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Suínos / Peixes

Palestra “big data, inteligência artificial e outros bichos” chama atenção do setor suinícola

Inovações tecnológicas devem trazer uma nova era de oportunidades para aqueles que trabalham com a produção de proteína animal.

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Foto: Bing

Com a temática “big data, inteligência artificial e outros bichos”, a professora da Universidade de São Paulo (USP), Alessandra de Ávila Montini, ministrou uma palestra, durante a Agriness Next, que aconteceu entre maio e junho, em Florianópolis, enaltecendo as oportunidades para que o agronegócio desenvolva, cada vez mais, novos potenciais utilizando ferramentas importantes para analisar dados. A palestra de Montini foi acompanhada com grande interesse pelo público, formado por suinocultores, técnicos, gerentes, fornecedores da cadeia de insumos e tomadores de decisão.

A palestra abordou insights valiosos sobre como essas tecnologias podem revolucionar o setor do agro. Com a capacidade de desenvolver algoritmos de inteligência artificial e modelos de analytics cada vez mais sofisticados, a palestrante destacou a importância de explorar o incrível potencial da análise de dados para impulsionar o mercado agropecuário.

Professora da USP, Alessandra de Ávila Montin – Foto: Divulgação/Agriness

A professora ressaltou a essência do Big Data, que consiste em capturar, armazenar e processar uma quantidade praticamente infinita de dados. “No contexto do agronegócio, isso significa a possibilidade de coletar informações diversas, como imagens e sons, relacionados a animais, plantações e outras áreas do setor”, disse.

Um exemplo inovador mencionado pela pesquisadora é a utilização de tecnologia para capturar sons emitidos pelos suínos, que possibilitam identificar possíveis problemas de saúde e entender melhor o comportamento dos animais. “São muitas as tecnologias disponíveis, é preciso conhecê-las e investir naquelas que trarão melhores resultados para a granja”, recomenda.

Valor e desafios do Big Data

A palestrante enalteceu a necessidade de os produtores e responsáveis pelo setor de produção de proteína animal reconhecerem o valor que as tecnologias oferecem. “A análise eficiente de dados pode resultar em bilhões de dólares de ganhos para as empresas. No entanto, é necessário que sejam utilizadas tecnologias que tenham veracidade e segurança dos dados, é preciso que os produtores fiquem atentos e tomem cuidado com a vulnerabilidade dos sistemas, pois um banco de dados mal utilizado pode resultar em prejuízos significativos”, adverte.

Alessandra apresentou a inteligência artificial como uma camada essencial no contexto do Big Data, destacando que ela permite que computadores executem tarefas programadas pelos seres humanos, sendo necessário o envolvimento constante de especialistas para orientar e supervisionar seu funcionamento. “A aplicação de técnicas de analytics e modelagem de dados, se bem administradas, também podem trazer insights valiosos e gerar valor para o agronegócio”, afirma.

Aplicações práticas e futuro

A profissional compartilhou diversas aplicações práticas da inteligência artificial no agronegócio, desde a análise emocional de animais até a utilização do reconhecimento facial para identificar possíveis problemas de saúde em fazendas de criação. “Essas ferramentas são suportes muito significativos para a produção animal. Outra possibilidade importante que a IA traz é a possibilidade da utilização do ‘metaverso’, um novo mundo virtual no qual as empresas podem inserir suas operações e podem permitir que executivos e empresários do mundo todo tenham acesso a informações detalhadas sobre as origens dos produtos, além de realizar visitas virtuais às fazendas”, informa.

A docente finalizou a apresentação reforçando que as inovações trazem uma visão abrangente das possibilidades e benefícios dessas tecnologias no contexto do agronegócio. “Com a captura, armazenamento e processamento eficiente de uma quantidade significativa de dados, é possível impulsionar o setor, gerar valor e tomar decisões mais precisas. No entanto, é fundamental estar atento aos desafios relacionados à segurança e à qualidade dos dados. O futuro do agronegócio se desenha com o uso cada vez mais intensivo dessas tecnologias, proporcionando melhorias significativas para produtores e empresas do setor”, apontou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

 

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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