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Palestrantes internacionais apresentam no IFC Brasil o melhor da produção de pescados mundial

Ao todo, o evento reúne mais de 60 conferencistas do Brasil e mais 14 países

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Arquivo / OP Rural

A programação científica do 4º International Fish Congress & Fish Expo Brasil apresenta uma seleção de palestrantes internacionais. O time de especialistas dará uma visão global da produção de pescados. Ao todo, o evento reúne mais de 60 conferencistas do Brasil e mais 14 países. O evento será realizado na próxima semana, nos dias 31 de agosto, 01 e 02 de setembro, no Maestra Convention Center do Resort Recanto Cataratas, em Foz do Iguaçu, Paraná.

A quarta edição do IFC Brasil presenteia os congressistas com uma programação rica em assuntos importantes para o setor de pescados. Para isso, apresenta um time de conferencistas que são expoentes em suas áreas no país e a nível internacional. “Com os pés no presente e os olhos focados no Futuro”, afirma Altemir Gregolin, ex-ministro da pesca e presidente do IFC Brasil.

O que há de melhor em genética da tilápia 

No dia 02 de setembro, a palestra Desenvolvimento genético recente para o melhoramento de tilápias e suas implicações para a produção sustentável, será ministrada pela especialista da Colombia, Marcela Salazar, M.D – Diretor Científico Benchmark Genetics Colombia. O Benchmark Genetics integra o Benchmark Group, a principal companhia de biotecnologia para a aquacultura com extensiva atividade em genética aquícola, nutrição avançada e saúde animal ao redor do mundo.

Marcela Salazar, é MD pela Pontificia Universidad Javeriana na Colômbia, especializada em Imunogenética no laboratório Dr Edmond Yunis na Harvard Medical School. A especialista estuda a genética da resposta imune contra infecções virais e bacterianas em humanos, camarões e linhagens de camundongos há mais de 20 anos. Desde 2001 ela trabalha como Diretora Científica do Centro de Pesquisa em Aquicultura no CENIACUA, e desde 2016 ocupa o mesmo cargo agora para Benchmarrk Genetics Colombia. Seu principal campo de pesquisa é a resposta imune de P vannamei contra infecções virais usando o vírus da síndrome da mancha branca como modelo, bem como na criação seletiva de P vannamei. Ela é ainda membro do conselho da Corporacion CorpoGen, uma organização de pesquisa em biotecnologia sem fins lucrativos na Colômbia. Marcela é autora e coautora de mais de 50 publicações científicas e três capítulos de livros.

No dia 02 de setembro, o IFC Brasil recebe um dos maiores especialistas em desenvolvimento de novas linhagens de tilápia. O Dr. Rajesh Joshi – Pesquisador Sênior da GenoMar Genetics – Noruega, para a palestra: Inovação na criação seletiva para uma indústria rentável de tilápia do Nilo.

O Dr. Rajesh Joshi atua como Pesquisador Sênior na GenoMar Genetics e trabalha no departamento de P&D da empresa localizada em Ås, Noruega. Como Pesquisador Sênior da empresa, Dr. Joshi é responsável pelo planejamento e implementação de diferentes atividades no núcleo de criação de tilápia do Nilo nas Filipinas e no Brasil (com as marcas Genomar, Aquabel e AquaAmerica). O Dr. Joshi também é responsável pelo planejamento de produtos e implementação de diferentes atividades de benchmarking e documentação em vários países da Ásia e da América Latina.

Além disso, o Dr. Joshi também é co-supervisor de alunos de mestrado e doutorado na Noruega e é autor de vários artigos técnicos revisados por pares em genética de tilápias, genômica e resistência a várias doenças. Além disso, ele também está trabalha como professor associado visitante na faculdade HICAST, no Nepal.

Dr. Joshi é bacharel em medicina veterinária e mestre em melhoramento animal e genética. O Dr. Joshi é PhD pela Universidade Norueguesa de Ciências da Vida (NMBU) em Ciência Animal e Aquacultural, onde esteve envolvido no desenvolvimento do primeiro conjunto de chips SNP para a Tilápia.

