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O que a suinocultura pode aprender com a bovinocultura de corte?

A reportagem conversou com profissionais dos dois setores para ver o que um pode aprender com o outro

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Francine Trento/OP Rural

Carnes nobres e diferenciadas, variados cortes não faltam no churrasco e no dia a dia do brasileiro. Estas são somente algumas das características da carne bovina que fazem dela a queridinha do consumidor. Mas então, o que o setor suinícola precisa e pode fazer para alcançar este status da pecuária de corte?

Para responder a esta pergunta, o jornal O Presente Rural, em parceria com a Topigs Norsvin e a Agropecuária Guapiara, realizou um bate-papo na Fazenda São Luiz, na cidade de Boa Ventura de São Roque, Centro-Sul do Paraná. A ideia foi discutir justamente o que a suinocultura pode aprender com a bovinocultura para se destacar em um mercado que exige qualidade. Genética, nutrição, sanidade e possibilidades de mercado estiveram no centro dos debates.

A Agropecuária Guapiara foi a escolhida para repassar algumas informações considerando a sua participação no mercado de carnes nobre nacional. Atualmente, a Guapiara conta com 12 fazendas, todas no Estado do Paraná. Para garantir o mercado premium, as fazendas trabalham somente com a raça Brangus e contam com o ciclo completo da produção. São aproximadamente seis mil fêmeas para reprodução e por volta de quatro mil animais por ano para abate. A Fazenda São Luiz utiliza o sistema de produção por confinamento, possui uma fábrica de ração, que oferta a nutrição para todas as 11 outras fazendas, além de contar com a Integração Lavoura Pecuária.

Segundo o diretor da Agropecuária Guapiara, Edison Fontoura Filho, as fazendas são pensadas como uma empresa, porque o resultado financeiro é importante para atividade. “Nós não somos produtores de carne, somos produtores de dinheiro”, afirma.

O primeiro ponto abordado foi sobre a nutrição. De acordo com Fontoura, se o produtor quiser atingir determinados mercados de carne de qualidade, que remunera melhor, ele vai precisar ter uma nutrição adequada para chegar aos índices reprodutivos e de qualidade que almeja. “Tanto a nutrição quanto o manejo nutricional são importantes                “, destaca. Ele explica que a eficiência já começa com a vaca gestante. “Se o produtor quer chegar ao objetivo final de ter um bom animal, a programação fetal é de suma importância. Uma vaca mal alimentada vai produzir um bezerro que não consegue atingir os níveis esperados”, afirma.

O diretor Geral da Topigs Norsvin, André Costa, ressalta a fala. Segundo ele, na suinocultura acontece a mesma forma. “Trabalhamos muito o conceito de nutrição de precisão. São diversos os nutrientes necessários para determinada etapa da vida do animal. Então, olhamos os dois aspectos, não somente a eficiência e desempenho do animal, mas também no sentindo de atingir a especificação necessária em termos de qualidade de carne, carcaça e rendimento dos animais no frigorífico e abatedouro”, diz. Ele acrescenta que na suinocultura quando se olha para a mãe deve se olhar também para o feto. “O aspecto de nutrição da mãe é muito importante, porque impacta diretamente na formação de fibras musculares e consequentemente vai impactar na qualidade da carne do animal quando ele chegar no abate. Outro detalhe importante é quanto a permanecia dessa fêmea como reprodutora. Temos que olhar a longevidade desse animal, oferecendo um aporte necessário para si e para os fetos”, avalia.

Fontoura destaca ainda que na nutrição da pecuária cada categoria de animal conta com uma dieta diferenciada, seja animais na terminação ou em dieta inicial. “Cada categoria com cada peso é pensada uma nutrição específica para os animais, levando em consideração a energia e proteína dessa dieta. Especialmente para não existir o achatamento do animal. Para cada categoria e cada peso dos animais é idealizada uma dieta equilibrada para que ele tenha o máximo de desempenho possível”, informa.

De acordo com Costa, na suinocultura acontece da mesma maneira, sendo que o produtor precisa se preocupar em oferecer aos animais dietas com os níveis necessários de nutrientes. “O que eu der a menos o animal não vai desenvolver, e o que eu der a mais vou estar jogando fora. Por isso, conhecer a curva de crescimento do animal e aportar uma nutrição necessária em cada etapa daquela curva é essencial. Olhando, inclusive, para o resultado financeiro”, afirma.

As especifidades do mercado premium

É muito comum ver a carnes em supermercados e açougues sendo classificadas como “premium”. Mas, na suinocultura, isso é mais raro. Pelo menos aqui no Brasil. O diretor da Agropecuária Guapiara comenta que o mercado premium está em franca expansão. “O mercado e os produtores brasileiros ainda não dão conta de atender a essa demanda que existe, tanto é que ainda importamos cortes de outros países, como Argentina, Uruguai e Estados Unidos”, comenta.

