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Notícias EuroTier 2024

O Presente Rural participa pela 7ª vez da maior feira de produção animal do mundo

Diretor Selmar Frank Marquesin está na Alemanha para acompanhar de perto as tendências que moldarão o setor agropecuário nos próximos anos.

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Foto: Selmar Marquesin/OP Rural

A EuroTier 2024, um dos principais eventos de pecuária e nutrição animal do mundo, acontece de 12 a 15 de novembro, em Hanôver, na Alemanha. Organizada pela Sociedade Agrícola Alemã (DLG), a feira reúne dois mil expositores de 60 países e oferece uma programação abrangente de mais de 300 conferências e eventos simultâneos. Em um espaço de 220 mil m², distribuídos em 13 pavilhões, o evento vai apresentar as inovações mais recentes da indústria.

Diretor do Jornal O Presente Rural, Selmar Frank Marquesin: “Participar de um evento como esse nos permite trazer uma visão atualizada e aprofundada sobre os avanços que podem fazer a diferença para o agro brasileiro” – Foto: Divulgação/OP Rural

O Jornal O Presente Rural participa pela sétima vez consecutiva do evento, representado pelo diretor Selmar Frank Marquesin, que está na Alemanha para acompanhar de perto as tendências que moldarão o setor agropecuário. Nas próximas edições de Avicultura Corte e Postura, Suínos e Bovinos, Grãos e Máquinas, os leitores poderão conferir todas as novidades, trazendo uma visão de brasileiros sobre o impacto dessas tecnologias no campo. “Consideramos a EuroTier uma das feiras mais importantes para o setor agropecuário, pois é aqui que encontramos as principais inovações e lançamentos que impulsionam a produção de proteína animal. A cada edição observamos novas tecnologias e práticas que melhoram a eficiência e o bem-estar animal, temas que sempre buscamos levar ao nosso público. Participar de um evento como esse nos permite trazer uma visão atualizada e aprofundada sobre os avanços que podem fazer a diferença para o agro brasileiro”, ressalta Marquesin.

A Inteligência Artificial será o foco das discussões do setor avícola na Eurotier, com novas aplicações para pontecializar a produção de ovos e frangos de corte. Na suinocultura, o bem-estar animal vai estar no centro dos debates, principalmente em torno da prática do corte da cauda de leitões, um tema polêmico discutido desde 2018 na EuroTier. O setor de nutrição animal também ganha força com inovações em nutrição alternativa, incluindo o uso de insetos como fonte proteica. Já no setor bovino, o foco recai sobre a sustentabilidade e o desenvolvimento de soluções para suprir a falta de mão de obra no campo.

Realizada a cada dois anos, a EuroTier também premia as tecnologias mais inovadoras, reforçando seu papel como vitrine das mais recentes soluções para o setor de proteína animal.

Fonte: O Presente Rural

Notícias

Exemplos de sustentabilidade no campo são reconhecidos com o Prêmio Orgulho da Terra

Troféu que reconhece exemplos de boas práticas nos campos paranaenses foi entregue a 19 produtores de diferentes categorias e de todas as regiões do Paraná.

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Fotos: Karolina Fabbris Pacheco

Os melhores exemplos de boas práticas sustentáveis aplicadas nos campos paranaenses em 2024 foram premiados na noite da última terça-feira (12), em Curitiba, com o Troféu Orgulho da Terra, entregue a 19 produtores de diferentes categorias e de todas as regiões do Paraná.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Natalino Avance de Souza, observou que os exemplos de sustentabilidade econômica, social e ambiental precisam da visibilidade proporcionada pela premiação, já em sua quarta edição.

“Nossas melhores práticas agrícolas estão invisíveis lá no campo, no trabalho diário de quem produz alimentos para o mundo. Temos que espalhar esses exemplos de produção sustentável, que não têm nada de antagônico com competitividade. Esse é o desafio da melhor agricultura que temos no Brasil. O Paraná ocupa uma pequena parte da área nacional mas é um gigante na produção de grãos, proteína animal, madeira, hortifruti, mel, além de exportar para 154 países”, disse Souza.

