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Palestra da Aquishow Brasil discute Compliance e ESG

Advogado, professor e escritor Paulo Santana falará das tendências aplicadas ao setor de aquicultura.

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Um dos destaques da programação desta quarta-feira (24) da 12ª Aquishow Brasil é a palestra “Compliance e ESG: O que é, como funciona e por que devem ser utilizados na Aquicultura”. Comandada pelo advogado, professor e escritor Paulo Santana, o encontro acontece durante esta manhã, a partir das 09h50, no Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento do Pescado Continental, do Instituto de Pesca, em São José do Rio Preto (SP).

Santana tem vários cursos de especialização em Compliance, Gestão e Direito, além de Mestrado em Administração Pública-Privada pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Já escreveu livros como “Compliance nos Contratos Públicos” e “Indagações Multidisciplinares” (coautor).

Conforme o palestrante, o objetivo é esclarecer o conceito de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) e enquadrar o Compliance nesse contexto. De forma resumida, Compliance é um conjunto de procedimentos criados pelas empresas para mantê-las em conformidade com leis, padrões morais e éticos e regulamentos internos e externos.

Em 2021, o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) publicou uma pesquisa em que identifica o Compliance em 56% das corporações de capital fechado com faturamento acima de R$ 1 bilhão. Na fatia das empresas com resultado financeiro abaixo desse patamar, o percentual é de aproximadamente 35%. Mas isso não significa que apenas as grandes marcas possam ser beneficiadas. “Para o desenvolvimento de uma estrutura de Compliance, não há nem tamanho de empresa nem segmento específico. Todas empresas podem utilizá-lo, com as adaptações necessárias. Portanto, nosso bate-papo é voltado a todos os participantes da Aquishow 2023, mesmo que nem sejam empresários”, explica Santana.

Ainda de acordo com ele, essas práticas são muito importantes, pois refletem positivamente nas estruturas financeira, contábil, tributária, trabalhista e econômica, além de impactar a relação da marca com colaboradores, fornecedores, clientes e outros players. “Compliance significa conduta positiva, reputação, credibilidade e ganho financeiro”, define.

Realização

A 12ª Aquishow Brasil é realizada de 23 a 26 de maio, pela Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (PeixeSP), em parceria com a Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento; e o Governo do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Pesca, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Neste ano, o evento conta com o patrocínio do Sebrae e o apoio da Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp); do Sindicato Rural de São José do Rio Preto; da Mar & Rio Pescados; da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faesp – Senar/SP); do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV/SP); do Instituto de Inovação Israelense (INNA); e do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Programação do auditório principal

Quarta-feira (24)

  • 08h30 – Visitas técnicas monitoradas no Instituto de Pesca
  • 09h – AgriFutura Pescado: Gincana e Corrida da Inovação
  • 09h – 1ª fase do Workshop: “Direcionamentos de como lidar com os riscos do negócio”. Com André Litmanowicz, administrador de empresas e consultor, e João Manoel Cordeiro Alves, zootecnista e consultor
  • 09h50 – Palestra “Compliance e ESG: O que é, como funciona e por que devem ser utilizados na Aquicultura”. Com Paulo Santana, advogado, professor e escritor
  • 10h40 – Palestra “Comunicação e Marketing 5.0 para a cadeia produtiva do pescado”. Com Eric Martins, especialista em Marketing na Internet, e Larissa Oliveira, estrategista de Marketing
  •  14h – Painel “Sanidade da tilapicultura na América Latina”. Com o Comitê de Sanidade da Peixe-BR
  • 16h30 – Torneio Tarrafeador de Ouro

Fonte: Assessoria Aquishow Brasil

Colunistas

Produção On Farm avança com marco legal e puxa nova onda de inovação no agro

Biofábricas nas propriedades, gestão digital e conectividade aceleram o uso de biológicos, reduzindo gastos e fortalecendo a agricultura regenerativa.

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Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro vive um momento de forte crescimento, conforme apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor registrou alta de 6,49% no primeiro trimestre de 2025. O investimento no segmento também segue em expansão, alcançando R$ 608 bilhões, segundo o Boletim de Finanças do Agro, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Nesse cenário positivo, o modelo On Farm vem ganhando protagonismo por sua capacidade de gerar impacto econômico, ambiental e tecnológico. Com a aprovação do Projeto de Lei PL 658/2021 na Câmara dos Deputados, o chamado Marco Civil do Setor de Bioinsumos, a produção On Farm, passa a contar com regras claras e estruturadas. Essa regulamentação define parâmetros para a multiplicação de microrganismos diretamente nas propriedades rurais, garantindo aos agricultores o acesso a produtos de qualidade, fiscalizados e seguros para o consumidor.

Vantagens do modelo On Farm

Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.

