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O verão chegou: o que fazer para melhorar o desempenho, evitar doenças e proporcionar o conforto térmico para os animais  

Altas temperaturas, umidade relativa do ar desfavorável e ações das radiações solares provocam uma série de distúrbios nos animais, levando-os ao desconforto térmico, queda no desempenho produtivo e reprodutivo

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Foto O Presente Rural

Guilherme Augusto Vieira[1]

As produções pecuárias (corte e leite) incorporam vários processos produtivos especializados ao longo de suas atividades visando o aumento da produtividade e lucratividade. Entre os processos produtivos destacam-se o manejo nutricional, higiene (ordenha e ambiental), manejo sanitário, manejo reprodutivo, genética e instalações.

Um dos conceitos que mais interessam a produção animal é o de bem-estar animal e com ele a questão do conforto térmico, fundamental para o desempenho produtivo dos animais nas diferentes épocas do ano.

Segundo Bridi (2023), os fatores ambientais externos e o microclima dentro das instalações exercem efeitos diretos e indiretos sobre a produção animal em todas as fases da produção e acarretam redução na produtividade com consequentes prejuízos econômicos.

O verão está chegando e neste período ocorrem aumento das temperaturas ambientais, maior incidência de radiação solar (direta e indireta), chuvas, aumento da umidade relativa do ar, além dos ventos. Todos estes fatores alteram o conforto térmico dos animais, provocando estresse térmico, além de propiciar condições favoráveis para a proliferação de parasitos (moscas, carrapatos, entre outros) e doenças.

Diante do exposto, o presente artigo tem o objetivo de expor os principais problemas do verão na produção animal e propor soluções para mitigar os efeitos sobre a produção.

 

Principais problemas enfrentados pelos animais no verão

Os bovinos são animais homeotérmicos, ou sejam, são animais que mantêm a temperatura corporal constante, independente das variações da temperatura ambiental. Entretanto para manter a temperatura corporal constante, os animais precisam, por meio de variações fisiológicas, comportamentais e metabólicas, produzir calor (quando a temperatura ambiental diminui) ou perder calor para o meio (durante o estresse calórico) (Bridi, 2013; Salman et al,2020).

De acordo com Salman et al (2020), os valores ideais da temperatura ambiente para os bovinos variam entre 4ºC e 26º, conforme as diferentes raças. Na raça Holandesa, essa faixa varia entre 5ºC e 21ºC, na raça Jersey é de até 24°C e nas raças zebuínas de até 29ºC.

Conforme vários autores, os valores das temperaturas ambientais acima dos mencionados resultam em aumento da temperatura corporal nos animais, alterando todo seu metabolismo e desempenho produtivo.

Entre os principais efeitos notados nos animais em decorrência do estresse térmico destacam-se: aumento da sudorese, do calor corporal, da frequência respiratória, temperatura retal, diminuição da produção leiteira, queda no consumo dos alimentos, diminuição da libido (principalmente bovinos de origem europeia), alteração do ciclo estral nas fêmeas, aumento no consumo de água. Verificam-se também alterações comportamentais como a procura pelos locais sombreados (árvores ou sombreamento artificiais) e áreas úmidas (próximos aos bebedouros) (Neiva, 1991; Bridi, 2023; Salman et al,2020).

Conforme mencionado anteriormente, as altas temperaturas aliadas a alta umidade relativa do ar provocadas pelas chuvas são fatores preponderantes para o desenvolvimento de pragas, destacando-se os carrapatos e diversas espécies de moscas (moscas domésticas, moscas dos estábulos e moscas-dos-chifres).

Vale destacar que tais parasitos proliferam no ambiente não só pelas altas temperaturas, mas também por um conjunto de fatores, destacando-se o manejo inadequado dos dejetos e lixo nas propriedades.

As infestações de moscas nos ambientes provocam estresse, irritabilidade nos animais, levando a queda da produção. Os carrapatos além dos problemas mencionados, quando infectados, transmitem doenças como a tristeza parasitária (babesiose e anaplasmose), principalmente nos bezerros, podendo levá-los a óbitos.

 

Como resolver os problemas de verão nas propriedades?

Entre as alternativas para diminuir o estresse térmico nas instalações animais destacam-se: o sombreamento natural ou artificial, o uso de exaustores, ventiladores, aspersores e nebulizadores nos galpões de produções leiteiras.

É importante destacar a importância do sombreamento para os animais.

A sombra, oriunda das árvores, é o principal recurso de condicionamento ambiental disponível para os animais mantidos em pastagens, daí a importância no planejamento de se manter ou plantar árvores na formação de pastagens (Salman et al, 2020).