Para Fontoura, este é um mercado com um consumidor diferenciado. “É aquele mesmo consumidor que está buscando uma cerveja artesanal, um vinho diferente. Ele está deixando de lado a quantidade e está buscando a qualidade. Muitas vezes ele não faz mais um churrasco de 1,5kg de carne por pessoa, mas faz um churrasco de 600g por pessoa, mas é “A” carne. A pessoa se sente bem em comer, ela degusta”, diz.

De acordo com o diretor Geral da Topigs Norsvin, a carne suína está seguindo esta mesma tendência que a pecuária. “A carne suína tem, principalmente, uma versatilidade bastante grande. Nós temos observado um crescimento nessa demanda por uma carne diferenciada. E vem um pouco nessa linha que a bovinocultura já vem seguindo há um tempo. Então, vemos que ainda há um espaço importante a ser ocupado pela carne suína nesse aspecto”, afirma.

Para os dois profissionais, algo que faz muita diferença quando o assunto é carne de qualidade é a raça utilizada pelo produtor na produção do animal. “A raça é muito importante, sem dúvida. Existe um segmento genético que propicia uma carne de melhor qualidade, com características para quando o animal for terminado”, destaca Fontoura. Mas, para ele, um segredo que faz a diferença, e que poucos produtores se atentam, é que muito mais do que somente a raça, é encontrar dentro dela o indivíduo que o produtor acredita ser o melhor. “Eu já comi carne de angus que estava horrível, mas nem por isso angus é ruim. Assim como já experimentei carne de nelore, que é teoricamente dita como uma carne de menor qualidade, que foi uma das melhores que já comi na vida. Então, é muito o indivíduo e como essa carne foi preparada”, reitera.

Já na suinocultura, Costa destaca que existem diversas raças, mas aquela com aspectos mais relacionados a qualidade é a Duroc. “A carne suína se diferencia pelo seu sabor e esse acho que é o grande diferencial”, afirma. Para ele, é preciso que o suinocultor se atente a qual sistema ele vai utilizar para conseguir focar com qual mercado ele quer trabalhar. “Então posso trabalhar com um sistema de comodities, então uso uma raça mais magra, com características de menos gordura e marmoreio. Ou então posso focar naquele mercado que quer um produto diferenciado, que é onde o Duroc se encaixa, de uma carne mais fresca, com um consumidor que aprecia uma determinada quantidade de gordura e marmoreio, porque é isso que vai trazer para ele uma maior experiência ao provar a carne, com diferentes formas de preparo e apresentação”, diz. Para ele, a versatilidade do suíno vai conseguir abrir espaço para essa busca que o mercado vem fazendo de um produto diferenciado. “Estamos falando nessa experiência. Sem dúvida o bovino já tem isso, com a busca da dona de casa no dia a dia, e o suíno também tem essa possibilidade de atender esse tipo de mercado, com um bife de pernil, uma carne moída suína. É a forma como você apresenta os diversos cortes para trabalhar e o consumidor está buscando essa praticidade”, avalia.

Segundo o diretor Técnico da Selection Beef, Matheus Zacarias, existem características que colocam uma carne em um projeto de maior qualidade. “Geralmente é um animal jovem e bem-acabado para garantir maciez”, diz. Porém, hoje este é um mercado que vem crescendo e se segregando. “A carne macia não é mais a carne premium, é uma carne de qualidade, mas não é top. Aí vamos para a questão do sabor, do marmoreio. O mercado vai se diferenciando por valores”, informa. Ele explica que hoje há um animal extremamente marmorizado, mais velho e com coloração mais intensa e que alguns mercados comercializam a R$ 150 o quilo. Assim como existem animais que foram abatidos jovens, de carne macia, muito melhor que comodities, mas que alguns mercados comercializam a R$ 45 o quilo. “Nós precisamos identificar a genética do animal que vamos trabalhar, e ver qual protocolo que a fazenda vai trabalhar para identificar qual nicho a qualidade de produção se encaixa e vai atender. Assim teremos um maior desfrute desse trabalho que está sendo realizado”, afirma. De acordo com Zacarias, este é um mercado em ascensão e que a suinocultura vem adentrando também. “O setor começou a se identificar, ver qual linhagens para produzir qual tipo de carne, para ver se vai produzir um produto ingrediente ou como um produtor principal de maior valor agregado. Então, o mercado vem se diferenciando e subindo degraus diferentes de valores agregados”, conta.

Um ponto importante destacado por Zacarias foi quanto a diferenciação entre carne premium e carnes especiais. “Hoje não existe regulamentação de classificação de carne ou carcaça, o que existe são marcas que se criam e elas criam esse protocolo para atender a esse padrão de qualidade. Mas não existe uma regulamentação de animais com determinado padrão para ser uma carne premium”, explica. Isso acontece, informa, porque animais de carne premium podem ser aqueles com idade mais avançada ou os mais jovens. “Não existem classificação, tudo depende do valor que você vai agregar”, afirma.

