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Ovo brasileiro amplia mercados interno e externo

Desde 2010, o consumo de ovos per capita no Brasil vem crescendo. Atualmente, o brasileiro come 191 unidades por habitante/ano

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O consumo de ovos no Brasil tem aumentado bastante com o passar dos anos. Antes envolto em diversos mitos prejuízos à saúde com o consumo, hoje a proteína caiu nas graças do brasileiro. Em pesquisa feita pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgada em março deste ano, os ovos estão presentes em 98% dos lares do país e o consumo aumentou 29% nos últimos cinco anos. O estudo ainda aponta que o ovo é a proteína mais consumida no café da manhã, com 22% do total do consumo diário realizado nesta faixa de horário. Além disso, ainda foi considerado que o custo é um diferencial na percepção do ovo, visto como prático e versátil. As exportações também estão aumentando por co9nta da qualidade cada vez mais top do ovo brasileiro.

O aumento no consumo interno, de acordo com a pesquisa, se deve a diversos fatores, que vão do aumento no preço da carne bovina à divulgação de campanhas de incentivo ao consumo. Para o vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin, a tem sido lembrada como heroína das dietas, tanto pelas baixas calorias quanto pelas proteínas que oferece. “Após a divulgação de pesquisas que comprovam que o ovo não é o vilão, e sim, o herói das dietas, o consumidor credita a ele, cada vez mais, a parcela de proteínas de sua refeição. Isto é notável pelo crescimento do consumo per capita. Em 2010, o consumo girava em torno de 148 unidades por habitante/ano. Hoje (2015) está em 191 unidades por habitante/ano (+29%). É um atestado de que o ovo tem conquistado, cada vez mais, o devido espaço no prato do consumidor”, afirma.

E junto com o crescimento no consumo aumentou também a produção brasileira de ovos. Segundo dados da ABPA, em 2015 a produção atingiu 39,5 bilhões de unidades, número 6,1% superior às 37,2 bilhões de unidades registradas em 2014. A Associação mostra ainda que desde 2011 a produção brasileira vem aumentando. De 2012 para 2013 a produção brasileira cresceu 7,3% e, de 2013 para 2014, 7,2%.

A médica-veterinária Nilse Maria Soares defende o consumo de ovos no Brasil. Com o aumento no consumo per capita por habitante, ela afirmou, em evento técnico no início de março, em Cascavel (PR), onde palestrou sobre a importância dos cuidados sanitários na produção de ovos comerciais, que a proteína tem provocado um aquecimento de mercado fantástico no país. “O Brasil aprendeu a comer ovo. É um alimento saudável, completo e que possui somente cem calorias. E esse aumento de consumo tem provocado um aquecimento no mercado brasileiro incrível e que é excelente para nós (cadeia produtiva)”, defendeu. A profissional ainda falou sobre as vendas externas, que aumentaram em uma grandeza diretamente proporcional à qualidade do ovo brasileiro. “(Exportação) é algo que ainda está crescendo, mas faz bem para a economia do Brasil”, pontuou.

Exportações

Santin informa que as exportações da proteína no Brasil representam menos de 1% do total de ovos produzido no país. “A maior parte fica no mercado interno”, conta. Ainda assim, segundo ele, desde 2015 o Brasil vem tendo um crescimento exponencial dos embarques. As empresas exportadoras de ovos (in natura e processados) no Brasil embarcaram 53,5% mais produtos no ano passado em relação a 2014. Desta forma, os embarques chegaram a 18,74 mil toneladas nos 12 meses do ano. O saldo positivo também favoreceu o resultado cambial das vendas de 2015, totalizando US$ 24,1 milhões, número 43,2% superior ao registrado em 2014.

 

Mais informações você pode conferir no material impresso de O Presente Rural edição abril/maio de Aves ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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