Suínos
Os planos da JBS para a suinocultura em 2024
Companhia está investindo R$ 570 milhões em três novas fábricas de ração para impulsionar o crescimento da Seara.

Com visão estratégica, a JBS visa fortalecer ainda mais sua posição como uma referência na suinocultura, apostando na diversificação de mercado, qualidade e inovação como elementos-chave para o sucesso em 2024. O compromisso com a excelência e o planejamento de médio e longo prazo são aspectos que evidenciam a solidez da companhia como uma das líderes do setor no Brasil.
Segunda maior produtora de carne suína brasileira e uma das principais indústrias de alimentos do mundo, a JBS tem capacidade para processar mais de 115 mil suínos/dia nas unidades de negócio da Seara, uma das marcas do portfólio da companhia, que ainda conta com a produção de carne suína e produtos derivados em unidades da JBS USA Pork, nos Estados Unidos, e da JBS USA Beef, que detém a marca Primo Smallgoods – líder em produtos processados, como presunto, salsicha e bacon.

Diretor executivo comercial in natura da Seara, Fábio Soares: “Acredito que a eficiência interna é o que torna os nossos produtos cada vez mais competitivos e aderentes ao mercado” – Fotos: Divulgação/Seara
Em entrevista ao Jornal O Presente Rural, o diretor executivo comercial in natura da Seara, Fábio Soares, revela as principais metas e objetivos da empresa na área da suinocultura para o ano de 2024, destacando a estratégia de diversificação de mercado a fim de buscar novas oportunidades e expandir sua presença global na suinocultura, alinhada com as tendências de mercado e as preferências dos consumidores. “Por meio da qualidade e inovação dos nossos produtos e serviços é que conseguiremos atrair e fidelizar cada vez mais consumidores”, afirma o executivo, enfatizando: “Os nossos planos estratégicos são traçados a médio e longo prazo, o que contribui para que não sejamos pegos de surpresa com as mudanças no mercado. Contamos com uma área técnica extremamente capacitada, com todo suporte técnico necessário para qualquer mudança que possa acontecer”.
A conquista do Brasil de novas habilitações, como dos Estados Unidos, Canadá e México, recentemente, tem ajudado as empresas do setor a abrirem novas fronteiras. “Assim como tem contribuído para liquidar o volume de carne suína produzida pelas mais de 3,5 mil famílias integradas, que também prezam pelo bem-estar animal e pela excelência e qualidade em cada passo do processo, tendo indicadores diferenciados”, destaca Soares.
No que diz respeito às tecnologias de ponta incorporadas às operações da suinocultura, Soares destaca o compromisso contínuo da Seara em aprimorar a qualidade de seus produtos. “Vamos seguir investindo em linhas específicas para cada mercado, com produtos temperados e diferentes fracionamentos, com atualizações de mix para seguir atendendo os consumidores com eficiência, constância e qualidade”, ressalta.
Crescimento de 1,5% no consumo de carne suína
Com expectativa de aumento de 1% na produção de carne suína e de estabilidade no consumo per capita, com cerca de 18 quilos por habitante, o executivo reforça a solidez da companhia no mercado em 2024. “Diante desta projeção, acredito que vamos seguir crescendo com a proteína suína, tanto no mercado interno como no externo, contudo, no mercado internacional devemos ter manutenção do balanço de oferta e demanda a nível global”, frisa.

