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Suínos / Peixes Suinocultura

Otimização no manejo de fêmeas merece mais atenção do suinocultor

Os custos na suinocultura foram aumentando ao longo dos anos. Porém, graças a tecnologia foi possível também otimizar alguns processos desenvolvidos na granja, permitindo que o suinocultor tivesse economia.

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Arquivo / OP Rural

Os custos na suinocultura foram aumentando ao longo dos anos. Porém, graças a tecnologia foi possível também otimizar alguns processos desenvolvidos na granja, permitindo que o suinocultor tivesse economia. Durante o 13° Simpósio Internacional de Suinocultura (Sinsui), que aconteceu pela primeira vez de forma totalmente on-line, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Bortolozzo, falou para onde vai a otimização na suinocultura, focando no manejo reprodutivo dos suínos.

De acordo com ele, é sabido que há inúmeras maneiras de mensurar o manejo reprodutivo do plantel. “Se pegarmos a linha do tempo desde o nascimento da futura leitoa reprodutiva até a estabilidade dela no plante, há uma série de etapas que envolvem toda a parte do desenvolvimento pré-puberdade, gestação, lactação, cuidados nos primeiros dias, longevidade e retenção delas no plantel”, comenta. As formas de manejo de todas estas etapas melhoraram bastante nos últimos anos. “Detalhes como as instalações, genética, nutrição, manejos e equipe”, diz.

Mas, mesmo frente a todos estes índices alcançados, é possível melhorar? Para Bortolozzo, sim. “A primeira resposta, o grande desafio é manter resultados racionalizando processos. Nem sempre a redução do desempenho zootécnico deve ser desprezada, principalmente quando vem associada ao maior ganho econômico”, menciona. Dessa forma, ele cita alguns pontos que devem ser ponderados e considerados pelo suinocultor.

O primeiro delas é o nascimento dessa futura reprodutora. “Sabemos que inúmeros fatores são importantes, como peso ao nascer quando inferior a um quilo compromete o desempenho subsequente. Temos dados de estudos canadenses que mostram que fenótipos de baixo peso ao nascer, independente do tamanho da leitegada o peso médio ao nascer é baixo. Eles encontraram 20% de fêmeas nesse grupo”, comenta.

O desenvolvimento do desmame até a seleção é outro ponto crucial. “Temos alvos de saída da creche, peso para evitar animais muito pesados na recria. Falhas podem ocorrer no desenvolvimento das leitoas se tivermos animais muito pesados que dificilmente conseguimos concertar depois”, alerta.

A puberdade é outro detalhe. “Claro que temos a definição rápida em 30 dias, que chega é bem importante. O foco é definir isso em 30 dias, para a gente não ficar com retenção de leitoas. Há fêmeas que não dão fluxo na produção e, às vezes, acabamos retendo-as além do necessário”, comenta.

Para Bortolozzo, outro ponto bem importante é o produtor fazer Flushing e checklist de avaliação. “Porque o que não é medido não é gerenciado”, afirma. Ele explica que é preciso ter um checklist para auxiliar nos procedimentos, “Independente de genética, vamos acabar tendo metas para inseminar leitoas. Todos os procedimentos que conhecemos, sabemos o que deve ser feito e muitas vezes o que nos falta é objetividade em ter um plano operacional para implementar corretamente estas ações”, diz.

O professor comenta que o desenvolvimento corporal até o desmame também merece atenção. “Somente alvo de peso na inseminação da leitoa não é suficiente. Temos que falar de desempenho e desenvolvimento corporal da matriz, principalmente até o primeiro desmame dela”, informa. Ele explica que falhas no ganho de peso gestacional também pode ser um problema. “Às vezes a matriz com problemas sanitários individuais e em outras vezes temos que pensar que nem sempre elas estão recebendo a quantidade de alimentos que deveriam receber”, menciona.

O excesso de catabolismo na primeira lactação também pode ser uma dor de cabeça, afirma o professor. “Quando falamos em desenvolvimento corporal dessa leitoa, não falamos somente de um alvo de peso na primeira inseminação. Vai desde o desmame, peso de parto e ao primeiro desmame. Ou seja, temos que ter um bom desenvolvimento dessas matrizes”, afirma.

Botolozzo informa que o intervalo desmame-estro é outro ponto de atenção. “É um período curto, mas extremamente importante. Na nossa meta de cobertura devemos observar que em IDE muito curtos, inferiores a dois dias, realmente comprometem o desempenho reprodutivo dessa fêmea”, adverte.

A inseminação artificial também merece uma atenção especial, destaca o professor. “Temos algumas oportunidades que vem desde o controle de qualidade de produção saindo da UDG até o processo que nós otimizamos na granja, desde o transporte, armazenamento de doses, conservadores ideias, cuidados com homogeneizar ou não. São tecnologias estabelecidas, mas que temos que implementar”, comenta.

Além disso, as tecnologias estão ajudando muito o suinocultor nos últimos anos. “A redução de espermatozoides por fêmea/ano. O número de inseminações por fêmea vão ser mais específicos, por IATF. Estamos mais para o lado não ter próximos anos a implementação pesada dessa tecnologia”, especula.

Já quando o assunto é gestação, Bortolozzo dá destaque para os ajustes nutricionais. “É preciso levar em conta aspectos genéticos e as recomendações da genética que é utilizada na granja. Quando reduzimos a quantidade de alimento, temos que pensar nas questões dos micronutrientes, se com as quantidades reduzidas vamos atender as exigências dessas fêmeas”, comenta. Ele diz que a recuperação de escore corporal nos primeiros 30 dias após a inseminação também merece atenção. “Este é um assunto que ainda tem algumas coisas para discutir na área, ainda temos espaço para essa falar sobre a recuperação da fêmea após a inseminação, principalmente das fêmeas jovens”, afirma.

O professor ainda destaca que um ponto bem importante e que é preciso dar atenção é quando se fala nos cuidados que essa fêmea merece no dia 1, logo após o parto. “São ações importantes. A grande maioria está consolidada, mas temos que colocar em prática nas granjas e não temos como economizar na mão de obra. Ações como secar o leitão, aquecer, ingerir colostro, são ações extremamente importantes nesse dia 1”, diz.

Na lactação, Bortolozzo comenta que o grande foco é evitar o catabolismo. “Precisamos evitar manejos dentro da maternidade que vão afetar o IDE. E um ingrediente, de certa forma esquecido, é a água em quantidade e qualidade. Muitas vezes isso é deixado em um segundo plano e acaba comprometendo o desempenho da matriz em termos de produção de leite”, comenta.

Já para manter a longevidade dessa fêmea, o professor destaca dois pontos. “O desenvolvimento corporal desde o nascimento até o primeiro desmame e a mortalidade. Precisamos enfrentar esse problema e não aceitar dois dígitos de mortalidade dentro das granjas”, afirma.

Para Bortolozzo, é preciso ter coragem para mudar e quebrar paradigmas que ainda existem de pontos importantes. “Precisamos ter controle de qualidade nos procedimentos para trabalhar no limite definido. É importante empregar dados e experimentos confiáveis na tomada de decisões, e não simplesmente ter desafios sem fundamento”, diz.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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