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O Presente Rural recebe ovos de campanha solidária pelos Correios, todos intactos
Katayama Alimentos faz também a doação e entrega de ovos, semanalmente, para o Hospital do Graacc e para a Casa de Apoio

Quando os profissionais do jornal O Presente Rural recebem brindes das empresas e parceiros pelos Correios pode-se esperar de tudo, menos uma bandeja com ovos in natura. Mas foi o que aconteceu nesta quarta-feira (14). O diretor de Comunicação e Marketing do jornal, Selmar Frank Marquesin, recebeu uma bandeja com 20 ovos. Todos inteiros e prontos para o consumo. Para o sucesso da entrega, é claro, uma boa quantidade de papel bolha na embalagem.
A Katayama Alimentos está promovendo uma campanha que une qualidade na alimentação e solidariedade na luta contra o câncer. Os ovos são produzidos por galinhas sem o uso de antibióticos em todo o processo. Parte da renda das vendas vai para o hospital Graacc, referência do tratamento oncológico de crianças em São Paulo.
Manter o compromisso com a sustentabilidade em todas as suas esferas: social, econômica e ambiental. Dentro desse escopo, a Katayama Alimentos adere a uma campanha de marketing relacionada à causa, direcionada ao Hospital do Graacc. O Projeto “Doar Faz Bem” consiste na doação de parte da renda obtida com a venda de uma das linhas de ovos da indústria avícola. Outra ação será a entrega semanal de ovos pela Katayama Alimentos, contribuindo, dessa forma, com a alimentação das crianças, adolescentes e acompanhantes no Hospital do Graacc e também dos pacientes da instituição que estão hospedados na Casa de Apoio.
Para a campanha, a Katayama Alimentos desenvolveu a Linha do Bem, que comercializa ovos brancos em bandejas com 20 unidades, nas principais redes de varejo, como mercados, atacarejos e segmento de hortifrúti. Todos os ovos dessa linha terão na casca a frase impressa “Doar faz bem”. A Katayama Alimentos vai destinar 12% do faturamento das vendas desse produto ao Graacc.
“Além dos recursos financeiros doados para proporcionar um tratamento de qualidade para crianças e adolescentes com câncer, é muito importante e valioso a Katayama Alimentos criar uma campanha de repercussão nacional, que disponibiliza todos os seus meios de comunicação para falar do Graacc e levar informação sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantil para aumentar as chances de cura da doença”, avalia Tammy Allersdorfer, superintendente de Desenvolvimento Institucional do Graacc.
Informação e Prestação de Serviço
A embalagem dos ovos da Linha do Bem traz informações da campanha com a seguinte chamada: “Ao adquirir este produto, você colabora para que mais de 4 mil crianças e adolescentes com câncer tenham acesso ao tratamento com todas as chances de cura no Hospital do Graacc”. “Ainda na embalagem, como forma de orientar e oferecer uma prestação de serviço relevante ao consumidor, incluímos um texto sobre os sinais e sintomas da doença”, acrescenta Regina Romanini, Gestora de Marketing da Katayama Alimentos.
Segundo o próprio Graacc, essa iniciativa orienta os pais a prestarem mais atenção a qualquer tipo de sinal ou sintoma apresentado pela criança/adolescente. A embalagem tem também um QR Code que leva o consumidor para um hotsite (katayamaalimentos.com.br/graacc/) desenvolvido especialmente para o projeto com o conteúdo da campanha, além de informações do Hospital do Graacc, medidas de prevenção e um e-book com receitas práticas e divertidas com ovos para a criançada.
Doação dos ovos
A Katayama Alimentos faz também a doação e entrega de ovos, semanalmente, para o Hospital do Graacc e para a Casa de Apoio, que abriga acompanhantes e pacientes em tratamento da instituição. O projeto foi lançado em novembro de 2020 e terá duração inicial de um ano.
De acordo com Tammy Allersdorfer, a doação de ovos da Katayama Alimentos também contribuirá com a sustentabilidade financeira da instituição, já que não será mais necessário comprar os itens para as refeições e lanches. O Hospital oferece, por dia, cerca de 540 refeições e 150 kits de lanches para acompanhantes e pacientes em tratamento do câncer infantil. Já a Casa de Apoio oferece cerca de 5.500 refeições por mês aos pacientes hospedados e seus acompanhantes.
“A história da Katayama Alimentos envolve muita dedicação, perseverança, entrega e esforço de uma família que sempre acreditou que é possível alcançar o sucesso. E essa história tem muita semelhança e aderência com a trajetória do Graacc. É uma campanha de benefício mútuo, que alinha as estratégias de marketing da empresa com as necessidades da sociedade, trazendo benefícios para a causa e para os negócios. Além disso, estimula o investimento social e mobiliza consumidores e toda a sociedade a contribuírem com a causa do câncer infantil”, finaliza a superintendente do Graacc.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



