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Suínos / Peixes

O papel da levedura Saccharomyces cerevisiae na saúde intestinal

Resultados demonstram que inclusão do extrato de levedura como fonte de nucleotídeos na dieta de creche tem efeitos positivos na saúde intestinal

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Artigo escrito por Eliana Dantas, médica veterinária, PhD e gerente técnica Global de Monogástricos da Biorigin

Saccharomyces cerevisiae é uma espécie de levedura domesticada há pelo menos 3 mil anos e seu extensivo uso e considerável valor econômico decorrem do fato de que algumas cepas deste fungo unicelular são utilizadas em diversos processos industriais empregados na elaboração de produtos fermentados – como o etanol, e cepas de S. cerevisiae são empregadas na alimentação humana e animal.

Estudos direcionados à avaliação dos benefícios de sua aplicação na alimentação animal, inicialmente na forma de levedura inativa seca, datam da década de 70. Ao longo dos anos, até a atualidade, a levedura continua sendo estudada para aplicação tanto na sua forma íntegra como de seus subprodutos (parede e extrato), sob diferentes formas de processamento.

A parede da levedura é composta por glucana (48-60%), que é um polímero de unidades de glicose com ligações β(1-3) e β(1-6), manoproteínas (20-23%), quitina (0,6-2,7%), que é composta por β(1-4) N-acetilglicosamina e uma pequena porção de lipídios.

As β-glucanas pertencem a uma classe de substâncias conhecidas como modificadores da resposta biológica, pois alteram a resposta no hospedeiro pelo estímulo do sistema imune, ativando a resposta imune via sistema complemento, diretamente ou, com auxílio de anticorpos, e produzem fatores quimiotáticos que induzem a migração de leucócitos para o sítio da infecção. Esta habilidade em ativar mecanismos de defesa no hospedeiro, além de outros efeitos, como antitumoral, antinflamatório, antimutagênico, hipocolesterolêmico, hipoglicêmico, proteção contra infecções e melhorador da resposta vacinal vêm sendo extensivamente avaliados e comprovados.

Outro componente da membrana celular da levedura muito estudado e empregado na alimentação animal é o MOS (mananoligossacarídeo) que tem comprovada ação como promotor de crescimento natural, poder de aglutinar bactérias patogênicas como Escherichia coli e Salmonella spp., serve como substrato para bactérias intestinais benéficas estimulando seu crescimento e alterando assim a microbiota intestinal de forma benéfica ao animal, induz efeitos positivos na imunidade intestinal e melhora resultados zootécnicos como ganho de peso e conversão alimentar.

Ainda, a parede de S. cerevisiae atua como importante adsorvente de micotoxinas, como fonte de proteínas de alto valor biológico e sem fatores antinutricionais, fonte de minerais e de vitaminas do complexo B e como fonte de ácido glutâmico que melhora o sabor do alimento.

Após o processo de fermentação é possível fragmentar a parede celular para a obtenção do extrato da levedura, o qual tem grande concentração de ácidos nucléicos e proteína.

Estes ácidos nucléicos têm papel funcional em diversos processos metabólicas como a participação no metabolismo de energia (ATP), são precursores de ácidos nucleicos (DNA e RNA) e fazem parte de coenzimas como NAD, FAD e CoA, que estão envolvidas em várias vias metabólicas. Têm efeito importante no crescimento e no desenvolvimento de células de rápida renovação, tais como as do sistema imune e do trato gastrintestinal. Os nucleotídeos dietéticos têm se tornado essenciais para os animais em crescimento, nos momentos de estresse animal e em períodos de nutrição deficiente.

Considerando todos estes benefícios do uso da levedura S. cerevisiae na alimentação animal, diversas são as formas de aplicação de acordo com o desafio e fase da produção.