O Orgulho da Terra é realizado em parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sistema Ocepar e Grupo Ric. Os premiados foram escolhidos por uma comissão formada por representantes da Seab, do Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep-Senar-PR), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep). Eles escolheram, entre 60 nomes indicados, os mais representativos em cada segmento da agropecuária.

Para o diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, o Prêmio Orgulho da Terra valoriza a sustentabilidade na agricultura. “O produtor rural consciente sabe fazer do jeito certo e produzir com responsabilidade ambiental. Ao premiarmos estes agricultores estamos mostrando o quanto isso é possível e incentivando todos os produtores.”

O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, exaltou a importância do prêmio para a renovação do espírito empreendedor, desbravador e inovador dos agricultores, das pequenas e médias agroindústrias, das grandes cooperativas e das grandes empresas. “Todos são parte do mesmo esforço e da mesma essência. Queremos continuar a ideia de ser o supermercado do mundo, fornecendo produtos com valor agregado, fazendo mais e melhor, com menos recursos para o ambiente e para o bolso.”

Contribuição

O troféu de Personalidade Agrícola do Ano coube a José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, que reúne as cooperativas do Estado. Ao agradecer a homenagem, ele destacou a importância da união dos três parceiros que realizam o prêmio anualmente, demonstrando como o trabalho compartilhado eleva o agronegócio paranaense.

“O IDR-Paraná promove pesquisa e extensão do atendimento aos produtores, proporcionando que eles avancem tecnicamente. As cooperativas têm a missão de organizá-los tecnicamente para que tenham mais renda e conquistem melhor condição pessoal, familiar e social. E o jornalismo do Grupo Ric conta as histórias de cada produtor e espalha os bons exemplos para um público formado por milhões de pessoas”, resumiu.

Dar visibilidade à riqueza da produção paranaense é justamente um dos principais objetivos do prêmio. “Como grupo de comunicação, o Grupo Ric tem a missão conectar pessoas e contar suas histórias para que elas inspirem outras pessoas. Acreditamos no jornalismo e em projetos colaborativos, que têm a capacidade de iluminar aquilo que é regional, que é do Paraná, que gera desenvolvimento.”, explica Leonardo Petrelli, presidente do Grupo Ric, que idealizou a premiação há quatro anos.

O Prêmio Orgulho da Terra foi realizado com a participação de várias instituições: apresentação da Coamo, patrocínio do Banco do Brasil, C. Vale e Embio, apoio de Globoaves e Alpha Fish e do Hotel Petras.

Confira aqui a lista completa dos premiados.

Fonte: AEN-PR
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Índia abre mercado para exportação de derivados de ossos para produção de gelatina

Com o anúncio, o Brasil alcança a 196ª abertura de mercado neste ano, totalizando 274 em 61 países desde o início de 2023.

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Foto: Claudio Neves

O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pelo governo da Índia, da aprovação sanitária para a exportação de derivados de ossos destinados à produção de gelatina (“bone chips”). A abertura foi celebrada em ato de assinatura do Certificado Zoosanitário Internacional (CZI).

Desde 2023, outros cinco produtos brasileiros ganharam acesso ao mercado indiano: açaí em pó, suco de açaí, pescado de cultivo (aquacultura), pescado de captura (pesca extrativa) e frutos de abacate.

A Índia é o 14º maior destino dos produtos agropecuários brasileiros, com exportações de US$ 2,03 bilhões nos primeiros nove meses deste ano. Açúcar e óleo de soja foram os principais produtos comercializados.

Com o anúncio, o Brasil alcança a 196ª abertura de mercado neste ano, totalizando 274 em 61 países desde o início de 2023.

A abertura desse novo mercado é resultado de uma ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a participação da adidância agrícola e da embaixada brasileira na Índia, e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Maior feira mundial do setor

“Precisamos de uma reviravolta na pecuária global”, afirma presidente da EuroTier

Hubertus Paetow reforçou na abertura do evento a importância da inovação sustentável no setor, destacando a necessidade de decisões empresariais baseadas em demanda real, progresso técnico e sustentabilidade, além do papel da agricultura integrada a energias renováveis para um futuro alimentar sustentável.