Produção sustentável será destaque no IFC 

No dia 01 de setembro, a palestra Produção em Sistema de Recirculação – RAS, com Simon Dureijka – Diretor de Produção da empresa Infinite Sea – Alemanha e Marcelo Shei – Sócio fundador da Altamar Sistemas Aquático, Doutor em Aquicultura pela FURG. O painel reúne ainda Yedod Snir – Fundador e Ceo da MAP Aqua, Bacharel em Aquicultura e líder em design RAS – Estados Unidos

O Painel sobre a Produção na Aquicultura em RAS atende a uma demanda do setor na busca de alternativas de reuso d’água e uma produção cada vez mais sustentável do ponto de vista ambiental e sanitária. As apresentações trarão a evolução do sistema com a rica experiência da Alemanha e um apanhado do que tem de melhor sendo desenvolvido no Brasil.

Saúde e Biosseguridade dos Peixes será o foco da palestra do Dr Terje Tingbø – Chefe de desenvolvimento comercial de tilápia, APAC e América Latina – PHARMAQ/Zoetis – Noruega.

Terje, que reside em Oslo, na Noruega, é um biólogo, apaixonado pela saúde dos peixes. É mestre em imunologia e desenvolvimento de vacinas para peixes pela Arctic University of Norway. Terje trabalha para a PHARMAQ há quinze anos, com funções em pesquisa clínica, gerenciamento de projetos de P&D, vendas e desenvolvimento comercial. Tem experiência com espécies de águas frias e quentes, como salmonídeos, bacalhau, robalo, pangasius e tilápia. Desde 2019, Terje é responsável pelo desenvolvimento de estratégias para os investimentos da PHARMAQ em tilápia, motivado pela necessidade de crescimento saudável e sustentável da indústria global de aquicultura.

Nutrição avançada e sanidade 

No dia 02 de setembro, a palestra Dieta Funcional para consolidar o sucesso da vacinação em peixes, com o Dr. François Jégou – Especialista em Pesquisa e Desenvolvimento da ADM – França.

O Dr. François Jegou passou a infância no Japão, perto de Kobe. Concluiu o ensino médio e os estudos veterinários na França. Sua pesquisa de doutorado se concentrou na sincronização da reprodução da vieira Pecten maximus no IFREMER Research Institute, Brest. Após a graduação, trabalhou como médico veterinário na pecuária, principalmente na produção de suínos e gado leiteiro. Após isso, passou a atuar na aquicultura, que tem sido o foco de seu trabalho por mais de 20 anos.

Em sua função na ADM, François compartilha sua experiência em melhoria de desempenho e prevenção de doenças. Concentra-se em soluções de saúde e gerenciamento de estresse para a nutrição da aquicultura, como um suporte sinérgico ao desempenho e sustentabilidade da fazenda.

Keith Morris M.Sc, Global Marketing Manager da Phibro Aquua ministrará palestra no International Fish Congress no dia 01 de setembro. Morris fala sobre a “Mitigação do estresse na aquicultura para elevar a produtividade e a sanidade dos animais”.

A aquicultura é o setor da produção animal que mais cresce nas últimas quatro décadas a nível mundial e sua importância para garantir a segurança alimentar global no futuro é reconhecida mundialmente. Melhorar os resultados, com qualidade e bem estar-animal  é estratégico. A palestra será dedicada a revisar os diferentes tipos de estresse, sua influência na produtividade aquícola, resistência a doenças e as ações que podem ser tomadas para mitigá-los

Keith Morris M.Sc. é mestre em Ciências Marinhas e de Aquicultura. Por mais de 20 anos, atuou no setor de saúde animal, concentrando-se no setor de aquicultura. Inicialmente em P&D, desenvolvendo vacinas contra salmonídeos e tilápias. Passou para o negócio comercial, gerenciando os negócios de salmonídeos da UE para a Merck Co. Recentemente, foi responsável pelas atividades de marketing estratégico nos mercados global de salmonídeos, Marines europeus e tilápia global. Atualmente, na Phibro Aqua, gerencia o Marketing Global e a direção estratégica do negócio.

O que o Brasil pode aprender com o Equador na produção de camarão? 