Pesquisadores avaliaram o efeito da suplementação da dieta de leitões com o extrato de levedura durante o período de creche (42 dias), comparando os resultados aos do grupo controle sem suplementação. Os leitões foram desafiados com Escherichia coli K88 e foram avaliados entre os dias 24 e 66 de vida. Os leitões tratados com o extrato de levedura apresentaram menor incidência de diarreia (P<0,05), maior ganho de peso (P<0,02) e maior concentração de ácidos de cadeia curta no ceco (P<0,02), quando comparados ao grupo controle. Estes resultados demonstram que inclusão do extrato de levedura como fonte de nucleotídeos na dieta de creche tem efeitos positivos na saúde intestinal, minimizando os efeitos deletérios na mucosa intestinal causados pela infecção pela E. coli e pela transição para a dieta sólida e favoreceu o ganho de peso pelo leitão.

Estudo

Com o objetivo de avaliar os efeitos benéficos da inclusão mananas de alta solubilidade na dieta de leitões desmamados e desafiados com Escherichia coli K88 sobre o desempenho animal e a saúde intestinal (dados não publicados), fez-se a inclusão de 0,1% do aditivo comercial na dieta dos leitões durante os primeiros 11 dias pós-desmame. Os resultados desta inclusão foram comparados aos dos animais desafiados e não suplementados com mananas.

Como resultado desta inclusão de mananas na dieta dos leitões houve maior ganho de peso total pelos leitões (P=0,002) e maior ganho de peso diário (P=0,02) e melhora na conversão alimentar (P=0,01). Estes resultados evidenciam o poder de aglutinação de bactérias pela levedura Saccharomyces cerevisiae e seu efeito positivo na saúde intestinal e no desempenho dos animais.

Por todos os motivos aqui apresentados, a levedura S. cerevisiae tem sido muito empregada na alimentação animal, sendo necessário ainda ressaltar a grande importância de seu emprego nos programas de redução no uso de antibióticos, considerando sua ação na imunidade sistêmica, na imunidade intestinal local, na saúde intestinal e demais benefícios, além das vantagens da levedura em relação aos antibióticos promotores de crescimento: não há período de carência, não há efeito residual e não há indução de mutação bacteriana.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos / Peixes

ABCS promove 1ª reunião do Departamento de Integração

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou na quinta-feira (21), a 1ª reunião do Departamento de Integração, reunindo líderes das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Cadeia Produtiva de Suínos (CADECs) atendidas pela associação.

Durante a abertura, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatizou a importância da troca de informações para impulsionar as demandas dos integrados e que, ao unirem esforços, é possível avançar os pleitos. “É evidente que a força da unicidade é fundamental para acelerarmos as pautas em questão. Quando nos unimos, os resultados são altamente positivos. Por isso, este deverá ser o primeiro encontro de muitos outros”, destacou Lopes.

O consultor do Departamento de Integração da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, apresentou o andamento das CADECS do Rio Grande do Sul atendidas pela Associação, além do processo envolvido para evoluir nas negociações. “Existem desafios a serem superados. Alguns produtores ainda desconhecem a dinâmica de uma CADEC como um órgão paritário. Também estamos trabalhando para superar a falta de informação do custo real dos integrados, valor de investimento e outras questões diretamente ligadas ao dia a dia do suinocultor”, explicou Machado.

O produtor da Associação de Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais, Lucas Vasconcelos, compartilhou com os participantes a experiência da APROIMG na negociação com integradora para mudanças de contrato.

Vasconcelos afirmou que, durante o processo, ficou nítido que o preparo dos envolvidos é fundamental. “Compreender o negócio do suinocultor independente ao discutir um contrato de integração é essencial. É preciso ter conhecimento sobre preços de commodities como soja, milho e sorgo, além de insumos como ração, medicamentos e vacinas, pois esses aspectos impactam diretamente no dia a dia do suinocultor”, ressaltou o produtor.

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados, fortalecendo a cadeia produtiva de suínos e buscando soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelo setor.

Fonte: Assessoria ABCS
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Imeve Suínos março

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