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Suínos / Peixes

Óleos essenciais podem nos auxiliar nos problemas respiratórios em suínos?

A maior parte desses aditivos tem demonstrado resultados positivos para enfermidades e desafios relacionados às funções intestinais, atuando no controle de diarreias, melhoria do aproveitamento dos nutrientes, digestibilidade e modulação da microbiota intestinal.

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Foto: Bing

Existem vários trabalhos, pesquisas e investigações buscando alternativas para a redução do uso de antimicrobianos na produção de suínos, ou alternativas para reduzirmos o uso de antibióticos. Neste âmbito, alguns aditivos vêm se destacando, entre eles os óleos essenciais, prebióticos, probióticos e ácidos orgânicos.

A maior parte desses aditivos tem demonstrado resultados positivos para enfermidades e desafios relacionados às funções intestinais, atuando no controle de diarreias, melhoria do aproveitamento dos nutrientes, digestibilidade e modulação da microbiota intestinal.

No entanto, nos sistemas de produção suína é comum ter, ao longo da vida do animal, desafios do trato respiratório provocados por:

– Grande amplitude térmica, como a observada no Brasil no Outono/Inverno.

– Falhas de manejo e controle de temperatura do ambiente interno das instalações.

– Manejo de cortinas que afetam o controle térmico do ambiente.

– Presença de gases e umidade.

Propriedades e efeitos

Mas nessas situações em que há problemas respiratórios, esses mesmos aditivos supracitados podem ajudar a minimizar os desafios respiratórios? Dentre os aditivos citados, alguns que vêm se destacando são os óleos essenciais. Isso porque além dos efeitos benéficos no intestino do animal, também atuam de forma bactericida ou bacteriostática.

Outro aspecto é que os óleos essenciais também apresentam eficiência sobre problemas respiratórios. De acordo com pesquisadores, em torno de 3.000 óleos essenciais são conhecidos, sendo que alguns deles apresentam propriedades anti-inflamatórias, antioxidante e antimicrobiana, entre os quais alguns que podem ser trabalhados para o tratamento de infecções do trato respiratório em humanos.

De acordo com outra pesquisa, um dos mecanismos de ação que garante eficiência aos óleos essenciais é a habilidade dos seus constituintes em alterar a integridade da membrana celular da bactéria, levando ao aumento da sua permeabilidade.

Além do efeito observado pelos óleos essenciais no controle de bactérias relacionadas a enfermidades do trato respiratório, existem trabalhos que observaram que o princípio ativo cinalmaldeído, que tem atividade anti-viral in vitro, apresentou 70% de inibição de H1N1 tipo A, numa concentração de 0,53%, após três horas em contato.

Corroborando com essas informações, para outro estudioso, o uso de óleos essenciais tem evidenciado ser uma opção aos tratamentos complementares, ou alternativos, às infecções por influenza. Já de acordo com estudo ainda de 2016, os óleos essenciais têm sido promissores no tratamento e prevenção de infecções por influenza, justificando seu uso em medicinas tradicionais a partir de plantas correspondentes.

Dentre os vários ativos existentes, o cinamaldeído tem apresentado atividade contra fungos patogênicos do trato respiratório como: Aspergillus niger, A. fumigatus, A. nidulans, A. flavus, Candida albicans, C. tropicalis, C. pseudotropicalis e Histoplasma capsulatum. Atua ainda contra as bactérias Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae.

Dessa forma, podemos observar que os óleos essenciais apresentam efeitos positivos contra agentes que podem provocar doenças respiratórias. Tal fato é demonstrado em diversos estudos que comprovam sua ação contra esses agentes, a partir de mecanismos de ação ainda não tão claros, mas que podem atuar como chaves regulatórias nos caminhos envolvidos nas respostas imunes e inflamatórias.

Porém, se pensarmos que há anos o uso de chás caseiros, ervas, extratos, xaropes e soluções naturais na medicina tradicional, vem sendo adotado como paliativo para o controle das gripes, resfriados e infecções respiratórias, é possível ter mais um indicativo de que temos, nos óleos essenciais, uma alternativa que deve ser melhor pesquisada e desenvolvida, para nos auxiliar nos tratamentos das infecções e enfermidades respiratórias nas granjas de suínos.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: priscila.guimaraes@agroceres.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: Por Fabrício Santos, nutricionista de suínos na Agroceres Multimix

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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