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Suínos Minicentral Termelétrica a Biogás

Oeste do Paraná no mapa da sustentabilidade

Entre os municípios visitados, o ministro do Meio Ambiente esteve na quinta-feira (10) em Entre Rios do Oeste para conhecer in loco o projeto da Minicentral Termelétrica a Biogás, inaugurada em 2019

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Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite: “Estamos visitando a região para encontrar soluções que já estão funcionando e que têm tecnologia para expandir” - Fotos: Sandro Mesquita/OP

Um projeto de encher os olhos ao mostrar que agronegócio e meio ambiente podem andar lado a lado. Em 2019, a Minicentral Termelétrica a Biogás de Entre Rios do Oeste, no Oeste do Paraná, foi inaugurada e, de lá para cá, tem demonstrado que é possível produzir alimento de forma sustentável. Por meio do tratamento dos resíduos provenientes da suinocultura são gerados biogás e energia elétrica.

Ministro Joaquim Leite foi recepcionado pelo prefeito Ari Maldaner e outras lideranças

O projeto se tornou referência nacional e, na quinta-feira (10), o município recebeu a visita do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que estava acompanhado do secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, a da presidente da Comissão da Agricultura na Câmara dos Deputados, deputada paranaense Aline Sleutjes. Recepcionada pelo prefeito Ari Maldaner e demais lideranças municipais, a comitiva fez uma visita técnica à minicentral.

O ministro relatou que o biofertilizante gerado neste processo é uma alternativa para a dependência que o agronegócio tem hoje do fertilizante e, mais do que isso, uma solução climática. “Estamos visitando a região para encontrar soluções que já estão funcionando e que têm tecnologia para expandir em 100, 200, 300 projetos como este. A geração do biogás vira energia, aquilo que era resíduo vira energia, e vira biofertilizante. É uma ótima solução para este momento e uma solução climática lucrativa”, declarou. “Conversamos com o prefeito e com a deputada e vimos que os produtores rurais estão investindo recurso, mas estão tendo lucro com essa atividade de transformar resíduo em energia e biofertilizante”, acrescentou.

Leite ressaltou que o exemplo de Entre Rios do Oeste pode servir de incentivo para replicar o projeto em outras regiões do país. “O Oeste do Paraná está mostrando que tem soluções lucrativas para o produtor, com cuidado aos rios e, ao mesmo tempo, transformar aquilo que era um resíduo, que seria despejado nas águas, em uma atividade econômica que gera emprego verde. Tudo o que vemos neste projeto são empregos verdes sendo gerados na região”, elogia.

Dilema dos fertilizantes

Em meio à guerra na Ucrânia, a qual tem colocado em xeque se o Brasil conseguirá receber fertilizante importado da Rússia para atender a demanda da agricultura brasileira, o debate do projeto que prevê a extração de minério em terras indígenas esquenta as discussões no Congresso Nacional.

Conforme o ministro, não só essa, como outras matérias têm como objetivo regularizar as diversas atividades. “Uma atividade regular como essa que estamos vendo aqui, é uma atividade que cuida do meio ambiente. Importantíssimo regularizar as atividades de uma forma racional para que a gente traga desenvolvimento e lucro para os produtores da região, por exemplo. Com essa atividade regularizada eles vão poder tratar resíduos, transformando-os em bioenergia e, no futuro, até em biocombustíveis. Essa é a inovação e soluções climáticas para a região”, declarou.

Segurança jurídica

Presidente da Comissão da Agricultura na Câmara, deputada federal paranaense Aline Sleutjes: “Se queremos ser independentes, principalmente na questão dos fertilizantes e insumos, pois hoje somos extremamente dependentes, precisamos dar condições do Brasil fazer suas explorações”

A presidente da Comissão da Agricultura na Câmara, deputada federal Aline Sleutjes, por sua vez, complementou que o projeto visa dar tranquilidade e segurança jurídica, por isso da importância de o assunto ser discutido no Congresso Nacional. “As nossas reservas minerais estão hoje em lugares que não podem ser extraídas. Temos 7,6% do nosso território sendo plantado, cultivado e alimentando o Brasil e o mundo, e 14% de área indígena não sendo utilizada para nada. Em muitas destas aldeias e muitos destes índios querem produzir, mas hoje a legislação brasileira engessa. Então precisamos dar condições. Se eles querem ou não fazer seus investimentos e a exploração, é um desejo e no futuro eles (índios) vão decidir. No entanto, podemos ajudar com a legislação ao possibilitar essa alternativa. Se queremos ser independentes, principalmente na questão dos fertilizantes e insumos, pois hoje somos extremamente dependentes, precisamos dar condições do Brasil fazer suas explorações, com racionalidade, respeitando o meio ambiente, trabalhando junto, pois agro e meio ambiente são intimamente ligados”, argumenta, citando que atualmente o Brasil importa 85% dos insumos agrícolas, sendo que antes o país produzia 80% do que utilizava no agronegócio. “Precisamos estar sempre alinhados, porque o agro protege o meio ambiente e o meio ambiente depende do agro”, frisa.

Fonte: O Presente

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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