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Ovo: o super alimento

A produção de ovos aumentou de 24,2 bilhões de unidades em 2005 para 53 bilhões de ovos em 2020

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Artigo escrito por Rafael Barbosa de Souza é zootecnista e Nutricionista de Aves da De Heus Brasil Nutrição Animal.

Do ponto de vista nutricional, o ovo é, sem dúvidas, um alimento completo – ficando atrás apenas do leite materno – além de ser a proteína de maior valor biológico que existe por apresentar muitos dos nutrientes que o nosso organismo precisa. Essa afirmativa está estabelecida entre médicos, nutricionistas e a população em geral, que se encontra cada vez mais preocupada em adotar uma alimentação saudável. Esta mudança na percepção do consumidor ao longo da última década, fez com que a produção de ovos aumentasse de 24,2 bilhões de unidades em 2005 para 53 bilhões de ovos em 2020, com estimativa de produção de 56 bilhões de ovos para o ano de 2021, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Hoje, o consumo per capta de ovos no Brasil é de 251 ovos por ano, o que representa um aumento de 8,5% em relação a 2019 e de surpreendentemente 167% nos últimos 20 anos.

Quando olhamos mercados externos como o do México – com quase 390 ovos de consumo/habitante/ano – temos a noção do quanto o Brasil ainda pode crescer em termos de consumo e para isso, torna-se necessário o constante incremento da produção para atendermos à forte demanda interna e cada vez mais, a de outros países, visto que nosso volume de exportação ainda é tímido quando comparado ao de outras proteínas animais, como por exemplo a carne de frango, onde figuramos entre os maiores exportadores do mundo.

Os benefícios do consumo de ovos na saúde
O ovo faz parte da alimentação humana desde a pré-história e nos dias de hoje é considerada a proteína animal mais acessível à população. Atualmente, é um alimento recomendado na introdução alimentar dos bebês, por conter nutrientes como vitamina D, cálcio e magnésio, fundamentais no processo de desenvolvimento dos ossos.  No ovo encontramos dois carotenoides, a luteína e zeaxantina, que possuem ação antioxidante e combatem radicais livres. Além disso, a luteína estimula a formação do osso e suprime os osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea. O ovo também contém um aminoácido chamado leucina, que promove a síntese de massa muscular, auxiliando na manutenção da integridade estrutural do osso (IOB).

Diversos estudos vêm sendo publicados comprovando a ação benéfica dos nutrientes presentes no ovo em vários aspectos da saúde humana. Em estudo recente publicado na revista Heart, os pesquisadores afirmam que consumir um ovo por dia reduz 26% os riscos de hemorragias cerebrais, 28% de risco de morte por derrame, 18% de chances de morte por doenças cardiovasculares e menor risco de doença arterial coronariana.

Com os benefícios do consumo de ovos sendo exaltados por médicos e nutricionistas, tem-se visto o crescimento de um público cada vez mais exigente, pressionando a necessidade de novas linhas de produtos com maior valor nutricional agregado, os chamados ovos “enriquecidos” com alguns nutrientes muito importantes para o bom funcionamento do organismo. Basicamente é feita a mudança na fonte de lipídeos da dieta, que são os casos de ovos enriquecidos com ômega 3 e 6 ou um maior aporte de vitaminas e minerais específicos, como o selênio e a vitamina E. O benefício do enriquecimento de ovos com nutrientes específicos via dieta das aves também é recomendado para a redução de carências nutricionais em determinada faixa etária da população, como por exemplo, os idosos.

O ovo e o seu papel social e econômico
Além dos benefícios na nossa saúde, o ovo assume um papel social e econômico de grande impacto. O aumento progressivo no consumo de ovos vem sendo relacionado à redução dos índices de desnutrição e subnutrição em vários países. Por ser uma alternativa de proteína animal mais barata, diversos projetos têm sido encabeçados tendo as galinhas como foco principal para viabilizar o acesso dos mais pobres a uma alimentação proteica. Segundo Bill Gates, o fundador da Microsoft, “A solução para a fome na África e no mundo inteiro sempre esteve por aí e bota ovos!”. O bilionário entusiasta está colocando em prática um projeto para fomentar a criação de galinhas em comunidades carentes da África doando mais de 100 mil aves para a produção de ovos.

No Brasil, o que se vê na prática são associações de produtores e cooperativas trabalhando de forma cada vez mais coordenada para otimizar e economizar recursos nas etapas de produção e comercialização, como a compra conjunta de insumos, venda dos produtos, contribuindo assim, para o fortalecimento da cadeia produtiva.

Por fim, etapas da produção como o processamento, transporte e a comercialização contribuem para a geração de empregos, servindo como fonte de renda para a famílias que vivem na cidade e no campo, o que faz com que a avicultura seja o ramo da agropecuária que mais gera postos de trabalho no Brasil.

As referencias estão com a assessoria: agronoticia@gmail.com

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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