Zacarias ainda destaca que é importante que o produtor faça um projeto na fazenda para conseguir produzir um animal de qualidade. “Trabalho hoje com alguns projetos com uma população de três mil animais, em que dessa quantidade vamos identificar quais são os mil que irão atender ao mercado de qualidade. Mas dentro de um protocolo, sem tem que fazer nada extraordinário. O produtor já tem genética, sanidade, nutrição. Então são ferramentas para potencializar a genética. Vamos acrescentar no valor comercial, já que estes animais já estão dando dinheiro, a qualidade vai entrar como um bônus”, explica. De acordo com ele, nos outros animais será feita uma otimização para ganhar mais dinheiro entrando em diferentes tipos de mercado. “Mas se não tem genética, não vai conseguir colocar no mercado. O mercado de carne de qualidade vai puxando a eficiência nas fazendas”, ressalta.

Segregando a carne premium

Ao produzir uma carne de melhor qualidade, o produtor vem atendendo, inclusive, aquilo que o consumidor tem buscado nas prateleiras do supermercado e no açougue: uma carne de melhor qualidade, que não oferece somente maciez, mas também sabor e uma experiência diferenciado no momento da degustação. “A tendência é que a população melhore o poder aquisitivo e assim melhore também os hábitos de consumo. Aquele consumidor que começa a ter acesso a uma carne premium, que não tem uma variação grande de renda, dificilmente volta para uma carne comum. Uma vez que ele experimenta uma carne de melhor qualidade ele não quer voltar para outra. Então, com a melhoria do poder aquisitivo da população, a tendência é que este mercado cresça. A carne de qualidade é um produto que sem dúvida tem todo um crescimento pela frente. É um mercado que não volta mais ao ponto que estava antes”, destaca o gerente de Relacionamento com o Pecuarista da Biogéneses Bagó, Bruno di Rienzo.

De acordo com Zacarias, hoje o cliente aceita perder na intensidade de maciez se ele tem um produto com mais sabor. “Então, um animal mais jovem ganha em maciez, mas perde um pouco no sabor. São diferentes tipos de consumidores. Hoje existem clientes para todos os níveis de carne, o que temos que ajudar é o animal ser eficiente da porteira para dentro e temos que agregar dinheiro da porteira para fora”, diz.

Costa comenta que atualmente o consumidor tem essa maior capacidade de sentir a diferença de experiências que uma carne de qualidade traz. “Ele sente essas experiências diferentes e se você conseguir preparar diversos tipos de produto de uma maneira correta, consegue atender aos diversos segmentos desse mercado mais exigente”, afirma.

Para o diretor Geral da Topigs Norsvin, o produtor consegue trabalhar usando tecnologia para ter um retorno de uma maneira eficiente. “Eu não somente trabalho com um animal para atender um nicho específico. Dentro do que eu tenho vou trabalhar para atender diferentes mercados”, comenta.

Ele acrescenta que a suinocultura tem investido muito em tecnologia para alcançar a eficiência. “Vemos que o setor vem passando por esses avanços e isso permite que possamos começar a nos diferenciar, fazer esse tipo de segregação e atender a diferentes demandas de mercado, abrindo mais espaço para esse tipo de consumo”, diz.

Costa afirma que vendo as experiências com demanda que o bovino atravessou nos últimos anos foi possível enxergar espaço para a carne suína nesse mercado. “Então os frigoríficos começaram a ter essa demanda, de produtores que estão olhando para isso, buscando atender esse mercado. Já investe em genética, em nutrição, sanidade e agora vão buscando quais são as linhas para atender essa demanda e acabam segregando animais que vão produzir aquele tipo específico de carne para atender esse mercado”, comenta. Segundo ele, é possível ver a cadeia suinícola se organizando e saindo do aspecto de somente produzir carne, mas sim ter uma produção diferenciada. “Isso muda a questão de logística. Vemos que é preciso ter a carne presente no restaurante, no açougue de um dia para o outro, não carne congelada. Nós vemos que a cadeia vai se movimentando nesse sentindo e se tornando mais ágil”, afirma.

É preciso catequizar o consumidor

Mesmo já sendo uma carne solicitada pelo consumidor, para os profissionais muitos ainda não sabem pedir um corte diferenciado no momento da compra, ou mesmo não reconhecem uma carne premium. “Por isso o marketing do setor é fundamental. Há 10 anos o Brasil vinha patinando nesse sentido. Mas é fundamental ter uma apresentação. Hoje falamos de qualidade da carne bovina, mas temos que lembrar que alguns cortes sãos mais facilmente vendidos. O mercado da carne de qualidade está indo agora a um patamar de agregar valor a cortes que antes não tinham valor agregado. Tudo isso requer marketing”, afirma Zacarias.

Para ele, ainda é preciso ensinar, ou melhor “catequizar”, o consumidor sobre a diferença entre uma carcaça de qualidade que produz todos os cortes de qualidade. “É preciso levar essa informação para o consumidor, fazer degustação, eventos que promovam as carnes, para enaltecer esse mercado. Tudo isso para que a carne premium cresça”, acentua.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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