Notícias Situação alarmante
Oferta e custo alto de suínos determinam pior relação de troca da história para produtor
Em levantamento realizado pela ABCS, em janeiro deste ano a relação de troca do suíno com o milho foi de 3,65 (com a venda de 1 quilo de suíno se compram 3,65 quilos de milho) e com o farelo de soja foi de 2,11. A média das duas primeiras semanas de fevereiro indicaram um agravamento desta relação de troca do suíno com o milho e o farelo de soja, chegando a 3,29 e 1,90 respectivamente.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) divulgou, na terça-feira (15), o Boletim de Mercado relativo ao mês de fevereiro onde afirma que a ampla oferta de suínos e custos elevados de produção determinam, no atual momento, a pior relação de troca da história da suinocultura do país.
A queda do preço de venda do suíno vivo foi agravada pelo custo de produção ainda em alta. Como se não bastasse o aumento do valor da saca de milho, mesmo com a colheita da primeira safra em curso, mas com preços pressionados pela estiagem e quebra da produção na região Sul, também o farelo de soja não para de subir, se aproximando dos R$ 3 mil por tonelada em algumas praças. Essa combinação de baixo preço de venda e alto custo dos principais insumos determinou na primeira quinzena do ano, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea-Esalq/USP, a pior relação de troca entre o suíno e o milho.
Em levantamento realizado pela entidade, em janeiro deste ano a relação de troca do suíno com o milho foi de 3,65 (com a venda de 1 quilo de suíno se compram 3,65 quilos de milho) e com o farelo de soja foi de 2,11. A média das duas primeiras semanas de fevereiro indicaram um agravamento desta relação de troca do suíno com o milho e o farelo de soja, chegando a 3,29 e 1,90 respectivamente.
Como base de referência, de modo geral, considera-se como ideal, para que se tenha margem positiva na atividade, que 1 kg de suíno vivo seja suficiente para comprar ao menos 6 kg de milho ou, no mínimo 3,5 kg de farelo de soja. Ou seja, o prejuízo contabilizado pela atividade neste início de ano é realmente assustador.
Um levantamento de custo da Embrapa nos três Estados do Sul, cruzados com o preço do suíno publicado pelo Cepea, demonstra claramente esta situação (tabela 1), uma vez que o custo de produção de janeiro deste ano é o maior e o preço de venda é o menor nos três Estados, em relação a todos os meses anteriores, determinando prejuízo de mais de R$ 2 por quilo produzido. Isto depois de um ano (2021) que já fechou no vermelho nos três Estados analisados.

Tabela 1 – Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido), em 2021 e janeiro de 2022. Fonte: Embrapa (custos) e Cepea (preço).
A Conab divulgou na última quinta-feira (10), o quinto boletim de acompanhamento da safra de grãos do ano safra 2021/2022. Para a safra de milho verão a estimativa de produção foi mantida em 24 milhões de toneladas, para a segunda safra de milho espera-se um incremento de 41,7% na produção em relação ao ciclo passado, projetada para 86 milhões de toneladas. Com isso, a produção total de milho ainda superaria 112 milhões de toneladas (tabela 2).

Tabela 2 – Balanço de oferta e demanda de MILHO no Brasil. Dados da safra 2021/22 atualizados em 10/02/22, sendo estoque final previsto para 31/01. * 2021/22 previsão. Fonte: Conab.
No levantamento da Conab, a produção de soja projetada ficou em 125,47 milhões de toneladas, uma queda de 9,2% em relação à produção da safra passada e 10,7% inferior a estimativa publicada no boletim anterior (- 15,5 milhões de toneladas). Por outro lado, o último relatório de oferta e demanda de grãos do USDA publicado na última quarta-feira (09) estima a safra brasileira de soja em 134 milhões de toneladas, valor 3,6% inferior aos dados divulgados no relatório anterior.
As exportações brasileiras de soja também foram reduzidas neste relatório de 94 para 90,5 milhões de toneladas. A produção de soja na Argentina recuou de 46,5 milhões de toneladas no relatório de janeiro para 45 milhões de toneladas. Já a safra de soja do Paraguai também foi reduzida, passando de 8,5 para 6,3 milhões de toneladas. No balanço final estas reduções projetadas pelo USDA determinam queda na produção mundial de soja em 0,6% em relação ao período safra anterior, reduzindo também a relação estoque/consumo desta oleaginosa.
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que este cenário de grãos, agravado por uma oferta elevada de carne suína indica pelo menos no primeiro semestre de 2022, um período de muitas dificuldades para o setor que já vem amargando prejuízos desde o início do ano passado. “Apesar de uma boa expectativa com relação a segunda safra de milho, nada garante que teremos recuperação das margens neste ano. Daí a importância das entidades representativas e dos produtores de modo geral, junto ao poder público, buscarem recursos e alternativas para a prorrogação das dívidas e abertura de crédito de longo prazo, visando suportar este período desafiador”, ressalta, acrescentando: “A ABCS tem trabalhado junto ao governo federal solicitando medidas emergenciais que possam amenizar esse momento, além de trabalhar no incentivo ao consumo para fortalecer o mercado interno, diminuindo a dependência das exportações e escoando o excedente da produção”, pontua.
Abate de animais
Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre os resultados preliminares da pesquisa trimestral do abate de animais, referente ao último trimestre do ano passado, a produção total de carcaças de suínos em 2021 superou 8,91% a produção de 2020, totalizando 4.881.295 toneladas, sendo que o número de cabeças abatidas foi 7,13% maior, totalizando 52,86 milhões. De 2015 a 2021, a produção de suínos no país cresceu 42,3% em toneladas de carcaças, enquanto o consumo per capita ultrapassou 18%.

