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Suínos / Peixes Exemplo

O trabalhador da cidade que se tornou um dos melhores suinocultores do país

Dos seis prêmios concedidos pela cooperativa Castrolanda todos os anos para os melhores da suinocultura, eles simplesmente venceram os seis

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Arquivo/OP Rural

O fim dos anos 80 marcou para sempre a vida do casal Mateus Simão e Vanderli, hoje consagrados um dos melhores e mais eficientes produtores de suínos do país. Ele e ela trabalhavam na cidade de Castro, em uma empresa qualquer, a não ser o fato de o proprietário da época ser um suinocultor. O casal da cidade, até então, não imaginava uma mudança para o sítio, mas os incentivos do patrão inquietavam os jovens paranaenses. Até que, no início dos anos 90, eles decidiram trabalhar com a produção de proteína animal, abandonaram seus empregos na cidade e partiram rumo a caminhos que pouco conheciam, mas tinham gana em explorar.

 O Presente Rural chegou a Castro, na região dos Campos Gerais do Paraná, para conhecer um pouco mais da história do casal da cidade que abandonou tudo para se tornar um dos mais premiados produtores de suínos do Brasil. Dos seis prêmios concedidos pela cooperativa Castrolanda todos os anos para os melhores da suinocultura, eles simplesmente venceram os seis. Na última edição, em novembro de 2018, faturaram quatro das sete categorias. Na premiação da Agriness, que gerencia a produção de mais de um milhão de matrizes, o equivalente a 59% das matrizes brasileiras, já figurou como campeão nacional por cinco vezes entre produtores com até 300 matrizes.

“Eu trabalhava na cidade. Não tinha nada a ver com suinocultura, mas eu era incentivado a cada pouco pelo patrão a entrar na suinocultura. Ele era suinocultor e me falava que era um bom negócio. Até que começamos, em 1991. Primeiro a gente arrendou uma propriedade que tinha granja. Por algum tempo eu ainda mantive meu emprego na cidade e minha esposa andava com os porquinhos de cima pra baixo na fazenda. Era ela que cuidava mais, junto com os funcionários”, recorda Mateus. “Fomos os primeiros a entregar leitões para a Perdigão”, conta. “Depois de um tempo nós compramos a propriedade”, cita.

E o sucesso veio com o tempo e com os números. São, em média, 34 desmamados/fêmea/ano. A propriedade trabalha em ciclo completo, da maternidade, com 240 fêmeas, à terminação, em consonância com a Castrolanda, que recebe de Mateus e Vanderli cerca de 620 animais por mês, com peso de abate de 120 quilos.

Além disso, a propriedade conta com 170 vacas em lactação, com produção média de 4,2 mil litros de leite por dia, e uma área dedicada ao cultivo de grãos e pastagem. Mateus é sucinto ao avaliar a performance de quem um dia era um trabalhador da cidade e se tornou premiado no campo. “É fruto de muito trabalho e dedicação. É mérito de toda a família, é conquista de todos”. Ele inclui os filhos Matheus Filho e Marcello, este que deve assumir as atividades quando (e se um dia) o pai se aposentar.

Mão de obra

Para quem convive mais de 15 anos juntos, é quase uma família. Em 2001, Mateus e a esposa ganharam a companhia de um casal de funcionários que trabalha com eles até hoje. Ele julga a mão de obra primordial para que a Granja Vó Ita tenha alcançado esse sucesso. “Temos um casal que está há 17 anos trabalhando conosco. Os dois cuidam da gestação e da maternidade. “Manter bons funcionários é o apoio essencial para ter uma boa produtividade. O apoio deles é muito importante. A baixa rotatividade é decisiva”, argumenta o produtor dos Campos Gerais. Além do casal, outros dois funcionários cuidam da suinocultura; um na creche e outro na engorda. “O segredo é a dedicação, assistência técnica, mas, principalmente, as pessoas têm que gostar do que fazem”, orienta o produtor.

Ele explica que manter-se entre os maiores produtores do país requer dedicação diária. “Estar entre os melhores é difícil. Mas permanecer entre os melhores é ainda mais. Por isso, precisamos sempre ter uma equipe motivada, por que quem dá continuidade ao trabalho são as pessoas”, argumenta Mateus Simão.

O trabalho, no entanto, não dispensa uma boa genética e uma nutrição eficiente, lembra o produtor do Paraná. “Ter uma boa nutrição e uma boa linhagem de animais é fundamental”, aponta.

Desafios na granja

Mesmo figurando entre os mais eficientes produtores do Brasil há vários anos, Mateus e a esposa têm desafios que precisam ser enfrentados nos próximos meses. O principal deles, julga o produtor rural, é a biossegurança. A área para a suinocultura tem estruturas antigas, foi sendo ampliada e ficou com uma configuração difícil de ser isolada. Mas, segundo Simão, é um investimento que não tem como não ser feito. A biosseguridade, em sua opinião, é a grande provocação para 2019.

“A área da suinocultura tem um formato difícil para cercar, mas estamos estudando todas as possibilidades. Cercar toda a suinocultura é um investimento que tenho que fazer em 2019. Arcos de desinfecção também devem ser instalados nos próximos meses, frisa o produtor rural.

Para Matheus, o segundo obstáculo a ser transposto (e não duvide disso) é o custo de produção, que, em sua avaliação, vai determinar cada vez mais o sucesso na suinocultura. “Nosso segundo desafio é baixar os custos de produção. Esse vai ser o xis da questão quando estamos falando em sucesso na nossa atividade”, assegura.

2019 melhor

O produtor destaca que 2018 foi um ano difícil para a suinocultura, “com queda nas exportações por conta dos embargos da Rússia e China”. “O ano de 2018 foi difícil, com a ração muito cara. O mercado spot praticou preços muito baixos, houve muita oferta de produto, tivemos queda nas exportações e queda no consumo interno. Ficamos no vermelho praticamente o ano todo, mas no fim do ano melhorou”, cita.

Para 2019, prevê melhoras nos custos de produção, nos preços e nas vendas internas e nos embarques. Ele acredita que o novo governo vai trabalhar para que se chegue a esse cenário. “Estou apostando na economia brasileira. Os nomes da equipe que compõe o governo foram bem aceitos. Só pelo fato de termos uma equipe técnica (no primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro) já é uma mudança positiva”, lembra.

“O Brasil está mais acreditado lá fora. Isso atrai mais investimentos e facilita na hora de ampliar as exportações. Acredito que teremos um 2019 de mais exportações e mais consumo interno de carne suína”, destaca Simão. “Vai ser um ano para recuperarmos as perdas que acumulamos em 2018”, presume o produtor que um dia foi incentivado a ser suinocultor e decidiu que, se fosse para ser, teria que estar entre os melhores.

Outras informações você encontra na edição do Anuário do Agronegócio Paranaense de 2018.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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