No dia 31 de agosto, o IFC Brasil recebe a Dra. Yahira Piedrahita – Diretora Executiva da Câmara Nacional de Aquicultura do Equador. Ela ministra a palestra: Produção de Camarão – O Equador como um Case de sucesso em produção e exportações. Quais ações do setor público e privado explicam os resultados conquistados?

A Dra. Yahira Piedrahita é engenheira de aquicultura, possui especialização em economia de pescados, é mestre em manejo e desenvolvimento sustentável de recursos bio aquáticos. Possui ainda Certificado de Profissionais de Aquicultura pela Universidade de Auburn.

Possui 30 nos de experiência na indústria do camarão sendo 20 destes como produção de camarão como responsável pela patogenidade, qualidade da água, técnica e gerente de produção. Possui cinco anos de experiência em posições governamentais, como Diretora Geral do Instituto Nacional de Pescados no Equador.

Apoio e patrocínio ao IFC Brasil 2022 

O 4º International Fish Congress tem coorganização da Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (FUNDEP) e da Unioeste. Patrocinam o IFC Brasil 2022: Itaipu Binacional, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Fomento Paraná, Companhia Paranaense de Energia (COPEL), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Confederação Nacional da Agricultua (CNA, Federações e Sindicatos, Tilabrás, Cooperativa Copacol, Sistema FAEP/SENAR-PR e Cooperativa C.Vale. O IFC Brasil tem o apoio da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), Associação das Indústrias de Pesca (Abipesca), Associação de Produtores de Peixes do Brasil (Peixe BR), Club de Innovación Aquícola do Chile, Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR), Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI), Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Como parceiro o evento tem a Caixa Econômica Federal, que lançou recentemente linhas de crédito exclusivas para o agronegócio.

Fonte: Assessoria

Notícias

Cooperativas catarinenses reúnem 4,2 milhões de cooperados e movimentam R$ 85,9 bilhões por ano

O ramo agropecuário continua sendo o mais expressivo, economicamente, respondendo por 64% do movimento de todo o sistema cooperativista catarinense. Balanço do setor foi apresentado pela Ocesc, que também fez projeções para 2024.

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O cooperativismo surgiu em Santa Catarina há mais de 130 anos e se transformou em um modelo de negócio que envolve mais de 4,2 milhões de catarinenses e movimenta R$ 85,9 bilhões por ano, tornando-se uma extraordinária força social que impulsiona o desenvolvimento em todos os setores da economia.

Balanço do setor foi apresentado pelo superintendente da Ocesc Neivo Luiz Panho e pelo presidente Luiz Vicente Suzin – Fotos: Divulgação/MB Comunicação Empresarial/Organizacional

O balanço do setor foi levantado pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) junto às suas 249 associadas e anunciado na última segunda-feira (29), em Florianópolis (SC) pelo presidente Luiz Vicente Suzin e pelo superintendente Neivo Luiz Panho.

O crescimento das receitas, em 2023, foi de 3,7%, acima, portanto da expansão do PIB (produto interno bruto) brasileiro no período (2,9%).

Um dos dados mais relevantes do levantamento é a expansão do número de associados (cooperados) que cresceu 9,6% no ano passado com o ingresso de mais de 370 mil pessoas. No conjunto, as cooperativas reúnem, agora, 4,2 milhões de catarinenses, o que representa mais da metade da população barriga-verde vinculada ao sistema cooperativista.

As que mais atraíram associados foram as cooperativas de crédito que têm atualmente 3,3 milhões de cooperados, as de infraestrutura que atuam em distribuição de energia elétrica (449.147 pessoas), as de consumo (382.728) e as agropecuárias (83.850). As cooperativas de saúde têm 14.172 associados e, as de transporte, 5.500 cooperados.

As cooperativas do agronegócio foram, novamente, as mais expressivas na geração de empregos diretos e de receita operacional bruta, respondendo por 64% dos postos de trabalho e também por 64% das receitas globais do universo cooperativista.

As cooperativas de crédito consolidaram duas conquistas: o maior crescimento em receitas totais – 23,5% para R$ 19,1 bilhões – e o maior número de associados, com 3,3 milhões de catarinenses cooperados. Isso significa que 78% dos cooperados em Santa Catarina fazem parte das cooperativas financeiras.