Tabela 3 – Crescimento da suinocultura brasileira de 2015 a 2020/21. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE, Secex, Agriness, Mapeamento ABCS. *Dados de produção de 2021 provisórios (publicados pelo IBGE em 10/02/22)
Excedente de produção
Para entender melhor a crise que o setor sofre atualmente é importante analisar o excedente de produção do último ano, resultado de um crescimento que não foi acompanhado pela demanda interna e externa. Em 2021 a disponibilidade interna aumentou em mais de 284 mil toneladas, quando comparado com o ano anterior, resultando em um aumento do consumo per capita ano de 1,2 kg por habitante, ou seja, um crescimento de 7%, o maior salto da história em um ano.
Na tabela 4 é apresentado o crescimento de produção (em toneladas) de um ano para o outro e para onde foi destinado este excedente (mercado interno ou exportação) desde 2016. Ainda na mesma tabela, destaca-se o ano de 2018, quando a Rússia deixou de ser o maior importador de carne suína brasileira. Por outro lado, em 2020, o grande salto da China em importações de carne suína absorveu quase 70% do crescimento da produção naquele ano. Já em 2021, com aumento relativamente pequeno nas exportações, o mercado doméstico recebeu uma oferta 8,2% (284.420 toneladas) maior que o ano anterior.

Tabela 4 – Crescimento (em relação ao ano anterior) da produção de carne suína e destinação deste crescimento – em toneladas, entre os anos 2016 e 2021. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex Dados de produção de 2021 provisórios (publicados pelo IBGE em 10/02/22).
Exportações
Embora as exportações de carne suína tenham aumentado em 2021 em mais de 11% em relação ao ano anterior, o que chama a atenção é a redução dos embarques para a China que, desde outubro de 2021 até janeiro deste ano, reduziu os volumes comprados do Brasil em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês de janeiro, o gigante asiático, embora ainda na liderança da destinação da carne brasileira, já não representou a metade das exportações (tabela 5).
A Rússia ao anunciar uma cota de 100 mil toneladas para o primeiro semestre deste ano apresentou uma esperança de compensar este recuo chinês, mas pelo menos em janeiro ainda se mostrou muito tímida, com apenas 1.657 toneladas.

Tabela 5 – Destinação das exportações brasileiras de carne suína in natura em janeiro de 2022 (10 maiores compradores) e comparativo de volumes médios vendidos para estes mesmos destinos em todo 2021. Fonte: Secex.
Em janeiro de 2022 foram exportadas 12 mil toneladas a mais que janeiro de 2021 (+21,5%). Porém, os dados parciais de exportação de fevereiro deste ano, apurados pelo Secex até a última sexta-feira (11) – nove dias úteis – apresentam média de pouco mais de 3,1 mil toneladas por dia, contra 4 mil toneladas diárias em fevereiro do ano passado, indicando que não teremos, ao menos neste início de ano, crescimento significativo das exportações.
Mais preocupante é a queda do valor da tonelada exportada que em fevereiro de 2021 foi de US$ 2.425, e agora em fevereiro deste ano recuou para US$ 2.166, tornando o mercado de exportação menos atrativo, o que também contribui para a queda de preço no mercado doméstico (gráfico 1) em função de maior oferta.

