Suínos
O futuro da suinocultura catarinense em destaque no último episódio da Expedição
5° episódio da série reúne produtores, pesquisadores e líderes do setor para discutir sucessão familiar, inovação, biosseguridade e sustentabilidade na maior potência suinícola do país.

A segunda temporada da Expedição Suinocultura: Rotas do Brasil chega ao fim com a estreia do quinto episódio, que aborda o futuro da atividade em Santa Catarina. O episódio reúne depoimentos de produtores, lideranças, pesquisadores e representantes da indústria, destacando temas como sucessão familiar, inovação, biosseguridade, logística e sustentabilidade. São vozes diversas que, juntas, projetam os caminhos da maior potência suinícola do Brasil.
“O futuro da suinocultura catarinense é cheio de desafios e oportunidades. Foi emocionante ouvir, em campo, como cada personagem enxerga os próximos passos dessa atividade que é, ao mesmo tempo, economia, cultura e identidade”, afirma Giuliano De Luca, jornalista, editor de O Presente Rural e diretor do documentário.
Com este episódio, a série encerra sua passagem por Santa Catarina, reforçando o papel do estado como referência mundial na produção de suínos.
O quinto episódio já está disponível no canal de O Presente Rural no YouTube.

Suínos
Suinocultura brasileira bate recordes e consolida ritmo histórico no 3º trimestre
Setor alcança marcas inéditas em produção, exportações, importações e oferta interna, segundo dados do Deral e do IBGE.

A suinocultura brasileira encerrou o 3º trimestre de 2025 com desempenho histórico, alcançando novos recordes em praticamente todos os indicadores acompanhados pelo setor. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) e resultados preliminares da Pesquisa Trimestral do Abate do IBGE, entre julho e setembro o país registrou os maiores volumes já observados de produção, exportação, importação e disponibilidade interna de carne suína desde o início das séries, em 1997.
A produção atingiu 1,49 milhão de toneladas, alta de 4,7% (66,8 mil t) frente ao recorde anterior, registrado no 2º trimestre deste ano. Na comparação anual, o avanço foi ainda maior: 6,1% (85,1 mil t) em relação ao mesmo período de 2024.

