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O setor da avicultura precisa se comunicar

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A avicultura é a cadeia produtiva que mais distribui renda, contribuindo fortemente com a melhoria do IDH dos municípios brasileiros, além de ser uma das mais sustentáveis. A observação foi feita pelo presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) Ricardo Castellar de Faria na abertura do 13º Simpósio Técnico da Acav, que reúne cerca de 700 pesquisadores, técnicos, dirigentes e empresários do setor até quinta-feira (6), em Florianópolis.

O dirigente destacou o caráter tecnológico da avicultura industrial brasileira, considerada uma das mais avançadas do mundo, com presença firme no mercado de mais de 60 países, sendo a carne de frango um dos principais produtos da pauta das exportações brasileiras.

“Produzimos um dos alimentos mais saudáveis e acessíveis do mundo, consumido no Brasil e em todos os continentes. Estamos contribuindo com o combate à fome, defendendo o meio ambiente e desenvolvendo os municípios, incorporando as mulheres e os jovens em atividades que geram renda, qualidade de vida e bem-estar”, destacou. Em face dessas atribuições, Castellar de Faria não entende a “demonização” que alguns segmentos fazem do agronegócio.

O presidente da ACAV defende ações permanentes de comunicação para que a sociedade em geral e os consumidores em particular conheçam e valorizem as características do agronegócio brasileiro como produtor de alimentos de qualidade que asseguram a saúde da população. “As pessoas que falam mal do agronegócio demonstram um nível absurdo de desinformação e isso precisa ser combatido com esforço didático e permanente de comunicação”, assinala.

A moderna avicultura industrial surgiu em Santa Catarina, onde implantou-se o sistema integrado de produção entre as agroindústrias avícolas e os criadores de aves – modelo copiado em várias regiões brasileiras. É um modelo sustentável, com emprego racional dos recursos naturais, gerador de emprego e renda com grande capacidade de levar o desenvolvimento econômico a vastas regiões do interior do país. Hoje, essa cadeia abate 4 milhões de aves por dia ou 1,056 bilhão de cabeças por ano.

Ao lado do uso racional e sustentável dos recursos naturais, a sanidade é outro grande diferencial da avicultura brasileira: o país está fora do mapa das doenças que afetam todos os continentes.

A carne de frango situa-se entre os primeiros produtos das exportações catarinenses. No comércio exterior, os números também são superlativos: no último ano foram embarcadas 1,03 milhão de toneladas para 120 países que renderam 1,84 bilhão de dólares para a economia estadual. Isso representa 24,5% das exportações brasileiras totais de carnes de aves.

A iniciativa do Simpósio é parte da jornada em busca da eficiência, da sustentabilidade, da biosseguridade e da construção de cadeias produtivas cada vez mais sólidas. A sanidade também é um desafio e um fator internacional de reputação e respeito porque Santa Catarina é livre das doenças mais graves que hoje afetam outros países. Graças aos esforços dos produtores, das indústrias e do Governo, o Estado consagrou-se como uma fortaleza da sanidade.

Emprego e renda

O agronegócio em geral e a avicultura em particular vem sustentando a balança comercial. As indústrias se tornaram empresas globais pela sua competência em gestão. O setor gera empregos e riquezas para o País: o Brasil produziu 14,3 milhões de toneladas em 2021 (valor bruto de R$ 108,9 bilhões), exportou 4,6 milhões de toneladas para 151 países (divisas de US$ 7,6 bilhões) e proporcionou aos brasileiros um consumo per capita de 45,39 kg/habitante/ano (é uma das proteínas mais saudáveis e mais baratas).

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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