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Avicultura Proteína animal

O impulso na produção, consumo e exportações de aves, ovos e suínos

A produção de carne de aves, suína e ovos no Brasil experimentou um crescimento constante nos últimos dez anos, impulsionado por melhorias nas práticas de manejo, avanços tecnológicos e abertura de mercados.

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Fotos: Shutterstock

Ao celebrar uma década de atuação, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) tem muito a comemorar em termos de crescimento na produção, consumo e exportações de carnes de aves, suína e ovos. O período de 2014 a 2024 foi marcado por avanços significativos, refletidos em números impressionantes que consolidaram o Brasil como um dos maiores produtores, consumidores e exportadores de proteína animal do mundo.

A produção de carne de aves, suína e ovos no Brasil experimentou um crescimento constante nos últimos dez anos, impulsionado por melhorias nas práticas de manejo, avanços tecnológicos e abertura de mercados.

Produção de carne de frango

2023: Aproximadamente 14,833 milhões de toneladas. O valor bruto da produção em 2023 foi de R$ 91,6 bilhões. O Brasil se consolida como o segundo maior produtor de carne de frango do mundo.

Produção de carne suína

2023: Aproximadamente 5,156 milhões de toneladas, representando um aumento de 51,6% nos últimos dez anos. O valor bruto da produção em 2023 foi de R$ 34,1 bilhões, posicionando o Brasil como o quarto maior produtor mundial.

Produção de ovos

2023: Aproximadamente 52,4 bilhões de unidades, representando um aumento de 34% na última década. O valor bruto da produção em 2023 foi de R$ 24,5 bilhões, tornando o país o quinto maior produtor de ovos do mundo.

Consumo interno

O consumo interno de carnes de aves, suína e ovos também acompanhou o crescimento da produção, impulsionado por fatores econômicos e mudanças nos hábitos alimentares da população brasileira.

O consumo per capita de carne de frango no Brasil em 2014 era de 42,8 kg, enquanto em 2023 subiu para 45,1 kg. Em relação à carne suína, o consumo per capita em 2014 era de 14 kg, enquanto em 2023 aumentou para 18,3 kg. A diversificação dos produtos suínos e a promoção de cortes mais magros contribuíram para essa mudança.

O consumo de ovos também apresentou um crescimento notável, passando de 190 unidades per capita em 2014 para 242 unidades em 2023. Este crescimento pode ser explicado, entre outros fatores, por uma maior conscientização sobre os benefícios nutricionais dos ovos.

Evolução

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, explica que o crescimento na produção, consumo e exportações de aves, ovos e carne suína nos últimos dez anos é baseado em três principais fatores. “São incontáveis microfatores, porém, de forma ampla podemos indicar os seguintes motivos: 1) Ampliação da presença internacional graças à preservação do nosso status sanitário e o pleno reconhecimento do Brasil como porto seguro para o suprimento de proteína de alta qualidade e segura; 2) Ampliação do acesso da população ao consumo de proteínas, seja pelo incremento da renda como do aprimoramento das estratégias de oferta de produtos segmentados ao gosto de consumidor; 3) Reconhecimento cada vez maior dos atributos destas proteínas pela versatilidade, saudabilidade e alta qualidade”, menciona Santin.

Expansão das exportações

A ABPA desempenhou um papel importante na ampliação dos mercados de exportação para a carne de aves, suína e ovos brasileira, resultando em um aumento substancial nas exportações ao longo da última década.

Em 2014, o Brasil exportou aproximadamente 3,8 milhões de toneladas de carne de frango. Em 2023, esse número cresceu para 5,139 milhões de toneladas, gerando receitas de US$ 9,7 bilhões. Os principais destinos dessas exportações incluíram China, Japão, Arábia Saudita e União Europeia.