A carga tributária não poupou as cooperativas. Em 2023 elas recolheram R$ 3,4 bilhões aos cofres públicos em impostos sobre a receita bruta, um crescimento de 5% em relação ao exercício anterior.

O patrimônio líquido, no conjunto das cooperativas, cresceu 12,3% e atingiu R$ 31,6 bilhões.

Presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, realçou que um dos dados mais relevantes é a expansão do número de associados que cresceu 9,6% em 2023

Para atender seus associados com ações e serviços de qualidade, as cooperativas mantêm quadros funcionais qualificados. Em 2023 contrataram 8% mais e criaram 7 mil  novos postos de trabalho. Juntas, elas agora mantêm 95.400 empregados diretos.

As exportações das cooperativas catarinenses atingiram R$ 9,9 bilhões no ano passado com aumento de 2% e foram suportadas, basicamente, pelo agronegócio. As vendas externas de proteína animal responderam por 75% dos negócios no mercado internacional, seguindo-se cereais in natura, cereais processados, frutas e derivados, fertilizantes, sementes e leite e derivados. As projeções para 2024 indicam um aumento de 5% nas vendas das cooperativas catarinenses ao mercado mundial, o que significam R$ 10,4 bilhões em divisas.

O presidente da Ocesc prevê que continuará expressiva a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio, que respondem por cerca de 30% do PIB catarinense e por 70% das vendas catarinenses no exterior, decorrente da imensa presença das cooperativas nas cadeias produtivas de grãos, leite, suínos e  aves.

Desempenho setorial

O ramo agropecuário continua sendo o mais expressivo, economicamente, respondendo por 64% do movimento de todo o sistema cooperativista catarinense.

As 49 cooperativas agropecuárias fecharam o ano com 83.850 cooperados, aumento de 2,7% no quadro social que foi encorpado com mais 2.221 associados. O setor também foi o que mais criou vagas – gerou 4.771 novos empregos – e, agora, as  cooperativas sustentam 60.827 postos de trabalho, o que representa um aumento de 8,5%.

A receita operacional total dessas cooperativas recuou 3% e totalizou R$ 54,7 bilhões. Queda de preço no mercado mundial e baixo desempenho no mercado interno explicam essa queda nas receitas. A recuperação ocorrerá em 2024: a previsão da Ocesc é de um crescimento de 15% para R$ 62,9 bilhões.

O ramo crédito ganhou uma cooperativa a mais em 2023: agora são 66 cooperativas financeiras que, no conjunto, reúnem o maior número de associados do sistema cooperativista catarinense: são 3,3 milhões de catarinenses. O quadro associativo desse ramo aumentou 10%, com o ingresso de 309.575 novos cooperados. O quadro funcional também cresceu 8%, com a contratação de 1.311 empregados e totaliza, agora, 17.845 trabalhadores nas agências e unidades administrativas.

As cooperativas de crédito contabilizaram receitas totais de R$ 19,1 bilhões, incremento de 23,5% em relação ao ano anterior. O crescimento, em 2024, deve situar-se em torno de 25%.

Evento oportunizou destacar que no conjunto as cooperativas reúnem, agora, 4,2 milhões de catarinenses

O ramo saúde cresceu 11% no ano passado em receitas totais, atingindo R$ 6,6 bilhões no exercício de 2023. Criou, no período, 1.061 vagas de empregos. As 30 cooperativas de saúde em operação no território catarinense mantêm 10.781 empregados e reúnem 14.172 associados (quadro associativo aumentou 3,4%). Em 2024, o ramo saúde tem expectativa de uma expansão de 10%.

O ramo de infraestrutura dedica-se, fundamentalmente, ao fornecimento de energia elétrica para extensas regiões do território barriga-verde. São 39 cooperativas que atendem 449.147 associados – número que evoluiu 5,6% no último ano. A receita operacional bruta aumentou 9% e fechou o ano em R$ 1,8 bilhão. É o segundo ramo em número de associados.

O ramo de consumo, dedicado a manutenção de supermercados entre outras atividades, é representado por 15 cooperativas que, em 2023, obtiveram receitas totais de R$ 1,6 bilhão – faturamento 9,6% superior ao ano anterior. O número de associados cresceu 11% e agora são 382.728 cooperados. O número de empregados manteve-se em 3.238. Em 2024, o crescimento projetado é da casa de 10%.

