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Suínos / Peixes Saúde Animal

O que você precisa saber sobre PCV

Abordagem holística contra a doença lançando mão de ferramentas observacionais e diagnósticas é de suma importância

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Divulgação/Wenderson Araujo

Artigo escrito por Brenda Marques, gerente Técnica Suinocultura na MSD Saúde Animal; Amanda Camargo, assistente de Marketing – Suínos da MSD Saúde Animal; e Marina Lima, residente da unidade de suinocultura da MSD Saúde Animal

O circovírus suíno tipo 2 (PCV2) é o agente etiológico da Circovirose suína, uma das infecções virais mais importantes nos suínos e responsável por graves perdas econômicas de até $ 20-30 por suíno.

Os circovírus suínos são vírus DNA pequenos e sem envelope representados por três espécies reconhecidas (PCV1, PCV2 e PCV3), e uma nova tentativa de classificação designada como PCV-4 (Saporiti, et al., 2020). O PCV3 e o PCV4 são os tipos recentemente identificados e a sua importância clínica e patogênese ainda necessitam de maiores investigações.

O PCV2 foi descoberto como a causa de uma doença sistêmica esporádica na década de 1990 no Canadá, que foram seguidos por graves surtos em todo o mundo. O PCV2 foi originalmente identificado como o agente causador da ‘‘Síndrome do Definhamento Multissistêmico Pós-Desmame ’’, mas também é envolvido em uma série de outras síndromes que foram chamadas coletivamente como Doenças associadas ao Circovírus – “Porcine Circovirus Diseases Associated” (PCVAD). Dentre as doenças associadas ao PCV2 destacam-se o Complexo respiratório suíno (CRS), Síndrome da dermatite; e nefropatia (SDNS), falhas reprodutivas e enterite granulomatosa. Considerando que até 100% dos suínos são soropositivos para PCV2 no momento do abate, a infecção subclínica é atualmente a principal forma de infecção pelo PCV2.

Os genes do PCV2 estão organizados em 11 quadros de leitura abertos (sigla em inglês, ORFs). As regiões ORFs são essenciais para a propagação do vírus. A ORF1 é necessária para a replicação viral. A região codificada a partir da ORF2 é a mais imunogênica do vírus, por ser parte da formação estrutural do capsídeo. Juntas, ORF1 e ORF2 contribuem para codificar, aproximadamente, 93 % do genoma do PCV2.

Desde a introdução da vacinação contra a Circovirose, as vacinas provaram ser extremamente eficientes, promovendo uma redução significativa na propagação do vírus em todo o mundo.

A evolução do PCV2

Até o momento foram descobertos 8 genótipos de PCV2 conforme a Figura 1 que mostra sua distribuição geográfica.

  • PCV2a, PCV2b e PCV2d permanecem como os genótipos mais prevalentes relatados em todo o mundo e, de acordo com o conhecimento atual, são os de maior relevância clínica. Atualmente, considera-se que o PCV2d exibe virulência semelhante para PCV2a e PCV2b quando inoculado em suínos susceptíveis.
  • PCV2c, PCV2e, PCV2f, PCV2g e PCV2h são considerados de pouca importância.

As vacinas continuam protegendo?

O desenvolvimento inicial das vacinas entre 2002-2004 foi baseado no genótipo PCV2a, uma vez que era o genótipo predominante na época. No entanto, no momento em que a vacina foi introduzida em 2007, o PCV2b ultrapassou o PCV2a como o genótipo predominante em todo o mundo. Ainda assim, as vacinas comerciais de PCV2 à base de PCV2a seguiram sendo eficazes contra o PCV2b. Outra mudança genotípica ocorreu mais recentemente com o PCV2d se tornando o genótipo mais prevalente em todo o mundo.

Devido ao aumento da prevalência de PCV2b e PCV2d nos últimos anos, a preocupação com uma possível ineficácia das vacinas com base em PCV2a aumentou. Porém, com base em avaliações clínicas, virológicas, imunológicas e patológicas, os estudos têm demonstrado que as vacinas comerciais com base no genótipo PCV2a protegem contra infecção de PCV2b e PCV2d. Veja na Tabela1 o compilado de vários estudos:

Recentemente, a eficácia da proteção contra PCV2b e PCV2d, a partir da vacinação com o genótipo de PCV2a, foi experimentalmente demonstrada por Park e colaboradores (2019). Neste estudo, os suínos foram vacinados com PCV2a e desafiados com PCV2a, PCV2b ou PCV2d. Dentre os resultados obtidos, estão:

  • Redução significativa de sinais clínicos em todos os animais vacinados;
  • Redução de viremia de PCV2, lesões linfóides e níveis de antígeno linfóide de PCV2 em comparação com os animais controle não vacinados;
  • Títulos significativamente mais altos de anticorpos neutralizantes contra PCV2; e
  • Aumento na frequência de células secretoras de interferon (IFN-SC) específicas para PCV2.