Complexo industrial da Seara em Itaiópolis, Santa Catarina, conta uma fábrica de ração e outra unidade para produção de premix
Elemento-chave de competitividade
O diretor executivo destaca que a competitividade da Seara é sustentada pela constante busca pela eficiência na agropecuária e na indústria, setores formadores dos custos dos produtos da marca. “Acredito que a eficiência interna é o que torna os nossos produtos cada vez mais competitivos e aderentes ao mercado. Isso, sem dúvida alguma, sempre primando por qualidade, com respeito às regras de bem-estar animal, compromissos e normas regulatórias, com a adoção das melhores práticas em nossos serviços”, enaltece.
O executivo ainda reforça que a Seara está consolidando os investimentos feitos nos últimos anos, os quais serão efetivamente implementados ao longo do ano de 2024.
Sustentabilidade do negócio
Em relação às estratégias da Seara para assegurar a sustentabilidade e a responsabilidade social em suas operações na suinocultura em 2024, Soares destaca que a base fundamental reside na produtividade, eficiência e no respeito aos colaboradores e parceiros. “Estes princípios são essenciais para garantir a sustentabilidade e cumprir com toda a responsabilidade social dentro do contexto em que atuamos”, exalta.
Para assegurar a qualidade e a segurança alimentar em sua produção de carne suína, a Seara mantém rigorosos padrões. “Na Seara, a qualidade é um dos alicerces fundamentais. Ela é uma premissa desde o início até o término de cada processo, refletindo o compromisso que assumimos. Nosso time está constantemente sendo capacitado para serem executores e guardiões da nossa qualidade”, evidencia.
Entre os maiores produtores e exportadores globais de proteína animal, a suinocultura brasileira é referência no mundo. Por isso, Soares frisa que é fundamental que o Brasil siga investindo em conscientização e barreiras de cuidado sanitário do rebanho, que é um ponto de muita atenção, para seguir expandindo neste setor que é tão importante para a economia brasileira. “Aqui na Seara seguiremos empenhados para garantir as melhores práticas de produção e entregar aos nossos parceiros e clientes muita qualidade e inovação”, pontua Soares.
55% das granjas integradas já utilizam energia solar
Cerca de 55% das granjas de suínos de produtores integrados da Seara já fazem uso de energia solar em suas instalações. O resultado é ainda mais representativo quando consideradas apenas as granjas produtoras de aves, em que a utilização atingiu 60% no final de 2023. “O custo da energia elétrica participa de maneira impactante no processo de produção da integração, sendo importante a busca de alternativas para reduzi-lo. A tecnologia fotovoltaica é uma opção que agrega competitividade à atividade, atribuindo redução de custo e aumento de margens dos produtores”, assegura o diretor-executivo de Agropecuária da Seara, José Antônio Ribas.
De acordo com o gerente-executivo de Agropecuária da Seara, Vamiré Luiz Sens Júnior, o aumento de fornecedores, a maior disponibilidade e domínio da tecnologia fotovoltaica no mercado, somados a um incremento anual do custo da energia elétrica nas concessionárias, muitas vezes, incentivado por crises de escassez hídrica, as linhas de créditos ‘verdes’ que possuem taxas de juros mais atrativas representam um investimento que se mostra cada vez mais competitivo. “A iniciativa tende a se pagar em até três anos, permitindo que o que antes entrava apenas na linha de custo, passa a ser incorporado como margem pelo produtor. Então, é uma solução que além de ser mais sustentável, também é bastante interessante economicamente para o negócio dos integrados”, aponta Vamiré.

CEO da Seara, João Campos: “As novas fábricas são equipadas com o que há de mais moderno em automação e dispõem da mais alta tecnologia disponível para a produção dos insumos”
Três novas fábricas de ração
Com mais de 40 fábricas de ração em operação nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, a JBS está investindo R$ 570 milhões em três novas fábricas de ração para impulsionar o crescimento da Seara. As unidades estão localizadas nas cidades de Seberi (RS), Santo Inácio (PR) e Itaiópolis (SC), todas na região Sul do país. Os investimentos têm como foco adequar o fornecimento de insumos à atual capacidade produtiva da empresa, que teve importante ampliação nos últimos anos, como resultado do plano de investimentos executado pela companhia.
Ao todo, as unidades representam um incremento superior a um milhão de toneladas/ano na produção de ração da Seara. Além de fortalecer a capacidade produtiva da empresa nos segmentos de aves e suínos, mais de 300 postos de trabalho serão criados com o início das atividades das fábricas. “As novas fábricas são equipadas com o que há de mais moderno em automação e dispõem da mais alta tecnologia para a produção dos insumos. Esses investimentos demonstram nosso esforço contínuo para ampliação da nossa capacidade de produção”, afirma o CEO da Seara, João Campos.
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Suínos
Levantamento nacional reforça transparência e aponta caminhos para a evolução da suinocultura
Com avaliação detalhada das associações estaduais, a ABCS recebe dados valiosos para aprimorar iniciativas e fortalecer a representatividade setorial.