Gráfico 1. Preço (R$) do kg carcaça suína especial em São Paulo nos últimos 30 dias, até dia 14/02/22. Fonte: Cepea.

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Plantio de milho em Santa Catarina entra na fase final com boas perspectivas
Controle fitossanitário segue ativo e produtores monitoram impacto das chuvas na germinação.

A semeadura do milho de verão em Santa Catarina entra na fase final, com 92% da área estimada já plantada, segundo os dados mais recentes do Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Até o momento, 93% das lavouras apresentam condição considerada boa, reforçando a expectativa de um início de ciclo favorável no estado.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
O ritmo da safra é descrito como adequado, com bom estabelecimento das plantas e condições climáticas favoráveis, o que tem permitido avanço dentro do calendário previsto pelo zoneamento agroclimático.
O controle fitossanitário segue ativo, especialmente no monitoramento da cigarrinha-do-milho, praga que preocupa produtores nos últimos anos. Até agora, porém, a incidência registrada é baixa. No litoral catarinense, técnicos observaram falhas de germinação em algumas áreas, atribuídas ao excesso de chuvas no período de emergência das plantas.
O boletim também alerta para as chuvas intensas na região Sul, que podem exigir maior atenção no manejo de doenças e na aplicação de adubação de cobertura, etapas cruciais para o desenvolvimento das lavouras.
Apesar dos pontos de atenção, o cenário até o momento é favorável. A Epagri/Cepa mantém perspectiva positiva de produtividade, condicionada à continuidade de clima e sanidade adequados nas próximas semanas.
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Caminho Verde recebe R$ 30 bilhões e inicia recuperação de 1,3 milhão de hectares no país
Primeiro aporte do Mapa viabiliza crédito com juros reduzidos para converter áreas degradadas em produção sustentável, com meta de restaurar 40 milhões de hectares em dez anos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na segunda-feira (17), o primeiro aporte de recursos da ordem de R$ 30 bilhões para o Programa Caminho Verde, com foco nos investimentos voltados para a conversão de áreas degradas para a produção de alimentos. O programa será financiado por bancos, com juros abaixo do mercado, entre eles o Banco do Brasil, o BNDES, o BTG, o Itaú, Caixa Econômica, entre outros. Os recursos começarão a ser acessados a partir de 2026 e conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Fazenda para o financiamento. A meta inicial é recuperar, com este montante, cerca de 1,3 milhão de hectares nesta primeira rodada.
A meta geral do programa é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. Este foi o debate do painel “Programa Caminho Verde Brasil: avanços, desafios e oportunidades”, realizado nesta segunda-feira em um dos auditórios da AgriZone, espaço da Embrapa e parceiros, também conhecido como “Casa da Agricultura Sustentável” na COP30. O evento técnico foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), a Embrapa e o Banco do Brasil.
Para o assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin, o Caminho Verde reforça a posição estratégica do País na agenda global e destaca as práticas regenerativas como solução para garantir segurança alimentar e estabilidade climática.
“O programa cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas”, explica. “Dessa forma, promove simultaneamente a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente”.
Dados do Mapa indicam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens, sendo que aproximadamente 82 milhões de hectares estão em algum grau de degradação. A proposta do programa é a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade ao longo dos próximos dez anos, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem a necessidade de desmatamento.
O recurso que será aportado no valor de R$ 30 bilhões representa o início do programa, mas o Mapa está em busca de novas parcerias. O programa Caminho Verde faz parte da carteira de financiamento do Ministério da Fazenda – O Eco Invest Brasil, parte do Novo Brasil, criado para impulsionar investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo, oferecendo instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Com mecanismos financeiros inovadores, o programa viabiliza projetos estratégicos para a indústria verde, recuperação de biomas, infraestrutura para lidar com os efeitos das mudanças do clima e de inovação tecnológica para a Transformação Ecológica. Serão R$16,5 bilhões do Tesouro e os outros R$ 16 bilhões das instituições financeiras.
Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou que as áreas degradadas oferecem um potencial forte de recuperação para a produção de grãos, fibras e biocombustíveis, aumentando a capacidade brasileira de fornecimento de alimentos em um cenário global, de forma sustentável.
Na perspectiva da sustentabilidade, o Programa Caminho Verde inclui o uso de boas práticas recomendadas pela Embrapa. No caso de produção de alimentos, plantio conforme recomendação do ZARC, plantio direto, uso de bioinsumos e inoculantes, uso de sementes certificadas ou salvas legalmente, plantio de cobertura, gestão de embalagens de agroquímicos. No caso de pecuária o uso de sementes de forrageiras, divisão das pastagens e manejo do pastejo, proteção aos corpos d´água, taxa de lotação de acordo com a capacidade de suporte das pastagens e rastreabilidade. Para florestas plantadas a Embrapa sugere as seguintes recomendações: uso de bioinsumos, manejo de solos, manejo integrado de pragas, plano de combate a incêndios e proteção dos corpos d´água.
A Embrapa também elaborou um conjunto de indicadores métricas para aplicação no programa. Entre elas: metodologia de Bioanálise dos Solos (BioAs), metodologia de determinação de estoques de carbono no solo, metodologia de balanço de emissão de gáses, dentre outras. Além de calculadoras como o RenovaCalc, ABC+Calc, Zarc, Plataforma de Saúde do Solo, Carne Baixo Carbono, entre outras.
Para o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, o tema da sustentabilidade é uma das suas prioridades. Ele explicou que o primeiro estímulo para que o produtor entre no programa é a expectativa efetiva de rentabilidade com a recuperação de suas áreas degradadas. “Este convencimento é o primeiro argumento para a tomada de decisão de recuperar a pastagem”, explicou. Ele acrescentou que o incentivo, via crédito e tecnologias, deve vir junto com o controle do estado brasileiro contra o desmatamento ilegal. Por fim, o acesso ao crédito será fundamental com pagamento a longo prazo. “As três ações serão determinantes para o acesso ao crédito para o Caminho Verde”.
Para ele, o Caminho Verde é uma das soluções que traz vários elementos positivos, mas para o agricultor familiar, o ideal ainda é o Pronaf. O Caminho Verde se aplicará melhor aos médios e grandes produtores rurais. Mas a grande vantagem deste financiamento é sua veiculação à uma área que usará boas práticas para a sua recuperação. “Um programa de governo com um compromisso mensurável do ponto de vista de área recuperada e o compromisso de não desmatar e um monitoramento que soma qualitativo e quantitativo”.
Saiba mais sobre o Programa Caminho Verde acessando aqui
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Brasil lidera integração inédita entre clima, natureza e uso da terra na COP30
No principal painel das três Convenções da ONU, o Mapa apresentou políticas públicas que recuperam áreas degradadas, reduzem emissões e fortalecem a produção sustentável, alinhando agendas globais.