Neste mesmo trabalho, ainda que tenham demonstrado níveis maiores de anticorpos neutralizantes contra PCV2a do que para os demais genótipos de PCV, o número de células específicas de defesa (IFN-SC), relativas à imunidade celular específica para PCV2a, PCV2b e PCV2d, foi semelhantemente aumentado para todos os genótipos.

Por que é importante controlar a viremia de PCV2?

A viremia pelo PCV2 produz a ativação do sistema imune que redireciona os nutrientes que seriam destinados ao crescimento (ganho de peso e conversão alimentar) para combater os desafios da doença. Em um estudo que avaliou duas vacinas comerciais para o controle de PCV2, foi verificado que no protocolo vacinal com uma dose, a partir das 19 semanas de idade os animais exibiram viremia e queda no GPD.  Por outro lado, o protocolo com duas doses foi capaz de controlar a viremia e maximizar o GPD durante o alto desafio de PCV na fase final, sendo 42g / dia superior (p<0.01), em relação ao outro grupo vacinado.

Por que o Mycoplasma hyopneumoniae e o PCV2 devem ser controlados juntos?

O PCV-2 e o Mycoplasma hyopneumoniae são os dois patógenos mais prevalentes encontrados na atual suinocultura. Em uma infecção experimental dupla com PCV2 e M. hyopneumoniae, em que o desafio com PCV2 foi realizado uma semana após o desafio com M. hyopneumoniae, o PCV2 demonstrou potencializar a gravidade das lesões de M. hyopneumoniae e o M. hyopneumoniae demonstrou potencializar a gravidade de viremia de PCV2. Os efeitos de uma infecção dupla no desempenho do animal são, portanto, geralmente mais dramáticos do que com qualquer um dos dois patógenos isoladamente. Consequentemente, a vacinação contra um dos dois patógenos por si só não é suficiente para proteger os animais de infecções duplas com ambos os patógenos, destacando a necessidade e o benefício de controlar os dois agentes juntos. Em um estudo de campo, o efeito positivo desse controle, foi refletido por um GPD 34 g maior durante todo o período de terminação.

Diagnóstico e controle de uma doença multifatorial

A Circovirose é uma doença multifatorial, no qual o PCV2, para reproduzir a doença clínica, necessita de alguns “gatilhos” presentes no ambiente. Ao caracterizar uma enfermidade dessa maneira, afirmamos que diversos cofatores infecciosos e não infecciosos são necessários para a manifestação do quadro clínico. Dessa forma, o diagnóstico definitivo de infecção pelo PCV2 deve combinar os sinais clínicos, a presença do vírus e as lesões macro e microscópicas.  É primordial realizar um diagnóstico holístico da enfermidade com análise de dados do rebanho, fatores ambientais e de manejo e das coinfecções presentes que colaboram para a intensificação do quadro clínico dos animais.

As vacinas, sem dúvida, foram um marco no controle da Circovirose e manutenção da produtividade da suinocultura. Embora as vacinas possibilitem o controle dos sinais clínicos, lesões e excreção viral, elas não impedem a infecção dos animais. Não podemos esquecer que o PCV2 é um vírus extremamente resistente e permanece muito tempo no meio ambiente. O controle do agente deve envolver medidas de biosseguridade, cuidados com o status imunológico dos suínos, baixa presença do viral no rebanho e ambiente, além de cuidados adequados ao conservar e administrar as vacinas (Ciacci-Zanella, 2017). No momento da vacinação, os animais devem estar estáveis para que a resposta imunológica ocorra e se desenvolva da melhor forma. Infecções concomitantes por outros patógenos como (vírus da Influenza, PRRS) ou outras condições imunossupressoras (micotoxinas) podem afetar a resposta imune dos animais.

Com a devida atenção ao diagnóstico, é possível chegar a conclusões importantes. Dentre elas, podemos entender melhor a dinâmica de infecção tanto do PCV quanto de outros agentes infecciosos dentro da granja, viabilizando a definição das melhores estratégias de tratamento e prevenção. Além disto, o diagnóstico permite definir se os problemas da granja são realmente relacionados ao PCV2 ou a outros agentes, conhecer as suas causas fundamentais e consequentemente desenvolver as melhores estratégias para resolução dos problemas enfrentados.

