolvimento da técnica de edição genética CRISPR/Cas9 tem desencadeado uma revolução sem precedentes nas ciências agrárias, especialmente na engenharia genética. Essa abordagem permite a remoção de genes prejudiciais à produção e a inserção de genes associados à alta produtividade diretamente no genoma dos organismos.

“Os peixes, por suas características reprodutivas, são animais de fácil uso da edição genômica. Nesta palestra abordamos o estado da arte da aplicação da CRIPR/Cas9 como ferramenta genômica para aumento da produção aquícola no mundo”, destacou a pesquisadora, premiada duas vezes ano passado por sua participação no desenvolvimento do teste de sexagem molecular de pirarucu, serviço hoje oferecido aos produtores pela Embrapa.

Sobre o evento

O Inovameat Toledo tem realização do Sindicato Rural de Toledo, Associação Comercial e Empresarial de Toledo, com o apoio da Prefeitura Municipal.

A edição de 2024 tem como tema a “Inovação na Produção de Proteína Animal”. O objetivo é abordar as principais inovações e tecnologias para a produção de proteína animal, visto que essa é uma área que dia após dia aumenta a sua relevância no cenário do agronegócio.

A expectativa é reunir participantes e palestrantes de diversas localidades abordando temas ligados à cadeia produtiva de suínos, aves, peixes e leite.

Fonte: Assessoria Inovameat

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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