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Presidente da DLG (Sociedade Agrícola Alemã), entidade organizadora da EuroTier, Hubertus Paetow: "Clima de incertezas sobre o futuro da produção animal está impedindo o investimento no setor" - Foto: DLG/Swen Pförtner

Durante a abertura oficial da EuroTier 2024, a maior feira mundial de tecnologia e inovação para criação animal, que acontece até a próxima sexta-feira (15) no Centro de Exposições de Hanôver, na Alemanha, Hubertus Paetow, presidente da DLG (Sociedade Agrícola Alemã), entidade organizadora do evento, fez um chamado à ação para o setor agropecuário. Em seu discurso, Paetow enfatizou a importância de uma base confiável para a tomada de decisões no campo empreendedor, especialmente diante dos desafios globais e das recentes mudanças políticas nos Estados Unidos (EUA) e na Alemanha.

Fotos: DLG/Swen Pförtner

Sob o tema principal “Nós inovamos a criação de animais”, a EuroTier 2024 surge, segundo Paetow, como uma plataforma estratégica para intervenção o progresso técnico e a inovação de produtos na pecuária mundial. “Esta feira é o grande show de inovações, voltadas para o futuro de um setor que precisa se renovar para continuar competitivo”, afirmou Paetow, destacando o papel fundamental da EuroTier em conectar lideranças e especialistas com soluções sustentáveis ​​e inovadoras.

Para Paetow, as recentes mudanças políticas refletem preocupações da população sobre os sistemas econômicos, vistos como a base da prosperidade, mas que, aos olhos de muitos, não estão evoluindo como poderiam. “Essa percepção é evidente na economia robusta dos EUA, e ainda mais na Alemanha, onde as interdependências globais exigem uma produtividade e competitividade ainda maiores das empresas”, destacou, frisando a necessidade urgente de promover o avanço econômico por meio de ações políticas e, sobretudo, do desenvolvimento em diversos setores, incluindo a agropecuária.

Foco em notícias relevantes para os negócios

Paetow ressaltou que, apesar do debate público influenciar a percepção sobre o setor, a criação de animais permanece, acima de tudo, um setor econômico, guiado por princípios de mercado e pelo desenvolvimento de estratégias baseadas em dados econômicos concretos. “As discussões públicas podem sugerir tendências, mas nem tudo o que surge na mídia e na política se traduz, necessariamente, em relevância econômica para o setor. As estratégias devem se basear no que seja economicamente significativo e não apenas no que é mais  publicado”, afirmou o presidente da DLG.

Neste sentido, Paetow frisou que o EuroTier 2024 apresenta as inovações que realmente são importantes para os negócios, com tecnologias capazes de exercer produtividade e competitividade. Ele ressaltou que este avanço também depende do compromisso com o bem-estar animal e a proteção ambiental, aspectos considerados essenciais para o crescimento sustentável da indústria.

Consumo de produtos de origem animal

Um fator chave para as estratégias de pecuária global é a demanda por produtos de origem animal. Paetow observou que, enquanto nos países ricos o consumo desses produtos parece ter se estabilizado em um patamar mais baixo, em mercados emergentes, como China, Paquistão, Índia e América do Sul, a demanda continua a crescer. “Alcançamos, nos países afluentes, um nível de consumo de produtos animais que parece equilibrar prazer e razão ecológica, algo que os consumidores aceitaram como um compromisso”, explicou ele, reforçando que mesmo as sociedades mais prósperas não adotariam uma dieta completamente vegana num futuro próximo.

Nos mercados emergentes, onde o consumo de proteínas de origem animal continua em expansão, a produção precisa se adaptar para acompanhar o ritmo da demanda. Segundo Paetow, essa necessidade coloca em destaque temas como comércio global e divisão de trabalho, com o uso das vantagens comparativas de cada região para alcançar uma produção sustentável e atender à procura crescente. Esses fatores não apenas ampliam as oportunidades para exportadores, mas também são essenciais para uma produção global mais eficiente e alinhada com os padrões de sustentabilidade que a sociedade e o mercado excluem.

Paetow encorajou os participantes da EuroTier a explorar as soluções em exposição como uma resposta direta às demandas do setor e às expectativas dos consumidores, promovendo um futuro mais competitivo e sustentável para a pecuária global.