A fim de fortalecer ainda mais o relacionamento com suas 13 associações estaduais e aprimorar continuamente suas entregas, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou no mês de novembro, uma Pesquisa Nacional de Satisfação com todos presidentes dos estados que compõem o Sistema ABCS: Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Sergipe, Ceará e Bahia.
A iniciativa foi totalmente anônima e conduzida por uma empresa terceirizada especializada em estudos de percepção institucional, a SSK Análises, empresa há mais de 32 anos no mercado com experiência em pesquisas no setor associativista e multinacionais, garantindo isenção, credibilidade e segurança nas respostas. O objetivo foi avaliar o nível de satisfação dos associados com o trabalho realizado pela ABCS, incluindo temas como entregas, projetos, comunicação, atendimento, relacionamento, apoio técnico e institucional, além de identificar demandas e oportunidades de aprimoramento para os próximos anos.
Segundo a diretoria da ABCS, o estudo será um instrumento estratégico fundamental para orientar as ações da entidade e também as diretrizes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), permitindo que os investimentos e esforços estejam cada vez mais alinhados com as necessidades reais dos produtores e das associações estaduais.
Os resultados consolidados da pesquisa serão apresentados em dezembro ao Conselho da ABCS, e posteriormente compartilhados com todas as estaduais, fortalecendo o compromisso da entidade com a transparência e a gestão participativa. Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, “Com essa ação, a ABCS reafirma seu papel de entidade representativa que busca ouvir, compreender e atender com excelência seu público, construindo um sistema mais unido, eficiente e preparado para os desafios da suinocultura brasileira”, conclui.
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Espanha confirma nove casos de peste suína africana em javalis
Casos positivos foram identificados na Catalunha e marcam o primeiro registro da doença no país após 30 anos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) foi notificada sobre a ocorrência de peste suína africana (PSA) em javalis na província de Barcelona, região da Catalunha, na Espanha, registrada em 26 de novembro. Este é o primeiro episódio da doença no país desde 1994. Até a última terça-feira (02), nove casos foram confirmados, todos restritos a javalis, sem detecção em suínos domésticos.
A PSA é uma doença viral que afeta suínos domésticos, asselvajados e javalis. Embora não represente risco à saúde humana, por não se tratar de zoonose, é de notificação obrigatória devido ao seu alto poder de disseminação e ao impacto potencial para os sistemas de produção. A presença de carrapatos do gênero Ornithodoros, que podem atuar como vetores, aumenta a complexidade do controle da enfermidade em ambientes silvestres.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
O vírus apresenta elevada resistência no ambiente, podendo permanecer ativo por longos períodos em roupas, calçados, veículos, materiais, equipamentos e em diversos produtos suínos que não passam por tratamento térmico adequado. As principais vias de introdução em áreas livres incluem o contato de animais suscetíveis com objetos contaminados ou a ingestão de produtos suínos contaminados.
O Brasil permanece oficialmente livre de PSA desde 1984, condição que segue preservada. O Mapa reforça que a manutenção desse status depende do cumprimento das normas sanitárias vigentes e da atenção contínua à movimentação de pessoas, produtos e materiais provenientes de regiões afetadas. A introdução da doença no país traria impactos significativos para a cadeia suinícola, motivo pelo qual o país mantém vigilância reforçada e protocolos de prevenção atualizados.
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Preço do suíno vivo segue estável no Brasil e abre espaço para avanço nas exportações
Com cotações firmes em R$ 8/kg e demanda equilibrada, setor observa oportunidade no mercado externo após suspensão dos embarques da Espanha por PSA.

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do suíno vivo no mercado paulista seguem na casa dos R$ 8/kg desde o começo de outubro.
No Paraná, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e em Santa Catarina, as cotações operam nesse patamar desde meados de setembro. Segundo o Centro de Pesquisas, o cenário de estabilidade está atrelado ao forte equilíbrio entre a oferta e a demanda por novos lotes de animais para abate por parte dos frigoríficos.
Alguns agentes consultados pelo Cepea indicam que o atual nível de preço de negociação pode indicar que o suinocultor estaria comercializando com rentabilidade positiva, enquanto a indústria consegue garantir consumo na ponta final do mercado.
Em relação à carne, o destaque é a demanda externa aquecida. Pesquisadores ressaltam que a interrupção dos embarques espanhóis, após confirmação de casos de Peste Suína Africana (PSA) naquele país, pode significar uma oportunidade para o Brasil.
A Espanha é o maior produtor de carne suína da União Europeia, tendo sido também a maior exportadora da proteína do mundo em 2023 (quando desconsiderada a União Europeia como bloco único).