Pela primeira vez, as três Convenções da ONU reuniram suas agendas de clima, natureza e uso da terra em um mesmo debate, e o Brasil foi protagonista. No painel realizado nesta terça-feira (18), na COP30, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou como políticas públicas já implementadas pela pasta integram essas frentes e transformam áreas degradadas em solos produtivos, resilientes e de baixa emissão.
O encontro destacou a necessidade de alinhar agendas globais de clima, natureza e uso do solo, reforçando soluções que reduzam emissões, restaurem ecossistemas e ampliem a segurança alimentar. O representante do Mapa no painel, Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, afirmou que há caminhos concretos capazes de entregar resultados simultaneamente para as três convenções — e o Brasil já demonstra isso com políticas públicas consolidadas.
“Eles estão falando das sinergias e das complementaridades entre os objetivos das três convenções e que existem investimentos custo-eficientes do ponto de vista do clima, da natureza, da segurança alimentar e do desenvolvimento socioeconômico. Um bom exemplo é a recuperação de áreas agrícolas degradadas com boas práticas, como vemos no Plano ABC, no ABC+ e no Caminho Verde Brasil”, afirmou.
Durante sua intervenção, Bruno reforçou que o país chega ao debate com programas robustos, ampla experiência técnica e capacidade de escalar iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável. “O Brasil já possui políticas públicas de destaque nesse sentido, como as que mencionei. E esperamos continuar trabalhando em parceria com os países anfitriões das COPs de biodiversidade, combate à desertificação e do clima no próximo ano, de forma a atrair novos investimentos”, destacou o diretor.
O painel também marcou a preparação para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature, iniciativa que orientará esforços conjuntos das três convenções para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas, fortalecer meios de vida sustentáveis e integrar agendas globais de adaptação, biodiversidade e produção agrícola.
A sessão reuniu representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando que o avanço na restauração de paisagens depende de cooperação, ciência, financiamento adequado e do protagonismo de produtores, comunidades rurais e povos tradicionais.