A arborização auxilia na redução e controle da radiação solar, temperatura do ar, umidade relativa e velocidade do vento.

O efeito da sombra está associado a capacidade de os animais suportarem a radiação solar intensa, reduzir o aquecimento corporal e facilitar a termorregulação, aumentando a produtividade e a eficiência na utilização de alimentos.

Também pode-se utilizar o sombreamento artificial com a construção de abrigos utilizando as malhas de polietileno como coberturas, lembrando que deve ter uma altura relativa para facilitar o trânsito e área para abrigar os animais, evitando o acúmulo destes. O ideal seria a construção de abrigos disponibilizados em várias áreas onde não há sombreamento natural suficiente.

Outro fator que se deve levar em consideração para a saúde dos animais durante o verão é o oferecimento de água de boa qualidade, limpa e na temperatura ideal para seu consumo. Bridi (2023) propõe o isolamento térmico de tubulações, caixas d’água, evitando sua exposição ao sol.

Quanto as medidas de controle das moscas passam pelas ações de higienização das instalações, destino correto do lixo, evitar o acúmulo de matéria orgânica de forma desordenada (esterco, restos de silagens, rações), armazenar corretamente as rações evitando o contato com as moscas. Associada as essas ações, utilizar quando necessário o controle químico, com pulverizações ambientais e também nos animais, sempre de acordo com a orientação do Médico Veterinário.

O controle dos carrapatos deve ser realizado de forma estratégica, utilizando o controle integrado entre ações ambientais (monitoramento de pastagens e pulverizações ambientais com produtos adequados) e tratamento nos animais (pulverizações, utilizações de produtos pour on), evitando o uso de produtos com a mesma base química nos sucessivos tratamentos.

Durante o período de verão é conveniente a consulta com um técnico especializado em nutrição animal para o ajuste na dieta dos animais, pois nessa época do ano ocorre queda no consumo de alimentos.

Caso seus animais apresentem problemas reprodutivos, doenças parasitárias (anaplasmose ou babesiose), queda na produção, é interessante procurar o Médico Veterinário para prescrição de suplementos injetáveis[2], à base de vitaminas , minerais e aminoácidos, pois estes nutrientes auxiliam no desempenho produtivo, reprodutivo e atuam como coadjuvante na recuperação das doenças parasitárias (babesiose e anaplasmose, por exemplo) e infecciosas.

Portanto altas temperaturas, umidade relativa do ar desfavorável e ações das radiações solares provocam uma série de distúrbios nos animais, levando-os ao desconforto térmico, queda no desempenho produtivo e reprodutivo. Também foram evidenciadas as medidas para mitigar os efeitos do verão na produção leiteira, como a utilização do sombreamento, uso de ventiladores, nebulizadores e principalmente o oferecimento de água de qualidade aos animais na temperatura correta.

Nesta época do ano ocorre a proliferação de parasitos e doenças, e são necessárias medidas preventivas e corretivas para o controle dos mesmos.

 

 

 

Referências bibliográficas com o autor: guilherme@farmacianafazenda.com.br 

 

[1] Médico Veterinário, Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde, Doutor em História das Ciências, autor do livro Como montar uma farmácia na fazenda, dos Manuais Semiconfinamento e Confinamento, atualmente é gestor da Plataforma www.farmacianafazenda.com.br e ministra cursos e treinamentos na VeteAgroGestão. Embaixador de conteúdos do Programa do Giro do Boi do Canal Rural, Colunista do E Rural, Hora Rural, O Presente Rural, Folha Agrícola, Agrolink, Contatos com o autor: guilherme@farmacianafazenda.com.br

[2] ANABOLIC – Noxon do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.

Fonte: Guilherme Vieira

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Nova plataforma reúne dados da cadeia produtiva da carne bovina

Plataforma CiCarne busca resolver uma das principais lacunas da cadeia produtiva da carne bovina, que é a dispersão dos dados

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Foto: Shutterstock

Já está disponível para os pecuaristas a nova plataforma digital do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa Gado de Corte (MS). O espaço é resultado de dez anos de atividades do CiCarne no Brasil e reúne o conhecimento disponível sobre a cadeia produtiva da carne bovina, de forma gratuita. Com visual moderno, intuitivo e conectado, o usuário encontrará cenários e estudos, nacionais e internacionais, categorizados, o que facilita a busca por informações.