As exportações de carne suína também tiveram um desempenho notável. Em 2014, o Brasil exportou aproximadamente 560 mil toneladas de carne suína. Em 2023, esse número cresceu para 1,230 milhão de toneladas, gerando receitas de US$ 2,8 bilhões.

As exportações de ovos também estão aumentando. Em 2023, foram 25,4 mil toneladas (aproximadamente 50 milhões de unidades), gerando receitas de US$ 63,2 milhões. A qualidade e a sanidade dos ovos brasileiros foram fatores determinantes para a aceitação nos mercados internacionais. “Quase 35% de nossa produção de carne de frango e mais de 23% da carne suína do Brasil são destinadas ao mercado externo, para mais de 150 países. São fundamentais para a geração de riquezas e renda para o Brasil, além de serem impulsionadores do desenvolvimento das cadeias produtivas nacionais”, destaca o presidente da ABPA.

No entanto, é no mercado interno, com mais de 200 milhões de consumidores, que a proteína animal brasileira encontra seu porto seguro. “O mercado interno representa mais de 65% da destinação da produção de carne de frango e mais de 76% do consumo de carne suína. De ovos, é o equivalente a 99,5%. O Brasil é a base e o principal destino de toda a produção nacional destas proteínas”, pontua o presidente da ABPA.

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Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Custos baixos seguem favorecendo setor avícola

Avicultura segue em uma perspectiva positiva, com custos de ração controlados e demanda interna e externa favoráveis, apesar das restrições da China.

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A perspectiva segue favorável para a avicultura, com os custos de ração sob controle e as demandas interna e externa favoráveis. No mercado interno, a maior procura advém dos preparativos para o final do ano e no front externo, com o setor compensando em outros destinos as restrições da China, que poderão ser retiradas.

Embora a própria conjuntura do setor de carne de frango tenha limitado uma reação mais significativa do preço no mercado interno, isto é, produção relativamente acelerada combinada com restrições de exportação, há também o “peso” da conjuntura do setor de bovinos, com os preços baixos do dianteiro, tornando a opção bovina competitiva. Todavia, a reação dos cortes bovinos ocorrendo mais claramente a partir de setembro, e com tendência de seguir em se recuperando, é positiva para a avicultura.

 

Preços do dianteiro bovino x frango. Fonte: Cepea

Na primeira previsão para 2025, o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na China estimou que a produção e o consumo chinês devem crescer 2% e 0,9%, respectivamente, no próximo ano, dado este aumento da produção doméstica, refletindo as boas margens, alívio na disponibilidade de material genético suportando o aumento de produção e restrições sobre fornecedores externos.

Já as importações estão previstas com queda de 33% (450 para 300 mil t), ou seja, continuando o que já se observa neste ano, que é o país asiático menos presente nas importações. Apesar desta perspectiva, o cenário é positivo para as exportações brasileira aos Emirados Árabes, Japão, Arábia Saudita entre outros.

Com as exportações um pouco menores neste ano (-2% até agosto), ainda que sobre uma base de comparação elevada – recorde histórico de 2023 – a possível sustentação dos preços nos próximos meses dependerá diretamente da velocidade de produção, que não dá sinais de contração. Assim, caso o ritmo das exportações siga abaixo do ano passado, seria ideal o setor dosar um pouco os alojamentos.

Spread das exportações de carne de frango. Fonte: Secex, Embrapa, Itaú BBA

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Avicultura

Apesar das menores exportações de carne de frango, spreads fortaleceram

Os custos da avicultura apresentaram leve queda em agosto, ao passo que os preços da ave viva evoluíram 4,3%, aliviando o spread da atividade, após dois meses no campo negativo.

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Os embargos decorrentes do caso de Newcastle no Rio Grande do Sul (RS) prejudicaram a quantidade exportada em agosto, porém houve melhora dos preços de embarque, assim como no mercado doméstico, ao mesmo tempo em que os custos aliviaram um pouco, fortalecendo os spreads.