O número de cooperativas catarinenses do ramo de transporte baixou de 41 para 39, em 2023. Em consequência, o número de cooperados encolheu de 6.617 para 5.500. O desempenho econômico, entretanto, foi positivo e as cooperativas tiveram receitas no valor de R$ 1,9 bilhão, resultado 11,5% acima do ano anterior.

As 11 cooperativas do ramo de trabalho, produção de bens e serviços registraram discreta variação em seus índices de desempenho e encerraram o exercício com 1.377 cooperados e R$ 28,5 milhões em receitas

Fonte: Assessoria Ocesc
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Notícias Fechamento do ano

Sindirações atinge produção de 82,9 milhões de toneladas em 2023

Produção brasileira de rações e suplementos minerais encerrou o último ano com crescimento de 1%.

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A produção brasileira de rações e suplementos minerais encerrou 2023 com crescimento de 1% e produção total de 82,9 milhões de toneladas de rações – 1,2% acima da quantidade de 2022, apesar do recuo apurado no segmento de sal mineral que somou 3,4 milhões de toneladas, totalizando 3,7% abaixo do montante de 2022.

Em 2023, a produção de rações para suínos (20,8 milhões de toneladas) e para frangos de corte (36,5 milhões de toneladas), resultou, respectivamente, no avanço de 1,2% e 2,1%, enquanto para poedeiras (6,9 milhões de toneladas) manteve-se estável. Para 2024, a previsão é de incremento da ordem de 1%, 3,5% e 1%.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A suinocultura deve alcançar recorde de exportações (5,7% acima do apurado em 2023, segundo perspectiva da Associação Brasileira de Proteína Animal/ABPA) e hipoteticamente, até ultrapassar o Canadá no ranking global de fornecedores, muito embora a China (principal cliente) venha gradualmente diminuindo as importações de carne suína.

A avicultura de corte, por sua vez, vai garantir suprimento doméstico suficiente e manter promissor desempenho no atendimento à demanda externa (3% superior àquela alcançada no ano passado, conforme previsão da ABPA), garantindo, mais uma vez, a liderança no pódio internacional, enquanto a oferta de ovos, ao longo de 2024, pode incrementar mais 6%, sobretudo, por causa daquele consumidor atento à alternativa proteica que melhor se ajusta ao seu orçamento financeiro.

Pecuária leiteira e de corte

A pecuária leiteira em 2023 teve redução de 2%, resultado da perda de 67% na margem bruta e do preço do leite pago ao produtor, que recuou 14% em relação ao exercício anterior, prejudicado principalmente pelo recorde das importações de litros equivalentes – 68,8% maior que as entradas apuradas em 2022, ao contrário do volume exportado de lácteos que recuou 40% (de acordo com estimativas disponibilizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/Cepea USP).

Para 2024, a produção aponta para estabilidade (conforme prevê a Confederação Nacional da Agricultura/CNA). Uma projeção positiva dependerá da melhora no preço do leite e do sucesso nas iniciativas de amenização das importações dos lácteos dos vizinhos do Mercosul.

Em relação à pecuária de corte, a arroba do boi valia R$ 300,00 em fevereiro de 2023, e apenas R$ 200,00 em agosto. No final do ano, fechou em R$ 250,00. O caso atípico de “vaca louca” suspendeu expedições para a China (importou metade dos embarques) e comprometeu exportações até meados de junho.

Além disso, mais de 40% de fêmeas foram para abate em 2023 (de acordo com resultados da Pesquisa de Abates do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE), os preços da reposição/bezerros desvalorizaram mais que a arroba do terminado e os preços da carne bovina recuaram mundo afora.

Para 2024, espera-se o início da virada no ciclo pecuário e a menor oferta de bezerros deve favorecer a retomada da recuperação no preço dessa reposição, estimular a retenção de fêmeas e passar a incrementar o preço do terminado.