Segundo Guilherme Malafaia, coordenador do CiCarne, a plataforma busca resolver uma das principais lacunas da cadeia produtiva da carne bovina, que é a dispersão dos dados, o que dificulta o desenvolvimento de ações relevantes para o setor, que dependam de dados. “A ferramenta coloca na palma da mão de pecuaristas e tomadores de decisão, públicos e privados, informações para auxiliá-los na definição de planejamentos estratégicos”, complementa.

Por meio de parcerias com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o governo do estado de Mato Grosso do Sul foi possível desenvolver painéis temáticos que refletem a evolução da pecuária de corte brasileira. Com design alinhado às novas tendências, há dados sobre as megatendências para 2040, estabelecimentos, rebanhos, abates, oferta e demanda.

Em breve, o CiCarne disponibilizará informações em painéis sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela bovinocultura de corte e o uso da mudança da terra no Mato Grosso do Sul, fruto de um projeto de pesquisa da Embrapa, financiado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

As parcerias institucionais são fundamentais para a manutenção da ferramenta. Por um lado, a Embrapa precisa dos dados gerados e coletados pelas entidades para, assim, analisar e elaborar os painéis. Pelo outro, a estatal dispõe de auxílio técnico-científico e resultados atuais dos estudos. Além de Malafaia, que desenvolve seus estudos na Embrapa Gado de Corte, a equipe opera em rede composta por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), Embrapa Pecuária Sul (RS) e Embrapa Pantanal (MS).

Fotos: Divulgação/Embrapa

Saiba mais sobre o CiCarne

O Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) nasceu a partir de uma demanda para monitorar a cadeia produtiva da carne bovina, a fim de identificar sinais, tendências e desdobramentos no mercado de inovações que possam contribuir para a tomada de decisão de agentes públicos e privados.

O Centro opera, fundamentalmente, via projetos de pesquisa com parceiros públicos e privados. Nessa primeira década de existência, trouxe para o setor estudos estratégicos, como o relatório “O Futuro da Cadeia Produtiva da Carne Bovina Brasileira: Uma visão para 2040”, produzido em parceria como o Mapa; e comunicados técnicos, que buscam ampliar o conhecimento sobre temas que impactam o setor de produção de carne bovina no Brasil e no mundo. Em sua equipe, cientistas das áreas de socioeconomia, sistemas de produção pecuários, comunicação e tecnologia da informação.

Para ampliar a conexão com o setor, o CiCarne chegou às mídias sociais com perfis nas principais plataformas: PodCarne e cicarne_embrapa.

Possibilidades de conhecimento

Para o usuário que for acessar a plataforma pela primeira vez, Malafaia sugere que comece pelos painéis indicados na figura, muitos dos quais foram desenvolvidos em conjunto com o Observatório da Agropecuária Brasileira. Especialista em cadeias produtivas, o pesquisador destaca que “essas ferramentas possibilitam o acesso a dados e informações atuais, além de séries anuais, que permitem o monitoramento de diversos aspectos da cadeia produtiva, de maneira ágil e sem custo”.

Também é possível encontrar estudos técnico-científicos elaborados pelos especialistas, como a 67ª edição do Boletim CiCarne, que traduz o conhecimento científico em temas estratégicos para a competitividade da cadeia; e os documentos técnicos, que são artigos científicos robustos que aprofundam determinadas temáticas.

As bases de dados, por sua vez, são divididas em nacionais e internacionais. Entre as brasileiras, o usuário pode acessar as de portais como do Instituto de Economia Agrícola (IEA), BM&FBovespa, Serviço de Inspeção Federal (SIF), Abras BrasilIpeaData, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Master IAG USP, além de outras. Entre as estrangeiras, destacam-se as do USDA National Agricultural Statistics Service (USDA NASS), Beef + Lamb New Zealand, Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), UNdata, e International Labour Organization (ILO).

Anuário CiCarne da cadeia produtiva da carne bovina

Entre os destaques presentes na plataforma está o Anuário CiCarne da cadeia produtiva da carne bovina, que brevemente estará atualizado com os dados de 2024. Nele, Malafaia e Paulo Biscola contextualizam a cadeia produtiva e focam em números, demonstrando características econômicas, de produção, consumo e comercialização.

Em sua construção, os especialistas consideram não somente a relevância dessa cadeia produtiva, tendo o Brasil como país-referência em produção, mas também no mundo pós-pandemia, no qual o tema sanidade animal tornou-se imperativo e trouxe sistemas de vigilância e controle de doenças à tona.

A fim de qualificar debates entres gestores públicos e privados, Malafaia e Biscola trazem atualizações, como a transformação digital e seus impactos, principalmente, no processo de distribuição, seja de insumos, gado ou da carne. Além disso, fazem reflexões em relação à conectividade no território brasileiro, especialmente no campo.

