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Suínos / Peixes

Os desafios e oportunidades da suinocultura do Nordeste

O desempenho brasileiro está ancorado em mudanças organizacionais e no incremento tecnológico contínuo em todos os elos da cadeia produtiva, além de ter sido impulsionado pela Peste Suína Africana (PSA).

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Fotos: Divulgação

Consolidado entre os maiores produtores e exportadores de carne suína, o Brasil detém atualmente a quarta posição global e figura entre os cinco maiores consumidores mundiais da proteína. O rebanho suíno brasileiro cresceu 4,3% em 2022, chegando ao recorde de 44,4 milhões de animais, com a região Sul concentrando 51,9% do efetivo nacional, conforme dados da Pesquisa da Pecuária Municipal, divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho brasileiro está ancorado em mudanças organizacionais e no incremento tecnológico contínuo em todos os elos da cadeia produtiva, além de ter sido impulsionado pela Peste Suína Africana (PSA), que afetou nos últimos anos a produção na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, que desde então se tornou o principal destino das exportações brasileiras de carne suína.

Além disso, as associações ligadas ao setor vêm trabalhando para reduzir os gargalos no consumo interno, trazendo novos cortes e facilidades no preparo. Com isso, o consumo per capita nacional vem crescendo, atingindo 18 kg por habitante em 2022.

Para 2023, as projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam para um crescimento de 1,5% na produção, podendo chegar a 5,05 milhões de toneladas. A disponibilidade para o mercado interno deve se manter estável, com 3,85 milhões de toneladas. O consumo per capita também deve se manter em 18 quilos. As exportações, por sua vez, devem crescer 12%, chegando a 1,25 milhão de toneladas.

Neste contexto, o Nordeste do país, apesar dos diversos desafios que enfrenta para o desenvolvimento da suinocultura, vem conquistando espaço e hoje já representa 12,9% da produção nacional. De acordo com o IBGE, a região possui um total de 5,76 milhões de suínos e 1,06 milhão de matrizes. Dentre os nove estados, o Ceará é o maior produtor, detendo 19,7% do rebanho nordestino, seguido pelo Piauí, com 16,9%; Bahia, com 16,2%; Maranhão, com 16,1%; Pernambuco, com 15,5%; Rio Grande do Norte, com 9,4%; Paraíba, com 4,8%; Alagoas, com 2%; e Sergipe, com 1,2%.

Gargalos do setor

Com condições climáticas e ambientais favoráveis à criação de suínos, o Nordeste se depara com alguns gargalos que devem ser superados para que a atividade se desenvolva e conquiste novos mercados, inclusive o internacional. O Presente Rural ouviu produtores da região e entidades setoriais que apontaram que entre os desafios estão a cultura de que a carne suína faz mal à saúde, a concorrência com a região Sul, a baixa adoção de tecnologia e inovação, infraestrutura precária, questões de sanidade animal e a presença da Peste Suína Clássica (PSC) em sete dos nove estados nordestinos, uma vez que a Bahia e o Sergipe já são considerados áreas livres de PSC.

Diretor de mercado da ABPA, Luís Rua: “A carne suína é uma das proteínas mais saudáveis que existe, saborosa e com baixos índices de gordura”

Conforme o diretor de mercado da ABPA, Luis Rua, um dos principais desafios é a crença em relação à saudabilidade da carne. “É um mito que vai ser superado conforme as próprias marcas realizam campanhas que atestam a qualidade e sanidade de seus produtos. Embora ainda exista tal ideia, há um esforço setorial em desfazer este mito, seja por meio de campanhas e ações junto à própria imprensa, reiterando informações que já são de conhecimento comum: a carne suína é uma das proteínas mais saudáveis que existe, saborosa e com baixos índices de gordura”, ressalta.

A ABPA também desempenha um papel fundamental no apoio à sanidade animal na região Nordeste. Através da colaboração com órgãos da União e dos Estados, a associação impulsiona projetos que visam melhorar a saúde dos rebanhos suínos. Isso não apenas aumenta a qualidade dos produtos, mas também permite que as empresas da região tenham a perspectiva de exportar parte de sua produção no futuro.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, ressalta que a logística é uma das barreiras que precisam ser rompidas para melhorar o escoamento da produção nordestina ao mercado consumidor. “Essa é uma barreira que precisamos ainda romper. Tenho certeza que com o aumento da demanda essas soluções vão vir da própria indústria”, pontua.

Lopes também destaca a necessidade de combater a Peste Suína Clássica (PSC) na região, situação que faz com que o Nordeste não possa exportar carne suína. “Sabemos que é uma região que tem a PSC, mas estamos fazendo um trabalho bastante forte com o plano piloto em Alagoas, que está indo para quinta e última etapa, e espero que consigamos alcançar os demais estados, com o mesmo êxito do trabalho realizado em Alagoas, e aí sim abrir as fronteiras do Norte e Nordeste para a suinocultura brasileira”, afirmou.

