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Orgulho de fazer bem feito

Produtor rural Sílvio Roes apostou na avicultura em 2017, não sem antes buscar a alta tecnologia para implantar suas granjas

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Giuliano De Luca/OP Rural

Em Cianorte, no Noroeste do Paraná, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em 2018 foi de R$ 716 milhões. Desse total, 68% é proveniente da atividade avícola. A produção de carne de frango nas regiões Noroeste e Norte é baseada em empresas privadas, ao contrário do Oeste e Sudoeste, que conta com sistemas cooperativos. No entanto, a relação entre produtores e empresas é similar, de integração. Esse modelo de produção transformou o Paraná em um dos maiores produtores de carne de frango do mundo. O Presente Rural foi até lá para conhecer a Avenorte e o produtor rural Sílvio Roes, que apostou na avicultura em 2017, não sem antes buscar a alta tecnologia para implantar suas granjas.

“Minha conversão alimentar já chegou a 1,64”, gaba-se o produtor. A conversão alimentar é o consumo de ração do animal em um período de tempo, dividido pelo seu ganho de peso neste mesmo período. Isso quer dizer que 1.640 quilo de ração foram necessários para o animal ganhar um quilo de peso. Segundo Roes, esse é um dos melhores índices entre todos os integrados da Avenorte, conquistado com práticas eficientes de manejo e dois aviários que contam com o que há de moderno em ambiência.

O Presente Rural foi até Jussara, município vizinho a Cianorte, onde ficam os aviários de Sílvio e do filho André. Estrutura de altíssima qualidade, novinha em folha, equipada com placas evaporativas para melhor refrigeração do ambiente, sistemas inlets para controlar melhor a quantidade e a qualidade do ar que é fornecido aos pintinhos e combater a condensação nos períodos mais quentes, aquecimento a gás para os períodos frios do ano, placas fotovoltaicas para produção de energia elétrica, controle de umidade e temperatura automatizados, a exemplo da alimentação, entre outros sistemas.

Cada aviário tem 160 metros de comprimento por 16 metros de largura e capacidade para 34 mil aves. “Quando decidi investir, corri atrás de informações, conversei com profissionais, visitei várias fazendas até encontrar um modelo que achei que era ideal para mim”, lembra Sílvio Roes, de 57 anos. “Entrei para o negócio (avícola) para fazer bem feito”, sustenta. Como a maior parte do sistema é automatizado, seja na alimentação ou controle de temperatura e umidade dentro dos galpões, dois funcionários são suficientes para cuidar das 68 mil aves. A ideia é produzir seis lotes por ano, ou aproximadamente 400 mil aves por ano, em lotes que variam entre 44 e 47 dias.

Para Sílvio, um dos diferenciais para seu bom desempenho, não está ligado à infraestrutura ou manejo, e sim às características geográficas de onde estão instaladas as granjas. “Um dos segredos é a minha localização. Os aviários foram construídos nessa área que tem vento constantemente. Isso é determinante para nós”, frisa. Vale lembrar que as entradas de ar inlets utilizam esse vento para controlar a qualidade do ar ofertado aos animais.

A decisão de entrar para a atividade aconteceu na segunda metade dessa década. Em 2017, saíram os primeiros lotes. “Comecei a produzir em 2017 para agregar valor à pequena propriedade que temos. Antes, plantava monocultura; soja e milho. Precisava de uma renda maior para a propriedade, que tem 13 alqueires. E os resultados vieram. Estou satisfeito”, garante o produtor rural, que ainda mantém oito alqueires de lavouras.

O produtor cita que o sistema vai ser amortizado em sete anos, antes dos dez inicialmente previstos. “Com a técnica que implantamos, vamos diminuir o tempo do financiamento de dez para sete anos”, aponta.

Chama atenção

É claro que com índices tão robustos e aviários que podem servir de modelo para muita gente que está pensando em entrar na atividade os aviários de Sílvio e do filho chamaram a atenção. “Tem muita gente que vem aqui para ver como é nossa produção. Já veio produtor da nossa região, de Goiás, da Argentina e até da Alemanha”, orgulha-se (com motivos) o produtor rural.

O futuro

Para ele, a produção de carne é o grande negócio para o produtor rural nos próximos anos. De acordo com as expectativas de Roes, o consumo de proteína animal vai aumentar e isso sustenta seu investimento. Aliado a isso, cita a abertura de novos mercados para a carne brasileira como incentivo ao avicultor. “O mercado está bom, o mercado externo abriu mais as portas para nossas carnes. O agronegócio como um todo, especialmente a produção de carne de aves e suínos, é a bola da vez. Com a abertura de mercado asiático e do oriente médio, com o sistema que o governo está implantando, 2020 e os próximos anos vão ser muito favoráveis para nós. O mundo está consumindo mais carne, apesar dos vegetarianos. Há grande demanda mundial por proteína animal, principalmente na China, Índia e Oriente Médio. Temos um cenário promissor”, aponta o avicultor paranaense.

Relação de confiança

No entanto, para Roes, para que o negócio seja sustentável economicamente, o pilar não é a boa infraestrutura, o manejo adequado com o ambiente, a nutrição, tampouco o vento constante na abençoada propriedade rural, e sim a relação de confiança entre produtores e a empresa integradora. Ele tem essa preocupação porque, em sua opinião, algumas agroindústrias da região têm dificuldades de relacionamento com seus produtores integrados.

“O suporte dado pela integração é similar ao sistema cooperativo. Para trabalhar, a gente tem que ter transparência, segurança e um relacionamento íntimo com a empresa integradora. Integração é trabalhar juntos. Os dois lados têm que cobrar resultados”, sustenta o empresário rural.

Outras notícias você encontra na 8ª edição do Anuário do Agronegócio Paranaense

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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