Por fim, os pesquisadores reforçam a importância da criação e do fortalecimento dos diálogos entre stakeholders em rede que, além de necessários, são estratégicos. “É preciso romper a cultura demarcada pela falta de relacionamentos sistêmicos e avançar em modelos colaborativos, já realizados com êxito por países como Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Reino Unido e Uruguai”, arrematam

Fonte: Assessoria Embrapa
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Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite reafirma excelência e união do setor

Evento reuniu 800 profissionais entre os dias 5 e 7 de novembro, em Chapecó.

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Fotos: Caroline Lorenzetti

A 13ª edição do Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite consolidou-se como um centro de grandes debates, ampla difusão de conhecimentos técnicos e intercâmbio de experiências práticas e científicas entre os 800 participantes. Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), entre os dias 5 e 7 de novembro, em Chapecó (SC), o evento propiciou oportunidades de atualização profissional, diálogo entre profissionais e renomados pesquisadores e a construção de novas perspectivas para o setor leiteiro.

Com caráter técnico-científico, o SBSBL reuniu médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos, técnicos e estudantes. Destes, mais de 30% atuam em assistência técnica e gerenciamento de laticínios, em departamentos técnicos de cooperativas, em fábricas de ração e como produtores rurais.

Para o presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, a constante evolução da programação do evento, aliada à participação ativa de profissionais “unidos pelo propósito de fortalecer a pecuária de leite”, reafirmam o sucesso do projeto. “Desejamos que esse evento seja o marco de uma nova era para a bovinocultura nacional, onde cada desafio se torne uma oportunidade, e cada um de nós, um agente de transformação e de excelência no setor”, sublinhou.

O público presente no evento foi oriundo, em sua grande maioria, dos estados da região Sul, representando mais de 90%. Participaram ainda profissionais dos estados de São Paulo, de Minas Gerais e de Goiás. Essa participação também foi ressaltada pelo presidente como um indicativo do crescimento da abrangência do Simpósio a cada edição. “Esses números evidenciam o quanto o evento tem se consolidado como um ponto de encontro essencial para profissionais de diversas regiões. Também são indicativos do reconhecimento das empresas que encontram aqui uma vitrine estratégica para fortalecer sua presença no setor”.

Em seu discurso de encerramento, Mores valorizou a comissão organizadora, composta por associados do Nucleovet que, de forma voluntária, atuaram na estruturação do evento. Estendeu também o agradecimento aos patrocinadores, imprensa e entidades parceiras.

O presidente ainda anunciou que o 14º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, o 4º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte e a 9ª Brasil Sul Milk Fair já têm data marcada. Nos dias 14, 15 e 16 de outubro de 2025, os atores da bovinocultura nacional se encontrarão novamente em Chapecó (SC).

Qualidade técnica

Presidente do Nucleovet, Tiago José Mores e presidente da comissão científica do SBSBL, Claiton André Zotti

A grade técnico-científica, formulada por voluntários da entidade, integrou temas que dialogam diretamente com os desafios e as oportunidades encontrados no dia a dia da cadeia produtiva. O presidente da comissão científica do SBSBL, Claiton André Zotti, destacou a qualidade das discussões oportunizadas pelos palestrantes. “A constante atualização é essencial para que os profissionais da área estejam preparados para aplicar as melhores práticas e técnicas que surgem a cada dia. Sabemos que lidamos com um ramo complexo, e é crucial que possamos traduzir a ciência em soluções práticas e aplicáveis no campo. Creio que cumprimos com nossa missão de desenvolver uma agenda que contribua para o avanço do setor”, pontuou.

Zotti relembrou momentos em destaques da programação como os debates sobre forragem, indústria, manejo e saúde, além da palestra de abertura com a comunicadora do agro, Camila Telles, que alertou sobre a importância de aproximar o campo e a cidade.

8ª Brasil Sul Milk Fair

Mais que uma exposição de produtos e serviços, a 8ª Brasil Sul Milk Fair tornou-se uma plataforma fundamental para a troca de experiências entre congressistas e para a apresentação de soluções inovadoras na cadeia produtiva do leite. Realizada paralelamente ao Simpósio, a estrutura reuniu 22 estandes de empresas de tecnologia, nutrição animal, genética, manejo e automação, tornando-se um ponto de encontro para profissionais que buscam aprimorar suas práticas e alcançar novos patamares de produtividade e eficiência.

