Conectado com

Suínos Suinocultura

Os benefícios associados com a suplementação de óleo essencial de orégano em matrizes hiperprolífecas e em suas ninhadas

Desempenho do crescimento dos leitões antes do desmame está diretamente relacionado ao colostro e à ingestão de leite

Publicado em

em

Divulgação

Artigo escrito por Heidi Hall, zoologista, gerente de Serviço Técnico Global da Anpario e especialista em Suínos na Anpario

Avanços recentes nas linhagens genéticas de mães comerciais da UE levaram a porcas a produzir mais leitões nascidos vivos, resultando em mais leitões terminados do que antigamente. Portanto, o suporte nutricional exigido pela porca moderna é cada vez mais importante para garantir o máximo desempenho ao longo da vida. O consumo e o manejo da ração durante a lactação são aspectos fundamentais para manter o desempenho ideal e, com o aumento do número de leitões nascidos vivos, a necessidade de alimento (leite) de alta qualidade para cada leitão é ampliada. Atender a essas necessidades de alimento (leite) pode levar a uma maior incidência de perda de condição corporal da porca e colocá-la sob um grau crescente de estresse oxidativo.

As porcas modernas, com alta prolificidade, têm maior probabilidade de produzir leitões com peso ao nascer mais baixo e maior variabilidade da ninhada. Leitões com baixo peso ao nascer podem ter dificuldade para consumir quantidades suficientes de colostro e, portanto, a incidência de mortalidade pré-desmame aumentou à medida que o tamanho da ninhada continua crescendo. O desempenho do crescimento dos leitões antes do desmame está diretamente relacionado ao colostro e à ingestão de leite, portanto, maximizar a ingestão das porcas e apoiar a produção de alimeto (leite) é o método mais econômico para melhorar o desempenho das porcas e da progênie.

Garantir que as marrãs recebam suporte nutricional e que seus sistemas imunológicos estejam bem desenvolvidos antes de ingressar no rebanho reprodutor é fundamental para o desempenho vitalício. Durante a primeira gestação, a dieta deve atender às exigências de energia necessária para o crescimento materno e desenvolvimento fetal. Existem vários fatores envolvidos na maximização do consumo de ração durante a lactação, incluindo o fornecimento de ração de alta qualidade e higiene alimentar, bem como a garantia da palatabilidade e da forma da ração, permitindo a ingestão voluntária adequada. Sabores e alguns óleos essenciais podem ajudar a aumentar o interesse pela ração e têm mostrado benefícios para a ingestão da lactação.

Como o óleo de orégano pode ajudar?

O óleo essencial de orégano contém muitos componentes voláteis que estão envolvidos no aumento da ingestão voluntária de ração; dois componentes principais são o carvacrol e o timol. O modo de ação do óleo natural de orégano no animal é complexo; entretanto, descobriu-se que desempenha um papel no aumento do apetite e na função antioxidante, bem como nos processos imunomoduladores e anti-inflamatórios. O óleo de orégano também demonstrou ter um efeito benéfico sobre a microflora intestinal da porca e de sua prole.

Óleos essenciais de orégano são eubióticos de alta qualidade com base fitogênica, 100% natural em um sistema de transporte exclusivo. Foram desenvolvidos para ajudar a controlar a saúde intestinal em rebanhos, apoiando a integridade intestinal ideal e, assim, reduzindo o estresse entérico, diminuindo as bactérias patogênicas e elevando o número de bactérias benéficas. Óleos essenciais de orégano demonstraram a característica de aumentar a ingestão voluntária de alimentos como resultado da resposta positiva que tem nas vias responsáveis ​​pela estimulação do apetite e secreção de enzimas digestivas.

Óleo essencial de orégano melhora o desempenho das fêmeas e da sua progênie

Em um trabalho experimental conduzido em 2018, a inclusão de óleo de orégano nas dietas das porcas demonstrou a manutenção e melhoria da condição corporal das porcas durante a lactação, resultando em uma pontuação de condição corporal das porcas significativamente melhorada no desmame (Figura 1) (p <0,05). Espera-se que a manutenção do escore de condição corporal melhore o estado metabólico da porca e pode ajudar a melhorar o estado hormonal e as taxas de concepção associadas a partos subsequentes.

Neste estudo, os leitões de porcas que receberam óleo essencial de orégano aumentaram significativamente o peso corporal e o ganho médio diário com uma semana de idade (Figura 2). Está bem documentado que aumentos na taxa de crescimento pré-desmame e pesos de desmame beneficiam o desempenho do crescimento pós-desmame e a capacidade de sobrevivência, portanto, melhorar o ganho médio diário antes do desmame pode impactar no desempenho da leitegada.

Melhora a saúde intestinal da fêmea e da progênie

Uma microbiota intestinal de porca bem equilibrada irá  beneficiar a saúde e o desempenho dos leitões, pois a colonização microbiana inicial ocorre por transferência da porca no nascimento, durante a lactação e possivelmente durante a gestação. Portanto, a colonização microbiana precoce em porcos jovens representa uma janela de oportunidade para modular o microbioma intestinal maduro. A composição desta população microbiana foi associada ao desempenho geral do crescimento e a funcionalidade da microbiota presente foi associada à eficiência alimentar ao longo da vida. Um microbioma intestinal ideal é de suma importância, especialmente durante o desmame. Neste momento, os leitões são submetidos a uma grande variedade de fatores estressantes que podem resultar em desempenho de crescimento prejudicado associado à diarreia como resultado da verificação de crescimento pós-desmame. Reduzir a severidade e a incidência de diarréia pós-desmame pode melhorar a saúde e o desempenho dos leitões.

O óleo essencial de orégano tem muitos efeitos benéficos sobre a saúde intestinal e as populações microbianas em porcos; por exemplo, a inclusão de óleo essencial de orégano foi associada à diminuição das populações de E. coli intestinal, muito provavelmente como resultado de seu efeito na promoção da integridade da barreira intestinal e do estado imunológico.

Foi descoberto que a adição de óleo essencial de orégano fornece benefícios para selecionar populações microbianas benéficas, como por exemplo aumentando a abundância de Lactobacillaceae. As ninhadas suplementadas com óleo essencial de orégano também demonstraram uma redução na abundância de Enterobacteriacea ao desmame, em comparação com as ninhadas dos tratamentos controle (Figura 3). Isso poderia ajudar a reduzir a probabilidade de proliferação bacteriana pós-desmame por bactérias potencialmente prejudiciais (E.coli spp. E Salmonella spp.). Os leitões neste estudo mantiveram um incremento no peso corporal e mostraram desempenho de crescimento melhorado até 10 semanas de idade e peso final em comparação com leitões que não receberam óleo essencial de orégano através da suplementação de porcas, destacando a importância da colonização microbiana precoce e saúde intestinal.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

Publicado em

em

Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.