Atender à demanda global de forma sustentável

O anfitrião do evento reforça a necessidade de responder à crescente demanda global por carne de forma sustentável, especialmente diante das críticas ao setor pecuário europeu, muitas vezes acusado de produção para exportação. “Este é um debate mal concebido e enganoso”, afirmou, lembrando que a FAO prevê um aumento de 12% no consumo global de carne até o fim da década. Esse crescimento, segundo ele, exige a contribuição da produção animal sustentável na Europa, que possa ajudar a atender a essa demanda com práticas responsáveis ​​e eficientes.

Paetow também destacou que a produção pecuária na Europa e na Alemanha não está em desacordo com as políticas de sustentabilidade alimentar locais. “Podemos reduzir o consumo de alimentos relacionados ao clima na Europa e, ao mesmo tempo, ajudar outras partes do mundo a atender à demanda por produtos de produtos de origem animal mais  sustentáveis”, afirmou, criticando qualquer política que tente limitar a produção animal à demanda interna, o que ele considera uma forma de protecionismo econômico.

Visão mais detalhada sobre a pegada climática

A questão da pegada climática dos produtos de origem anima, amplamente debatida na sociedade, também foi abordada no discurso de Paetow, que ressaltou a necessidade de uma

análise diferenciada e baseada em evidências científicas. “A ideia generalizada de que ‘a criação de animais prejudiciais ao clima’ e a conclusão errônea de que ‘não usar produtos animais é proteção climática’ simplifica demais o problema e ignoram nuances essenciais”, explicou ele.

Ele apontou que há diferenças substanciais nas emissões entre espécies animais e destacou que o uso de pastagens pode ter um efeito positivo na absorção de carbono. Paetow também perguntou que, ao se considerar a pegada climática, é preciso levar em conta as emissões associadas ao processamento de produtos, que podem ocorrer tanto em origem animal quanto vegetal. “Por exemplo, o balanço de gases de efeito estufa de um frango criado em um celeiro alemão pode ser tão bom quanto o de um produto substituto feito de seitan importado”, argumentou, reforçando que a sustentabilidade da produção não deve ser medida apenas pela categorização de “animal” ou “vegetal”.

Segundo ele, é possível melhorar o impacto climático dos alimentos sem impedir a produção, mas sim incentivar uma política alimentar que torne a pegada climática transparente e mensurável, para que os consumidores façam escolhas conscientes e sustentáveis.

Avaliação da sustentabilidade na indústria

Paetow também apontou para a importância de se desenvolver sistemas eficazes para avaliar a sustentabilidade na criação de animais, especialmente diante das exigências regulatórias sobre relatórios de sustentabilidade que estão se tornando mandatórios em toda a cadeia de suprimentos. Segundo ele, uma política alimentar sustentável e prática já tem suas bases na regulamentação atual, mas alertou que o excesso de burocracia em Bruxelas e Berlim pode acabar comprometendo esse avanço, transformando a questão em um fardo para as empresas. “Precisamos de sistemas simples e eficientes para avaliação do clima corporativo dentro da indústria, pois o acúmulo de burocracia não ajuda ninguém”, afirmou.

Para o presidente da DLG, é vital que o setor assuma a responsabilidade de desenvolver e testar essas métricas climáticas e de sustentabilidade rapidamente. “Caso contrário, outros o farão, e o impacto pode ser visto nas regulamentações sobre relatórios de sustentabilidade aplicadas a grandes empresas”, disse, incentivando os participantes da EuroTier a usar o evento para discutir esse tema.

Foto: Selmar Marqusin/OP Rural

Importância dos investimentos para o crescimento do setor

Paetow destacou que, embora os resultados operacionais na criação de animais tenham sido positivos nos últimos anos, particularmente nas áreas de leite e aves, há uma preocupação com a baixa taxa de investimentos em novas instalações de criação de animais, especialmente na Alemanha.

Segundo ele, essa falta de investimentos afeta até mesmo a expansão de práticas que promovem maior bem-estar animal e a ampliação da capacidade de produção. “A Associação Alemã da Indústria de Laticínios já sinaliza que a oferta não está acompanhando a demanda crescente por produtos lácteos, mesmo com os preços historicamente altos da matéria-prima”, apontou Paetow, considerando esse cenário um alerta importante para o setor.