Dinâmica da infecção e protocolos vacinais

Pensando no controle da circovirose, outro ponto importante a ser considerado são as variações na epidemiologia da doença, gerando a necessidade de protocolos vacinais mais estratégicos e personalizados para os diferentes contextos de cada granja. Exemplificando uma alteração de dinâmica de infecção do PCV2, pesquisa de 2020 descreve que devido à diminuição da pressão de infecção obtida pela vacinação, animais em final de terminação ou em idade reprodutiva podem estar susceptíveis à infecção. A suscetibilidade nesta fase aumenta o risco de infecções verticais das matrizes aos leitões e diminui a entrega de proteção pela matriz aos leitões através do colostro. Esta situação está associada à menor proteção dos leitões e a ocorrência da doença em animais mais jovens, por vezes antes mesmo, do desenvolvimento da imunidade vacinal.

Com base nisso, cada granja deve avaliar a dinâmica da doença dentro do seu rebanho para definir o programa que mais se adapta à sua situação e que poderá passar por:

  • Homogeneizar a imunidade das reprodutoras;
  • Vacinação da reposição contra o PCV-2 de forma rotineira;
  • Adequar, se for necessário, a idade da vacinação dos leitões.

Atualmente os leitões geralmente são vacinados por volta da 3ª semana de vida. Independentemente da idade, o momento ideal para a vacinação dos leitões combina uma situação de baixos níveis de anticorpos maternos e anterior ao desafio natural.  Assim, os leitões terão a imunidade protetora a partir da vacina antes da sua exposição ao agente viral.

Conclusões

Uma vez que a Circovirose é uma doença multifatorial, de manifestações clínicas e subclínicas abrangentes e epidemiologia complexa, a abordagem holística contra a doença, lançando mão de ferramentas observacionais e diagnósticas é de suma importância. Mesmo que as vacinas comerciais sejam eficazes contra os genótipos considerados de importância para a circovirose suína, o controle deve abranger todos os múltiplos fatores que podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença e de infecções associadas.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Pesquisadores adaptam técnica que acelera o crescimento do tambaqui

Por meio de um equipamento de pressão, é possível gerar um par a mais de cromossomos no peixe, gerando animais triploides e favorecendo o seu crescimento. Técnica foi adaptada de versões empregadas em criações de truta e salmão no exterior. Método gera animais inférteis, o que possibilita criações em regiões em que o tambaqui é exótico, uma vez que eventuais escapes não impactarão a fauna aquática local no longo prazo.

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Além do crescimento mais rápido e do peso maior do tambaqui, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa - Foto: Siglia Souza

A Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) estuda uma técnica capaz de deixar o tambaqui (Colossoma macropomum) aproximadamente 20% maior e mais pesado. A técnica consiste em gerar, por meio de aplicação de pressão nos ovos fertilizados, peixes com três conjuntos de cromossomos (triploides) – em condições naturais são dois conjuntos – para deixar o peixe infértil. Com isso, ele cresce e engorda mais rápido do que em condições normais. A pesquisa faz parte da tese de doutorado de Aldessandro Costa do Amaral, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sob a orientação da pesquisadora Fernanda Loureiro de Almeida O´Sullivan.

Além do crescimento mais rápido, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa. “Quando você tem um peixe estéril, abre a possibilidade de regularização de seu cultivo em uma região onde ele seja exótico”, ressalta a pesquisadora. Isso porque, em caso de escape para a natureza, os animais estéreis não ofereceriam risco de se reproduzir em regiões das quais eles não fazem parte como, por exemplo, a Bacia do Prata, no Pantanal. “Assim, você expande os locais em que a espécie pode ser cultivada, mediante a regularização da atividade”, destaca a cientista.

A tecnologia já é empregada no exterior em peixes como salmão e truta, e o maior desafio era adaptá-la para o tambaqui, a segunda espécie mais produzida no Brasil. “Nas pisciculturas de truta na Escócia, o peixe cultivado tem que ser obrigatoriamente triploide, para não desovar. Como essas espécies são criadas em gaiolas no mar, precisam ser estéreis para não se reproduzir, o que causaria uma contaminação genética na população natural. Por isso é uma obrigação que todos os peixes sejam triploides”, explica a pesquisadora, acrescentando que a técnica em si não é nova; a novidade está na aplicação em peixes nativos brasileiros. “É uma tecnologia antiga, relativamente simples e de grande efeito na aquicultura, que estamos adaptando para o tambaqui.”