Enquanto em 2023 a produção estimada da alimentação industrializada para bovinos de corte confinados/semiconfinados (5,86 milhões toneladas) e para vacas leiteiras (6 milhões de toneladas) recuou 1,6% e 2%, a perspectiva para 2024 é um incremento de 1,5% e estabilidade ou avanço (ainda que sensível) de pouco mais de 1%, respectivamente.

Piscicultura

Durante 2023, a produção estimada de rações para a piscicultura (1,43 milhão de toneladas) e a carcinicultura (190 mil toneladas) avançou 2,8% e 6,1%, respectivamente. Para 2024, o panorama aponta para crescimento de 4,6% na demanda de rações para aquicultura em geral.

A produção de tilápias em tanques rede foi bastante prejudicada em 2023, e causada pela alta mortalidade nas fases de produção de alevinos e juvenis causada pelo Vírus da Necrose Infecciosa Esplênica e Renal. A escassez provocou abate de peixes com menor peso que consumiram menos ração que tradicionalmente.

No caso dos camarões, a baixa margem de remuneração obrigou os produtores a diminuírem a densidade e o peso de despesca, além de aumentar a área de produção que pode disponibilizar mais alimentos produzidos naturalmente nos viveiros e, assim, diminuir o custo com a ração.

Pet food

Já o segmento de pet food (indústria e varejo) pode ter faturado em 2023, cerca de R$ 36,8 bilhões, ou seja, 78% de todo montante apurado pelos negócios voltados aos animais de estimação (conforme previsão da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação/Abinpet).

Segundo o Sindirações, a produção de alimentos para animais de companhia avançou 4,3% e alcançou 3,9 milhões de toneladas em 2023 e a perspectiva é superar a marca de 4 milhões de toneladas em 2024.

Desemprego x inflação

O progresso resultante da diminuição do desemprego e da inflação, contudo, pode pode ser anulado pelo afrouxamento da meta fiscal e a interrupção do ritmo de redução da taxa de juros nos Estados Unidos e mesmo no Brasil. O acirramento do conflito no Oriente Médio e seu potencial efeito negativo nas transações externas e a desvalorização da moeda local podem comprometer o consumo de proteína animal que modula o desempenho da indústria de alimentação animal.

Por enquanto, o setor espera incremento de 2,4%, algo em torno de 85 milhões de toneladas -, caso a cadeia produtiva de aves e suínos responda positivamente, principalmente pelas remessas externas, afora o impulso resultante do fenômeno da humanização dos pets – adicionados aos 3,5 milhões de toneladas de suplementos minerais – e ultrapassar 88 milhões de toneladas em 2024.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Notícias Nesta terça-feira (07)

Abag promove webinar para debater posição do Brasil frente às regras internacionais que afetam o agronegócio

Evento virtual será realizado nesta terça-feira (07), das 10 horas ao meio-dia e contará com representantes do governo e lideranças do setor. As inscrições são gratuitas.

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Foto: Shutterstock

Nesta terça-feira (07), das 10 horas ao meio-dia, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) promove o webinar AbagTalks – Agronegócio e Geopolítica: o papel do Brasil frente às novas regulamentações estrangeiras, para discutir oportunidades e desafios relacionados à Regulação Antidesmatamento da União Europeia e às mudanças recentes no cenário internacional. Inscrições gratuitas para o webinar, que terá participação do embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, entre outros convidados, podem ser feitas clicando aqui.

O webinar terá a participação do presidente da Abag, Caio Carvalho; da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Renata Miranda; e de Marcelo Regunaga, coordenador-geral do Grupo de Países Produtores do Sul (GPS), rede formada por instituições particulares e especialistas no agronegócio de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O debate será mediado pelo vice-presidente da Abag, Ingo Ploger.

Durante o evento, Roberto Azevêdo vai tratar sobre a crescente interação entre comércio e desenvolvimento sustentável e seus efeitos para o Brasil, enquanto Renata Miranda aborda a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP-29), evento que será realizado em novembro, no Azerbaijão, como oportunidade para o país se posicionar frente às novas determinações das metas e compromissos de redução de emissões de gases do efeito estufa (NDCs) assumidos por países signatários do Acordo de Paris. E Marcelo Regunaga vai trazer a visão do GPS sobre a legislação europeia.

Fonte: Assessoria Abag
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CBNA – Cong. Tec.

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