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Oferta mais controlada e exportações firmes têm feito a diferença no mercado de suínos

Do ponto de vista das margens, o alívio dos custos da ração segue sustentando o spread da suinocultura no campo positivo.

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Foto: Arquivo/OP Rural

O ritmo de abates de suínos finalmente começou a dar sinais de moderação após longo período de expansão contínua, aliviando o excesso de oferta que marcou o último ano. Após ter crescido 3,5% no primeiro trimestre do ano, a produção de carne suína decresceu 0,3% no segundo trimestre, relativamente ao 2ºT 22. Já a quantidade de cabeças abatidas apresentou queda de 1,6% no mesmo comparativo.

Além da redução do excesso de produção, o ritmo de exportações de carne suína segue forte neste ano. O crescimento observado até julho foi de 13,7%, com a China respondendo pelo maior crescimento (32 mil t), mas chama atenção o fato de que, entre os quinze principais destinos externos (93% do total), apenas dois tiveram queda: Argentina (-15 milt) e EUA (-3 milt).
Já na parcial de agosto, a quantidade embarcada continua positiva, apontando alta de 5,5% sobre ago/22, mas com o preço médio em dólares acomodando 2,7% em relação ao mês anterior.

Do ponto de vista das margens, o alívio dos custos da ração segue sustentando o spread da suinocultura no campo positivo. O custo do animal engordado é estimado em R$ 5,85/kg enquanto o preço de venda na média de agosto (até o dia 15) está na faixa dos R$ 6,20/kg, com um resultado positivo da ordem de R$ 40/cabeça. Com relação ao spread de exportação, notamos certa acomodação, diante da queda do preço médio de embarque, embora a situação siga bem melhor que no mesmo momento do ano passado.

Na China, os preços do suíno vivo começaram a reagir a partir de agosto. A alta frente ao mês anterior é de 14,8%, enquanto a carne suína no atacado avançou 11,4% no mesmo período.

Custos menores e produção mais equilibrada ajudarão nas margens

Com a produção mais equilibrada, bom fluxo de exportações e custos de ração mais contidos, acreditamos que a suinocultura segue com perspectiva favorável. Apesar disso, é possível que o ritmo de produção volte a crescer na medida em que o efeito do milho mais barato começar a aparecer nos resultados das companhias. A situação só não é melhor devido aos baixos preços de carne de frango e das carcaças bovinas. Enquanto o frango resfriado em SP tem sido negociado na média de agosto, 21% menor sobre ago/22, a meia carcaça suína está 8% mais
barata. Com isso, a relação de preços entre as duas proteínas, há um ano muito favorável ao suíno, voltou para à média histórica.

Um ponto de atenção é a dinâmica dos preços de exportação, dada a relevância de 40% da China entre os destinos externos. Apesar dos preços no país asiático estarem subindo, a moeda vem desvalorizando, o que pode, eventualmente, moderar a recuperação em dólares. Ainda assim, a expectativa é de que os preços sigam em elevação por lá.

O cenário de exportações segue interessante para os próximos meses. Além da perspectiva de redução de 2,8% da produção europeia em 2023, que é o segundo maior produtor mundial atrás da China, os EUA, terceiro maior, deverão ter um crescimento modesto neste ano, de apenas 1%, enquanto para 2024 é estimada estabilidade. O Ministério da Agricultura anunciou a abertura da República Dominicana para a carne suína, mercado com projeção de importações de 130 mil t/ano, atendido em cerca de 85% pelos EUA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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