Equipamento de pressão para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes – Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Equipamento importado
A pesquisa faz parte do projeto Aquavitae, o maior consórcio científico já realizado para estudar a aquicultura no Atlântico e no interior dos continentes banhados por esse oceano. Por meio do Aquavitae, a Embrapa utilizou de 2019 até 2023, para os primeiros testes dessa técnica, um equipamento de pressão próprio para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes. A empresa norueguesa Nofima cedeu o equipamento para os experimentos na Embrapa Pesca e Aquicultura. Trata-se de aparelho de grande porte que opera de forma automática, bastando regular a pressão e o tempo desejados. A máquina é inédita no Brasil. “O aparelho que mais se assemelha pertence à Universidade de Santa Catarina, porém, a aplicação da pressão é manual”, conta a pesquisadora.

Como é a técnica utilizada?
O´Sullivan explica que a pesquisa buscou definir três parâmetros cruciais para induzir à triploidia. Primeiro, o tempo após a fecundação do ovo em que se deve iniciar o choque de pressão. Depois, foi preciso definir a intensidade da pressão a ser aplicada para o tambaqui, e, por fim, a equipe teve que descobrir a duração ideal da pressão. “Tivemos que identificar esses três parâmetros para o tambaqui ao longo do projeto”, explica a cientista.

Para realizar a técnica, são utilizados um milhão de ovos recém fertilizados, que vão para a máquina de pressão. Em seguida ao choque de pressão, os ovos vão para as incubadoras comumente usadas e o manejo é igual à larvicultura tradicional e à alevinagem. A quantidade de ração também é a mesma por biomassa; apenas os peixes começam a crescer mais. A pesquisadora conta que o protocolo para obtenção de 100% de triploides levou cinco anos para ser alcançado, após vários testes-piloto.

À esquerda, animais convencionais e, à direita, peixes submetidos ao processo de indução de poliploidia. Ambos originários da mesma desova e de idades idênticas.

Em seis meses, 20% maior
Durante a pesquisa, que avaliou o ciclo de crescimento e engorda do tambaqui triploide durante seis meses, observou-se que o peixe ficou 20% maior e mais pesado que os irmãos que não tinham passado pelo choque de pressão (usados como controle). O próximo passo da pesquisa é fazer uma avaliação durante o ciclo completo de crescimento da espécie, que dura 12 meses. “Produzimos um novo lote de triploides que deixaremos crescer até chegarem a um quilo. Se o resultado for o mesmo que tivemos com o peixe de seis meses, eles vão chegar a um quilo em menos de 12 meses”, calcula a pesquisadora, acrescentando que também estão sendo avaliadas a sobrevivência larval e a ocorrência de deformidades nesses peixes.

Outra característica que preocupa os pesquisadores são as consequências da triploidia no sistema imunológico destes peixes. Resultados preliminares indicam que o tambaqui triploide pode ter uma resistência reduzida a condições desafiadoras, como alteração da temperatura da água. Por isso, segundo a pesquisadora, antes que a tecnologia seja repassada para o setor produtivo, serão realizados estudos para a validação completa da técnica de produção de tambaquis triploides. “O primeiro passo era conseguir obter um protocolo que nos desse 100% de triploidia em tambaqui. Ficamos muito felizes e esperançosos de termos alcançado esse objetivo. Agora, outros estudos vão avaliar as vantagens e possíveis desvantagens dessa técnica na produção da espécie”, conclui Fernanda O’Sullivan.

Produção de tilápia usa outra técnica
Embora a infertilidade dos peixes seja uma vantagem para o crescimento do animal e para a expansão a novas regiões de produção, a triploidia não é indicada para a tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie mais produzida no Brasil. Segundo a pesquisadora, há para a tilápia uma técnica mais econômica, que promove a criação do monosexo do macho pelo tratamento com hormônio para esse fim.

“A tilápia também tem protocolo de triploidia desde 1980, mas não estão mais usando, pois fica mais barato fazer a masculinização pela ração”, ressalta O´Sullivan. Ao contrário do tambaqui, em que as fêmeas são maiores do que os machos, na tilápia, os machos é que são maiores. Assim, foram desenvolvidas técnicas para masculinizar as larvas da tilápia. Ainda, para se fazer a triploidia, os ovos devem ser fertilizados in vitro, ou seja, artificialmente. E a produção de larvas de tilápias hoje se baseia na reprodução natural dos casais e coletas dos ovos já em desenvolvimento.

No caso da criação de monosexo da tilápia, quando os alevinos começam a comer, é oferecida ração com metiltestosterona. Isso faz com que todos os peixes se tornem machos. Com a produção exclusiva de machos, além de acelerar o crescimento, evita-se problemas de reprodução desenfreada da espécie, que é exótica no Brasil.

