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Suínos / Peixes Nutrição

Os benefícios da alimentação seco/úmida para suínos

Os benefícios desse tipo de alimentação podem ser divididos em 3 pilares: benefícios para sanidade, melhorias de performance produtiva e geração de dejetos

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 Artigo escrito por Natalia Rimi Heisterkamp, administradora de empresas especialista em Gestão de Projetos, diretora na Crystal Spring Brasil e diretora de Estratégia Global da Crystal Spring Hog Equipment nos Estados Unidos

Técnica utilizada e conhecida há mais de 35 anos, a alimentação de suínos em comedouros que permitem a mistura de ração e água é amplamente utilizada atualmente em diversos países e vem sendo cada vez mais utilizada e adotada no Brasil. Os benefícios desse tipo de alimentação na produção de suínos podem ser divididos e sustentados em 3 pilares: benefícios para a sanidade dos animais, melhorias de performance produtiva e redução no consumo de insumos e geração de dejetos.

Em termos de sanidade animal, a alimentação seco/úmida apresenta inúmeras vantagens para o animal. O aumento do consumo de água e ração é essencial e determinante para o crescimento saudável do suíno, e a alimentação em estilo “papa” (ração umedecida) aumenta o consumo e consequentemente a taxa de crescimento.

Na alimentação de fêmeas/matrizes por exemplo, pesquisas realizadas em granjas comerciais nos Estados Unidos comprovaram que quando alimentadas com ração umedecida, as fêmeas consomem de 6 a 15% mais ração quando comparadas a fêmeas alimentadas com farelo ou pellet seco. Há vantagem também de 14% em ganho total de peso da ninhada, e retorno ao cio mais rápido (9% a menos em dias de retorno ao cio). A taxa de sobrevivência pré-desame também foi 9% maior. Tudo isso porque o condicionamento da fêmea melhora consideravelmente devido ao maior consumo de água e ração.

Outra fase extremamente delicada é o desmame dos leitões, e as semanas iniciais em creche. Este processo por mais que bem manejado, resulta em alterações intestinais importantes que deixam o suíno mais suscetível a problemas intestinais e de digestão, o que pode causar apetite irregular e até diarreia. Muitas granjas já realizam hoje o estímulo aos animais recém desmamados através da “papinha”, mas se aplicarmos este conceito durante toda a fase de creche, introduzindo diretamente no comedouro a ração umedecida, a melhora nos resultados é significativa, e os animais tendem a recuperar o peso perdido pós desmame em poucos dias. Este método proporciona ao suíno uma transição fácil da lactação ao alimento solido, é fundamental para um crescimento rápido e conversão ótima do suíno, com impactos mínimos à saúde do animal.

Esta abordagem de alimentação as matrizes e aos suínos em fase inicial de crescimento vão se traduzir em ganhos na fase de terminação. O que vemos em granjas que adotam alimentação seco/úmida desde o início e um lote de terminação extremamente regular em termos de peso final e pouca variabilidade, inclusive com redução de mortalidade.

A transição de equipamentos e instalações para opções cada vez mais modernas e munidas de tecnologia especializada, como a utilização de aços sanitários em diversos equipamentos nas granjas, ventilação, controles de umidade e temperatura, pisos vazados e automatização são essenciais e auxiliam na boa sanidade do animal e na produtividade geral das granjas.

No que diz respeito ao aumento de produtividade a alimentação seco/úmida também traz inúmeros benefícios. Sabemos que a busca por índices de ganho de peso e conversão são objetivos constantes no manejo diário das granjas. Obviamente estes resultados dependem de uma combinação de fatores, tais como genética, nutrição, ambiência e equipamentos. Animais com bons índices de conversão genéticas, tendem a potencializar seus resultados quando alimentados com ração umedecida. Isto ocorre porque os animais consomem a ração cerca de 20% mais rápido quando esta apresenta-se umedecida, e a competição pelo alimento no comedouro é mais saudável, uma vez que os suínos têm mais tempo para se alimentar. Com a utilização de um bom comedouro, o desperdício se reduz significativamente e praticamente todo o alimento que se disponibiliza no comedouro, com a água, são consumidos e convertidos em ganho de peso, e não desperdiçados.

Estudos realizados em granjas comerciais nos Estados Unidos demonstraram vantagens significativas na alimentação seco/úmida em comedouros estilo “box”, quando comparado a suínos alimentados exclusivamente com ração seca em comedouros de estilo funil.

Sustentabilidade

O último pilar que vamos abordar trata do uso de insumos e da produção de dejetos na suinocultura. A sustentabilidade na suinocultura já é tema muito discutido na Europa e na América do Norte há anos, e vem ganhando mais e mais força no Brasil.

É por esta razão que ao longo dos últimos 20 anos produtores vem buscando maneiras eficientes de reduzir consumo de insumos e desperdícios na produção, para seguir ganhando produtividade e fazer uso mais racional e consciente dos recursos disponíveis. A adoção da alimentação seco/úmida em comedouros de inox em estilo “box” apresenta vantagem significativa na redução do desperdício de água e ração.

O gráfico 1 mostra resultado de pesquisas realizadas em torno do consumo e desperdício de água em um galpão tradicional ao longo de um dia. Nos bebedouros estilo copo, pendulares e auxiliares ofertados aos animais nas baias chega-se a perder 35% a mais de água, do que no bebedouro disponível dentro do comedouro.

Esta contribuição vai muito além do controle de custos de produção nas granjas. Ao reduzir o desperdício de água, garantimos não apenas o consumo consciente deste recurso natural tão valioso, mas reduzimos significativamente a quantidade de líquido misturado aos dejetos no fosso, o que reduz o custo e manejo na separação dos sólidos e líquidos para o tratamento dos dejetos. A redução dos líquidos dos dejetos reduz o tempo de segregação do nitrogênio nas lagoas de tratamento. Esta técnica vem sendo amplamente utilizada também, em granjas que tratam e reutilizam os dejetos da produção de suínos para adubação dos campos.

Em resumo a adoção de novos métodos e tecnologias na produção de suínos é fundamental e garante aos produtores que as adotam diferenciar-se na busca pela excelência de produtividade, no trato e manejo saudável dos suínos e na responsabilidade que cada um de nós, nesta indústria, possui em buscar meios sustentáveis e eficientes que melhorem a suinocultura brasileira a cada dia.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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