Desse volume, 391,97 mil toneladas foram destinadas ao mercado externo, o equivalente a 26,3% de toda a carne suína produzida no país no trimestre. As exportações cresceram 4,7% (17,6 mil t) ante o recorde do trimestre anterior e 7,7% (28,1 mil t) na comparação anual, ritmo praticamente alinhado ao avanço da produção.
O trimestre também registrou a maior importação de carne suína já observada: 6,72 mil toneladas, volume que corresponde a apenas 0,5% da produção nacional. O número supera em 10,2% (622 t) o antigo recorde, de 2019, e fica 28,3% (1,5 mil t) acima do mesmo período do ano passado. Do total importado, 93,4% foram miudezas, 6,4% carne in natura e apenas 0,2% carne industrializada.
Com o comportamento firme da produção e das exportações, a disponibilidade interna também atingiu o maior patamar da série: 1,10 milhão de toneladas. O resultado supera em 4,2% (44,3 mil t) o recorde anterior, registrado no 3º trimestre de 2023, e é 5,6% (58,5 mil t) superior ao observado no mesmo período de 2024.
Segundo análise técnica do Deral, a expectativa é que o desempenho do 4º trimestre continue forte, mantendo a tendência observada nos últimos anos, em que o período final do ano supera o terceiro trimestre em produção e exportações. Caso o movimento se confirme, os novos avanços devem ocorrer, mas de forma moderada, dada a base já elevada dos resultados atuais.
A combinação de produção crescente, exportações firmes e oferta interna robusta reforça o papel da suinocultura como um dos segmentos mais dinâmicos do agro brasileiro em 2025.
Suínos
Suinocultura brasileira destaca inovação e sustentabilidade na COP30
ABCS e Embrapa apresentam avanços em produção eficiente e ambientalmente responsável, reforçando compromisso do setor com redução de emissões, bem-estar animal e estratégias de longo prazo para o futuro do agro.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), marcou presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), um dos eventos mais importantes e aguardados do ano, que aconteceu em Belém do Pará com a presença de líderes e cientistas de todo o mundo que vieram ao Brasil debater sustentabilidade e mudanças climáticas. A Associação esteve presente no dia 20 de novembro na programação técnica da Agrizone, voltada às cadeias de aves, suínos e pescados, espaço institucional foi organizado pelo Sistema CNA/SENAR com o apoio da Embrapa, ABCS e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Para a diretora técnica da ABCS, que esteve representando a Associação no evento, Charli Ludtke, destacou: “Sediar uma COP no Brasil foi de extrema relevância pelo país poder demonstrar o que vem fazendo, bem como liderar as discussões dentro do contexto amazônico, tema este que há anos ocupa lugar central nas discussões globais sobre preservação ambiental. Além disso, foram debatidas ações de grande relevância para o futuro dos sistemas de produção, como linhas de fomento ao desenvolvimento sustentável e a necessidade de estratégias de longo prazo para implementação de políticas públicas consistentes, pensando na expansão das fontes de energias renováveis.”
Para a programação da Agrizone, representando a suinocultura, o Dr. Everton Krabbe, chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, participou a convite da ABCS com a palestra “Sustentabilidade na prática: o papel da pesquisa e inovação na evolução da suinocultura brasileira”. Em sua apresentação, o pesquisador destacou como o avanço científico e tecnológico tem impulsionado uma produção cada vez mais eficiente, responsável e alinhada às metas globais de redução de impactos ambientais. Entre os principais temas abordados, estiveram melhorias na gestão ambiental da suinocultura, uso de tecnologias aplicadas ao bem-estar animal, redução de emissões de gases de efeito estufa, o manejo sustentável e o papel estratégico da inovação para a manutenção da competitividade do setor. A palestra reforçou que a suinocultura brasileira vem atuando nos 4 pilares da sustentabilidade, destacando que o setor combina eficiência produtiva com compromisso social, ambiental e econômico.
A presença da ABCS na COP30 reforça o compromisso da suinocultura brasileira com a sustentabilidade, a inovação e o futuro da produção de proteína animal, alinhada às demandas globais. Nas palavras da diretora técnica da ABCS, “Esse espaço trouxe a oportunidade de compartilharmos experiências sobre a suinocultura brasileira, que mostram ser possível produzir com responsabilidade ambiental, segurança e sustentabilidade. Reforçando que o setor tem compromisso com as questões climáticas e entende que preservar o meio ambiente e evoluir continuamente em práticas sustentáveis é uma responsabilidade compartilhada do campo à indústria”, concluiu.
Suínos
Santa Catarina bate recorde de abates de suínos em 2025
Apesar de outubro registrar queda na produção mensal, o estado alcançou 15,4 milhões de suínos abatidos no acumulado de janeiro a outubro, maior volume desde 2013, mantendo sua liderança nacional no setor.

Santa Catarina atingiu 15,4 milhões de suínos abatidos entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc compilados pela Epagri/Cepa. O número representa um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024 e marca o maior volume de abates já registrado desde o início da série histórica, em 2013.
Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, a produção mensal em outubro recuou. Foram produzidos 1,49 milhão de suínos, queda de 6,4% em relação ao mês anterior e 3,4% a menos que em outubro de 2024.
O comportamento da produção ao longo dos últimos 13 meses mostra variações, com picos em janeiro de 2025 (1,58 milhão) e julho de 2025 (1,68 milhão), indicando tendências sazonais de mercado e ajustes na oferta estadual.
A análise reforça a posição de Santa Catarina como principal estado produtor de suínos do país, mantendo a capacidade de expansão mesmo diante das flutuações mensais do setor.