A pesquisadora ressalta que a técnica do monosexo nada tem a ver com a triploidia. “A técnica empregada no peixe triploide está ligada ao crescimento e à esterilidade. A esterilidade é muito importante, porque é uma característica que o monosexo não tem. Os peixes são do mesmo sexo, porém são férteis”. Ela conta que a Embrapa já está pesquisando produzir monosexo de tambaqui feminino, também pelo uso da ração – no caso, acrescida de estradiol.

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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Suínos / Peixes

Exportações de carne suína são as menores desde fevereiro de 2023

Retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura.

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Foto: Shutterstock

As exportações brasileiras de carne suína caíram fortemente em março, registrando o menor resultado, tanto em volume como em receita, desde fevereiro de 2023.

De acordo com dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, foram embarcadas 90,7 mil toneladas (produtos in natura e processados), queda de 6,3% em relação a fevereiro de 2024 e de 14,3% sobre março de 2023.

Segundo pesquisadores do Cepea, a retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura.

Ainda assim, no primeiro trimestre de 2024, o total escoado somou 286 mil toneladas, 5,3% acima do embarcado nos três primeiros meses do ano passado e um recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997.

Quanto à receita, o montante arrecadado em março deste ano, de R$ 953,2 milhões, ficou 6% abaixo do registrado no mês anterior e 25,9% inferior ao de março/23. No balanço trimestral, exportadores brasileiros receberam R$ 2,9 bilhões, queda de 11,8% frente ao mesmo intervalo do ano passado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias

Paraná ganha associação de produtores de peixes para ampliar potencial produtivo

Paraná Peixe terá sede em Toledo, no Oeste do Estado. Ela foi criada no 21º Seminário Estadual de Aquicultura, um dos eventos na ExpoLondrina. A formação da entidade contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), que atuou na mediação e coordenação dos trabalhos.

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Foto: Gisele Barão/E-Paraná Comunicação

A piscicultura paranaense deve ganhar reforço na organização da cadeia e ampliação do potencial produtivo com uma nova associação de produtores. A assembleia de constituição da Peixe Paraná aconteceu na última terça-feira (09) durante o 21º Seminário Estadual de Aquicultura, na ExpoLondrina, no Norte do Estado.

Foto: Jaelson Lucas/AEN

A formação da entidade contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), que atuou na mediação e coordenação dos trabalhos.

O Paraná é líder nacional na produção de pescados. Em 2023 foram produzidas aproximadamente 200 mil toneladas. “Eu acredito que, pela organização, pelas iniciativas, sejam grandes ou pequenas, essa atividade vai ter um sucesso muito maior do que já está tendo. A gente vai ganhar mais eficiência na produção”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A presidente em exercício do IDR-Paraná, Vânia Moda Cirino, falou sobre a relevância do trabalho desenvolvido em prol do setor. “Esse é um evento de grande importância, principalmente para a agricultura familiar. Nós queremos multiplicar essa produção. Todos os técnicos do Instituto têm se dedicado em levar conhecimento, tecnologia e planejamento para a atividade”, disse.Ela lembrou ainda que o IDR-Paraná lançou no ano passado, no Show Rural Coopavel, em Cascavel, o aplicativo “Venda seu peixe”, que visa facilitar a comercialização.

Com sede em Toledo, no Oeste, a associação está aproveitando a ExpoLondrina para cadastrar produtores da região interessados, mas ao longo do ano a diretoria deve buscar novas adesões no Estado.

Segundo o presidente da Peixe Paraná, Valério Angelozi, o principal objetivo da associação é conseguir mais representatividade. “É para a gente se fortalecer e buscar apoio para as demandas do setor. A aquicultura é uma das grandes forças impulsionadoras da economia do Estado”, disse.

Foto: Divulgação/AEN

Na avaliação dele, a piscicultura está passando por um bom momento no Paraná. “A demanda por proteínas saudáveis vem aumentando em todas as regiões, e isso tem proporcionado uma lucratividade muito boa”, afirmou.

Representando o Ministério da Aquicultura e Pesca na abertura do evento, Jackson Luiz da Cruz Pineli destacou o bom desempenho do Paraná no cenário nacional e explicou as políticas públicas federais voltadas ao setor. “Nós queremos ser parceiros de vocês”, disse.

Seminário

O Seminário Estadual de Aquicultura foi organizado pela Sociedade Rural do Paraná e Sistema Estadual de Agricultura e pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Ao longo do dia, a programação contou com palestras sobre sanidade, gestão, sistemas de informação, nutrição, manejo e melhoramento genético.

Fonte: AEN-PR
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