Além da segurança jurídica, que protege o produtor e exige um cadastro simples dos biológicos multiplicados On Farm (quando para uso próprio), o modelo traz impactos diretos na agilidade do manejo. Com as biofábricas instaladas nas propriedades, o próprio produtor, com apoio de um time técnico, ganha autonomia para produzir seus biodefensivos e bioestimulantes, reduzindo custos logísticos, por exemplo.

Outro ponto importante é o avanço na qualidade dos prestadores de serviço e das empresas do segmento. A nova legislação permite que os bioinsumos sejam tratados conforme suas características, sem passar pelos mesmos trâmites burocráticos dos produtos químicos. Isso oferece ganhos significativos em registro e disponibilização de novas ferramentas biológicas no mercado.

Com a segurança jurídica estabelecida, o setor tende a atrair ainda mais investidores, impulsionando a inovação em biotecnologia e acelerando o desenvolvimento do modelo. Além disso, com a agricultura de precisão cada vez mais presente e a busca constante por produtividade, o On Farm se consolida como um grande aliado do produtor rural.

Tecnologia apoia avanço do On Farm

Nos últimos anos, a evolução tecnológica das empresas que atuam com o modelo On Farm aproximou essa produção, antes artesanal, de um padrão industrial. Produtos e processos avançam significativamente. Um exemplo são os meios de cultura para fungos, que hoje apresentam alto grau de eficiência e estabilidade.

A tecnologia está presente em todas as fases do processo, desde a biotecnologia aplicada aos meios de cultura e aos biorreatores, até a gestão completa da produção. Essa integração permite ao produtor ser mais preciso e ágil na proteção de suas lavouras contra pragas, doenças ou impactos climáticos, realizando a produção em larga escala dentro da própria fazenda.

Foto: Shutterstock

O avanço da conectividade rural também tem papel essencial nesse cenário, uma vez que a expansão das redes 4G e 5G e o uso de conexões via satélite possibilitam a coleta de dados em tempo real das biofábricas, favorecendo análises rápidas, maior controle de produção e agilidade nos processos de cadastro e fiscalização.

Além dos biorreatores cada vez mais tecnológicos, os softwares de gestão têm contribuído para otimizar a operação, tendo em vista que essas ferramentas permitem que fornecedores de meios de cultura, que são a matéria-prima para o On Farm, administrem contratos de comodato dos biorreatores, antecipem pedidos e renovem contratos com mais eficiência, integrando o campo à gestão digital.

Redução de custos

A redução de custos é um dos principais atrativos do modelo On Farm, pois o produtor precisa adquirir apenas uma pequena quantidade de inóculo para multiplicar os biológicos na própria fazenda, alcançando rendimentos até sete vezes maiores em volume. Isso reduz gastos em toda a cadeia, desde embalagens e fretes até revendas intermediárias.

Aumento da eficiência

A eficiência operacional também é ampliada, a multiplicação dos biológicos próxima à lavoura permite aplicações mais rápidas e eficazes no combate a pragas, doenças e na correção de deficiências do solo. Em algumas situações, a economia pode variar entre 45% e 60%, com respostas agronômicas altamente positivas. O uso de microrganismos benéficos tem se mostrado eficiente no manejo do solo, reduzindo a pressão de patógenos e pragas.

Impacto ambiental e desafios

O uso de insumos biológicos já é, por si só, uma prática sustentável, pois promove uma proteção natural e regenerativa das lavouras, além de contribuir para a saúde do solo. Com o Marco Legal dos Bioinsumos (Lei nº 15.070), o modelo On Farm facilita a expansão dessa prática, permitindo a produção em escala e o uso mais amplo dos biológicos.

Ao substituir manejos químicos, o produtor reduz custos e amplia o uso dos bioinsumos em frentes como o manejo do solo e controle de nematoides, além de melhorar o aproveitamento de nutrientes. Essas ações contribuem diretamente para o avanço da agricultura regenerativa no país.

No entanto, o principal desafio enfrentado pelo modelo é a formação e qualificação de equipes técnicas para operar as biofábricas com segurança e eficiência. Outro ponto crítico é a fiscalização sobre o uso e a eventual comercialização indevida dos biológicos multiplicados para uso próprio.

Por outro lado, com regulamentação sólida, suporte tecnológico e investimentos crescentes, o setor tem diante de si uma oportunidade única de unir produtividade, sustentabilidade e inovação, elementos essenciais para o futuro da agricultura nacional.

Fonte: Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.
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Brasil amplia compra de fertilizantes do Marrocos

Importações de fosfatados sobem mais de 30% no ano e já superam US$ 559 milhões.