Oportunidades de crescimento

Com uma população superior a 54,4 milhões de pessoas, o Nordeste brasileiro apresenta um vasto mercado a ser explorado na indústria da suinocultura. Entre as oportunidades para o crescimento do setor incluem grande potencial para aumentar o consumo de carne suína na região, que atualmente não passa de 9 kg per capita, bem abaixo da média nacional de 18 kg, desenvolvimento de produtos diferenciados e de novos mercados, investimentos em genética e tecnologia para melhorar a produtividade e a competitividade dos produtores de suínos no Nordeste.

O diretor de Mercados da ABPA compartilha uma perspectiva otimista sobre as oportunidades de expansão e diversificação desse mercado, levando em consideração as preferências dos consumidores locais e a demanda crescente por proteínas de qualidade na região, que oferece um terreno fértil para o crescimento da indústria, desde que as empresas estejam dispostas a se adaptar às preferências dos consumidores e a investir na promoção de proteínas de alta qualidade.

O Nordeste é uma região de grande potencial para o setor de produtos suínos. Essa expansão pode beneficiar não apenas a produção local de suínos, mas também oferecer oportunidades para empresas produtoras de outros estados. “O mercado do Nordeste tem um grande potencial de crescimento, o que pode beneficiar tanto a produção de suínos local assim como eventualmente as empresas produtoras de outros estados também. É uma região com necessidades específicas dentro da excelente culinária local, mas que não foge ao padrão de excelência altamente diversificado que já é implantado pelo setor em todo o país”, exalta Rua.

Além disso, a ABPA observa que o Nordeste é um mercado com renda crescente, embora ainda apresente um consumo per capita relativamente baixo em comparação com regiões tradicionalmente produtoras e consumidoras, como o Sul e o Sudeste. Isso significa que há um grande potencial para o aumento do consumo de proteínas de qualidade no Nordeste, o que pode se traduzir em um mercado robusto e em crescimento para a indústria de produtos suínos no futuro.

Campanha para aumentar consumo

Presidente da ABCS, Marcelo Lopes: “Vamos fomentar o consumo da carne suína no Nordeste através do varejo, além de educar a população em relação aos benefícios do consumo desta proteína”

O presidente da ABCS afirma que a entidade aposta no aumento da demanda para impulsionar a suinocultura do Nordeste. “Vamos fomentar o consumo da carne suína no Nordeste através do varejo, além de educar a população em relação aos benefícios do consumo desta proteína, destacando que ela é uma das proteínas mais saudáveis e com baixos índices de gordura. A partir do varejo começamos a criar novas demandas, e com isso as grandes indústrias poderão fazer as suas adaptações para atender essa demanda emergente”, sustenta Lopes.

Com o compromisso de conquistar consumidores na segunda região mais populosa do país, desmistificar a proteína suína e mudar os hábitos alimentares dos nordestinos, a ABCS e a Associação Baiana de Suinocultores (ABS) realizam em conjunto com o frigorífico local Frigosol a campanha “Carne de Porco: Bom de preço, bom de prato” na Bahia.

As entidades realizaram durante o mês de outubro a campanha em mercados, frigoríficos e restaurantes do Oeste ao Sul do estado visando aumentar o consumo da proteína suína. “O Nordeste tem um potencial de consumo enorme e nós como associação precisamos fazer ações que promovam o consumo nesta região. Essa é a primeira de muitas iniciativas que ocorrerão no Nordeste. É de suma importância uma campanha desse cunho, que não só coloca o preço da carne suína em evidência, mas que também começa um processo de educação e quebra de preconceitos em relação à proteína. E ter o apoio do varejo, frigoríficos e associações regionais nessa empreitada mostra o comprometimento do setor com os produtores locais e com a carne suína”, afirma Lopes.

Para a 1ª edição da campanha no estado, foram realizadas várias ações em lojas de 110 municípios baianos. Além de concurso entre os restaurantes participantes da ação da cidade de Vitória da Conquista, BA.

A rede de supermercados Super Bom Preço, bandeira do Grupo Carrefour, também participou da campanha com todas as 37 lojas presentes em cinco estados nordestinos – Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.

Produção de grãos

A crescente produção de grãos no Nordeste, especialmente soja e milho, tem contribuído para aproximar os grãos dos criadores de suínos, reduzindo os custos de produção.
Para a safra de 2023 devem ser colhidos na região mais de 25,8 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 8,6% em comparação com a safra anterior. A soja e o milho são os principais propulsores desse crescimento. Essas projeções fazem parte de uma análise do cenário macroeconômico, conduzida pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), com informações do IBGE. “O aumento na expectativa da safra de 2023 é explicado não só pela expansão da área plantada, como também pela melhoria da produtividade, a exemplo do que ocorre nas principais culturas como soja, milho e feijão”, explica a pesquisadora do Etene, Hellen Saraiva Leão, enfatizando que os produtores nordestinos precisam investir em adaptação de técnicas e melhoria de produtividade.

De acordo com o estudo, o destaque da produção é a Bahia, que deve produzir 10,9 milhões de toneladas, cerca de 42,5% da produção regional de grãos. Outras importantes contribuições são do Piauí como o segundo maior produtor, com previsão de 6,5 milhões de toneladas de grãos, alta de 25,5%, e Maranhão, com produção de 6,4 milhões de toneladas de grãos, crescimento de 24,7%.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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