Os custos da avicultura apresentaram leve queda (-0,8%) em agosto, ao passo que os preços da ave viva evoluíram 4,3%, aliviando o spread da atividade, após dois meses no campo negativo. Já na parcial de setembro (1ª quinzena) os preços tanto do milho quanto do farelo de soja voltaram a subir, alinhando os custos aos preços (R$ 4,63/kg vivo).

Custos, preços e spreadda avicultura (PR e RS) – Fonte: Embrapa, Deral, Estimativas Itaú BBA
*valores no mercado spot

Já no atacado, no estado de São Paulo (SP), o frango inteiro congelado registrou altas em agosto e na parcial de setembro, mas, embora positivas, foram ganhos modestos, aumento de 2,7% em agosto frente a julho e 1% em relação a setembro quando comparado com agosto.

Nas exportações, os envios de carne in natura em agosto foram mais fracos (356,4 mil toneladas), 18% menores sobre julho e 13% abaixo de agosto de 2023, decorrente dos embargos ocorridos após o caso de Newcastle no Rio Grande do Sul, ainda que a situação tenha aliviado, mas não esteja totalmente normalizada. Os embarques para a China, por exemplo, caíram de 61 mil t em jullho deste  ano para 16 mil toneladas em agosto.

Apesar dos menores volumes, o preço médio da carne embarcada subiu 9,6% ante o mês anterior, uma variação expressiva e que favoreceu bastante o spread da exportação, sendo o melhor desde maio de 2019. A alta forte decorreu do aumento dos envios a países de maior valor agregado, caso do Japão.

Embora defasados para justificar os movimentos de preços recentes, os dados de abates do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o ritmo de produção de carne de frango acelerou no 2T 24 frente ao trimestre anterior, saindo de uma queda de 2,5%no 1T24 para crescimento de 2,1% no 2T 24, com os abates, inclusive, batendo novo recorde histórico.

Preços do frango inteiro congelado no estado de SP – Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Avicultura

Vem aí o Alimenta: Congresso Brasileiro de Proteína Animal e Rendering

Evento acontece de 17 a 19 de junho de 2025 em Foz do Iguaçu – Paraná e vai reunir os players de proteína

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Fotos: O Presente Rural

Surge um novo e disruptivo capítulo na história dos eventos de proteína animal no Brasil: o ALIMENTA – Congresso Brasileiro de Proteína Animal . Marcado para junho de 2025, em Foz do Iguaçu, este evento é a evolução natural do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, que cresceu ano após ano com o pilar de gerar informação útil aos produtores rurais. O Alimenta promete ser um marco significativo na integração de toda a cadeia de proteína animal, atraindo a atenção de todos os segmentos do setor. Só o mercado de reciclagem animal movimenta em torno de R$ 100 bilhões por ano e exporta mais de US$ 115 mil por ano.

“O Alimenta 2025 foi concebido para atender às novas demandas e oportunidades do setor de proteína animal. Ele não é um evento novo, mas sim a migração do Congresso de Suinocultores e Avicultores que já era promovido pelo O Presente Rural, Frimesa Cooperativa Central e Cooperativa Lar.  A evolução do nosso evento reflete nosso compromisso em proporcionar um ambiente onde produtores, profissionais e empresas possam compartilhar conhecimentos, inovações e gerar negócios. A escolha de Foz do Iguaçu, com sua infraestrutura e localização estratégica, foi essencial para abrigar esse novo formato, que promete ser mais inclusivo e abrangente”, destaca Selmar Marquesin, diretor do jornal O Presente Rural.

O Alimenta escolheu o estado do Paraná como sede em reconhecimento à grande capacidade produtiva e empreendedora dos produtores de aves e suínos. O modelo cooperativista que tanto orgulha o país e a capacidade de atrais negócios com a expansão de uma agroindústria forte exigia uma programação especialmente desenhada para a as demandas desse setor. Um evento único, criado para ser um encontro bienal de troca de conhecimento, de reciclagem profissional e compartilhamento avanços da tecnologia, afirma Eliana Panty, CEO do Alimenta.