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Foto: Claudio Neves/Portos Paraná

As importações brasileiras de fertilizantes marroquinos acumulam alta de 30,19% entre janeiro e outubro deste ano em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) organizados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, no acumulado deste ano foram importados US$ 559,18 milhões em fertilizantes fosfatados do Marrocos. No mesmo período do ano passado, o Brasil importou US$ 429,5 milhões do produto, que é utilizado para adubar a lavoura.

No total, as importações do Marrocos estão maiores do que as exportações brasileiras para o país. O Brasil já comprou US$ 1,31 bilhão em produtos marroquinos entre janeiro e outubro, em alta de 3,6% sobre o mesmo período de 2024, especialmente em fertilizantes fosfatados, seguidos por fertilizantes mistos.

As exportações, por sua vez, acumulam queda de 5% e somam US$ 1 bilhão até outubro. Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Marrocos são açúcar, milho e gado. As vendas de açúcar somam, no ano, US$ 462,4 milhões, em queda de 35,2% na comparação com o ano passado. No total, a corrente de comércio entre os dois países soma US$ 2,3 bilhões, em queda de 0,3%.

Fonte: Assessoria ANBA
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Coordenadores das CADECs Aves e Suínos de Santa Catarina participaram de Encontro Nacional

Edição reuniu mais de cem participantes e aprofundou temas técnicos essenciais para aprimorar negociações, contratos e organização dos produtores rurais.

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Os coordenadores das Cadecs de Santa Catarina participaram do "3º Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos". – Fotos: Divulgação

Os coordenadores das Comissões para acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) de Santa Catarina participaram do “3º Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos” promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nos dias 18 e 19/10. Realizado no auditório da CNA, o encontro reuniu mais de cem participantes entre produtores, representantes das Cadecs estaduais e lideranças das Federações estaduais de agricultura e pecuária.

De acordo com o coordenador e membro representante da Faesc na Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Gilmar Antônio Zanluchi, a participação no evento foi essencial para fortalecer o trabalho realizado pelas Cadecs em Santa Catarina. Segundo ele, a programação possibilitou um aprofundamento técnico e estratégico sobre os principais desafios do sistema de integração, além de promover uma troca de experiências entre os Estados.

Registro dos coordenadores das Cadecs de Santa Catarina no segundo dia de evento

“A participação no encontro possibilitou discutir ações para aprimorarmos a atuação das comissões, ampliar a compreensão sobre o que está previsto na Lei da Integração e seguir promovendo transparência nas relações contratuais. Essa troca de experiências nos permite avançar e qualificar ainda mais o diálogo com as agroindústrias, fortalecendo a posição dos produtores dentro do sistema”, destacou Zanluchi.

Para o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, a participação de dos coordenadores de Cadecs catarinenses no Encontro foi essencial para aprimorar ainda mais atuação no estado, priorizando estratégias para manter cada vez mais organizada a representatividade dos produtores rurais integrados. “Contamos com equipes preparadas para esclarecer dúvidas sobre a Lei de Integração, assessorar todo o processo de constituição das comissões, mediar as negociações com as agroindústrias, entre outros aspectos. Esse intercâmbio de experiências e a atualização contínua sobre a Lei de Integração, proporcionada pelo encontro, ampliam a capacidade de atuação com segurança jurídica, transparência e agilidade”.

Saiba como foi o  encontro

Na abertura do evento, o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, destacou que o Encontro Nacional das Cadecs foi pensado como um espaço de atualização e alinhamento entre produtores, lideranças e técnicos das cadeias de aves e suínos.

Segundo Hoffmann, a troca de experiências fortalece as negociações e ajuda a nivelar informações essenciais que vão desde a mobilização em associações até a definição de parâmetros técnicos mínimos, custos de produção, avanços do Foniagro e do Programa Cadecs Brasil. “A ideia é colocar todo mundo na mesma página, estimular novas soluções e fortalecer a relação com as integradoras para garantir mais eficiência e sustentabilidade às cadeias produtivas”, afirmou.

Realizado anualmente, o encontro registra um número maior de inscritos em cada edição. “A grande procura é um reflexo do interesse crescente dos produtores em se capacitar, aprimorar a gestão e fortalecer a representatividade dentro dos sistemas de integração”, disse Rafael Lima Filho, assessor técnico da CNA.

O objetivo do evento é promover um alinhamento nacional sobre temas que impactam diretamente a relação entre produtores e indústrias integradoras, para fortalecer a atuação das Cadecs, previstas na Lei da Integração (13.288/2016), para mediar, debater e gerir de forma coletiva os contratos e práticas do modelo de integração vertical.

A programação incluiu debates técnicos sobre os principais pontos da legislação, custos de produção com base em planilhas padronizadas, resultados do Projeto Campo Futuro e o uso de dados na construção de argumentação sólida para os produtores.

Fonte: Assessoria Faesc/CNA
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