Para Paetow, o clima de incertezas sobre o futuro da produção animal está impedindo o investimento no setor, especialmente entre os jovens. Ele enfatizou a necessidade de que a sociedade, junto à política, trabalhe para superar essas dúvidas e crie um ambiente que valorize a pecuária como um modelo de negócio sustentável e promissor. “Superar esse clima de incertezas é uma tarefa da sociedade como um todo, e a política pode ajudar muito com incentivos e mensagens positivas”, expôs, enfatizando a importância de fortalecer a confiança no setor para garantir seu crescimento e competitividade no longo prazo.

Mensagens positivas invés de sinais contraditórios

Paetow salientou ainda a importância de que as mensagens transmitidas à sociedade sejam positivas e claras, sem os sinais contraditórios que atualmente dificultam as decisões empresariais. Ele mencionou que, nos últimos anos, ocorreram diálogos construtivos com stakeholders, como as comissões Borchert e ZKL, que renderam propostas viáveis para alinhar as expectativas sociais com a realidade econômica da pecuária.

Contudo, a hesitação dos políticos em financiar a transição da criação animal exigida pela sociedade e a falta de comprometimento do varejo em sustentar preços adequados para produtos com bem-estar animal enfraquecem essa mensagem. “As estratégias de investimento não podem ser baseadas em sinais contraditórios”, alertou.

Momento de transformação para o setor agrícola

O presidente da DLG defendeu que, assim como outros setores, a agricultura precisa de um ponto de virada. Segundo ele, sistemas alimentares sustentáveis que excluem a criação de animais são impraticáveis, e a ideia de uma transição para uma dieta exclusivamente vegana não é respaldada cientificamente nem exigida pela sociedade. “Se houver criação de animais no futuro, que seja moderna, eficiente e economicamente bem-sucedida”, declarou, destacando a importância de um setor forte para o avanço econômico e ambiental.

Na EuroTier, os participantes terão a oportunidade de ver de perto como o progresso tecnológico, a inovação e a sustentabilidade caminham juntos. Paetow destacou também a EnergyDecentral, uma área dedicada a soluções de energia descentralizada, como biogás, energia solar e eólica, que demonstra como a integração das energias renováveis à agricultura e à pecuária pode criar uma economia circular.

Diretor do Jornal O Presente Rural, Selmar Frank Marquesin está na Alemanha para acompanhar de perto as tendências que moldarão o setor agropecuário

Outro destaque é o Inhouse Farming – Feed & Food Show, um espaço focado em práticas sustentáveis, como aquicultura, criação de insetos e agricultura controlada, que mostra alternativas para um sistema alimentar resiliente.

Recorde de expositores e pavilhões de países

A EuroTier 2024 é palco de inovações que apontam o futuro da criação animal, com mais de 2,2 mil expositores de 51 países. “Cerca de 65% dos expositores vêm do exterior”, celebrou Paetow, ao destacar a presença de 25 pavilhões de países – um novo recorde para a feira. Outro aspecto promissor é a participação de quase 40 startups de 16 países, que trazem soluções inovadoras para a pecuária moderna.

Ele ainda destacou o vasto programa com mais de 500 eventos especializados que abordam os temas dos mais variados para o futuro da indústria. “Que seja uma feira que inspire o nosso setor a seguir inovando e a promover a sustentabilidade com um impacto significativo”, mencionou.

Além disso, o evento paralelo EnergyDecentral destaca soluções de energias renováveis ​​ligadas ao agronegócio, reforçando o compromisso do setor com a sustentabilidade.

O Presente Rural pela 7ª vez no evento

O Jornal O Presente Rural participa pela sétima vez consecutiva do evento, representado pelo diretor Selmar Frank Marquesin, que está na Alemanha para acompanhar de perto as tendências que moldarão o setor agropecuário. Nas próximas edições de Avicultura Corte e Postura, Suínos e Bovinos, Grãos e Máquinas, os leitores poderão conferir todas as novidades, trazendo uma visão de brasileiros sobre o impacto dessas tecnologias no campo.

Fonte: O Presente Rural com informações da Assessoria DLG
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