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Palestra sobre importância de investir em equipes integra programação da PorkExpo Latam 2023
Pesquisador e médico-veterinário Leandro Trindade vai se apresentar em Foz do Iguaçu e detalhar porque é fundamental a suinocultura do futuro investir nas equipes para ter produtividade crescente.

Os suinocultores latino-americanos têm uma maior facilidade para lidar com o desafio da alta rotatividade dos trabalhadores da nova geração nas granjas por causa das características culturais de seus países. Mas é essencial que as gerações mais experientes do planeta inteiro estejam dispostas a acolher e se adaptar a essas mudanças e necessidades trazidas pelos colaboradores mais jovens.
O panorama é desenhado pelo médico-veterinário Leandro Trindade, profissional com mais de 20anos de experiência em Suinocultura, Técnica e Gestão de Equipes, atuando com ambiente de trabalho nas granjas, liderança e comunicação. Ele é um dos destaques da programação científica de palestras da ‘PorkExpo Latam 2023 e 11º Congresso Internacional de Suinocultura, que acontece de 07 a 09 de novembro deste ano, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).
Leandro tem pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas e Psicologia do Trabalho, MBA em Liderança Evolutiva, e ainda possui formação em Análise e Ciências Comportamentais. Além de ser licenciado em Ensino de Ciências Agrícolas para formação de equipes técnicas e ter idealizado o método Boas Práticas de Liderança, dirigido a gerentes e supervisores de granjas. “A nova geração de trabalhadores desafia estereótipos, está cada vez mais presente e exibe habilidades colaborativas e inovadoras que têm o poder de elevar consideravelmente a produtividade nas granjas. Desde que seja entendida e direcionada adequadamente pelos seus gerentes e supervisores diretos”, pontua Leandro.
Ele ressalta a maior habilidade dos criadores da América Latina para enfrentar o ‘entra-e-sai’ de funcionários nas granjas. E que eles, quando aplicam conhecimento e ferramentas adequadas de liderança e comunicação, conseguem identificar e aproveitar oportunidades que, em certas situações, gestores de países mais desenvolvidos ainda enfrentam dificuldades, devido às distintas prioridades e expectativas desses trabalhadores. Mas enfatiza: “A crescente busca por equilíbrio e flexibilidade em diversos aspectos da vida, característica mais forte na nova geração, tem potencial para moldar um ambiente de trabalho mais engajador e eficiente nas granjas. Em qualquer região produtiva de suínos no mundo”, reforça.
Programação
A PorkExpo Latam 2023 vai sinalizar às granjas e indústrias do mundo inteiro os principais desafios para a atividade, sendo o evento que vai conectar as pessoas certas e preparar o futuro da suinocultura. Serão mais de 20 países representados por criadores, pesquisadores, executivos, professores e estudantes, reunidos na região Oeste do Paraná, a Tríplice Fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina, estratégica na produção de suínos e grãos do continente.
Todos de olho num ‘cardápio’ que vai consagrar uma fórmula de sucesso e conteúdo relevante de ponta a ponta da cadeia produtiva mundial, levada há mais de 20 anos pela respeitada marca PorkExpo & Congresso Internacional de Suinocultura.
Palestras com tradução simultânea para inglês, português e espanhol. O inovador desafio Pork Butcher Challenger, disputa internacional entre chefes de cozinha especializados na nossa proteína, com a eleição do Corte PorkExpo Latam 2023. Um torneio absolutamente inédito, que vai escolher a Melhor Linguiça de Carne Suína do Brasil.
O 1º Congresso Nacional das Mulheres da Suinocultura, que vai debater a força e experiência das criadoras, trabalhadoras, cientistas, mães e esposas dos suinocultores que atuam nas granjas, ajudando nos resultados da suinocultura latino-americana.
A Feira de Negócios com as corporações mais influentes na oferta de novas tecnologias de produção. Os momentos de atualização profissional, consolidação das marcas, formação de novas parcerias e novos empreendimentos financeiros e produtivos. E os diversos espaços gastronômicos para saborear a proteína mais consumida no planeta em inúmeras formas, como frituras, assados, embutidos, cozidos, temperados, curados, etc.
Não tem como perder, certo? Acesse o site www.porkexpo.com.br para ficar por dentro de todas as novidades, garantir a participação fazendo sua inscrição e integrar o time de um evento absolutamente inédito para a suinocultura mundial.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