Panty destaca que o setor de reciclagem animal, responsável pelo processamento de resíduos do abate de animais de produção, como aves, suínos, bovinos e pescado, gira milhões no mercado internacional. “São as partes dos animais abatidos que não vão para o consumo humano, seja por questões ligadas aos hábitos alimentares ou culturais da população ou, então, classificados como impróprios para consumo humano pelo sistema de inspeção oficial, como ossos, penas, sangue, escamas, vísceras, aparas de carne e gordura e partes do animal. Uma matéria prima valiosa para a indústria de rações para animais de produção e pets”.

O Alimenta 2025 se apresenta com uma programação abrangente com foco no produtor e nos gestores de granjas. Grandes empresas do setor apresentam suas últimas inovações, produtos e serviços na Exposição e Feira de Negócios, promovendo um ambiente dinâmico de networking e geração de negócios. Além disso, serão oferecidas palestras direcionadas a produtores de leite, ovos e carnes, além de sessões específicas para profissionais como médicos veterinários e zootecnistas, abordando as mais recentes novidades em pesquisa e desenvolvimento. A Mostra de Trabalhos Científicos oferecerá um espaço dedicado à apresentação de pesquisas e estudos de vanguarda da ciência e tecnologia no setor de proteína animal. As empresas parceiras também terão a oportunidade de organizar eventos adicionais, proporcionando ainda mais conteúdo relevante e oportunidades de aprendizagem.

Selmar Marquesin, diretor do jornal O Presente Rural

Selmar destaca ainda que várias entidades já confirmaram apoio ao evento e outras ainda estão por vir. “Essa semana alinhamos um parceria com o Sindicato da Industrias Avícolas do Paraná(Sindiavipar), que pretende realizar o seu Whorkshop  dentro do Alimenta. E claro, vamos manter a parceria de sucesso que já temos de longa data com a Frimesa Cooperativa Central e Cooperativa Lar que sempre foram os correalizadores do nossos eventos. Estamos também firmando parcerias e apoio de outras cooperativas, agroindústrias e associações, como por exemplo, Coopavel, ABPA, ABCS, ACCS, ACSURS, ASUMAS, ACRISMAT, APS, APCS. ASGAV e ANFEAS, entre outras que ainda estão em tratativas, afirma o diretor do O Presente Rural.

 

 

Foz do Iguaçu

Eliana Panty, CEO do Alimenta – Foto: Divulgação

A escolha de Foz do Iguaçu como sede do Alimenta não foi por acaso. Reconhecida pela sua capacidade de receber grandes congressos do setor, a cidade conta com um aeroporto bem localizado e uma infraestrutura turística robusta, incluindo muitos hotéis para acomodar os participantes. Situada no Oeste do Paraná, um dos maiores polos de produção de proteína animal do Brasil, Foz do Iguaçu oferece o ambiente ideal para um evento dessa magnitude.

“O evento visa promover a qualificação constante do setor através de palestras atualizadas, destacando as mais recentes inovações em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, busca fomentar negócios por meio da exposição de fornecedores da cadeia de insumos . Com esta nova abordagem, o Alimenta pretende integrar toda a cadeia produtiva, reforçando a importância da inovação e do desenvolvimento sustentável para o futuro da proteína animal no Brasil”, menciona Eliana Panty.

“Prepare-se para uma experiência única e transformadora no Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal . Este evento promete ser um verdadeiro progresso para o avanço da indústria de proteína animal, reunindo os principais atores do setor para compartilhar conhecimento, explorar novas oportunidades e construir um futuro mais próspero e sustentável. Nos vemos em Foz do Iguaçu, onde juntos vamos moldar o futuro da proteína animal no Brasil”, sintetiza Eliana Panty.

 

Fonte: O Presente Rural
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