“Seja para negócios ou para o aprimoramento profissional dos participantes, a Brasil Sul Milk Fair foi um espaço para fomentar conexões, além de complementar a programação científica do Simpósio, permitindo que os congressistas discutissem as temáticas abordadas nas palestras”, complementou Mores.

Ação social

Tradicionalmente, o Nucleovet promove ações sociais em seus eventos. Nesta edição do Simpósio, todo o lucro arrecadado com a NúcleoStore – loja de artigos personalizados -, foi destinado à APAE Chapecó.

A instituição atende pessoas com atraso global do desenvolvimento, deficiência intelectual e/ou múltipla e transtorno do espectro autista. Atualmente, conta com 372 matriculados nas áreas de educação, assistência social e saúde, em todos os ciclos de vida. O matriculado de menor idade tem seis meses e o mais velho 86 anos. Em seus 53 anos de existência, a APAE Chapecó já atendeu 1.730 pessoas.

Os representantes da instituição, o vice-presidente Odilon Villa Dias, o diretor de patrimônio Leandro Ugolini e o diretor-financeiro, Julio Treichel, participaram da solenidade de abertura e incentivaram os participantes a contribuir com essa causa.

Apoio

O 13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite contou com apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria Nucleovet
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Pecuária sustentável: publicadas novas DEPs de eficiência alimentar para touros Angus

Foram incorporados à base de dados informações sobre 538 animais com fenótipos obtidos nas Provas de Eficiência Alimentar (PEA), dos quais 428 com genotipagem. 

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, a Embrapa Pecuária Sul, a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e a BioData Ciência de Dados anunciam novos resultados de DEPs (Diferença Esperada da Progênie) para eficiência alimentar da raça Angus. Foram incorporados à base de dados informações sobre 538 animais com fenótipos obtidos nas Provas de Eficiência Alimentar (PEA), dos quais 428 com genotipagem. A última atualização contou com informações da última PEA, realizada no ano de 2024, através de parceria entre a Angus e a Embrapa.

Os novos dados chegam como um reforço valioso na adoção de práticas mais sustentáveis na pecuária de corte, permitindo aos criadores selecionarem reprodutores capazes de transmitir características de eficiência alimentar superior aos seus descendentes. “Identificar animais que ganham peso de forma mais rápida ou que atingem o peso desejado com menor consumo de alimentos possibilita que os pecuaristas otimizem a produção, reduzindo custos e o impacto ambiental”, explica o chefe-geral e pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.

A PEA (Prova de Eficiência Alimentar) é uma metodologia de avaliação genética de bovinos de corte realizada em ambiente de confinamento. Durante 45 dias, os animais são submetidos a alimentadores eletrônicos para medir o consumo individual de alimentos. Os principais parâmetros avaliados são o Consumo Alimentar Residual (CAR) e o Ganho de Peso Residual (GPR), sendo considerados mais eficientes os touros com CAR negativo e GPR positivo.

Acrescida à PEA, vem a seleção genômica, que consiste na coleta de material biológico dos animais que participaram da prova para genotipagem. Os resultados, os marcadores SNPs, foram incorporados à avaliação, contribuindo para o aumento da população de referência (animais com fenótipo e genótipo) para característica de eficiência alimentar. “Esse é mais um ano de pesquisas e queremos expandir ainda mais nossa população de referência da raça, garantindo que tenhamos dados abrangentes e com alta acurácia para impulsionar o melhoramento genético”, acrescenta Mateus Pivato, gerente de fomento da Angus.

Foto: Shutterstock

A superintendente de Registro da ANC, Silvia Freitas, comenta que este é mais um resultado que as ferramentas de tecnologia, através destas parcerias, consegue entregar para o pecuarista. “É mais uma maneira que o criador tem de selecionar animais melhoradores. Neste caso estamos falando muito em economia também, porque são animais mais eficientes, ou seja, consomem menos e conseguem produzir mais, então isto vem diretamente relacionado à lucratividade das propriedades. Através da parceria dos nossos criadores, que acreditam na pesquisa e entregam os seus animais para essas provas, é que a gente obtém agora mais um resultado lançado pelo Promebo com esta parceria”, destaca, acrescentando que, ao lado desta novidade, existem inúmeras outras ações no qual a entidade conta com os criadores parceiros para lançar em 2025.

A lista com os touros jovens nascidos, contabilizando um total de 428 reprodutores com fenótipo coletado nas provas de eficiência alimentar e genotipados, além da lista de 45 touros pais genotipados com 2 ou mais filhos avaliados, está no sistema da Herd-Book Collares, que pode ser acessado clicando aqui.

Fonte: Assessoria Embrapa
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