Conectado com

Notícias Gestão de pessoas

Oportunidades, incentivo à tecnologia e cuidado com familiares auxiliam Granjas 4 Irmãos a manter jovens no campo

Identificada como principal possibilidade de crescimento, a incorporação de avanços tecnológicos e a automação do campo foram utilizadas como ferramentas determinantes na retenção de talentos.

Publicado em

em

Imagem Ilustrativa (Foto: Arquivo/OP Rural)

Superar o êxodo rural é um desafio histórico de quem trabalha com agronegócio e foi um dos motivos para a Granjas 4 Irmãos, fazenda localizada em Rio Grande, Rio Grande do Sul, desenvolver um programa para formar jovens aprendizes e elaborar ações que evite a migração dos novos trabalhadores para os centros urbanos. Identificada como principal possibilidade de crescimento, a incorporação de avanços tecnológicos e a automação do campo foram utilizadas como ferramentas determinantes na retenção de talentos, ao ofertar e financiar opções de carreiras modernas, com participação nos resultados financeiros e sem necessidade de sair da cidade natal. O fortalecimento do laço familiar e a estrutura dada aos parentes de funcionários é outro ponto de destaque na gestão de pessoas, o que faz com que a empresa tenha profissionais que representam a 4ª geração de sua família ocupando cargos na Granjas 4 Irmãos.

As ações de retenção de talentos iniciaram há 3 anos, a partir da criação do Programa Jovem Aprendiz, em parceria com o Senac, em que são abertas vagas voltadas para filhos de funcionários, com idade de 14 a 18 anos. Ao entrarem, eles são inseridos na cultura da empresa e incentivados a estudar e desenvolver carreira em áreas como agronomia, veterinária e técnico agrícola, além das funções em que a tecnologia vem crescendo como operação de máquinas e drones. Desde sua criação, a Granjas 4 Irmãos integrou 21 filhos de funcionários operando em diversos setores.

Com a inclusão da inteligência artificial, análise de dados, automação e produção de tecnologia para o agro, os jovens são incentivados a continuar na cidade e na empresa pela possibilidade de seguir em uma profissão com desafios modernos e soluções digitais.

“As novas tecnologias aplicadas a agricultura trazem maior inteligência ao trabalho rural, têm mantido nossos jovens no campo, exigindo cada vez mais profissionalização, fortalecendo o interesse e uma nova visão do agronegócio. Com os avanços da tecnologia agrícola, a área de produção, que concentra maio número de funcionários, é impactada e desperta interesse por proporcionar a cultura da inovação e estimula a criar soluções práticas na busca por produtividade, efetividade e economia”, ressalta João Carlos de Oliveira, conselheiro e acionista da Granjas 4 Irmãos.

Na decisão pela moradia, outro fator determinante é a proximidade com a família. Por conta disso, a Granjas 4 Irmãos busca integrar os parentes de funcionários com a cultura da empresa e a consolidar seus laços com a região. Foram criadas 3 agrovilas, onde moram 250 colaboradores com suas famílias, ultrapassando mais de 800 pessoas. Os locais funcionam como minicidades, contam com um prefeito responsável por cada vila, posto de gasolina e escola de ensino fundamental, que atende filhos dos funcionários e crianças de toda a região. Mulheres que moravam nas vilas e não trabalhavam na empresa, receberam oportunidades para atuar no setor administrativo, refeitório, limpeza, criação de bezerros, além de outras atividades independentes feitas nas próprias casas, como costureiras, cabeleireiras, babás, entre outras. Durante o ano, é destinado um valor para investimentos e manutenção dos espaços.

“O êxodo rural também acontece quando a família não está feliz de trabalhar no campo. São essas lacunas que buscamos solucionar, com ações que pensam nos parentes de funcionários, eventos que integram família e empresa, conforto e oportunidades para quem quer seguir na área rural. O esforço vai além da busca por tecnologias e incentivo a áreas que motivam, mas também está na satisfação da família e gestão de pessoas”, sublinha João Carlos de Oliveira.

Fonte: Assessoria

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.